Estrongiloidíase Flashcards
Estrongiloidíase
1) Espécie
2) Fonte de infecção
3) Forma de transmissão
4) Veiculação
5) Via de penetração
1) Strongyloides stercoralis
2) Humanos
3) Larva (L3)
4) Solo
5) Pele - penetração ativa da larva pela pele.
Na estrongiloidíase é mais comum observar ovos ou larva na fezes?
Larva
Importância da estrongiloidíase no paciente
É uma doença crônica que gera uma auto-infecção e disseminação do verme com possibilidade de reagudização em imunossuprimidos e óbito.
Forma disseminada é a que tem maior importância, é mais comum pela auto-infecção em pessoas imunossuprimidas.
Estrongiloidíase:
1) Reino
2) Filo
3) Ordem
4) Família
5) Gênero
6) Espécies
1) Animalia
2) Nematoda - parasitos em forma de fio (nêmatos). Vermes cilíndricos e alongados com simetria bilateral.
3) Rhabditida - pequeno porte. Podem ser de vida livre ou parasitária. Possuem boca com lábios e cavidade bucal pequenos e esôfago com pequeno bulbo no corpo. Istimo e bulbo posterior (rabdtiforme) ou filariforme.
4) Strongyloididae
5) Strongyloides
6) Strongyloides stercoralis (importância epidemiológica no brasil).
Strongiloides fuelleborni
Clima de transmissão mais comum de estrongiloidíase:
Tropical e subtropical
Síndrome de hiperinfecção da estrongiloidiase:
1) Grupo de risco
2) Mortalidade
1) Imunodeprimidos
2) Muito alta (70 a 80%)
Período pré-patente da estrongiloidías (penetração até eliminar os ovos larvados)
15 a 25 dias
Formas de vida adulta da estrongiloidiíase:
1) Parasita
2) Voda livre
1) Fêmea 3n
2) Fêmea 2n e macho n.
Obs: fêmea partenogenérica - libera ovos 3n, 2n e n
Cliclo de biológico
Monoxênico
Ciclo direto: partenogenético (desenvolve larva a partir de óvulo não fexundado).
Ciclo indireto: sexuado e de vida livre.
Fêmea partenogenética produz 3 tipos de larva:
- 3n: parasita
- 2n: fêmea de vida livre
- n: macho de vida livre.
Ovo embrionado, vira larvado, liberando larva rabditoide presente nas fezes que, posteriormente se transforma na larva filariode (forma infectante). Larva L3 penetra na pele, cai na corrente sanguínea, passa pelo pulmão, segue para o intestino onde se torna verme adulto que origina ovos.
Pode ocorrer autoinfecção (direto) ou liberação das larvas nas fezes (indireto).
Características do ovo da estrongiloidíase:
- Elíptico com parede final e idênticos ao da ancilostomíase.
- Produzidos pelas fêmeas partenogenéticas (L3) e de vida livre.
- Normalmente não é encontrado na fazes. Quando encontrado é, normalmente na diarréia grave.
Qual forma de vida da estrongiloidíase é importante para o diagnóstico?
As larvas rabditoides que são encontradas nas fezes em pouca quantidade para identificação. Podem estar presentes no escarro, na urina e nos líquidos corporais.
1) Qual a forma de vida infectante da estrongiloidiase?
2) Descreva essa forma
1) L3 (filarioide)
2) Sua porção anterior é afilada e sua porção posterior possui cauda entalhada (diferença com ancilostomíase)
São encontradas no solo
Penetra na pele e mucosas e pode ser autoinfectante.
Habitat da estrongiloidiase
Parede do intestino - criptas da mucosa duodenal.
Nas formas grave pode se encontrar na porção pilórica do estômago até o intestino grosso.
Modos de infecção da estrongiloidiase (3)
1ª - Heteroinfecção ou primoinfecção (mais frequente): penetração de L3 na pele ou mucosas.
2ª - Autoinfecção externa ou exógena: região perianal (fazes em fralda, roupa ou má higiene da região)
3ª Autoinfecção interna ou endógena: penetração na mucosa intestinal (constipação intestinal, imunodeprimidos, desnutrição, acoolismo, idade avançada). Casos de hiperinfecção e de disseminação.
Estrongiloidiase:
1) Quanto tempo sua larva L3 pode durar no solo?
2) Para que servem as melanoproteases do verme?
1) Até 4 semanas em condições ideais de solo, tenperatura, umidade e luz.
2) Possibilitar locomoção do verme.
Formas clínicas da estrongiloidiase
1) Assintomática ou oligossintomárica, quando há baixa carga parasitária.
2) Forma sintomática cutânea:
- A penetração ativa das larvas infectantes e migração da larva na pele deixa uma lesão de aspecto linear e serpentiforme, podendo ser confundida com larva migrans cutânea (bixo geográfico).
- Gera petéquia, edema, prurido intenso, eritema.
3) Forma sintomática pulmonar (maioria do casos)
- Tosse (com muco ou não)
- Febre
- Dispnéia
- Síndrome se Loffler, devido a passagem no pulmão (cliclo de Loss): tosse seca, sibilância e infiltrados pulmonares migratórios com eosinofilia).
- Pneumonia hemorrágica
- Edema pulmonar
- Insuficiência respiratória.
4) Intestinal: ocorre devido a invasão da mucosa e da submucosa do intestino (duodeno e jejuno) por parasitos fêmeas, ovos ou larvas.
- Enterite catarral (reversível)
Parasitos nas glândulas
Reação inflamatória leve
Aumento da secreção mucoide
- Enterite edematosa (reversível)
Parasitos em todas as túnicas
Formação de edema da submucosa
Reação inflamatória associada a edema da submucosa e redução do relevo mucoso.
Síndrome da má absorção
- Enterite ulcerosa (irreversível)
Alta carga parasitária
Inflamação, eosinofilia intensa, ulcerações, invasão bacteriana
Deposição de tecido fibroso (rigidez mucosa) a íleo paralítico
Dor epigástrica, diarréia, náusea, vômito, síndrome desentérica.
Esteatorréias
Desidratação, choque hipovolêmico
Óbito
5) Disseminada: quando há imunossupressão
Relacionada a maior gravidade da doença.
Verme atravessa a mucosa intestinal, migra, normalmente com outrar bactérias como a E.coli, para diferentes tecidos, gerando peritonite, endocardite, meningite).
Podem afetar múltiplos órgãos (intestino, pulmão, rim, coração, cérebro,etc).
Dor abdominal, vômito, diarréia intensa, pneumonia hemorrágica, broncopneumonia bacteriana, insuficiência respiratória e óbito.
Diagnóstico da estrongiloidiase
1) Clínico
2) Direto
3) Indireto
1) Quando sintomático, análise dos sintomas, diagnóstico diferencial com muitas outras parasitoses.
2) - EPF: hidro e termotropismo (métodos Baermann-Moraes e Rugai). Larva gosta de água quente. Vc coloca as fazes em contato com água quente, essa larva migra s depois vc analisa o sedimento. Precisa de fezes repetidas de 3 a 5 dias para aumentar a sensibilidade do teste. Amostra única tem muitas falhas.
- Coprocultura
- Pesquisa de larvas em secreção e outro líquidos corporais
- Biópsia e histopatologia
- Necrópsia
3) - Hemograma: analisar elainofilia (agudo 82%, crônico de 8 a 15%, quando tem baixa de eosinófilo - eosinopenia - indica mau prognóstico).
- Exames de imagem (endoscopia digestiva) (síndrome de Loeffler, alterações do transito intestinal)
- Imunológicos (ELISA, RIFI, teste imunocromatográfico, WB)
- Biologia molecular (PCR)
Tratamento de estrangiloidíase
É o nematódeo mais difícil de ser tratado e o mebendazol não funciona.
- Tiabendazol: atua nas fêmeas partenogenéticas. Pode ser usada como profinática. Contra indicação: insuficiência hepática grave.
- Cambendazol: atua nas fêmeas partogenéticas e nas larvas. Não tem muito efeito colateral.
- Albendazol (3 doses - não é dose única): atua nas fêmeas e nas larvas. Não deve ser utilizado nas formas disseminadas.
- Ivermectina: é a droga de escolha, podendo ser associada com antibiótico.
Datas do controle de cura de estrongiloidíase:
7º, 14º e 21º pó tratamento.
Profilaxia da estrongiloidiase
- Redução de fonte de infecção com tratamento sanitário adequado das fezes.
- Lavagem doa alimentos
- Uso de calçados
- Quimioterapia em massa em comunidades com alta endemicidade.
- Tratar os animais domésticos infectados
- Diagnosticas e tratar os paciente.
- Tialbendazol profilático