DAoP - Doença arterial obstrutiva periférica Flashcards
CONCEITOS
Causa aterosclerótica
Processo crônico, progressivo e sistêmico, decorrente de uma resposta inflamatória e fibroproliferativa, causada por agressões à superfície do endotélio vascular

Conhecida também por:
AOP - Aterosclerose Obliterante Periférica
DAP - Doença arterial periférica
FISIOPATOLOGIA
Injúria endoelial → Processo inflamatório → Formação de placa → Ruptura → Trombose ou oclusão do segmento
EPIDEMIOLOGIA E INCIDÊNCIA
(Só ler)
10% da população e 20% do > 75anos
Vem crescendo em frequencia por causa do aumento da idade da população e da incidêcia de DCV
1 em cada 10 Homens acima de 70 anos padece de DAoP clinicamente
H>M; Mulher aparece 10 anos mais tarde
Na forma mais grave (isquemia crítica) → 500 casos/ 1.000.000
FATORES DE RISCO
Citar 5
Idade
Homem
Dislipidemias
Tabagismo
HAS
DM
Obesidade
Fatores genéticos
FATORES DE RISCO
IDADE E SEXO
Em quem é mais frequente?
Por que aparece mais tardiamente na mulher?
Homem > Mulher
Mulher aparece mais tardiamente por causa da menopausa, onde perde o estrógeno → ↑LDL e ↓HDL
FATORES DE RISCO
TABAGISMO
Mecanismo fisiopatológico?
- Fator de risco ligado ao DAoP
- Aumenta o risco de AVC em 2-3x
- 90% dos pacientes com DaoP são Tabagistas
- Risco de falha do enxerto é 3x maior comparando com os pacientes que pararam de fumar
- Resposta: Perda do relaxamento do endotélio vascular por não responsibilidade ao NO
FATORES DE RISCO
Hipertensão
Fisiopatologia?
Qual o mais importante: PAS ou PAD?
Angiotensina II → Processo inflamatório
PAS é mais importante que PAD na fisiopatologia
FATORES DE RISCO
Diabetes
Acomete mais que vasos?
Progressão mais rápida
2-4x Mais comum
Vasos distais acometidos
FATORES PROTETORES
(3)
Atividade física adequada
Ingestão moderada de alcool
Ausência de fator de risco
HISTÓRIA CLÍNICA
Anamnese
Principal sintoma: Dor por claudicação!
Localização: da dor No segmento acometido. Ex: Doença aorto iliaca, oclusão femoro poplítea
Tipo de Dor: Neuropática, IVC, Compressão radicular, etiologias ortopédicas
Fatores de Risco
Avaliar doença coronariana, cerebral e carotídea
HISTÓRIA CLÍNICA
Queixas
Dor
Claudicação intermitente
Frialdade do membro
Palidez e cianose
Lesão trófica
Dor em repouso
HISTÓRIA CLÍNICA
Exame Físico
Ausculta?
Palpação? (5)
Ausculta: Sopros
Palpação: Avaliar, ver simetricos, temeratura, frêmitos, pulso, amplitude, consistência
HISTÓRIA CLÍNICA
Exame Físico
ITB
O que é?
Posição para medir?
Em que valor é considerado DAoP?
Em que valor há isquemia crítica?
Indice Tornozelo braquial - Diferença entre PAS tornozero e PAS braquial
Medir em decúbito dorsal
> 1,4 - Imcompressibilidade - A. calcificada
1,0 - 1,4 - Normal
0,9 - 0,99 Limitrofe
< 0,9 DAoP
< 5 - Dor em repouso - isquemia crítica
TERAPIA COMPRESSIVA
(?)
PROSCRITA!
IATROGENIA!

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Quais as duas?
Classificação de Fontaine
Classificação de Rutherford
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Classificação de Fontaine
I ao IV
Estágio I: Paciente Assintomático.
Estágio II:
IIa: Claudicação leve - Não incapacitante
IIb: Claudicação moderada a grave - Incapacitante
Estágio III: Presença de dor em repouso.
Estágio IV: Presença de úlcera ou gangrena - Lesão trófica

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Classificação de Rutherford
Categoria 0-6

AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
(6)
Perfil lipidico
Glicemia e HbA1C
Hb/Ht
Creatinina
Homocisteína
Fibrinogênio
EXAMES DE IMAGEM
Quais são?
USG Dopper Arterial
Arteriografia
Angiotomografia
Angiorressonância
EXAMES DE IMAGEM
USG Doppler Arterial
Indicação?
Não invasivo
Velocidade de fluxo
Padrão de onda de pulso
PAS
Indicação - Defcit circulatório, acompanhamento pós ttt cirúrgico ou clínico
EXAMES DE IMAGEM
Arteriografia
Invasivo?
Bom pra avaliar…?
Indicações?
Invasivo
Melhor para avaliar aspectos anatômicos do vaso, como localização, extensão, grau de obstrução e circulação colateral
Planejamento terapêutico - Muito usado
Indicações: Lesão trófica, dor em repouso, claudicação incapacitante

EXAMES DE IMAGEM
Angiotomografia e angiorressonância
Desvantagens
Indicação
Pouco invasivo
Angio-TC: altas doses de radiação → Img fica obscurecida pela calcificação arterial
AngioRM: Sem radiação, contraste gadolíneo (nefrotóxico)
Indicação: Planejamento do tratamento terapeutico

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Citar 5
Tromboangeíte obleterante
coarctação da aorta
Traumatismo remoto ou lesão actínica
Encarceramento poplíteo
Cisto poplíteo
Aneurisma poplíteo
Fibrodisplasia arterial
Tumores vasculares
TRATAMENTO CLÍNICO
Objetivos
Reduzir a mortalidade
Controlar os fatores de risco
Profilaxia do trauma ou ferimento do MMII
Atividade física
Uso de fármacos específicos
TRATAMENTO CLÍNICO
MEV?
Atividade física
Tabagismo
Redução de peso
Controle do DM e HAS
Controle das dislipidemias
TRATAMENTO CLÍNICO
Atividade física
Eficaz para…?
Meta?
TTT mais eficaz pra claudicação intermitente
A meta é aumentar a distância de claudicação pela adaptação do metabolismo oxidativo da musculatura - Fazer 30-60min/3x/semana
Recomentação #14 no TASC II (A)
TRATAMENTO CLÍNICO
Tabagismo
Cessar tabagismo para evitar o avanço da doença
Melhor taxa de sucesso se associar com antidepressivos (Bupropiona) e reposição nicotínica (A)
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Controle da HAS?
Tiazídicos e IECA
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Meta para DM?
Manter A1C <7 ou o mais próximo de 6 o possível
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Antiplaquetários
Objetivo?
Medicações?
Efeito Sobre a claudicação?
Reduzir eventos antitrombóticos, reduzindo eventos CV
Cilostazol, AAS, Clopidogrel ou Ticlopidina
Não melhora claudicação (Exc.: Cilostasol - melhora um pouco)
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Cilostazol
Ação? Diminiu RVC?
Inibe qual enzima?
Claudicação? Amputados?
Contraindicações?
Antiagregante plaquetário e vasodilatador periférico; ↑ HDL; ↑ Fator de crescimento endotelial;
Não diminui RCV
Inibe a ação da fosfodiesterase III
Melhora qualidade de vida, melhora um pouco a claudicação ; Não tem sentido dar para amputados
Contraindicações: IC, Disturbios hemostáticos, úlcera péptica hemorrágica, hemorragia intracraniada
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Cilostazol
Em caso de intolerância, usar?
Pentoxifilina
TRATAMENTO CLÍNICO
Dislipidemias
Meta de LDL?
Para DaoP sintomático - Deve ter LDL < 100
Para DaoP com história de doença vascular - Deve ter LDL < 70
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Estatinas
Representantes? Inibem qual enzima? Efeitos sistêmicos - Citar 3
Efeitos adversos?
Monitorar…?
Sinvastatina, Rosuvastatina
Inibem a HMG-CoA Redutase
- Efeito antiinflamatório no endotélio; Reduz comorbidade coronariana;
- Estabiliza e regride a placa aterosclerótica
- ↓ Necessidade de revascularização periférica
- ↓ LDL 15-50%; ↓Trig 7-28%; ↑HDL 2-10%
Efeitos adversos: Mialgias, miosites, rabdomiólise, hepatotoxicidade
Monitorar CPK, TGO, TGO
TRATAMENTO CLÍNICO
MEDICAMENTOSO
Fibratos
Efeito? Quando usar?
Efeitos colaterais
Cautela em…?
Redução do Trig
Usados na falha na MEV e ttt farmacológico anterior - Trig > 500
Efeitos colaterais: Distúrbios no TGI, Mialgia, litíase biliar, cefaleila, hepatotoxicidade, prurido etc
Cautela em: IR, litíase biliar, associação com estatinas e anticoagulante oral
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Indicações?
Contraindicações?
Indicações: Dor em repouso, claudicação limitante, lesão trófica
Contraindicações: IAM recente, neoplasias malignas com curta sobrevida, infecção/gancrena, isquemia reversível, anquilose em flexão do joelho ou coxofemora
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Tipos
Tipos de procedimentos:
- Endarterectomia
- Derivação do FS proximal a obstrução para artérias distais a obstrução
- Endovascular: Dilatação do segmento estenosado com o uso de balão com ou sem stent
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Endarterectomia
Lesões de curta extensão e localizadas
Feito fechamento secundário com autoenxerto (safena) ou próteses

TRATAMENTO CIRÚRGICO
Derivações
Em casos de lesões extensas, acometendo um ou mais segmentos
Enxerto aortofemoral, femoropoplíteo, iliacofemoral, axilofemoral

TRATAMENTO CIRÚRGICO
Endovascular
Dilatação do segmento estenosado com balação com ou sem stent
