Diverticulite Flashcards

1
Q

O que causa diverticulite?

A

Perfuração (macro ou micro) de divertículo colônico, resultando em infecção pericólica extraluminal

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2
Q

Qual é a apresentação clínica da diverticulite?

A

Dor em fossa ilíaca esquerda (local mais comum para surgimento de divertículos e evolução par diverticulite)

A dor piora com defecação, pode ser acompanhada por massa palpável local, febre e sinais de irritação peritoneal

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3
Q

Espera-se sangramento na diverticulite?

A

Não. Pode haver HDB concomitante por rompimento de vaso pela própria doença diverticular, mas também por doença inflamatória intestinal (RCU) ou neoplasia

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4
Q

Qual o exame para confirmação de diverticulite durante a crise?

A

Tomografia Computadorizada de abdome

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5
Q

Qual a escala utilizada na TC de abdome para classificação da diverticulite? Descreva-a

A

Escala de Hinchey

I: abcesso pericólico ou mesentérico
II: abcesso a distância
III: peritonite generalizada purulenta
IV: peritonite fecal

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6
Q

(UNITAU, 2018) Hinchey estabeleceu a classificação de gravidade da doença diverticulite aguda em estágios, que são úteis para orientar o tratamento cirúrgico. Sobre esses estágios, assinale a alternativa incorreta:

a. estágio 4: diverticulite com peritonite fecal
b. estágio 3: diverticulite com peritonite purulenta
c. estágio 2: diverticulite com abcesso a distância, retroperitoneal ou pélvico
d. estágio 1: diverticulite sem abcessos localizados ou coleções pericólicas
e. a drenagem percutânea guiada por TC apresenta sucesso em 70-90% dos casos de abcessos grandes, podendo ser associada à colostomia à montante “às cegas”, muito empregada nos estágios 1 e 2

A

d. estágio 1: diverticulite sem abcessos localizados ou coleções pericólicas

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7
Q

(UNITAU, 2017) Qual é a melhor conduta, no caso de uma mulher de 52 anos, com quadro de diverticulite aguda classificada como Hinchey III?

a. ressecção do sigmóide e colostomia à Hartmann
b. punção guiada por TC
c. antibioticoterapia de largo espectro domiciliar
d. transversostomia às cegas e antibioticoterapia de largo espectro
e. sigmoidectomia com reconstrução primária

A

a. ressecção do sigmóide e colostomia à Hartmann

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8
Q

(HSPE/IAMSPE, 2019) Quanto à classificação tomográfica de Kaiser, é correto afirmar:

a. relaciona o achado com estadiamento da apendicite aguda
b. têm relação com as condutas a serem tomadas
c. não pode ser aplicada em situação aguda
d. necessita de contraste baritado por via retal
e. dividida em 3 grupos de gravidade

A

b. têm relação com as condutas a serem tomadas

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9
Q

(UNICAMP, 2017) Homem, 76 anos, procura atendimento médico com queixa de dor abdominal na fossa ilíaca esquerda há 4 dias, moderada intensidade, acompanhada de náuseas, nega vômitos. Relata febre não medida e sensação de peso no local da dor. Hábito intestinal: 1x a cada 4-5 dias, fezes ressecadas. Exame físico: regular estado geral, corado, hidratado. PA 130x76 mmHg, FC 94 bpm, FR 16 irpm, Tax 38,6 graus, abdome: massa 3x3 cm dolorosa à palpação fossa ilíaca esquerda. Toque retal: presença de sangue e fezes na luva. O diagnóstico e a conduta são:

a. hemorroidas internas, retossigmoidoscopia
b. diverticulite, TC abdominal
c. diverticulose, colonoscopia
d. litíase renal, TC abdominal

A

b. diverticulite, TC abdominal

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10
Q

Qual o tratamento geral para diverticulite?

A

Dieta líquida sem resíduos (ambulatorial) ou dieta zero (hospitalar), analgesia, hidratação, ATB profilático

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11
Q

(CERMAM, 2016) Um homem de 65 anos evoluiu, há 24 horas, com dor no quadrante inferior esquerdo afebril e sensibilidade local. Nega diabetes mellitus, doenças retrovirais e/ou uso de imunossupressores. O exame de imagem (TC de abdome e pelve) revela acúmulo de tecido mole pericólico (borramento da gordura) e espessamento da parede colônica sem flegmão. Concluiu tratar-se de diverticulite aguda. Qual é a melhor conduta?

a. internação e antibioticoterapia de largo espectro parentais e dieta de baixos resíduos
b. início ambulatorial de terapia antibiótica de largo espectro por via oral e dieta de baixos resíduos
c. internação e antibioticoterapia de largo espectro parentais, dieta de baixos resíduos e punção guiada por tomografia
d. internação e antibioticoterapia de largo espectro parentais, dieta de baixos resíduos e programação cirúrgica com sigmoidectomia e anastomose primária colorretal

A

b. início ambulatorial de terapia antibiótica de largo espectro por via oral e dieta de baixos resíduos

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12
Q

Quando solicitar endoscopia digestiva baixa?

A

Após 4-6 semanas da crise, para descartar outros diagnósticos diferenciais, por risco de macroperfuração

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13
Q

Quais são as complicações da diverticulite?

A

Abcesso, fístula, obstrução, peritonite generalizada

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14
Q

Qual a complicação mais comum da diverticulite e qual seu tratamento?

A

Abcesso. Se < 2-3 cm, ATB isolada. Caso contrário, drenagem. Após resolução clínica com ATB ou drenagem, cirurgia

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15
Q

Qual a intervenção na peritonite generalizada?

A

Ressuscitação volêmica, antibioticoterapia e cirurgia de urgência, com ressecção de segmento colônico acometido, associado à lavagem cavidade abdominal

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16
Q

(CEREM/MS, 2016) A complicação mais frequente da diverticulite aguda é:

a. obstrução intestinal
b. peritonite purulenta
c. fístula colovesical
d. abscesso pericólico

A

d. abscesso pericólico

17
Q

(HU-UEL, 2017) Homem, 55 anos, comparece ao PS com dor abdominal, principalmente em flanco esquerdo e febre. Ao exame físico, tem dor à palpação do abdome, principalmente em flanco esquerdo sem descompressão brusca. Apresenta leucocitose de 15.000 ao hemograma. Foi realizado USG de abdome, que mostra espessamento de alça e projeção de sigmóide com abscesso intracavitário de 6cm de diâmetro. Em relação à melhor conduta para esse paciente, assinale a alternativa correta:

a. ATB EV + colonoscopia para confirmar diagnóstico de diverticulite aguda
b. ATB EV + drenagem de abscesso intracavitário por punção transparietal guiado por TC
c. ATB EV exclusiva
d. laparotomia exploradora para drenagem de abcesso de cavidade abdominal
e. laparotomia exploradora para drenagem de abcesso de cavidade abdominal e retossigmoidectomia à Hartmann

A

b. ATB EV + drenagem de abcesso intracavitário por punção transparietal guiado por TC

18
Q

(INEP-DF, 2017) Uma mulher de 72 anos foi atendida na sala de Emergência de um hospital por apresentar quadro de dor abdominal com 24h de evolução. Ao exame físico, a paciente estava em bom estado geral, afebril com FC 88 bpm e PA 150 x 95 mmHg e seu abdome apresentava-se doloroso à palpação em fossa ilíaca esquerda, sem sinais de irritação peritoneal. Foi realizado TC de abdome, que evidenciou quadro de diverticulite aguda com imagem de abscesso de 1,5 cm de diâmetro junto à parede do sigmóide e ausência de pneumoperitônio. Diante desse quadro, a conduta adequada é:

a. exploração cirúrgica e ATB
b. jejum, hidratação e ATB
c. drenagem percutânea de abscesso
d. jejum, colonoscopia e biópsia

A

b. jejum, hidratação e ATB

19
Q

(SANTA CASA - SP, 2018) Um paciente de 60 anos apresenta quadro de dor abdominal localizada na fossa ilíaca esquerda há 3 dias, acompanhada de febre. Ao exame, apresentava abdome plano, flácido, doloroso à palpação na fossa ilíaca esquerda e com defesa na fossa ilíaca esquerda. Nega episódios semelhantes anteriores, perda de peso ou alteração do hábito intestinal. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta com relação ao tratamento cirúrgico para o paciente:

a. deve ser imediato, para evitar complicações sistêmicas
b. a colectomia esquerda deve ser realizada eletivamente no paciente de 6-8 semanas após a alta hospitalar
c. a videolaparoscopia está contra-indicada para o tratamento cirúrgico devido à dificuldade técnica decorrente do processo inflamatório intenso
d. a punção percutânea têm importante papel durante a internação de urgência em casos de Hinchey II
e. a colostomia reduz o tempo de internação durante a crise de urgência

A

d. a punção percutânea têm importante papel durante a internação de urgência em casos de Hinchey II

A. ERRADA: cirurgia de emergência é feita apenas nos casos Hinchey 3 e 4, com peritonite generalizada, o que não parece ser o caso do paciente, que têm dor e defesa de parede apenas na fossa ilíaca esquerda.

B. ERRADA: em casos de abscesso sem peritonite (o que parece ser o caso do paciente), devemos realizar cirurgia após 6-8 semanas. Entretanto, provavelmente será uma retrossigmoidectomia e não uma colectomia esquerda, já que o paciente tem sintomas apenas em fossa ilíaca esquerda.

C: ERRADA: a laparoscopia pode ser realizada seguramente na ressecção, mesmo na vigência de processo inflamatório intenso.

E: ERRADA: os pacientes tratados com anastomose primária e ileostomia de proteção submetidos a reversão do estoma requereram menos tempo de cirurgia, bem como menos tempo de hospitalização, e tiveram menos complicações quando comparados à colostomia revertida naqueles submetidos a cirurgia de Hartmann.

20
Q

(UERJ, 2017) Uma mulher de 59 anos, branca, queixa-se de dor na barriga há 2 meses. A dor era difusa na região abdominal, tipo cólica e sem atenuantes. No momento, apresenta dor na fossa ilíaca esquerda e no hipogástrio, parada de eliminação de gases e fezes e febre com calafrios. Ao exame físico, observaram-se distensão abdominal com peristalse diminuída e descompressão dolorosa na área da dor, sem massas palpáveis. Foi feito o diagnóstico de diverticulite, por isso a cirurgia de Hartmann foi indicada. Esse procedimento consiste em uma sigmoidectomia e:

a. anastomose primária
b. colostomia de proteção
c. colostomia proximal e fechamento do coto distal
d. colostomia proximal e realização de fístula mucosa

A

c. colostomia proximal e fechamento do coto distal

21
Q

Qual a fístula mais comum?

A

Fístula colovesical. Inclusive, a causa mais comum de fístula colovesical é a diverticulite!

22
Q

(COREM-AM, 2016) A diverticulite colônica da fase aguda pode complicar com fístulas entre o cólon e os órgãos adjacentes. A mais frequente complicação desta natureza é manifestada pelas:

a. fístulas colovaginais
b. fístulas coloentéricas
c. fístulas colocutâneas
d. fístulas colovesicais
d. fístulas colovesicais

A

d. fístulas colovesicais

23
Q

Quando suspeitar de fístula colovesical?

A

Disúria (ITU) + pneumatúria

24
Q

Qual a intervenção na fístula colovesical?

A

ATB e depois cirurgia (não é de urgência)

25
Q

Qual a intervenção na obstrução?

A

Drenagem nasogástrica + ATB

Cirurgia fica reservada para obstrução total refratária (urgência)

26
Q

Quais são as cirurgias de urgência na diverticulite (2)?

A

Peritonite generalizada

Obstrução total refratária