Ética Médica, Bioética e Documentação Flashcards

(42 cards)

1
Q

Bloco de causas de óbito: o que compõe cada uma das duas partes?

A

Parte I: causas antecedentes → a cadeia de eventos

Parte II: outras condições que contribuíram para a morte

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Q

DO: parte I é composto pela cadeia de eventos que levaram à morte. A causa imediata é aquela que ___________

A

Finaliza o processo (também chamada de causa mortis)

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3
Q

DO: o que é o campo do tempo na parte I do bloco de causas de morte?

A

Tempo transcorrido entre
a condição e a morte

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4
Q

DO: o que são garbage codes

A

Garbage codes: códigos inespecíficos que geram dados inúteis (ex: PCR, septicemia) → não podem ser utilizados para causa básica

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5
Q

DO: o que é a parte II do bloco de causas de óbito

A

Condições que contribuíram para a morte mas não fazem parte da sucessão de eventos

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6
Q

Em caso de óbito hospitalar por complicação de um acidente ou qualquer tipo de violência, a DO deverá ser preenchida pelo ____________

A

Médico legista

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7
Q

Nos termos do Código de Ética Médica, o médico pode revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão quando _____________

A

há motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Permanece essa proibição mesmo que o ato seja de conhecimento público

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8
Q

Em caso de suspeita de morte não-natural ou violenta, devemos encaminhar o corpo para o

A

IML

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9
Q

Em caso de suspeita de morte natural sem conhecer a causa, qual a conduta?

A

Encaminhar corpo ao SVO, lá eles poderão verificar a causa da morte assim preencher a DO de forma mais adequada

Em localidade onde não há SVO, deve ser anotado “causa da morte desconhecida” na variável causa (parte I). O “óbito sem assistência médica” só é usado quando o paciente não tem assistência médica durante a doença que ocasionou a morte. Usar a parte II do atestado para as condições de saúde referidas pela família, seguidas de “sic”, “provável” ou “?”

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10
Q

Ortotanásia

A

Quando os médicos, ao perceberem estado de terminalidade, não investem em ações fúteis para prolongar a vida e o sofrimento, permitindo uma morte digna. A morte não é acelerada! Ela acontece de forma natural. É a morte na hora certa

Isso está de acordo com a não maleficência, ou seja, não causar mal

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11
Q

Eutanásia

A

Quando a morte é provocada, de modo a aliviar o sofrimento da pessoa. Essa conduta não é prevista no Brasil

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12
Q

Distanásia

A

Prolongar de forma desnecessária a vida e o sofrimento do paciente sem possibilidade de cura

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13
Q

O médico pode recusar o atendimento em algumas situações, exceto

A

em situações de urgência e emergência

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14
Q

Imperícia

A

Fazer mal o que deveria ser bem feito. Falta de competência, falta de habilidade

Imperícia = não ser perito, ou seja, fazer algo sem técnica e mal feito

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15
Q

Imprudência

A

Fazer o que não deveria ser feito. Falta de cautela, precipitação, sem se tomar as medidas de segurança. É a famosa “atuação intempestiva”

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16
Q

Negligência

A

Não fazer o que deveria ser feito para alguém que está sob os cuidados do médico. Falta de cuidado, desleixo

Não confundir com omissão de socorro: paciente não estava sob os cuidados do médico

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17
Q

Quem preenche a DO em casos de morte natural em que o médico assistente não conseguiu chegar ao diagnóstico

18
Q

O que muda na documentação da DO caso o corpo seja cremado?

A

Causa natural: 2 assinaturas

Causa externa: assinatura do médico do IML + autorização judicial

18
Q

O que é prescrito na receita amarela? A de AMARELA

A

Substâncias entorpecentes, como analgésicos oipoides (A1, A2) e psicotrópicos (A3)

Obs.: Duração de 30 dias

19
Q

O que é prescrito na receita azul? aZul de benZodiaZepínico

A

Benzodiazepínicos, barbitúricos (B1) e psicotrópicos anorexígenos (B2)

Obs.: Duração de 60 dias no caso de psicotrópicos B1 e 30 dias se forem psicotrópicos anorexígenos (B2)

20
Q

Princípios da bioética segundo Beauchamp e Childress

A

Não maleficência: evitar danos e minimizar riscos. Praticar a prevenção quaternária

Beneficência: fazer o bem, beneficiar o próximo, máximo benefício com menos risco, ou seja, maximizar o benefício e minimizar o prejuízo

Autonomia: paciente deve decidir a quais práticas diagnósticas e terapêuticas irá se submeter, estando com juízo crítico da realidade preservado

Justiça: dar mais a quem mais precisa. É sinônimo de equidade

21
Q

Como o princípio da beneficência se aplica em um cenário de ensaio clínico?

A

Após comprovar a eficácia e os benefícios de um medicamento, é imperativo administrá-lo aos pacientes

22
Q

A DO por morte natural presumida (por doença) em casa deve ser assinada preferencialmente pelo médico que vinha prestando assistência ao paciente. Porém, o que fazer se não tiver um médico responsável ou se tiver (MFC, por exemplo) mas o óbito tiver ocorrido fora do horário de funcionamento da ESF?

A

Acionar o SAMU ou SVO para declarar o óbito

23
Q

O Código de Ética Médica é claro no que diz respeito ao sigilo profissional.

“É vedado ao médico:

Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por _________.”

A

motivo justo, dever legal (risco de danos a terceiros ou ao paciente), consentimento, por escrito, do paciente

24
Causa básica é a primeira situação que desencadeou o evento.    Causas intermediárias são as condições clínicas que apareceram entre o evento que desencadeou a doença e o último motivo da morte.    Causa imediata é a  
última condição clínica que motivou a morte
25
Lembrando que na parte __, o modo correto de preencher é de baixo para cima (da letra “d” à letra “a”), da causa básica até a causa imediata, e que na parte II acrescentamos as comorbidades. Lembrando também que quando só temos uma causa intermediária, deixamos a letra “d” em branco e começamos a preencher da letra “c” em diante
I
26
Ainda no Parágrafo Único do Art. 73, está descrito que é vedado ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, mesmo quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico deverá
comparecer perante a autoridade e declarar seu impedimento
27
“É vedado ao médico:  Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente criança ou adolescente, desde que estes tenham capacidade de discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo quando
a não revelação possa acarretar dano ao paciente
28
Abortamento recebe DO?
Não
29
Óbito fetal recebe DNV?
Não Óbito fetal > 20s recebe DO
30
DO: causa imediata ou também chamada de
causa mortis
31
Parte II DO: o que deve ser inserido nessa parte?
Condições que contribuíram para a morte, mas não faz parte da sucessão de eventos Não inserir doenças aleatórias. Apenas se for um fator contribuinte
32
Mistanásia
Morte vem antes da hora pela falta de alguma interferência necessária. Também chamada de "eutanásia social" ou "morte miserável" É cometida quando negligência, imperícia ou imprudência de um médico resultam na morte de um paciente
33
Kalotanásia
É a morte digna ou morte bela É um processo de ritualização da morte, com o intuito de transcendê-la. Não é a luta obstinada pela vida, pois a morte é inevitável, e nem o entregar-se à morte. É um caminho do meio, é vivenciar o processo de morte Obs.: Mas para vivenciar esse processo de morte o paciente deve estar consciente
34
Morte com indícios de violência externa em localidades sem IML. Como proceder?
Autoridades locais devem ser acionadas e elas designarão o profissional que fará o preenchimento da DO
35
Em que situações (3) deve ser emitida a DO?
Em todos os óbitos (natural ou violento) Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independente da duração da gestação, do peso do RN e do tempo que tenha permanecido vivo No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou feto com peso igual ou superior a 500g, ou estatura igual ou superior a 25cm
36
Quando não levar em consideração as diretrizes antecipadas de vontade (DAV) do paciente?
Quando não estiverem de acordo com os preceitos do Código de Ética Médica Obs.: As DAV devem ser registradas adequadamente em prontuário, e isso basta. Elas prevalecem sobre a vontade dos familiares
37
Nas  decisões  sobre  cuidados  e  tratamentos  de  pacientes  que  se  encontram incapazes  de  comunicar-se,  ou  de expressar  de  maneira  livre  e  independente  suas vontades, o médico levará em consideração suas ___________________. Ou seja, o médico leva em consideração as __________________ de pacientes que não conseguem comunicar-se, e não de pacientes que são capazes de expressar de maneira livre e independente de suas vontades.
diretivas antecipadas de vontade / DAV
38
Quem preenche a DO: óbito natural fora de estabelecimento de saúde sem assistência e em locais sem médicos (exceção)
Responsável pelo falecido mais duas testemunhas em cartório preenchem a declaração
39
Quem preenche a DO: óbito natural fora de estabelecimento de saúde sem assistência e em locais com médicos
Médico do SVO
40
Grau de recomendação IIA na MBE
Há dúvida/divergência, mas a maioria favorece a recomendação
41
Autonomia - o paciente tem a capacidade de escolher o que será feito ou não com sua saúde. Cite uma exceção
Situações nas quais o paciente perde a capacidade de escolha (ex.: ideação suicida)