Disturbios Hidroeletroliticos Flashcards

1
Q

Como se define a acidemia e a alcalemia?

A

A acidemia é definida como um pH arterial inferior a 7,35 e a alcalemia é definida como um pH arterial superior a 7,45.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Como se define a acidose e a alcalose?

A

. A acidose é o processo subjacente que reduz o pH, enquanto
que a alcalose é o processo que aumenta o pH. Um paciente pode ter um distúrbio misto, com acidose e alcalose, mas só pode estar acidêmico ou alcalêmico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual é a definição de excesso de base?

A

. O excesso de base, geralmente, é definido como a quantidade de ácido forte ou base forte necessária para retornar 1 l de sangue
total exposto in vitro a uma PCO2 de 40 mm Hg para um pH de
7,4.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual é a utilidade clínica de se medir o excesso de base?

A

. O número do excesso de base deve se referir ao componente
não respiratório, ou metabólico, de um desequilíbrio ácido-base. Um excesso de base negativo (menor que zero) sugere a presença de acidose metabólica, enquanto um excesso de base positivo (maior que zero) sugere a presença de alcalose metabólica. É mais frequentemente usado clinicamente na sala cirúrgica como um marcador substituto para a acidose láctica, para ajudar a determinar a adequação da ressuscitação volêmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual é a concentração plasmática normal de H+, a
concentração plasmática normal de HCO3− e o pH
arterial normal do sangue?

A

Hco3 22 - 26
Ph 7,35 - 7,45

. A 37° C, a concentração plasmática normal de H+ é de 35 a 45 nmol/l. A concentração plasmática normal de HCO3−
é de 24 ± 2 mEq/l e o pH arterial normal está entre 7,36

e 7,44. (364)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Como o corpo regula os desequilíbrios ácido-básicos a fim de

manter o pH arterial normal?

A

. O pH arterial normal é mantido por meio de três sistemas:
tampões, alterações de ventilação e resposta renal. A resposta ventilatória envolve alterações na ventilação alveolar e nas concentrações de CO2. A resposta renal envolve reabsorção de íons bicarbonato ou secreção de íons hidrogênio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

O que é um tampão?

A

. Um tampão é definido como uma substância em uma solução que pode evitar alterações extremas no pH. É composto por uma
molécula de base (que pode se ligar ao excesso de íons hidrogênio) e seu ácido fraco conjugado (que pode protonar as moléculas de base em excesso).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que é pKa?

A

. O pKa, ou constante de ionização por dissociação, é o pH no qual um ácido é 50% protonado e 50% desprotonado. (364)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais são os sistemas tampão do sangue? Qual sistema
tampão melhor contribui para a capacidade tamponante total do
sangue?

A

Os sistemas tampão do sangue incluem bicarbonato, hemoglobina, fosfato, proteínas plasmáticas e amônia. O sistema de tampão bicarbonato é o maior contribuidor e fornece 50% da capacidade tamponante total do corpo. A hemoglobina é responsável por cerca de 35% da capacidade tamponante total, e o fosfato, as proteínas plasmáticas e a amônia representam o restante. (364)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Como funciona o sistema tampão bicarbonato? Qual enzima

facilita essa reação?

A

Anidras carbônica

A anidrase carbônica facilita a hidratação do dióxido de
carbono no plasma e nos eritrócitos em H2CO3, que se dissocia
espontaneamente em H+ e HCO3− . O HCO3−
formado entra no plasma para funcionar como um tampão, e o H+ gerado é tamponado pela hemoglobina. (364)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como a hemoglobina atua como um tampão?

A

No plasma, a hemoglobina existe como um ácido fraco. Atua como um tampão, ligando-se ao H+ gerado pelo sistema de tampão bicarbonato. O dióxido de carbono também pode ser transportado pela hemoglobina como carbaminoemoglobina. A desoxi-hemoglobina tem maior afinidade pelo dióxido de carbono, portanto o sangue venoso carrega mais dióxido de carbono que o sangue arterial. (364-365)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Como o sistema respiratório responde a desequilíbrios

ácido-base?

A

O sistema respiratório responde a alterações no pH sanguíneo por meio de quimiorreceptores centrais e periféricos. Os quimiorreceptores centrais situam-se na superfície anterolateral da medula e respondem a alterações no pH do
líquido cefalorraquidiano. O dióxido de carbono difunde-se através da barreira hematoencefálica para alterar o pH do líquido cefalorraquidiano. A ventilação minuto aumenta de 1 a 4 l/min para cada aumento de 1 mm Hg na PCO2. Quimiorreceptores periféricos estão na bifurcação das artérias carótidas comuns e arco aórtico. Os quimiorreceptores periféricos são sensíveis às alterações na PO2, PCO2, pH e pressão de perfusão arterial. Eles se comunicam com os centros respiratórios centrais através dos nervos glossofaríngeos. Os quimiorreceptores centrais são mais sensíveis aos íons hidrogênio, enquanto os corpos carotídeos são mais sensíveis à PaO2. O estímulo proveniente dos quimiorreceptores centrais e periféricos para aumentar ou diminuir a ventilação alveolar diminui à medida que o pH se aproxima de 7,4, de modo que uma correção total ou uma hipercorreção não seja possível. (365)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q
  1. Como o sistema renal responde a desequilíbrios ácido-base?
A

Aumenta a excreção de íons

O sistema renal corrige as alterações no pH reabsorvendo
o HCO3− filtrado, excretando ácidos tituláveis e
produzindo amônia. (365)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q
  1. Qual a velocidade com que o sistema de tampão, o sistema respiratório e o sistema renal podem responder a alterações fisiológicas no pH arterial?
A

O respiratório consegue fazer adaptações agudas, o renal leva alguns dias

O sistema de tamponamento do sangue responde a
alterações fisiológicas no pH arterial quase que instantaneamente. Alterações compensatórias na ventilação
alveolar em resposta a alterações no pH arterial ocorrem em poucos minutos. Alterações compensatórias nos rins em resposta a alterações no pH arterial ocorrem de 12 a 48 horas e podem
não ser máximas por até 5 dias. (365)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a relação entre a gasometria venosa e arterial extraída do mesmo paciente simultaneamente?

A

. A correlação entre as gasometrias arterial e venosa varia de acordo com a estabilidade hemodinâmica do paciente. Em certas situações clinicamente estáveis, o sangue venoso periférico pode servir como uma aproximação e evitar uma punção arterial. O pH venoso é apenas 0,03 a 0,04 inferior aos valores arteriais. O sangue venoso não pode ser usado para estimar a oxigenação,
pois a PO2 venosa (PvO2) é significativamente menor que a PaO2.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Que erros podem ocorrer se houver presença de heparina ou
ar numa amostra de gasometria arterial?

A

Ar aumenta a concentração dos gases

Quantidades excessivas de anticoagulante na seringa de
amostragem podem diluir falsamente a PO2, PCO2 e cálcio
ionizado medidos. Bolhas de ar na seringa podem resultar em difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre a bolha de ar e o sangue na seringa. Normalmente, isso resulta em uma diminuição nas tensões de dióxido de carbono na amostra de sangue. A alteração na tensão de oxigênio (falsamente maior ou falsamente menor) depende da PO2 do paciente. (367)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

O que acontece se houver atraso na análise da amostra de

gasometria?

A

Um atraso na análise da amostra de gasometria pode levar a consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono pelos
glóbulos brancos metabolicamente ativos. Normalmente, esse erro é pequeno e pode ser reduzido ao se colocar a amostra no gelo. Em alguns pacientes com leucemia, com contagens de glóbulos brancos marcadamente elevadas, esse erro pode se tornar significativo. Esse fenômeno é frequentemente referido como sequestro leucocitário e também foi relatado com trombocitose extrema ou sequestro plaquetário.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Como a temperatura afeta a gasometria arterial (GSA)?

A

. Reduções na temperatura diminuem a pressão parcial de um gás em solução, mesmo que o teor de gás total não mude. Uma gasometria com pH 7,4 e PCO2de 40 mm Hg a 37 °C terá um pH 7,58 e PCO2 de 23 mm Hg a 25° C. A alteração na PO2 em relação à temperatura depende do grau em que a hemoglobina está saturada de oxigênio, mas como base, a PO2 diminui aproximadamente 6% para cada 1° C de temperatura corporal do
paciente abaixo de 37 °C.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como o anestesiologista deve manejar o paciente ao usar

o alfa-stat durante a circulação extracorpórea?

A

O termo alfa-stat se desenvolveu porque, à medida que se
permitia que o pH do paciente mudasse de acordo com a temperatura, o estado de protonação dos resíduos de histidina permanecia “estático”. Durante a circulação extracorpórea, o anestesiologista que usa o alfa-stat maneja o paciente com base em uma gasometria arterial (GSA) medida a 37 °C e se esforça para manter esse pH em 7,4, embora o verdadeiro pH do paciente seja maior. Não há ajustes extras para a hipotermia do paciente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Como o anestesiologista deve manejar o paciente ao usar

o pH-stat durante a circulação extracorpórea?

A

. O pH-stat requer manter o pH do paciente estático em 7,4
com base na temperatura corporal. Durante a circulação extracorpórea, o provedor de anestesista que usa opH-
stat maneja o paciente com base em uma gasometria arterial que é corrigida de acordo com a temperatura do paciente. Isso, geralmente, significa adicionar dióxido de carbono para que a gasometria corrigido pela temperatura do paciente tenha um pH de 7,4.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a diferença entre desequilíbrio primário e desequilíbrio compensatório no estado ácido-básico?

A

Um distúrbio primário no estado ácido-base é o desvio inicial no pH arterial secundário a causas respiratórias ou metabólicas. A resposta compensatória ocorre para tentar reverter a alteração no pH arterial. Normalmente, a resposta compensatória não é capaz de reverter completamente a alteração no pH arterial. (368)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

O que define uma acidose ou alcalose metabólica primária?

A

Acidose é a redução do bicarbonato compensado com redução da pco2

Já a alcalose é o aumento do bicarbonato com aumento da pco2

Uma acidose metabólica primária está presente quando o acúmulo de qualquer outro ácido que não o dióxido de carbono resulta em um pH inferior a 7,35. A concentração de HCO3−
é, geralmente, inferior a 22mEq/l. Uma alcalose metabólica primária está presente quando o pH é maior que 7,45,

devido ao ganho de íons bicarbonato ou perda de íons
hidrogênio. A concentração de HCO3− é, geralmente,
maior que 26 mEq/l. (368)

23
Q

O que define uma acidose ou alcalose respiratória primária?

A

Acidose respiratória seria o aumento da pco2 compensada com aumento do bicarbonato

Já a alcalose seria a redução da pco2 com redução do bicarbonato

Uma acidose respiratória primária é acompanhada por uma
PCO2 acima do normal, geralmente superior a 43 mm Hg. Uma alcalose respiratória primária é acompanhada de uma
PCO2 abaixo do normal, geralmente inferior a 37 mm Hg. (368)

24
Q

Quais respostas adversas estão associadas à acidemia grave?

A

Depressao miocárdio, hipotensão, arritmias.

A acidemia geralmente leva à diminuição da contratilidade miocárdica e liberação de catecolaminas. Quando a acidemia é
leve, a liberação de catecolaminas mitiga os efeitos da depressão miocárdica. Com a acidemia grave, a depressão miocárdica e a hipotensão são predominantes. A acidose respiratória pode produzir uma disfunção miocárdica mais rápida e profunda do que a acidose metabólica, devido à rápida entrada de dióxido de carbono nas células cardíacas. No cérebro, este rápido aumento do dióxido de carbono pode levar a confusão, perda de consciência ou convulsões. (369)

25
Q

Quaisrespostasadversasestãoassociadasàalcalemiagrave?

A

Hipocalemia

A alcalemia grave pode levar à diminuição do fluxo
sanguíneo cerebral e coronário devido a vasoconstrição arteriolar. As consequências são mais proeminentes quando as causas são respiratórias do que quando as causas são metabólicas, devido ao rápido movimento do dióxido de carbono
através das membranas celulares. A hiperventilação aguda pode produzir confusão, mioclonia, consciência deprimida e convulsões. (

26
Q

Quais são as causas de uma acidose respiratória?

A

Hipoventilacao
Obstrução
Hipermetabolismo

A acidose respiratória pode ocorrer em decorrência de aumento da produção de dióxido de carbono, diminuição da eliminação de dióxido de carbono ou reinalação ou absorção de dióxido de carbono. As causas do aumento da produção de dióxido de carbono incluem hipertermia maligna, sepse, hipertireoidismo e alimentação excessiva. As causas da eliminação reduzida do dióxido de carbono incluem depressores do sistema nervoso central (SNC), diminuição da força muscular esquelética, doença pulmonar intrínseca, restrição da parede torácica e obstrução das vias aéreas. As causas da reinalação ou absorção incluem esgotamento da cal sodada, válvulas unidirecionais incompetentes e cirurgia laparoscópica

27
Q

. Qual é a resposta compensatória para uma acidose respiratória?

A

Aumento do hco3

O aumento esperado do bicarbonato é 0,1 x delta paco2 (agudamente)

Os rins compensarão uma acidose respiratória com o aumento da secreção de íons hidrogênio e reabsorção de bicarbonato ao longo de horas até dias. A marca registrada de uma acidose respiratória crônica é uma PCO2 elevada com um pH quase normal.

28
Q

Qual é o tratamento para uma acidose respiratória?

A

Ajustar a ventilação

O tratamento para uma acidose respiratória é o tratamento do transtorno subjacente. O uso de ventilação mecânica para
diminuir uma PCO2agudamente aumentada pode ser necessário
se o pH estiver abaixo de 7,2.

29
Q

Quais são as causas de uma alcalose respiratória?

A

Taquipneia
Hipoxia
Eap

A alcalose respiratória pode ocorrer com a ventilação minuto
aumentada em relação à produção de dióxido de carbono ou à produção diminuída de dióxido de carbono. As causas da ventilação minuto aumentada em relação à produção de dióxido de carbono incluem doença do SNC, sepse, doença hepática, gravidez, anemia grave, doença pulmonar restritiva, hipoxemia, dor e ansiedade. As causas da diminuição da produção de dióxido de carbono incluem hipotermia e paralisia de músculo esquelético.

30
Q

Qual é a resposta compensatória para uma alcalose
respiratória?

A

Redução do bicarbonato 0,2 x paco2

A alcalose respiratória é compensada pela diminuição da reabsorção de íons bicarbonato pelos túbulos renais e aumento
da excreção urinária de bicarbonato.

31
Q

Qual é o tratamento para uma alcalose respiratória?

A

Ajustar a ventilação reduzindo a fr

O tratamento para uma alcalose respiratória deve ser
direcionado no sentido de corrigir a causa subjacente. A alcalemia leve geralmente não requer tratamento. Durante a anestesia geral, a ventilação minuto pode ser diminuída para reduzir a eliminação de dióxido de carbono.

32
Q

Quais são as causas de uma acidose metabólica?

A

Hipoperfusao
Ag aumentado

34.As causas da acidose metabólica são divididas em etiologias com hiato aniônico (ou anion gap) e sem hiato aniônico. Um aumento no hiato aniônico ocorre quando o ânion que substitui o bicarbonato não é um que seja rotineiramente
medido. Os ânions não medidos mais comuns são os ácidos láticos e os cetoácidos. Outros ânions comuns incluem metanol, etilenoglicol, uremia, paraldeído, aspirina e etanol. A acidose metabólica com hiato aniônico normal ocorre quando o cloreto substitui o bicarbonato perdido, tal como em processos de perda de bicarbonato nos rins (acidose tubular renal) ou no trato gastrointestinal (diarreia). A ressuscitação agressiva com solução salina normal induz a uma acidose metabólica sem hiato aniônico, pois a administração de cloreto prejudica a reabsorção de bicarbonato pelos rins.

33
Q

Como é calculado o hiato aniônico?

A

AG= Na - (hco3 + cl)

O hiato aniônico é a diferença entre os cátions medidos (sódio) e os ânions medidos (cloreto e bicarbonato). Um valor de intervalo normal é de 8 a 12mEq/l e é composto, principalmente, de albumina. Um paciente com baixa albumina sérica apresentará um hiato aniônico menor. Cada diminuição de
1 g/dl na albumina sérica abaixo de 4,4 g/dl diminuirá a
concentração real de ânions não medidos em 2,5 mEq/l

34
Q

Como a abordagem de íons fortes de Stewart difere da
abordagem clássica de Henderson-Hasselbalch para a
compreensão do estado ácido-base?

A

Henderson e hesselbach considera 4 distúrbios com base nas alterações de paco2 e hco3.

Já a abordagem de Stewart considera 6 distúrbios, sendo 2 respiratórios com base nas alterações da paco2 e 4 metabólicos com base nas alterações do SID e Atot

A abordagem de íons fortes de Stewart para compreensão do estado ácido-base distinguiu seis desequilíbrios ácido-base primários (acidose e alcalose com íons fortes, acidose e alcalose com tampão não volátil e acidose e alcalose respiratória), em oposição aos quatro tipos diferenciados pela equação de Henderson-Hasselbalch (acidose e alcalose metabólica e acidose e alcalose respiratória). A abordagem mais complexa de Stewart pode ser semelhante à abordagem tradicional de Henderson- Hasselbalch se as alterações na concentração de albumina forem
consideradas na medição do hiato aniônico.

35
Q

Qual é a resposta compensatória para uma acidose

metabólica?

A

Compensa diminuindo o paco2

O esperado é
Paco2 = hco3 x 1,5 + 8 +/- 2

As respostas compensatórias para uma acidose
metabólica incluem aumento da ventilação alveolar proveniente da estimulação dos corpos carotídeos e secreção de íons hidrogênio pelos túbulos renais na urina. A acidose metabólica crônica está associada à perda de massa óssea, pois os tampões presentes no osso são usados para neutralizar os ácidos não voláteis.

36
Q

Qual é o tratamento para uma acidose metabólica?

A

Tratar a causa de base

O tratamento para a acidose metabólica baseia-se na existência ou não de um hiato aniônico. Para uma acidose sem hiato aniônico, a administração intravenosa de bicarbonato de sódio pode ser instituída, pois o problema é a perda de
bicarbonato. O tratamento de uma acidose com hiato aniônico deve ser orientado pelo diagnóstico e tratamento da causa subjacente, para remoção dos ácidos não voláteis da circulação. Por exemplo, a hipóxia tecidual que leva à acidose lática deve ser corrigida com oxigênio, ressuscitação volêmica e suporte circulatório. A cetoacidose diabética requer líquidos intravenosos e terapia com insulina. Em um paciente sob ventilação mecânica, a ventilação minuto pode ser aumentada até ocorrer um tratamento mais definitivo.

37
Q

Quais são algumas das preocupações relacionadas à administração de bicarbonato para o tratamento da acidose metabólica?

A

Aumento do sódio
Acidose paradoxal

  1. A administração de bicarbonato para o tratamento da acidose metabólica é controversa, mas pode ser considerada uma medida temporizadora em pacientes em deterioração com acidose metabólica grave. A preocupação é que sua administração gera dióxido de carbono, que pode piorar qualquer acidose intracelular e extracelular, a menos que seja
    eliminado por ventilação
38
Q

Quais são as causas de uma alcalose metabólica?

A

Perda de H+, como por exemplo vômitos, perdas renais

A alcalose metabólica pode ser devida a um ganho de íons
bicarbonato ou a uma perda de íons hidrogênio. As causas de uma alcalose metabólica são baseadas em se a causa subjacente é sensível a cloreto ou resistente a cloreto. As causas que respondem ao cloreto incluem perda renal por diuréticos e perda gastrointestinal por vômitos. As causas resistentes a cloreto incluem hiperaldosteronismo, síndrome de realimentação, hipovolemia e hipocalemia profunda.

39
Q

Qual é a resposta compensatória para uma alcalose

metabólica?

A

Aumentar a Paco2

A paco2 esperada = hco3 +15 +/- 2

As respostas compensatórias para uma alcalose metabólica incluem aumento da reabsorção de íons hidrogênio,
diminuição da secreção de íons hidrogênio pelas células dos túbulos renais e hipoventilação alveolar. A eficiência da resposta
renal compensatória depende da presença de cátions (sódio e
potássio) e cloreto.

40
Q

Qual é o tratamento para uma alcalose metabólica?

A

. O tratamento de uma alcalose metabólica deve ter como
objetivo reduzir a perda de ácidos por meio de interrupção da drenagem gástrica ou hidratação com solução fisiológica e cloreto de potássio, o que permite que os rins excretem o excesso de íons bicarbonato. Ocasionalmente, uma tentativa com acetazolamida pode ser útil para causar uma bicarbonatúria

41
Q

43.Quais são as etapas para o diagnóstico de um

desequilíbrio ácido-base?

A

Analisa o ph
Define o distúrbio primário
Calcula se há compensação

Etapa 1: Determinar a oxigenação, calculando-se o gradiente A-a.

Etapa 2: Determinar a acidemia (pH 7,35) ou a alcalemia
(pH 7,45).
o Etapa 3: Determinar se a causa é proveniente de processo
respiratório (alteração de PCO2 a partir de 40 mm Hg) ou metabólico (alteração de HCO3− a partir de
24 mEq/l).
o Etapa 4: Se houver anormalidade respiratória, avaliar se o
processo é agudo ou crônico. Se houver acidose metabólica, vá para a etapa 5. Se houver alcalose metabólica, vá para a etapa 7.
o Etapa 5: Se houver anormalidade metabólica, determinar o
hiato aniônico.
o Etapa 6: Determinar o ∆gap.
oEtapa 7: Determinar se existe uma compensação
respiratória adequada para o processo metabólico

42
Q

Como um processo respiratório agudo pode ser

distinguido de um processo crônico?

A

Com base na história clínica

É possível distinguir uma acidose respiratória aguda de uma acidose respiratória crônica pelo grau de elevação
deHCO3− . Os efeitos renais de compensação de uma acidose respiratória levam de 12 a 48 horas para produzir efeitos e são refletidos por um aumento mais acentuado na
concentração de HCO3− no plasma. Durante um processo agudo, o pH se altera em 0,08 para cada alteração de
10 mm Hg na PCO2 a partir de 40 mm Hg. Durante um processo crônico, o pH se altera em 0,03 para cada alteração de 10 mm Hg na PCO2 a partir de 40 mm Hg.

43
Q

Como se determina o ∆gap?

A

. Se houver uma acidose metabólica, deve-se determinar se
há hiato aniônico. Se houver, o ∆gap deve ser determinado. O ∆gap é o excesso de hiato aniônico (hiato aniônico menos 12) adicionado de volta ao nível de bicarbonato sérico. É usado para determinar se outro processo metabólico concomitante está presente juntamente com uma acidose metabólica com hiato aniônico. Se o ∆gap for inferior a 22 mEq/l, então há presença de acidose metabólica sem hiato aniônico concomitante. Se o ∆gap for superior a 26 mEq/l, então há presença de alcalose metabólica concomitante. (371)

?

44
Q

Qual fórmula é usada para determinar se existe uma compensação respiratória adequada para um processo metabólico?

A

. Na presença de acidose metabólica, a fórmula é chamada fórmula de Winter
e é PCO2=(1,5×HCO3−)+8 . Se a PCO2 medida for maior que a calculada com a fórmula de Winter, a compensação não é adequada e uma acidose respiratória também está presente. Se a PCO2 medida for menor que a PCO2calculada, então há a presença de alcalose respiratória. Na presença de alcalose metabólica, a fórmula
é PCO2=(0,7×HCO3−)+21
Se a PCO2 medida for maior que a PCO2calculada, há presença de acidose respiratória concomitante. Se a PCO2medida for menor
.
que a PCO2 calculada, há presença de alcalose respiratória.

Na segunda fórmula também pode ser usada a paco2= hco3 + 15

45
Q

Como a medição da PaCO2 ajuda a determinar a adequação da ventilação?

A

Ajuda a determinar a fr adequada, volume corrente e consequentemente o volume minuto

46
Q

O que é a razão entre espaço morto e volume corrente (VD/VT)?

A

A razão entre espaço morto e volume corrente (VD/VT) é a
fração de cada volume corrente envolvida na ventilação do espaço morto. A VD/VT normal é inferior a 0,3 e isso se deve,
principalmente, ao espaço morto anatômico. Isso será refletido pelo gradiente entre a PaCO2 e o CO2 ao final da expiração quando a ventilação minuto for mantida constante durante a anestesia. Um espaço morto aumentado diminuirá a eficiência da ventilação. Pacientes com embolia pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica são exemplos de pacientes que podem ter uma razão VD/VT aumentada, o que também se refletiria em um aumento do gradiente entre a PaCO2 e o CO2 ao final da expiração.

47
Q

Quais são algumas das causas da hipoxemia arterial?

A

Baixo DC
Hipóxia

A hipoxemia arterial é causada por uma PO2 baixa nos gases
inalados, hipoventilação ou mistura venosa com ou sem diminuição do teor de oxigênio venoso misto. Um aumento na mistura venosa envolve o sangue que passa da circulação pulmonar para a circulação sistêmica sem passar por alvéolos ventilados. Essas derivações da direita para a esquerda podem ser intrapulmonares (atelectasias, pneumonia, ventilação seletiva) ou intracardíacas (cardiopatia congênita).

48
Q

O que a equação do gás alveolar calcula?

A

. A equação do gás alveolar calcula a pressão parcial de oxigênio alveolar (PAO2) usando-se pressão barométrica, pressão de vapor d’água, teor de oxigênio inspirado e PCO2. As alterações na PaO2 podem, portanto, ser calculadas a diferentes pressões barométricas e na presença de alterações na PCO2.

49
Q

. Como o gradiente alvéolo-arterial (A-a) é calculado? Qual é
a importância do gradiente?

A

. A fórmula do gradiente alvéolo-arterial (A-a) calcula a diferença na pressão parcial de oxigênio entre o sangue alveolar
(PAO2) e arterial (PaO2). O cálculo do gradiente fornece uma estimativa da mistura venosa como a causa da hipóxia. O gradiente A-a fornece uma avaliação da fração de shunt do paciente. Gradientes A-a maiores sugerem shunt patológico, tais como atelectasias, pneumonia ou intubação endobrônquica. Para estimar a quantidade de shunt presente, a fração de shunt é, aproximadamente, 1% do débito cardíaco para cada diferença de 20 mm Hg no gradiente A-a quando a PaO2 for superior a 150 mm Hg.

50
Q

O que é a relação PaO2/FIO2 (P/F)?

A

. . A razão PaO2/FIO2 (P/F) é uma alternativa ao gradiente A-a para comunicação do grau de hipóxia. Pacientes com síndrome
do desconforto respiratório agudo moderado (SDRA), tipicamente, apresentam uma razão P/F inferior a 200. Uma
razão P/F inferior a 200 também corresponde a uma fração de shunt superior a 20%

51
Q

Qual é a PO2 venosa mista normal?

A

. A PO2 venosa mista normal (PV ̄O2 ) é de 40 mm Hg. Uma PO2 venosa mista verdadeira deve refletir o sangue das veias cavas superior e inferior. Geralmente, é obtida a partir do orifício distal de um cateter de artéria pulmonar não encunhado. Muitos médicos usam a tendência de uma PO2venosa obtida da veia cava superior como um valor de substituição. Se o consumo de oxigênio nos tecidos não for alterado, as alterações na PV ̄O2
refletirão alterações diretas no débito cardíaco

52
Q

Qual é a utilidade clínica da equação de Fick?

A

. A equação de Fick é usada para calcular o débito cardíaco se a PaO2, PVO2 e hemoglobina são conhecidas. Basicamente, diz que a oferta de oxigênio nas veias deve ser igual à oferta de oxigênio nas artérias, subtraindo-se o oxigênio que é consumido (VO2)

53
Q

Qual é a utilidade clínica da diferença arteriovenosa?

A

. A diferença arteriovenosa é a diferença entre o conteúdo de oxigênio arterial e venoso misto. O número é uma boa estimativa da adequação da oferta de oxigênio. A diferença arteriovenosa normal é de 4 a 6 ml de O2/dl de sangue. Quando o consumo de oxigênio nos tecidos é constante, uma diferença arteriovenosa aumentada significa que há extração de oxigênio mais alta, que pode ser observada com o débito cardíaco diminuído ou insuficiência cardíaca congestiva. Uma diferença arteriovenosa menor significa que há extração mais baixa ou débito cardíaco
mais alto, que pode ocorrer durante a intoxicação por cianeto ou sepse, respectivamente.