Esquizofrenia Flashcards
Personalidade pré-morbida
Isolamento social + timidez + introversão = personalidade esquizoide
Crenças bizarras = personalidade esquizotípica
Sintomas prodrômicos
- Perda
- Energia
- Inciativa
- Interesse
- Humor depressivo: Decréscimo de interesse em atividades previamente prazerozas
- Isolamento
- Comportamento obscessivo compulsivo
- Alteração do desempenho acadêmico/escolar
- Comportamento inadequado
- Negligência com aparencia/ higiêne
Comportamento catatônico
Manter membros imóveis em posição bizarra por muito tempo
Maneirismo
Movimentos voluntários e peculiares
Ecopraxia
imitação do movimento
Pensamento
Uma ideia concluída. Que pode ser expressa seguindo um fluxo retilíneo de informação
Pensamento na esquizofrenia
Descarrilhado, passa a ser chamado de anti-idéia
Delírio
Falsa crença, irredutível
Alucinações
Percepção real de um objeto que não existe
Pseudoalucinação
Baseada no insight
Afeto na esquizofrenia
Dificuldade de expressar seus sentimentos = Embotamento afetivo
Pode passar a apresentar discordância de afeto ou ambivalência afetiva
Vontade na esquizofrenia
hipobulia
Transtorno psicótico devido a uma condição medica geral
- Tumor cerebral
- Epilepsia do lobo temporal
- Porfiria intermitente aguda
- Deficiência de vitamina B12
- SIDA
- Trauma
- Envenenamento - monoxido de carbono / metais pesados
- Álcool e Anfetaminas
Teoria Neurobiologica da esquizofrenia
Possuir um parente com a doença é um FR consistente.
Relação clara entre o risco de esquizofrenia e o grau de parentesco
- Gêmeos idênticos - risco de 50%
- Gêmeos dizigóticos = filho de um dos pais com esquizofrenia = risco de 12%
- Irmão não gêmeo = 8%
Teoria neuroquímica da esquizofrenia
Hiperfunção dopaminérgica central
4 vias dopaminérgicas
- Via mesolímbica
- Via mesocortical
- Via nigroestriatal
- via tubuloinfudibular
Descrever a via mesolimbica
Parte da
- Área tegumentar ventral
Liga essa à
- amigdala
- Núcleo Acubens
- hipocampo
Descrever a via nigroestriatal
Parte da pars compacta da substância negra e a liga ao corpo estriado
Composição do corpo estriado
- Núcleo caudao
- Núcleo lenticular que tem suas divisões
Divisões do Núcleo lenticular
- globo palido
- Putâmen
Ação da dopamina nos Receptores D2 - presente no sistema límbico
A ação da dopamina tem função neuronal inibitória, logo, a produção GABAERGICA fica prejudicada = hiperfunção limbica, neste caso, o talamo ativado perde a função de filtro sensorial, levando informação desorganizado para o córtex
Eventos precoces que interferem no desenvolvimento de determiandas estruturas cerbrais tornando o indivíduo mais suscetível
Condições de má nutrição perinatal
- Iodo
- Glicose
- Ferro
- Nascimento prematuro extremo e Hipóxia neonatal
Alterações estruturais evidenciadas pelo TC
- Atrofia cerebral e Aumento do sucos corticais
- Alargamento dos ventrículos. não associado apenas com transtorno esquizofrênico, mas também a transtornos do humor
- Diminuição do hipocampo.
- Aumento do núcleo lenticular
Prevalência e incidência da esquizofrenia
Distribuição espacial
- 1% da população mundial tem esquizofrenia
- 10/ 100.000
- São encontradas em todas as sociedades - com as mesmas taxas.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ESQUIZOFRENIA
- O conceito de esquizofrenia sofreu muitas transformações ao longo dos anos.
- Relatos de quadros que hoje são denominados psicóticos foram descritos em diversos textos médicos, porém somente a partir do final século XIX, autores como Haslam (1810), Hecker (1871) e Kalhbaum (1874) observaram que se manifestavam em jovens e levavam à deterioração cognitiva.
- Para diferenciálos de quadros demenciais associados ao envelhecimento, o psiquiatra belga Benoit Morel, em 1860, criou o termo démence precoce, que foi latinizado posteriormente por Kraepelin como dementia praecox3.
- Kraepelin pode ser considerado o primeiro autor a descrever um quadro psiquiátrico caracterizado por sintomas psicóticos (delírios, alucinações, distúrbios do pensamento) e que levava, na maioria das vezes, à deterioração intelectual. Embora Kraepelin tenha descrito a maioria dos sintomas conhecidos hoje, ele não considerava qualquer deles como patognomônico, privilegiando o diagnóstico longitudinal, isto é, a partir de evolução do quadro clínico.
- Além disso, considerava a etiologia do quadro exógena, diferentemente da psicose maníacodepressiva (hoje conhecida como transtorno bipolar) considerada puramente endógena3,4.
- Em 1911, o psiquiatra suíço Eugen Bleuler rebatizou a demência precoce com o nome de esquizofrenia e, ao contrário de Kraepelin, estabeleceu uma hierarquização entre sintomas que considerava fundamentais (por ex., desorganização do pensamento e embotamento afetivo) em relação a outros que considerava acessórios (delírios e alucinações) para o diagnóstico.
- Na ausência de uma definição da etiologia da doença, a busca por sintomas patognomônicos continuou com Kurt Schneider que, em 1939, classificou uma série deles como essenciais ou de primeira ordem para o diagnóstico.
Hoje, na prática, tanto a concepção kraepeliana (longitudinal) como a bleuleriana/schneideriana (sintomatológica ou transversal) podem ser reconhecidas nos critérios diagnósticos modernos.
Clinica - Dimensões psicopatológicas
- Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em dimensões definidas em “positiva”, “negativa” e “cognitiva”.
- Positiva (psicótica Delírios e alucinações)
- Desorganização do pensamento e da conduta ( Desorganização conceitual do pensamento, perda das associações, incoerência, descarrilamento; comportamento bizarro; catatonia)
- Negativa (Afeto inapropriado ou embotado, déficit volitivo)
- Humor (alterações do humor e da ansiedade, Depressão, sentimento de culpa, ansiedade psíquica e autonômica; mania)
- Cognitiva (Perda da capacidade de abstração e insight; comprometimento
das funções executivas)
Dominios cognitivos a serem avaliados na esquizofrenia
- Atenção = Capacidade de filtrar e organizar a entrada de estímulos sensoriais na consciência. Dividese em: atenção seletiva, atenção sustentada, atenção concentrada, atenção alternada e atenção dividida.
- Memória = Função cognitiva responsável pela retenção de informações diversas por meio da codificação, armazenamento e evocação de informações, sendo um processo imprescindível para a aprendizagem. Dividese em: memória de curto prazo/memória operacional (verbal e visuoespacial) e memória de longo prazo (declarativa e não declarativa).
- Funções executivas = Conjunto de processos cognitivos que possibilitam o desenvolvimento de habilidades e a criação de novos comportamentos orientados para: desenvolvimentos de estratégias, resolução de problemas, planejamento, tomada de decisão, flexibilidade cognitiva, controle inibitório, abstração mental, iniciativa, autocrítica, automonitoramento, memória operacional, entre outros.
- Percepção Capacidade de captação, organização, interpretação e reconhecimento de informações sensoriais diversas, de forma a obter compreensão sobre o ambiente, enquanto o ambiente fornece contexto às informações a serem interpretadas.
- Cognição social = Habilidade responsável pela capacidade de interação social, incluindo a compreensão sobre as emoções, intenções e comportamentos (de si e de terceiros), bem como a aptidão de adaptação e modulação das próprias atitudes em diferentes situações sociais.
- Pensamento Capacidade de reflexão sobre ideias, memórias, intenções, motivações, entre outros, de maneira organizada e fluente, conectada com a realidade. É uma função subjetiva e sensível às influências ambientais, o que pode comprometer a capacidade do uso de lógica, raciocínio, julgamento e abstração mental.
Metacognição Capacidade de monitoramento e controle de processos cognitivos por meio do pensamento; também podendo ser aplicado a outros (i. e., mentalização; teoria da mente). Envolve a habilidade de pensar e refletir sobre o próprio pensamento, sendo também essencial para a aprendizagem e capacidade de autoconsciência (selfawareness)