Doenças do esôfago e estômago Flashcards
Diferença de pirose e azia
- Pirose: retroesternal ascendente
- Azia: epigástrica
Causa: hipertonia do EEI (> 35 mmHg)
Clínica: disfagia, regurgitação, perda de peso
Acalásia / Megaesôfago
Acalásia: esofagografia baritada
Afilamento com retenção do contraste
- Sinal da ponta de lápis ou do bico de passáro 🐦
V ou F
Sempre solicitar EDA na acalásia
Verdadeiro
Acalásia: tratamento pela classificação de Mascarenhas
-
I: < 4 cm
- Conservador: nitrato, BCC, Sildenafil
-
II: 4-7 cm
- Dilatação endoscópica (temporária)
-
III: 7-10 cm (bico de pássaro)
- Cardiomiopatia a Heller + fundoplicatura de Pinotti
- POEM (PerOral Endoscopic Myotomy)
-
IV: > 10 cm
- Esofagectomia: dolicomegaesôago (pré-maligno)
Acalásia: técnica preferível no estágio III é a cardiomiopatia + fundoplicatura ou o POEM?
Cardiomiopatia + fundoplicatura, pois, apesar de mais invasiva, tem melhores resultados a longo prazo
Causa: contrações simultâneas do esôfago
Clínica: disfagia e cólica esofágica (precordialgia)
Espasmo esofagiano difuso
Espasmo esofagiano difuso: esofagografia baritada
Esôfago em saca-rolhas
Espasmo esofagiano difuso: tratamento
- Nitratos, BCC
- Miotomia longitudinal
Causa: relaxamentos transitórios frequentes do EEI, não associados à deglutição, prolongados; hipotonia do EEI; alterações na JEG
Clínica: pirose e regurgitação (típicos), faringite, rouquidão, tosse (atípicos)
DRGE
DRGE: diagnóstico e exame padrão-ouro
- Clínico: sintomas TÍPICOS → prova terapêutica
- pHmetria de 24 horas: solicitar se diagnóstico por presunção e paciente refratário com necessidade de cirurgia
DRGE: indicações de EDA
- > 40 anos
- Sinais de alarme (úlcera, estenose, perda de peso, anemia)
- Refratários
DRGE: tratamento farmacológico
⬇️ Acidez, mas não impede o refluxo
- IBP em dose plena por 4-8 semanas: Omeprazol 20 mg, Lansoprazol 30 mg, Pantoprazol ou Esomeprazol 40 mg
- Recorrência: IBP “sob demanda” ou crônico
- Sem melhora: IBP “dose dobrada” (2x/dia)
DRGE: indicações e tipo de cirurgia
Fundoplicatura VLP: total/Nissen (evitar se < 30 mmHg distal ou < 60% de atividade peristáltica) ou parcial
- Refratários
- Uso crônico de IBP
- Complicações (estenose, úlceras)
DRGE: exames antes da cirurgia
- pHmetria 24h: padrão-ouro, confirmação ou
- Esofagomanometria: escolha da técnica
Metaplasia intestinal distal e melhora sintomática inicial
Escamoso estratificado → colunar intestinal
Esôfago de Barret: EDA com esôfago cor vermelho salmão 🐟
Esôfago de Barret: tratamento
IBP + EDA
- Metaplasia: EDA 3/5 anos
- Displasia de baixo grau: ablação endoscópica ou EDA 12/12 meses
- Displasia de alto grau (ca in situ): ablação endoscópica ou esofagectomia distal
- Adenocarcinoma invasivo
Fatores de risco para câncer epidermoide/escamoso de esôfago
- Etilismo
- Tabagismo
- Bebidas quentes, alimentos defumados
- Acalásia, estenose cáustica, tiles palmar e plantar
Escamoso - “Esternos”
Fatores de risco para adenocarcinoma de esôfago
- Barret
- Tabagismo
- Obesidade
Tipo de câncer de esôfago que acomete o 1/3 distal e é mais comum nos EUA
Adenocarcinoma
Câncer de esôfago: esofagografia baritada
Sinal da maçã mordida 🍎
Câncer de esôfago: estadiamento
- TC de tórax e abdome
- USG endoscópica / ecoendoscopia: padrão-ouro (T e xN)
- PET-scan
Câncer de esôfago precoce
Acomete até a submucosa (T1a/b; estágio I), independente do acometimento de linfonodos
Câncer de esôfago: estadiamento T
- T1a: mucosa
- T1b: submucosa
- T2: muscular
- T3: adventícia
- T4a: adjacente ressecável
- T4b: adjacente irressecável
Câncer de esôfago: tratamento se T1a
Mucosectomia EDA
Câncer de esôfago: cirurgia e margem
Esofagectomia subtotal + linfadenectomia com margem de 8 cm
Câncer de esôfago: tratamento no estágio T4b ou M1
Paliação (endoprótese, RT)
Câncer de esôfago: neoadjuvância
- ≥ T3
- N+
- ≥ 3 cm
- Indiferenciado
Clínica da síndrome dispéptica
Dor epigástrica, saciedade precoce e plenitude pós-prandial
- Estômago: piora com a alimentação
- Duodeno: 2-3h após
Facilitadores da síndrome dispéptica
H. pylori e AINE
Diagnóstico de síndrome dispéptica por testes não invasivos para H. pylori
- Teste da ureia respiratória / Ag fecal / Sorologia
- Antes dos testes: suspender IBP (2 semanas) e ATB (4 semanas)
Diagnóstico de síndrome dispéptica por testes invasivos para H. pylori
- Teste da urease
- Histologia
- Cultura
Síndrome dispéptica: indicações de EDA
- Disfagia
- Odinofagia
- Perda de peso
- Vômitos persistentes
- Anemia
- HF 1º grau de CA gastrointestinal
- Sangramento digestivo
- Idade > 45-60 anos
Síndrome dispéptica: tratamento do H. pylori
-
Erradicar por 14 dias
- Claritromicina 500 mg 12/12h +
- Amoxicilina 1 g 12/12h +
- Omeprazol 20 mg 12/12h (IBP)
Síndrome dispéptica: controle de cura
- SEMPRE realizar
- 4 semanas após o término
- Preferências por métodos não invasivos, exceto sorologia
Síndrome dispéptica: tratamento da úlcera péptica confirmada por EDA
- Suspender AINE e erradicar HP (se presente)
- Biópsias para descartar malignidade (gástrica)
- Manter IBP por 4-8 semanas
Nova EDA após 8 semanas se suspeita de malignidade
Síndrome dispéptica: indicações de tratamento cirúrgico
Intratabilidade clínica: cirurgia eletiva
Complicações: cirurgia de urgência se hemorragia digestiva refratária, perfuração
Reconstrução do trânsito na cirurgia de úlcera péptica
Billroth I: gastroduodenostomia
Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente → quando retira porções maiores
Clínica do dumping precoce (síndrome pós-gastrectomia)
15-30 min após a alimentação
- Gastrointestinal e vasomotores (taquicardia, rubor)
Clínica do dumping tardio (síndrome pós-gastrectomia)
1-3h após (⬆️ insulina)
- Hipoglicemia
Clínica da gastrite alcalina
Dor epigástrica contínua, vômitos NÃO aliviam a dor
Tratamento: Y de Roux
Clínica da síndrome da alça aferente
Só em Billroth II
Dor que piora com alimentação, vômitos em jato ALIVIAM a dor
- Tratamento: Y de Roux
Úlceras por hipercloridria
- Duodenal
- Gástrica II: corpo + duodenal
- Gástrica III: pré-pilórica
Úlceras por hipocloridria
- Gástrica I: pequena curvatura baixa (mais comum)
- Gástrica IV: pequena curvatura alta