Doenças exantemáticas Flashcards
Quais são as principais doenças exantemáticas na infância?
Virais sem vesículas: Sarampo, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito, mononucleose infecciosa
Virais com vesículas: Varicela, doença mão-pé-boca
Bacterianas: Escarlatina
Sem agente definido: Doença de Kawasaki
Quando devemos suspeitar de sarampo?
Crianças não vacinadas
Pródromo de febre e quadro gripal; fotofobia e conjuntivite
Manchas de Koplik no palato (patognomônicas) - manchas acinzentadas com halo hiperemiado ao redor
Rash maculopapular morbiliforme cranio-caudal 12-24h após manchas de Koplik, com febre alta
Como confirmar o diagnóstico de sarampo?
Anticorpos são detectáveis na fase de rash
Leucopenia com linfocitose relativa (inespecífico)
Quais são as complicações possíveis do sarampo?
Pneumonia
Otite média aguda
Encefalite (maior risco se antes dos 18 meses); encefalite panesclerosante subaguda
Como é feita a profilaxia pós-exposição ao sarampo?
A vacinação deve ser feita em até 72 horas pós-exposição em maiores de 6 meses de idade e sucetíveis. Entre 6 e 12 meses, a criança deverá ser feita mas as demais doses com 12 e 15 meses deve ser mantida, pois a vacinação com 6-12 meses não confere imunidade para toda a vida (em função de anticorpos que podem ter advindo da gestação e neutralizarão a vacina).
Que vitamina pode ajudar a reduzir a morbimortalidade por sarampo em crianças desnutridas e menores de 2 anos?
A vitamina A!
Qual o quadro clínico da rubéola?
2/3 dos casos são assintomáticos!
Conjuntivite sem fotofobia
Linfonodomegalia retroauricular, cervical posterior e pós-occipital
Exantema cranio-caudal fugaz (“sarampinho”)
Como confirmar o diagnóstico de rubéola?
O ideal é através de IgM e IgG (aumento de 4x).
Quais são as complicações possíveis da rubéola?
Encefalite (menos comum que o sarampo); encefalite panesclerosante subaguda
Púrpura trombocitopênica
Síndrome da rubéola congênita caso atinga gestantes (tríade: catarata, surdez neurossensorial, cardiopatia + restrição de crescimento; 40% evoluem com autismo)
Qual o agente etiológico do eritema infeccioso? Como ele é transmitido?
O eritema infeccioso é causado pelo parvovírus B19, transmitido através da secreção nasofaríngea.
Qual o grupo de pacientes que apresenta maior risco quando infectado pelo parvovírus B19? Qual mecanismo fisiopatológico esta relacionado a esse risco aumentado?
O parvovírus B19 se desenvolve dentro das células eritroblásticas da medula óssea, podendo provocar uma crise aplástica aguda 7-11 dias após a infecção. Isto é especialmente preocupante em pacientes com hemólise crônica, como os falcêmicos.
Que complicação o parvovírus B19 pode causar se acometer gestantes?
A hidropsia fetal não imune.
Qual o quadro clínico do eritema infeccioso?
Crise aplásica 7-11 dias após a infecção
Exantema pós-infeccioso e artrite 17-18 dias após infecção (fenômenos imunes)
Marca registrada: fáscie esbofeteada, que precede o exantema no tronco, e que clareamento central após (formando rendilhado). Ocorrem após a viremia.
Quais são as complicações possíveis do eritema infeccioso?
Crise aplástica durante a viremia;
Síndrome purpúrica-papular em luva e bota.
Uma criança com fáscie esbofeteada evolui com exantema em tronco. A criança deve ser mantida em isolamento em casa?
Não, a criança pode ir a escola pois o exantema ocorre após a viremia ou seja, quando apresenta exantema, não está mais transmitindo o vírus.