Ética Médica, Bioética e Documentação Flashcards

1
Q

Bloco de causas de óbito: o que compõe cada uma das duas partes?

A

Parte I: causas antecedentes → a cadeia de eventos

Parte II: outras condições que contribuíram para a morte

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2
Q

DO: parte I é composto pela cadeia de eventos que levaram à morte. A causa imediata é aquela que ___________

A

Finaliza o processo (também chamada de causa mortis)

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3
Q

DO: o que é o campo do tempo na parte I do bloco de causas de morte?

A

Tempo transcorrido entre
a condição e a morte

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4
Q

DO: o que são garbage codes

A

Garbage codes: códigos inespecíficos que geram dados inúteis (ex: PCR, septicemia) → não podem ser utilizados para causa básica

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5
Q

DO: o que é a parte II do bloco de causas de óbito

A

Condições que contribuíram para a morte mas não fazem parte da sucessão de eventos

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6
Q

Em caso de óbito hospitalar por complicação de um acidente ou qualquer tipo de violência, a DO deverá ser preenchida pelo ____________

A

Médico legista

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7
Q

Nos termos do Código de Ética Médica, o médico pode revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão quando _____________

A

há motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Permanece essa proibição mesmo que o ato seja de conhecimento público

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8
Q

Em caso de suspeita de morte não-natural ou violenta, devemos encaminhar o corpo para o

A

IML

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9
Q

Em caso de suspeita de morte natural sem conhecer a causa, qual a conduta?

A

Encaminhar corpo ao SVO, lá eles poderão verificar a causa da morte assim preencher a DO de forma mais adequada

Em localidade onde não há SVO, deve ser anotado “causa da morte desconhecida” na variável causa (parte I). O “óbito sem assistência médica” só é usado quando o paciente não tem assistência médica durante a doença que ocasionou a morte. Usar a parte II do atestado para as condições de saúde referidas pela família, seguidas de “sic”, “provável” ou “?”

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10
Q

Ortotanásia

A

Quando os médicos, ao perceberem estado de terminalidade, não investem em ações fúteis para prolongar a vida e o sofrimento, permitindo uma morte digna. A morte não é acelerada! Ela acontece de forma natural. É a morte na hora certa

Isso está de acordo com a não maleficência, ou seja, não causar mal

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11
Q

Eutanásia

A

Quando a morte é provocada, de modo a aliviar o sofrimento da pessoa. Essa conduta não é prevista no Brasil

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12
Q

Distanásia

A

Prolongar de forma desnecessária a vida e o sofrimento do paciente sem possibilidade de cura

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13
Q

O médico pode recusar o atendimento em algumas situações, exceto

A

em situações de urgência e emergência

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14
Q

Imperícia

A

Fazer mal o que deveria ser bem feito. Falta de competência, falta de habilidade

Imperícia = não ser perito, ou seja, fazer algo sem técnica e mal feito

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15
Q

Imprudência

A

Fazer o que não deveria ser feito. Falta de cautela, precipitação, sem se tomar as medidas de segurança. É a famosa “atuação intempestiva”

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16
Q

Negligência

A

Não fazer o que deveria ser feito para alguém que está sob os cuidados do médico. Falta de cuidado, desleixo

Não confundir com omissão de socorro: paciente não estava sob os cuidados do médico

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17
Q

Quem preenche a DO em casos de morte natural em que o médico assistente não conseguiu chegar ao diagnóstico

A

SVO

18
Q

O que muda na documentação da DO caso o corpo seja cremado?

A

Causa natural: 2 assinaturas

Causa externa: assinatura do médico do IML + autorização judicial

18
Q

O que é prescrito na receita amarela? A de AMARELA

A

Substâncias entorpecentes, como analgésicos oipoides (A1, A2) e psicotrópicos (A3)

Obs.: Duração de 30 dias

19
Q

O que é prescrito na receita azul? aZul de benZodiaZepínico

A

Benzodiazepínicos, barbitúricos (B1) e psicotrópicos anorexígenos (B2)

Obs.: Duração de 60 dias no caso de psicotrópicos B1 e 30 dias se forem psicotrópicos anorexígenos (B2)

20
Q

Princípios da bioética segundo Beauchamp e Childress

A

Não maleficência: evitar danos e minimizar riscos. Praticar a prevenção quaternária

Beneficência: fazer o bem, beneficiar o próximo, máximo benefício com menos risco, ou seja, maximizar o benefício e minimizar o prejuízo

Autonomia: paciente deve decidir a quais práticas diagnósticas e terapêuticas irá se submeter, estando com juízo crítico da realidade preservado

Justiça: dar mais a quem mais precisa. É sinônimo de equidade

21
Q

Como o princípio da beneficência se aplica em um cenário de ensaio clínico?

A

Após comprovar a eficácia e os benefícios de um medicamento, é imperativo administrá-lo aos pacientes

22
Q

A DO por morte natural presumida (por doença) em casa deve ser assinada preferencialmente pelo médico que vinha prestando assistência ao paciente. Porém, o que fazer se não tiver um médico responsável ou se tiver (MFC, por exemplo) mas o óbito tiver ocorrido fora do horário de funcionamento da ESF?

A

Acionar o SAMU ou SVO para declarar o óbito

23
Q

O Código de Ética Médica é claro no que diz respeito ao sigilo profissional.

“É vedado ao médico:

Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por _________.”

A

motivo justo, dever legal (risco de danos a terceiros ou ao paciente), consentimento, por escrito, do paciente

24
Q

Causa básica é a primeira situação que desencadeou o evento.

Causas intermediárias são as condições clínicas que apareceram entre o evento que desencadeou a doença e o último motivo da morte.

Causa imediata é a

A

última condição clínica que motivou a morte

25
Q

Lembrando que na parte __, o modo correto de preencher é de baixo para cima (da letra “d” à letra “a”), da causa básica até a causa imediata, e que na parte II acrescentamos as comorbidades. Lembrando também que quando só temos uma causa intermediária, deixamos a letra “d” em branco e começamos a preencher da letra “c” em diante

A

I

26
Q

Ainda no Parágrafo Único do Art. 73, está descrito que é vedado ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, mesmo quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico deverá

A

comparecer perante a autoridade e declarar seu impedimento

27
Q

“É vedado ao médico:

Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente criança ou adolescente, desde que estes tenham capacidade de discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo quando

A

a não revelação possa acarretar dano ao paciente

28
Q

Abortamento recebe DO?

A

Não

29
Q

Óbito fetal recebe DNV?

A

Não

Óbito fetal > 20s recebe DO

30
Q

DO: causa imediata ou também chamada de

A

causa mortis

31
Q

Parte II DO: o que deve ser inserido nessa parte?

A

Condições que contribuíram para a morte, mas não faz parte da sucessão de eventos

Não inserir doenças aleatórias. Apenas se for um fator contribuinte

32
Q

Mistanásia

A

Morte vem antes da hora pela falta de alguma interferência necessária. Também chamada de “eutanásia social” ou “morte miserável”

É cometida quando negligência, imperícia ou imprudência de um médico resultam na morte de um paciente

33
Q

Kalotanásia

A

É a morte digna ou morte bela

É um processo de ritualização da morte, com o intuito de transcendê-la. Não é a luta obstinada pela vida, pois a morte é inevitável, e nem o entregar-se à morte. É um caminho do meio, é vivenciar o processo de morte

Obs.: Mas para vivenciar esse processo de morte o paciente deve estar consciente

34
Q

Morte com indícios de violência externa em localidades sem IML. Como proceder?

A

Autoridades locais devem ser acionadas e elas designarão o profissional que fará o preenchimento da DO

35
Q

Em que situações (3) deve ser emitida a DO?

A

Em todos os óbitos (natural ou violento)

Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independente da duração da gestação, do peso do RN e do tempo que tenha permanecido vivo

No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou feto com peso igual ou superior a 500g, ou estatura igual ou superior a 25cm

36
Q

Quando não levar em consideração as diretrizes antecipadas de vontade (DAV) do paciente?

A

Quando não estiverem de acordo com os preceitos do Código de Ética Médica

Obs.: As DAV devem ser registradas adequadamente em prontuário, e isso basta. Elas prevalecem sobre a vontade dos familiares

37
Q

Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas ___________________. Ou seja, o médico leva em consideração as __________________ de pacientes que não conseguem comunicar-se, e não de pacientes que são capazes de expressar de maneira livre e independente de suas vontades.

A

diretivas antecipadas de vontade / DAV

38
Q

Quem preenche a DO: óbito natural fora de estabelecimento de saúde sem assistência e em locais sem médicos (exceção)

A

Responsável pelo falecido mais duas testemunhas em cartório preenchem a declaração

39
Q

Quem preenche a DO: óbito natural fora de estabelecimento de saúde sem assistência e em locais com médicos

A

Médico do SVO

40
Q

Grau de recomendação IIA na MBE

A

Há dúvida/divergência, mas a maioria favorece a recomendação

41
Q

Autonomia - o paciente tem a capacidade de escolher o que será feito ou não com sua saúde. Cite uma exceção

A

Situações nas quais o paciente perde a capacidade de escolha (ex.: ideação suicida)