EI - Endocardite Infecciosa Flashcards

1
Q

DEFINIÇÃO

A

VEGETAÇÃO

Infecção do revestimento interno do coração, geralmente envolvendo as válvulas cardíacas.

Geralmente na face atrial das valvas AV ou na face ventricular das semilunares

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2
Q

EPIDEMIOLOGIA

A

3-9/100.000 Países desenvolvidos

Prevalência 2H:1M

Exposição a fatores de risco - Bacteremia

Mortalidade intrahospitalar 15-22%

Mortalide após 5 anos: 40%

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3
Q

FATORES DE RISCO

A
  • Proteses valvares
  • Dispositivos intracardiados (Marcapasso, cardiofibrilador, cateter de acesso)
  • Cardiopatas congênitascianogênicas (não corrigidas)
  • Endocardite
  • Cardiopatia valvar reumática (Que não foi feita profilaxia)
  • Valvopatia degenerativa (sensibilidade)
  • Hemodiálise (Com cateter ou puncionados) - Acomete principalmente tricuspide
  • Usuários de drogas injetáveis - Acomete principalmente tricuspide
  • Imunodeprimidos - infecções
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4
Q

ETIOPATOGENIA

Patógenos causadores de Endocardite

A
  • Estafilococos e Estrepotococos (80% dos casos. Adendo: Estafilo causam abcesso maior (Proteinases, hialuronidases)
  • Fungica - Paciente imunocomprometidos ou em uso de antibioticoterapia
  • Gram -Pseudomonas (usuário de drogas) e HACEK
  • Enterococos - Relacionados a instituições de saúde
  • Microorganismos intracelulares (Bartonela, Coxiela. Adendo: Não aparecem em culturas)
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5
Q

FISIOPATOLOGIA

A

Lesão endotelial, que pode ser causada por vários fatores, como lesão por turbilhonamento, por eletrodos, cateter, infusões repetidas de partículas sólidas → Hipercoguabilidade sanguínea, causando agregação plaquetária e formação de fibrina na valva danificada - “Endocardite trombótica não bacteriana”Indivíduo com episódio de bacteremiaColonização da valva acometida → Proliferação bacteriana

OBS.: Estafilo possui hialuronidase, causando maior destruição do tecido conjuntivo, além de ter a capadidade de formar um biofilme que dificulta sua erradicação.

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6
Q

CLASSIFICAÇÃO

Por modo de apresentação:

Por categorias:

A

Por modo de apresentação

  • Aguda: Suores, toxemia, sindromes infecciosas
  • Subaguda: Mais de 10 dias
  • Crônica: Por conta de antibioticoterapia errada → Ficava bom com a administração dos ATB e logo depois voltava a ter aquele quadro

Por categorias:

Condições subjacente, localização, presença de dispositivos intracardíaaso ou forma de contágio, drogas, sequelas de FR, Hemodiálise

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7
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Sintomas gerais (5)

Sistemas acometidos (7)

A

Febre, adenomegalia, perda ponderal, suor, calafrios (90% dos casos)

  • Cardíacas
  • Renais
  • Neurovasculares
  • Esplênicas
  • Pulmonares
  • Cutâneas
  • Oculares
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8
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Se BAV novo, suspeitar de:

A

Abscesso perivalvar

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9
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações cardíacas

Falar 5

A
  • Principalmente: Insuf. mitral e aortica
  • Vegetação
  • Perfuração valvar
  • Rotura de cordoalhas tendíneas
  • Abscesso perivalvar
  • Fistulas miocardio-pericardio (Grave → Cirurgia!)
  • IAM por embolização
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10
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações renais

Falar 2

A

Infarto embólico

Abcesso renal

Glomerulonefrite por imunocomplexos

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11
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações neurovasculares

Falar duas

A

Aneurisma micótico (Na imagem)

Embolização cerebral - AVC

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12
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações esplênicas

Falar duas

A

Esplenomegalia por microinfartos

Abscessos esplênicos

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13
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações pulmonares

Falar 3

A

Associado a acometimento tricuspide (Usuários de drogas, marcapasso etc)

  • TEP em “chuva”
  • Infarto pulmonar maciço
  • Derrame peural
  • Empiema pleural
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14
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações cutâneas

Falar 3

A

Petéquias

Necrose de ponta de dedos

Infarto cutâneo embólicos

Nódulos de Osler

Lesões de Janeway

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15
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações cutâneas

O que são os nódulos de Osler?

A

Lesões pequenas, dolorosas, que se localizam nas polpas dos dedos das mãos e pés, atribuídas a combinação de embolias sépticas e fenômenos imunológicos;

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16
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações cutâneas

O que são as lesões de Janeway?

A

Placas ou máculas pouco dolorosas, hemorrágicas, com predileção pelas palmas das mãos e plantas dos pés. Representam fenómenos embólicos, podendo permanecer por vários dias e sendo mais frequentes nas endocardites estafilocócicas.

NÃO são patognomónicas de endocardite infecciosa, mas são muito sugestivas desse quadro.

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17
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações cutâneas

O que são Manchas de Roth?

A

Lesões ovaladas e pálidas localizadas na retina, próximas ao nervo óptico, geralmente circundadas por hemorragias. Mais uma vez, e à semelhança do afirmado para os nódulos de Osler e lesões de Janeway, também as manchas de Roth NÃO são patognomónicas de endocardite infecciosa, ainda que sejam muito sugestivas do quadro.

18
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações oculares

(2)

A

Manchas de Roth

Endoftalmite

19
Q

DIAGNÓSTICO

Critérios de…?

A
20
Q

DIAGNÓSTICO

Critérios maiores e menores?

A

Maiores: Achados ecocardigráficos e cultura microbiológica

Menores - Achados clínicos

21
Q

DIAGNÓSTICO

Achados clínicos?

A

Associar aos grupos de risco: Hemodiálise, DM, proteses valvares

Atentar para as manifestações sistêmicas orgânicas

Quadro clínicos - Fenomenos vasculares (Embolia arterial, Embolia pulmonar séptica, aneurisma micótico, hemorragia intracranial, hemorragia conjuntiva, lesões de Janeway etc)

22
Q

DIAGNÓSTICO

Microbiologia

Como fazer a coleta? Quais os critérios de Hemocultura?

Se for germes que não aparecem na cultura, fazer…?

A

Hemocultura (Suspender ATB antes!) - Colher sangue periférico de veias diferentes, respeitando os intervados. Achar germe típico causador de Endocardite

  • 2 culturas intervaladas >12h
  • 3 culturas positivas
  • 4 ou mais culturas positias >1h

Se não achar: testes sorológicos

23
Q

DIAGNÓSTICO

Achados Ecocardiográficos?

Citar 4

A
  • Estenose recente importante
  • Regurgitação valvar recente
  • Vegetaçao valvar
  • Vegeação subvalvar
  • Abcesso
  • Deiscência da prótese valvar
24
Q

DIAGNÓSTICO

Classificado em:

A

Definido

Possível

Rejeitado

25
Q

DIAGNÓSTICO

Se diagnóstico definido, temos:

A

Endocardite patologicamente comprovada

Critérios de Duke:

  • 2 maiores
  • 1 maior e 3 menores
  • 5 critérios menores
26
Q

DIAGNÓSTICO

Se diagnóstico possível, temos:

A

Critérios de Duke

  • 1 maior e 1 menor
  • 3 critérios menores
27
Q

DIAGNÓSTICO

Se diagnóstico rejeitado, temos:

A
  • Conclusão diagnóstica alternativa
  • Resolução de síndrome infecciosa com ATM ≤ 4 dias
  • Ausência de evidência à cirurgia ou necropsia, com antibioticoterapia ≤ 4dias
  • Não preencre critérios para diagnóstico posível
28
Q

TRATAMENTO

Como fazer?

Regime hospitalar?

Duração?

A

Fazer antibioticoterapia empírica ou específica

Regime hospitalar

Duração de 2 a 6 semanas (Em geral 4 a 6)

Cirurgia

29
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Empírica

A

Estafilococo

Oxacilina, Gentamicina, Vancomicina

(Oxa + Genta OU Oxa + Vanco)

12g/dia/ 4-4h

Estreptococo

Penicilina Cristalina

5.000.000U/6-6h

30
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Específica

Streptococcus. viridans; S. bovis

A

Penicilina cristalina - 4 semanas

Ceftriaxona - 4 semanas

Pen. cris. + Ceftriaxona - 2 a 4 semanas

Vancomicina (Para alérgicos a B-lactâmicos) - 4 semanas

31
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Específica

Enterococcus

A

4 semanas para valva nativa

6 semanas para prótese

Penicilina cristalina + Gentamicina

Ampicilina + Cettriaxona

Vancomicina + Gentamicina

Linezolida

32
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Específica

Estafilococcus Meticilina Sensível (MSSA)

A

4 a 6 semanas

Oxacilina + Gentamicina - 3 a 5 dias

Cefazolina + Gentamicina - 3 a 5 dias

Vancomicina

Oxacilina + Rifampicina (6sem) + Gentamicina (2sem) em próteses valvares

33
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Específica

Estafilococcus Meticilina Resistente (MASA)

A

4 a 6 semanas

Vancomicina

Rifampicina (6sem) + Vancomicina (6sem) + Gentamicina (2sem) em próteses valvares

34
Q

TRATAMENTO

Antibioticoterapia Específica

Grupo HACEK

A

4 semanas

Ceftriaxona

Ampicilina + Gentamicina (2 semanas)

35
Q

TRATAMENTO

CIRURGIA

Fazer em quais casos? (3)

A

IC - Podendo ser refratária ao ttt por conta da insuf mitral aguda

Infecção não controlada - vegetações muito grandes

Prevenção de eventos cardioembólicos

CIV (?)

36
Q

PROFILAXIA

Quando fazer?

A

Pacientes com risco alto ou moderado, que irão fazer uma cirurgia com indicação de profilaxia

37
Q

PROFILAXIA

Exemplo de pacientes de risco alto e de risco moderado?

3 de cada

A

Risco alto:

Proteses valvares; endocardite prévia; cadiopatia congênia cianótica; Shunts sistêmicos pulmonares ou pertuitos cirúrgicos (Ex.: Entre A. Ao e A. Pulm.)

Risco Moderado:

Valvopatias adquiridas (FR); Prolapso da valva mitral com espessamento ou regurgitação valvar; CMP hipertrófica; Cardiopatia cogênita nao cianogênica (CIA, PCA)

38
Q

PROFILAXIA

Exemplos de procedimentos com indicação de profilaxia

Citar um de cada

A

Procedimentos dentários: Que sangrem e/ou manipulação gengival, incluindo limpeza, ttt de canal, anestesia local intraligamentar

Procedimentos respiratórios: Adenoidectomia e/ou tonsilectomia, cirurgia envolvendo mucosa respiratória, broncoscopia com broncoscópio rígido

Procedimentos gastrointestinais: Escleroterapia para varizes esofageanas, dilatação esofágicas, CPRE com obstrução biliar, cirurgia do trato biliar, cirurgia que envolve mucosas

Procedimentos genitourinários: Cirurgia prostática, citoscopia,

39
Q

PROFILAXIA

Procedimentos sem indicação de profilaxia

Citar 5

A

Procedimentos dentários: sem sangramento ou manipulação gengival

Procedimentos respiratórios: IOT, broncoscopia com broncoscópio flexível (com ou sem biopsoa)

Procedimentos gastrointestinais: EDA com ou sem biopsia

Procedimentos genitourinários: Histerectomia vaginal, parto vaginal e cesáreo, cateterização ureteral, curetagem uterina, aborto terapêutico, cirurgia de esterilização, inserção de DIU

Procedimentos cardiovasculares: Cateterismo cardíaco (Incluindo ATPC), Implante de MCP e desfibliladores

40
Q

PROFILAXIA

Antes de procedimentos dentários, esofageanos ou do trato respiratório?

A

Amoxicilina 2 g, VO, 30 a 60 minutos antes dos procedimentos.
No caso de alergia à penicilina – usar clindamicina 600 mg ou azitromicina 500 mg
ou claritromicina 500 mg.

41
Q

PROFILAXIA

antes de procedimentos gastrointestinais ou geniturinários?

A

Ampicilina 2 g, IV, associada à gentamicina 1,5 mg/kg, IV, 30 minutos antes do
procedimento.

Após 6 horas do procedimento, fazer reforço com ampicilina 1 g, IV.

Se houver alergia à penicilina – fazer vancomicina 1 g, IV + gentamicina 1,5 mg/kg,
IV, 30 minutos antes do procedimento.