Doença das vias biliares. Flashcards
Como é a anatomia das vias biliares?
O que é o triângulo de Calot? (3)
- Região importante que deve ser identificada ao fazer a colecistectomia;
- Limites:
- Borda hepática;
- Ducto cístico;
- Ducto hepático comum; - Conteúdo:
- Artéria cística.
Quais são as características do cálculo amarelo? (5)
- Trata-se do mais comum;
- Colesterol;
- Não pigmentado, radiotransparente;
- Formado na vesícula;
- FR:
- Mulher, estrogênio, idade, obesidade, emagrecimento rápido, drogas (clofibrato), dças ileais (Crohn, ressec);
Quais são as características do cálculo preto? (4)
- 2º mais comum;
- Bilirrubinato de cálcio;
- Pigmentado, formado na vesícula;
- FR:
- Hemólise crônica, cirrose.
Quais são as características do cálculo castanho? (4)
- É o mais raro;
- Bilirrubinato de cálcio;
- Pigmentado, formado NA via biliar;
- FR:
- Obstrução/colonização bacteriana.
O que é colelitíase?
Cálculo presente dentro da vesícula biliar.
Qual a clínica de um paciente com colelitíase? (2)
- Assintomático (na maioria das vezes);
- Se impactar o infundíbulo da vesícula:
- Dor –> cólica biliar (15% dos casos);
- A dor vai aliviando em até 6 horas;
Como fazer o diagnóstico da colelitíase? (2)
- Ultrassonografia –> padrão ouro;
2. Imagens hiperecoicas com sombra acústica.
Como se dá o tratamento da colelitíase?
- Colecistectomia videolaparoscópica:
- Para o paciente sintomático, com complicações;
- Paciente assintomático SE: >3cm (>2,5cm), pólipos, vesícula em porcelana, anomalia congênita, anemia hemolítica, cirurgia bariátrica e tx cardíaco.
O que é a colecistite aguda?
Inflamação por um cálculo obstruindo a vesícula (infundíbulo ou ducto cístico).
Como é o quadro clínico de um paciente com colecistite aguda?
- Dor > 6 horas e que não involui;
- Febre;
- Sinal de Murphy (VPP altíssimo):
- Interrupção súbita da inspiração profunda durante a compressão do ponto cístico.
Como pode ser feito o diagnóstico de colecistite aguda?
- USG:
- Cálculo impactado no infundíbulo;
- Parede espessada (>3mm) - Cintilografia biliar (padrão ouro):
- Ausência de contraste na vesícula biliar.
Como é feito o tratamento da colecistite aguda? (4)
- Medidas gerais (analgesia, correção de distúrbios hidroeletrolíticos, hidratação);
- Antibioticoterapia;
- Colecistectomia videolaparoscópica precoce (idealmente < 72 horas);
- Segura até 1 semana. - E se não tolerar a CVL?
- Colecistostomia percutânea;
Segundo o Tokyo Guideline, como é feito o diagnóstico de colecistite aguda?
Clínica, laboratório e imagem: A. Sinais de inflamação local: - Murphy +, dor em QSD, massa; B. Sinais de inflamação sistêmica: - Febre, leucocitose, aumento de PCR; C. Achados ultrassonográficos
Interpretação dos achados segundo o Tokyo Guidelines:
A + B: suspeita diagnóstica;
A + B + C: diagnóstico fechado.
Classificação da colecistite aguda segundo o Tokyo Guideline: (3)
- Grau III (grave): disfunção orgânica;
- Grau II (moderado): algum dos achados, mas sem disfunção orgânica:
- Leuco > 18.000;
- Massa palpável e dolorosa em QSD;
- Evolução > 72 horas;
- Sinais de complicação local; - Grau I (leve): ausência de critérios para moderada e grave.
Correlacione a classificação segundo o Tokyo Guideline com o tratamento da colecistite aguda: (3)
- Grau I: CVL:
- ATB + cirurgia tardia se paciente não tolerar CVL. - Grau II: CVL em centros especializados;
- ATB + colecistostomia se paciente não tolerar CVL; - Grau III: conservador até correção da disfunção orgânica;
- Após estabilizar, CVL por cirurgião experiente;
- ATB + colecistostomia se paciente não tolerar CVL.
Quais são as possíveis complicações da colecistite aguda? (2)
- Perfuração;
2. Colecistite enfisematosa.