Endocrinologia - diabetes mellitus: tratamento farmacológico e insulinoterapia Flashcards

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1
Q

Metformina

A
  • É uma biguanida
  • Inibe a AMPK-quinase: determina REDUÇÃO DA GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA
  • Redução indireta da resistência periférica à insulina nos tecidos adiposo e muscular
  • Aumenta o turnover esplâncnico, o que reduz a absorção de glicose
  • TEM ALTA POTÊNCIA NA REDUÇÃO DA GLICEMIA
  • NÃO APRESENTA RISCO AUMENTADO DE HIPOGLICEMIA: a metformina não atua diretamente no pâncreas, mas sim nos mecanismos hepáticos de gliconeogênese. Dessa forma, ela não age aumentando os níveis séricos de insulina capazes de provocar hipoglicemia.
  • REDUÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES
  • MELHORA PERFIL LIPÍDICO
  • MELHORA A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA), PORÉM NÃO AFETA O ESTADO HISTOPATOLÓGICO DA FIBROSE HEPÁTICA
  • PROMOVE PERDA PONDERAL
  • TEM BENEFÍCIOS NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)
  • PODE REDUZIR A PROGRESSÃO DA PRÉ-DIABETES PARA A DIABETES MELLITUS.
  • É A DROGA DE ELEIÇÃO OU 1ª LINHA NO ESQUEMA INICIAL DE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO DIABETES (SBD, 2022)
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> INTOLERÂNCIA GÁSTRICA: dor abdominal, diarreia, pirose. Esses sintomas gástricos podem ser manejados pela administração da forma de liberação lenta da metformina (Glifage XR)
    –> ÁCIDOSE LÁCTICA - muito rara
    –> REDUÇÃO DA ABSORÇÃO DE VIT. B12 NO ÍLEO TERMINAL
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> Doença renal crônica com ClCr < 30
    CUIDADO! Se houver ClCr entre 30 e 45, pode-se utilizar a metformina, porém em doses ajustadas
    –> Não é recomendável usar doses acima de 1 g por dia
    –> Contraindicada em casos GRAVES de insuficiência hepática, insuficiência cardíaca e doença pulmonar avançada.
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2
Q

Pioglitazona

A
  • Ativadora do receptor PPAR-y:
    –> Aumento da sinalização pós-receptor de insulina
    –> Inibição da lipólise e circulação de ác. graxos livres
    –> Redução da produção hepática de glicose
  • Demonstra benefícios para doença aterosclerótica
  • À semelhança da metformina, reduz a progressão da pré-DM para DM
  • Reduz a resistência insulínica e o hiperinsulinismo da SOP e ainda promove MELHORA HISTOPATOLÓGICA DO PADRÃO FIBRÓTICO DA DHGNA
  • Tem BAIXO RISCO DE HIPOGLICEMIA, por não atuar aumentando a secreção de insulina
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> ANEMIA
    –> RETENÇÃO HÍDRICA, o que é péssimo para cardiopatas e cirróticos
    –> AUMENTO DO RISCO DE FRATURAS
    –> RISCO DE RECIDIVA DE CA. DE BEXIGA
    –> GANHO PONDERAL às custas de gordura marrom.
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> Insuficiência hepática
    –> Insuficiência cardíaca crônica grave *NYHA III e IV
    –> Obesidade grave
    –> Gravidez
    Não há necessidade de ajuste para função renal
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3
Q

Sulfonilureias

A
  • Gliclazida, glimepirida e glibenclamida
  • FARMACODINÂMICA: atua na sinalização da célula beta do pâncreas, mantendo os canais de potássio constantemente fechados e promovendo, dessa forma, AUMENTO DA SECREÇÃO INSULÍNICA INDEPENDENTE DA ALIMENTAÇÃO.
  • Demonstrou redução do risco de complicações MICROVASCULARES (especialmente retinopatia diabética)
  • Tem alta potência.
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> Risco aumentado para eventos HIPOGLICÊMICOS
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> DRC - ClCr < 30
    –> Em casos de insuficiência hepática, OPTAR PELA GLIBENCLAMIDA*.
    –> Não se recomenda o uso de sulfonilureias juntamente com insulina - as sulfonilureias aumentam o risco per se de hipoglicemia, evento já exacerbado pelo uso crônico de insulina.
    *Estudos apontaram aumento do número de internações por doença cardiovascular associado ao uso dessa droga, portanto vem sendo descontinuada
    INDICAÇÃO DE PRESCREVER INSULINA –> DESCONTINUAR SULFONILUREIAS
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4
Q

Acarbose

A
  • Inibe glicosidases e assim retarda a absorção de glicose na boca em escova dos enterócitos.
  • Essa farmacodinâmica previne o desenvolvimento de DM2, reduz o risco cardiovascular e ainda melhora o perfil lipídico
  • Baixa potência, meteorismo excessivo, diarreia e flatulência frequentes
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> GESTAÇÃO
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5
Q

Inibidores de DPP-4 (gliptinas - linagliptina, vildagliptina)

A
  • GLP-1 e GIP são dois tipos de incretinas que agem aumentando a secreção de insulina DEPENDENTE da alimentação e reduzem a liberação de glucagon.
  • As células entéricas produzem a enzima DPP-4 responsável por degradar a GLP-1
  • As gliptinas agem inibindo a ação dessa enzima, promovendo aumento direto de GLP-1, a qual reduz os níveis de glucagon e aumenta a produção de insulina
  • Efeito BENÉFICO em portadores de DOENÇA RENAL CRÔNICA
  • Efeito NEUTRO no peso
  • Tem pouquíssimos efeitos colaterais, sendo um dos antidiabéticos mais seguros que se tem no mercado!
  • Podem ser utilizados em qualquer classe de DRC, porém com o ajuste de dose adequado à função renal do paciente.
  • As duas únicas gliptinas em que o ajuste de dose para a função renal não é necessário são LINAGLIPTINA e EVOGLIPTINA
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> Praticamente nenhum
    –> Muitos riscos como internações por insuficiência cardíaca ou pancreatite aguda são controversas. Não vale a pena guardar.
  • CONTRAINDICAÇÕES: hipersensibilidade grave. Em casos de insuficiência hepática, optar pelo uso da VILDAGLIPTINA
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6
Q

Análogos de GLP-1 (“tidas”: liraglutida - Saxenda®, semaglutida - Ozempic®)

A
  • Atuam estimulando as vias anorexígenas (da SACIEDADE) e inibindo as vias orexígenas (da FOME) dos núcleos arqueados do hipotálamo
  • Retardam o esvaziamento gástrico
  • Aumentam a secreção de insulina dependente de glicose
  • Reduziram EVENTOS CARDIOVASCULARES e diminuíram a MORTALIDADE por doença cardiovascular
  • PROMOVEM BOA PERDA DE PESO
  • REDUZEM A ALBUMINÚRIA (NEFROPROTEÇÃO)
  • REDUZEM A PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
  • MELHORAM OS NÍVEIS DE GLICEMIA PÓS-PRANDIAL (risco diminuído de hipoglicemia)
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> Intolerância gástrica - dor abdominal, empachamento, náuseas, vômitos e diarreia
    –> Aumento da frequência cardíaca
    –> Outros riscos são controversos (p.ex., pancreatite aguda)
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> Hipersensibilidade verdadeira
    –> PANCREATITE AGUDA
    –> Carcinoma medular de tireoide
    –> DRC avançada com ClCr < 15
    –> Uso concomitante com inibidor da DPP-4
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7
Q

Inibidores do SGLT-2 (glifozinas - empaglifozina, dapaglifozina)

A
  • As queridinhas dos cardiologistas e nefrologistas! Carinhosamente apelidadas de “gliflorzinhas”
  • Isso porque são extremamente valiosas, com benefícios cardíacos, renais e no tratamento do diabetes.
  • Inibem a reabsorção de glicose no túbulo contorcido proximal, promovendo glicosúria
  • Levam à VASOCONSTRICÇÃO DA ARTERÍOLA AFERENTE nos rins, diminuindo a sobrecarga dos glomérulos e reduzindo a PERDA PROTEICA. Inicialmente, pode haver discreta piora da função renal, com rápida recuperação após
  • REDUÇÃO DA MORTALIDADE CARDIOVASCULAR NA IC, INCLUSIVE NA ICFEP
  • DIMINUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR DCV
  • MELHORA DO REMODELAMENTO CARDÍACO DAS ICs
  • DIMINUIÇÃO DA HIPERTROFIA VENTRICULAR
  • MELHORA CONSIDERÁVEL DA FUNÇÃO RENAL EM PACIENTES DOENTES RENAIS CRÔNICOS
  • PERDA PONDERAL (menor quando comparada aos análogos de GLP-1)
  • EFEITOS ADVERSOS:
    –> ITUs de repetição por conta da glicosúria
    –> CETOACIDOSE EUGLICÊMICA: entidade clínica muito rara, ocorrendo em pacientes em uso da medicação que não se hidratam com frequência. Aumento intenso da glicemia não é observado, normalmente ficando abaixo de 300 mg/dl. Deve-se à redução da produção de H+, por conta da parada na reabsorção de glicose nos túbulos contorcidos proximais. O H+ excedente acumula-se na circulação promovendo ACIDOSE. O tratamento é baseado em HIDRATAÇÃO + SOLUÇÃO DE GLICOSE HIPERTÔNICA JUNTO COM INSULINA e estabilização clínica
  • CONTRAINDICAÇÕES:
    –> São relativas aos valores de ClCr nos pacientes com DRC:
    TFG < 30 –> contraindica-se a EMPAGLIFOZINA
    TFG < 25 –> contraindica-se a DAPAGLIFOZINA
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8
Q

INSULINOTERAPIA: indicações

A
  • Sinais e sintomas sugestivos de insulinopenia - POLIÚRIA, POLIDIPSIA, POLIFAGIA e PERDA DE PESO
  • HbA1C ≥ 9%
  • HbA1C fora do alvo, apesar da terapêutica otimizada - mudanças de estilo de vida adequados + doses máximas de antidiabéticos orais e subcutâneos combinados
  • INTERNAÇÕES - manejo da hiperglicemia hospitalar
  • Gravidez
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9
Q

INSULINOTERAPIA: fisiologia e aspectos farmacológicos das principais insulinas

A
  • Fisiologia normal:
    –> O pâncreas produz constantemente insulina, de forma a manter níveis constantes e objetivar a euglicemia, com picos insulínicos logo antes das refeições, mantendo-se mais elevada no período pós-prandial, ou seja, temos fisiologicamente uma produção basal e uma prandial de insulina.
    –> Insulinas intermediárias, lentas e ultralentas: são aquelas que mimetizam a secreção BASAL do pâncreas
    –> Insulinas regulares/rápidas ou ultrarrápidas: mimetizam a secreção prandial do pâncreas
  • FARMACOCINÉTICA DAS INSULINAS:
    –> Ação rápida:
    Seu principal representante é a insulina regular
    Início de ação: 30-60 min
    Pico de ação: 2-3 h
    Duração da ação: 8-10 h
    –> Ação ultrarrápida:
    Representantes: lispro, aspart e glulisina
    Início de ação: 5-15 min
    Pico de ação: 30-90 min
    Duração da ação: 4-6 h
    –> Ação intermediária:
    A principal representante é a NPH
    Início de ação: 2-4 h
    Pico de ação: 4-10 h
    Duração: 12-18 h
    –> Ação lenta:
    As insulinas de ação lenta e ultralenta NÃO TEM PICO DE AÇÃO
    Representantes: glargina 100 UI, glargina 300 UI e determir
    Início de ação: 2 h
    Duração de ação: glargina 100 - 24 h; glargina 300 - 36 h; determir - 18 a 20 h
    –> Ação ultralenta
    DEGLUDECA
    Início de ação: 30-90 min
    Duração de ação: 36 a 42 h
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10
Q

Esquema basal-bolus para o paciente com DM tipo 1

A
  • Dosagem recomendada:
    –> Paciente recém diagnosticado ou recuperando-se da cetoacidose diabética: 0,5-1 UI/kg/dia
    –> Após recuperação glicêmica dentro do alvo, manter dose entre 0,4-0,6 UI/kg/dia
    –> Tomar cuidado em pacientes na puberdade, pois a resistência insulínica pode vir a aumentar, necessitando de doses maiores de insulina - 1,2-1,5 UI/kg/dia
  • Fase “lua de mel”
    –> Essa fase da DM tipo 1 é caracterizada por manutenção do funcionamento de algumas poucas células beta pancreáticas, que não foram totalmente destruídas pelas células autoimunes. Essa fase pode demorar de 6 meses até 1 ano após o diagnóstico. Utilizar DOSES MÍNIMAS nessa fase.
  • Fatores que aumentam a demanda de insulina:
    Infecções, estresse, puberdade, hipertireoidismo, síndrome de Cushing e uso de glicocorticoides
  • Fatores que diminuem a demanda de insulina:
    Fase lua de mel, doença renal crônica, distúrbios disabsortivos, hipotireoidismo e insuficiência adrenal
  • Esquema basal-bolus na DM tipo 1:
    –> A dose inicial varia entre 0,5-1 UI/kg/dia, como vimos
    –> A partir da dose padrão e o peso do paciente, definimos a dose total diária de insulina (DTD) que será dividida em 50% bolus (regular ou ultrarrápida) e 50% basal (intermediária, lenta ou ultralenta)
    –> A divisão dos 50% de bolus será feita ANTES DAS REFEIÇÕES PRINCIPAIS - café da manhã, almoço e jantar - com contagem de carboidratos em cada refeição
    –> A divisão dos 50% de basal varia de acordo com o tipo de insulina basal escolhida:
    NPH:
    Se a escolha for NPH, existem algumas opções possíveis:
    1. 2/3 da dose antes do café da manhã e 1/3 antes do jantar
    2. 1/2 antes do café da manhã e 1/2 antes de dormir
    3. 1/3 antes do café, 1/3 antes do almoço e 1/3 antes do jantar
    4. 1/3 antes do café, 1/3 antes do almoço e 1/3 antes de dormir
    Insulinas lenta ou ultralenta (glargina ou degludeca):
    Nesse caso a aplicação restringe-se a 1x/dia, antes do café da manhã ou antes do jantar.
  • Tabela de monitorização glicêmica:
    –> Extremamente importante para o médico conseguir analisar se a insulina está sendo eficaz e qual dose deve ser ajustada em caso de glicemias fora do alvo
    –> Lembrar que as insulinas regulares ou ultrarrápidas sempre irão refletir seu efeito após certo tempo das refeições em que antes foram aplicadas (p.ex., a insulina regular aplicada antes do café da manhã surtirá seu efeito na glicemia medida 2 h após o café)
    –> Os efeitos das insulinas basais refletirão nas glicemias capilares ANTES das próximas refeições: ao aplicar a insulina NPH antes do café da manhã, conseguiremos analisar seu efeito na glicemia capilar ANTES do almoço e a insulina NPH aplicada antes do almoço refletirá a glicemia ANTES do jantar. A dose aplicada antes do jantar ou antes de dormir, refletirá na glicemia em jejum pela manhã!
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11
Q

Esquema de insulinoterapia na DM tipo 2

A
  • O esquema preferencial INICIAL para a DM tipo 2 inclui as insulinas NPH ou análogo de ação lenta ou ultralenta.
  • Normalmente se começa com uma dosagem de 10 UI antes de dormir (“bed time”, antes das 22 h) ou ainda pode-se utilizar a dose total diária de 0,1 UI/kg
  • Demais doses adicionais devem ser ajustadas conforme demanda e reavaliações posteriores, a partir da tabela de monitorização glicêmica. À medida que se perde mais células beta pela evolução natural da doença, há uma maior demanda por insulina na DM tipo 2
  • O que fazer com as demais medicações:
    Suspender secretagogos SEMPRE! Não há sentido de utilizar sulfonilureias, tendo em vista que a produção de insulina já está prejudicada, além de aumentar o risco de hipoglicemia
    Pode-se manter as demais medicações, especialmente análogos de GLP-1, inibidores de DPP-4 e inibidores de SGLT-2. PORÉM SEMPRE SE DEVE AVALIAR POSSÍVEIS CONTRAINDICAÇÕES E PRESTAR MUITO ATENÇÃO NO CLEARENCE DE CREATININA DOS PACIENTES DOENTES RENAIS CRÔNICOS!! A depender da presença de contraindicações e alterações de função renal, contraindica-se o uso de outras medicações junto à insulinoterapia e mantém-se somente as insulinas em doses ajustadas.
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12
Q

Situações especiais da insulinoterapia

A
  • Efeito somogyi:
    –> Incomum em todos os tipos de diabetes
    –> Hipoglicemia de MADRUGADA
    –> Os sintomas de hipoglicemia da madrugada variam desde pesadelos ou sonhos vívidos até sudorese e despertar noturno
    –> Em resposta à hipoglicemia, há aumento intenso compensatório dos hormônios contrarreguladores de insulina, que acabam levando à HIPERGLICEMIA MATINAL
    –> Manejo: redução da dose de insulina NPH ou lenta pela noite (antes de jantar ou dormir) OU fornecer mais alimentos antes de deitar
  • Fenômeno alvorecer:
    –> Diferente do efeito somogyi, é muito comum, ocorrendo em até 75% dos pacientes com DM tipo 1 e na maioria dos portadores de DM tipo 2
    –> É provocado pelo pico FISIOLÓGICO dos hormônios contrarreguladores no início do sono, que provoca maior resistência insulínica entre 5 a 8 h da manhã. Desse modo, temos GLICEMIAS NORMAIS DURANTE A MADRUGADA e HIPERGLICEMIA MATINAL
    –> Manejo: aumento da dose de insulina NPH antes de deitar OU usar bomba de infusão de insulina, com programação de aumento da insulina basal entre 5-8 h da manhã

Obs. O uso de bomba de infusão de insulina é o melhor método de tratamento disponível para os diabéticos, no entanto é caro e de baixa disponibilidade no SUS. É o tratamento de escolha na vigência de hiperglicemia em pacientes críticos.

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