DM Flashcards
Quando rastrear para DM2 em pacientes assintomáticos
- Idade > 35 anos
- Idade < 35 anos + obesidade/sobrepeso(imc>=25) + 1 fator de risco —> acantose nigricans, HAS, HDCV, SOP, sedentarismo, HDL < 35, TGL > 250, história familiar em parente de primeiro grau
- DMG prévia ou recém-nato grande
- Pré-DM em exame prévio
Diagnóstico de DM
GJ —> Normal < 100, Pré DM 100-125, DM > ou igual a 126.
GA > ou igual a 200 + sintomas de descompensação.
HbA1c —> Normal < 5.7, Pré DM 5.7 - 6.4, DM > ou igual a 6.5
TOTG 1h —> Normal < 155, Pré DM 155 - 208, DM > ou igual a 209.
TOTG 2h —> Normal < 140, Pré DM 140 - 199, DM > ou igual a 200
Dois testes concordantes fecha diagnóstico.
Diagnóstico e Conduta na DMG
GJ —> Normal: < 92, DMG : 92-125, Diabetes over: > ou igual a 126.
GA —> Diabetes over: maior ou igual a 200.
TOTG1h —> DMG: > ou igual a 180.
TOTG2h —> DMG: > ou igual a 153, DM over > ou igual a 200.
Primeiro trimestre —> realizar glicemia em jejum, se normal, TOTG com 24-28 semanas.
Se não realizou GJ no primeiro trimestre —> realizar TOTG com 24-28 semanas.
Só um teste alterado já confirma diagnóstico!
DM over e DM prévia —> insulina.
DMG —> MEV por 2 semanas —> se refratário ( 2 glicemias fora do alvo ) —> insulina.
MEV
- Dieta —> carboidratos: 40-55%, lipídeos: 30-40%, proteínas: 15-20%
-Monitorização glicêmica: 4 pontos ao dia pra quem não faz tratamento farmacológico (jejum, 1h pós café, 1h pós almoço, 1h pós jantar). 6 pontos pra quem faz tratamento farmacológico (jejum, 1h pós café, antes do almoço, 1h pós almoço, antes da janta, 1h pós janta).
Metas glicêmicas das populações
Adultos: GJ - 80-130, HbA1C < 7, G2h < 180
Idoso saudável: GJ - 80-130, HbA1C < 7,5, G2h < 180
Idoso frágil: GJ - 90-150, HbA1C < 8, G2h < 180
Idoso muito frágil: GJ - 100-180, HbA1C - evitar hiper e hipoglicemia, G2H -
Criança/adolescente: GJ - 70-130, HbA1C < 7, G2h < 180
Gestante: GJ - 65 - 95, HbA1C < 6, G2h < 120
Indicações de insulinoterapia em crianças e adolescentes
- Cetose e CAD
- incapacidade de diferenciar entre DM1 e DM2
- Hiperglicemia grave ao diagnóstico —> glicemia plasmática > ou igual a 250. Hemoglobina glicada maior que 9%.
- Falha ao tratamento oral.
- Gestação.
- IRA ou hepática.
Rastreamento de comorbidades autoimunes no DM1
Tireoide —> dosar TSH
- No momento do diagnóstico de DM1
- Se sinais clínicos de hipotireoidismo
- A cada 1 a 2 anos
Doença celíaca
- No momento do diagnóstico
- No segundo e quinto ano
- Se sintomas gastrointestinais e baixa estatura com diminuição da velocidade de crescimento
Gastrite autoimune —> anticorpos anti células parietais
- anemia obscura
- sintomas gastrointestinais
- Mas o rastreio de rotina não é recomendado
Fatores de risco cardiovascular
- Homem > 50
- Mulher > 56
- DM2 há mais de 10 anos
- Síndrome metabólica
- HAS
- Tabagismo
- LDL > 190
- História familiar de DAC precoce
Classificação de risco cardiovascular
Paciente de alto risco —> 1 a 2 fatores de risco; presença de DAC subclínica ou lesão de órgão alvo
- Aneurisma de aorta abdominal
- TFG 30 - 59
- Albuminúria 30 - 300
- Neuropatia autonômica CV inicial
- Placa coronária com estenose arterial > 50%
- Retinopatia não proliferativa
- Escore de cálcio de Agtston > 10
Paciente de muito alto risco —> 3 ou mais fatores de risco ou hipercolesterolemia familiar confirmada; doença cardiovascular clínica/subclínica ou lesão grave de órgão alvo
- TFG < 30
- Albuminúria > 300
- TFG < 45 + albuminúria de 30 - 300
- Retinopatia proliferativa
- Síndrome coronariana aguda
- DAC
- AVEi
- AIT
- Amputação
- DAOP
- Revascularização arterial
- Estenose arterial > 50
- Doença coronariana crônica
- Neuropatia autonômica CV avançada
Fluxograma do diagnóstico de DM no adulto jovem
DM antes dos 6 meses de vida —> DM neonatal
Se não —> sinais e sintomas específicos de diabetes secundário: pancreatite, cirurgia pancreática, medicações hiperglicemiantes, endocrinopatias (acromegalia e síndrome de Cushing), infecções (HIV, hepatite), hemocromatose?
Se não —> solicitar anticorpos —> positivo: DM1A. Negativo: solicitar peptídeo C após 5 anos de diagnóstico.
- Se < 0,6: DM1B
- Se > 0,6: obesidade sem perda regional de gordura? hipertensão arterial? acantose nigricans? —> se sim: DM2
Tratamento do DM2 em paciente sem ser idoso/gestante
- Se Hb entre 6,5-7,5 —> Metformina —> se manter acima do alvo, adicionar um AD1( se obesidade : AR GLP1, se alto/ muito alto risco cardiovascular —> ISGLT2.)
- Se Hb entre 7,5-9,0 —> Metformina + AD1 (a terapia tripla pode ser considerada) —> se acima do alvo, preferencialmente Metformina + ISGLT2 + AR GLP1 (mas outros podem ser considerados) —> se acima do alvo, quádrupla, se acima TBI
Se Hb > 9 sem sintomas —> terapia dupla (a terapia tripla deve ser considerada). O restante é igual o anterior.
Se Hb > 9 com sintomas —> TBI —> depois de estabilizar, considerar terapia dupla ou tripla via oral.
Em relação a glicemia
- Se menor que 200 —> Metformina
- Entre 200-300 —> Metformina + outro hipoglicemiante oral
- Se maior que 300 —> insulina
Tratamento de DM na gestante
DMG —> 2 semanas de dieta e exercício físico —> se duas ou mais medidas de glicemia fora do alvo —> insulinoterapia —> geralmente vai ser uma insulina de ação rápida regular ou (Aspart, faster aspart, lispro) + NPH. Se glicemia pós prandial em um período específico do dia, utilizar insulina de ação rápida antes daquela refeição. Se apenas hiperglicemia em jejum, usar NPH noturna.
1. Se a paciente não tiver boa adesão a insulina, não acessibilidade, ou algum problema em relação ao uso da insulina, pode-se considerar a substituição pela Metformina.
2. Quando associar: se precisar de altas doses de insulina (>2UI/kg/dia); sem controle glicêmico adequado; ganho excessivo de peso materno ou fetal.
3. DM pré-gestacional—> insulinoterapia desde o início; se fazia uso de medicamentos substituir pela insulinoterapia + AAS(75-100mg) entre 12-28 sem até o parto.
4. Recomendações pós -parto: reduzir a dose de insulina em 50% + a partir de 6 semanas pós o parto fazer o TOTG para reclassificá-la.
5. Pode usar rápida ou ultra-rápida quando tem dificuldade de controlar índice glicêmico pós prandial.
Contraindicação da metformina: feto abaixo do percentil 50; crescimento intrauterino restrito e gestante com DRC.
Tratamento no idoso
Idoso hígido —> tratamento normal
Idoso frágil sem sintomas com HbA1c < 10 e IMC < 22: IDPP4 ou insulina basal —> se meta não atingida: IDPP4 + glicazida MR ou insulina.
Idoso frágil sem sintomas com HbA1c < 10 e IMC > 22: Metformina ou IDPP4 —> se meta não atingida: MET + ISGLT2 ou AR GLP1, IDPP4 ou insulina basal.
Idoso frágil com sintomas ou HbA1c > 10: insulina basal.
Idoso muito frágil —> manejo paliativo: insulina basal (suporte).
Metas de LDL, colesterol não HDL e triglicerídeos
LDL
- Muito alto risco: < 50
- Alto risco: < 70
- Moderado risco: < 100
- Baixo risco: < 130
Colesterol não HDL
- Muito alto risco: < 80
- Alto risco < 100
- Moderado risco: < 130
- Baixo risco: < 160
Triglicerídeos:
- Em geral, manter abaixo de 150
Conduta de acordo com o risco cardiovascular para o LDL e triglicerídeos
Risco muito alto: LDL < 50 —> estatinas de alta potência (artovastatina 40-80 e rosuvastatina 20-40) + MEV (redução do consumo de gordura saturada, aumento de fibras e ômega-3) - (atividade física)
Risco alto: LDL < 70 —> pode-se utilizar estatinas de moderada potência (artovastatina 10-20 ou sinvastatina 20-40).
Risco moderado: LDL < 100 —> estatinas de moderada potência.
Risco baixo: LDL < 130 —> não está indicado o uso de estatinas ao menos que o LDL esteja muito elevado (LDL > 190).
Triglicerídeos
Se 150-499: dieta + atividade física
Se maior ou igual a 500: MEV + fibratos + ômega 3
Sulfonilureias
Glimeprida, glibenclamida, gliclazida MR
Estimulam a secreção de insulina pelas células beta, pelo bloqueio dos canais de K cálcio dependentes, aumentando o influxo de cálcio e o processo de desgranulação. Tem ação mais prolongada, logo maior risco de hipoglicemia. Diminui o pré condicionamento cardíaco e pode gerar ganho de peso.
Efetiva: reduz a glicemia em 60-70 mg/dL e a HbA1c em 1,5-2,0%. Tem uma maior potência na redução da glicada.
Não utilizar em idosos fragilizados, internados, pessoas com doenças cardiovasculares, desnutridos, hepatopatas, alcoólatras e nefropatas (TFG < 30), gestação.