Dor Abdominal Flashcards
Quais as principais etiologias da pancreatite?
Litíase biliar
Álcool
Outras (CPRE, escorpião, pós trauma, droga)
Quais os 4 passos da abordagem inicial ao paciente com pancreatite
1º: causa e gravidade
2º: tratamento
3º: complicação
4º: alta
Quais o critérios de gravidade para pancreatite aguda?
Atlanta Ranson: >= 3 Apache: >= 8 PCR > 150 após 48 horas BISAP: >= 3 Baltazar: > 6
Quais os critérios avaliados para Ranson?
LEGAL FECHOU
Admissão: Leucocitose, idade, Glicemia, AST e LDH
Primeiras 48 horas: fluido, excesso de base, cálcio sérico, queda de hematócrito, PaO2 e ureia
Qual a principal desvantagem do critério Ranson?
Não consegue dizer a gravidade de forma imediata
Quais as principais complicações da pancreatite aguda?
Coleção fluida aguda
Necrose
Pseudocisto
Quais os exames de imagem diagnostica pancreatite aguda?
TC padrão ouro: fazer após 48 a 72 horas do início do quadro
USG: buscar causa litiásica
Qual o tratamento da pancreatite leve?
Suporte: analgesia (opioids), dieta zero, hidratação venosa, eletrólitos
Voltar dieta após 5-7 dias
Qual o tratamento da pancreatite grave?
Suporte +
Ressuscitação volemica + nutrição enteral (ou parenteral) + CPRE (sempre que tenha colangite ou obstrução permanente)
Qual a conduta na coleção fluida aguda?
Expectante
Se infectado: punção + ATB (imipenem)
Qual a conduta para necrose pancreática?
Não infectada: conservador
Infectada: punção + necrosectomia + ATB
Qual a conduta para pseudocisto?
Sintomático
EDA com drenagem endoscópica transgástrica de complicada
Quais características temporais, laboratoriais e anatômicas do pseudocisto?
Tardios
Aumento da amilase
Massa palpável e não epitelizado
Quais condutas a serem tomadas na alta após pancreatite?
Alta se: dor controlada e alimentação normal.
Avaliar Colecistectomia
Leve: na mesma internação
Grave: 6 semanas após
Quais as causas de pancreatite crônica?
Álcool Genético Autoimune Pancreatite tropical Fibrose cística Hipercalcemia
Qual a clínica da pancreatite crônica?
Fibrose
Esteatorreia
DM
Pode haver dor, icterícia e emagrecimento
Quais os exames diagnósticos da pancreatite crônica?
Imagem: TC e USG. CPRE
Teste da secretina
Teste da elastase fecal
Histopatologia: padrão ouro
Qual o tratamento da pancreatite crônica?
Enzimas pancreáticas + IBP Insulina Analgesia Cirurgia: depende da dilatação CPRR antes Pancreatojejunostomia com Y de Roux (dilatação secundária a cálculos ou estenose) Whipple (cálculo ou estenose único) Pancreatectomia (sem dilatação)
Qual a etiologia bacteriana mais comum na apendicite?
E. coli
B. fragilis
Diagnóstico de apendicite:
Diagnóstico é clínico
Fazer exame de imagem em caso de dúvida ou suspeita de complicação (> 48 horas)
USG (criança e mulher em idade fértil)
TC ou RNM
Descreva os achados nas imagens no caso de apendicite
USG: diâmetro anteroposterior > 7 mm, espessamento, presença do apendicolito, aumento da vascularização
TC: barramento da gordura periapendicular, edema, abcesso, aumento do diâmetro e espessamento
Descreva a escala de Alvarado
Dor que migra para FID Febre Leucocitose (2) Desvio pra E Anorexia Vômito Dor a palpação na FID (2) Descompressão dolorosa
> = 7 diagnóstico provável
Qual o tratamento da apendicite?
Simples: ATB profilático + apendicectomia
Tardia ou complicada: abcesso ou fleimão - ATB + (drenagem em caso de abscesso) + colono (2 a 4 semanas) + apendicectomia tardia (6 a 8 semanas)
Qual a complicação mais comum da apendicectomia?
Infecção do sítio cirúrgico (principalmente em cirurgia aberta)
Descreva a classificação de Hinchey
I: abcesso pericíclico ou mesentério
II: abcesso pélvico
III: peritonite purulenta
IV: peritonite fecal
Qual o exame de escolha para diagnóstico de diverticulite?
TC
Após 4 a 6 semanas fazer sigmoidoscopia ou colonoscopia para afastar neoplasia
Qual o principal diagnóstico diferencial da diverticulite?
Câncer de retossigmoide
Qual o tratamento para diverticulite não complicada?
Dieta sem resíduo (ou dieta zero) + ATB (oral ou EV)
Qual o tratamento da diverticulite complicada?
Abscesso: drena + ATB + colono + cirurgia eletiva
Peritonite / obstrução: Cirurgia de urgência (sigmoidoscopia a Hartmann)
Obs.: Hinchey III pode tentar lavagem laparoscópica
Quais os principais fatores de risco paga colite isquêmica?
Doença aterosclerótica
Hipotensão transitória
Cirurgia na aorta
Qual a manifestação clínica da isquemia colonica?
Dor abdominal em idoso
Hematoquezia
Febre
Como dar o DX da isquemia colonica?
Raio X com clester - sinal das impressões digitais
Retosigmoidoscopia
TC
Como dar o diagnóstico da isquemia mesentérica aguda?
Dor abdominal muito intensa
Exame físico normal
Fatores de risco associados
Taquipneia (devido a acidose metabólica)
Quais os exames diagnósticos da isquemia mesentérica aguda?
AngioTC
Angiografia
Quais as causas de isquemia mesentérica aguda?
Embolia
Trombose arterial
Vasoespasmo
Trombose venosa
Qual os fatores associados as principais causas de isquemia mesentérica?
Embolia: FA, IAM recente
Vasoconstrição: ICC grave, sepse, coicaína
Trombose arterial: doença aterosclerótica, doença vascular periférica
Trombose venosa: trombofilias, neoplasia, hipertensão porta
Qual o tratamento de isquemia mesentérica causada por êmbolo ou trombo?
Estabilização + sonda nasofástrica ATB largo espectro Heparina Lapa com embolectomia ou trombectomia Avaliar alça e retirar necrose * considerar papaverina no pós-op para evitar vasoespasmo
Qual o tratamento de isquemia mesentérica no caso de vasoespasmo?
Papaverina + ou - lapa
Qual a clínica da isquemia mesentérica crônica?
Comeu, doeu
Emagrecimento
Doença aterosclerótica
Qual a fisiopatologia da porfiria intermitente aguda?
Distúrbio na síntese do heme com acúmulo da porfiria por deficiência enzimática (HMB-sintase —> acúmulo de ALA e PBG)
Qual o quadro clínico da porfiria intermitente aguda?
Dor abdominal (acompanhada de hiperperistaltismo) Crise convulsiva Hiperatividade simpática Alterações psiquiátricas Neuropatia periférica
Quais fatores podem predispor crise de porfiria intermitente aguda?
Cirurgia Drogas Álcool / tabagismo Infecções Chumbo Estrogênio
Como diagnosticar porfiria intermitente aguda?
Acúmulo dos precursores (ALA e PBG) na urina
Qual o tratamento da porfiria intermitente aguda?
Suspender fator precipitante
Heme ou carboidrato
Saturnismo é intoxicação por qual metal?
Chumbo
Qual o quadro clínico do saturnismo?
Dor adnominal em cólica Anemia hipo micro com pontilhados basofílicos Nefrite intersticial proximal Gota HAS Encefalopatia Infertilidade Linha gengival (Burton)
Qual o diagnóstico e tratamento do saturnismo?
Chumbo sérico
Interromper exposição e usar quelante de chumbo (DMSA ou EDTA)
Quais as manifestações clínicas da febre tifoide?
1ª a 2ª semana: febre, sinal de Faget, dor abdominal
2ª a 3ª semana: rash, hepatoesplenimegalia, torpor
* pode ter sangramento (+ comum) e perfuração (ileal)
4ª semana: convalescência
Qual o fator de risco associado a febre tifoide que precisa de intervenção cirúrgica?
Colelitíase (portador crônico)
Diagnóstico de febre tifoide
Hemocultura / urinocultura / mielocultura (+ sensível)
Biópsia
Sorologia (teste de Widal)
Qual o tratamento da febre tifoide?
Ceftriaxone ou ciprofloxacino ou azitromicina
* MS: clorofenicol
+ ou - Dexametasona
Portador crônico: cipro, amox ou Bactrim