DIR. PENAL Flashcards

1
Q

Está prevista como crime a conduta de “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.”. Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o crime a que o funcionário público estará sujeito ao cometer tal conduta.
Alternativas
A) Condescendência criminosa.
B) Advocacia administrativa.
C) Violência arbitrária.
D) Prevaricação.
E) Corrupção passiva.

A

B) Advocacia administrativa.
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
SÓ O FUNC. PUB pode cometer o delito -> CRIME PRÓPRIO.

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2
Q

Antônio, ex-estagiário da agência da Caixa Econômica Federal em Recife, Pernambuco, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por ter se apropriado de valores subtraídos de contas correntes supostamente inativas. O estagiário subtraiu, em proveito próprio, o valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), entre janeiro e agosto de 2018. A conduta ilícita só foi possível em razão de ter o acusado acesso às senhas de funcionários da Caixa Econômica Federal, que foram memorizadas quando da digitação nos sistemas ou que foram fornecidas ao estagiário pelos próprios funcionários do banco. Com base no exposto, é correto afirmar que a conduta do ex-estagiário se amolda ao crime de
Alternativas
A) peculato-furto.
B) peculato-desvio.
C) peculato-apropriação.
D) corrupção passiva.
E) concussão.

A

A) peculato-furto.

  • Classificado como PECULATO IMPRÓPRIO. Trata-se de CRIME MATERIAL, pois se
    consuma com a inversão da posse.
  • EXIGE que o bem subtraído ESTEJA SOB A GUARDA DA ADM. PUB.
  • NÃO CONFIGURA o tipo penal a conduta do policial que durante uma abordagem,
    subtrai a carteira do indivíduo. ISSO SERIA FURTO.
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3
Q

Sobre os crimes contra a administração pública, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A) A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade. Se lhe é posterior, reduz até dois terços da pena imposta.
B) Aquele que exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida comete o crime de corrupção passiva.
C) No crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
D) Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, ele comete prevaricação.
E) Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce cargo, emprego ou função pública, salvo se transitoriamente ou sem remuneração.

A

C) No crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

ERROS DAS OUTRAS
A) reduz até a METADE.
B) CONCUSSÃO
D) Corrup. Passiva Pgfo (317) 2° - PRIVILEGIADA
E) MESMO TRANSITORIAMENTE E SEM REMUNERAÇÃO

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4
Q

Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que
Alternativas
A) não se equipara a funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce emprego em entidade paraestatal.
B) o funcionário público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal, pratica o crime de condescendência criminosa.
C) no crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
D) pratica o delito de prevaricação o funcionário público que deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
E) não constitui crime contra a Administração Pública abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

A

C) no crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

=========================
A) É SIM equiparado.
B) Crime de PREVARICAÇÃO
D) CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA (Art 320)
E) ABANDONO DE FUNÇÃO (323)

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5
Q

Acerca das disposições do Código Penal
, marque a
alternativa INCORRETA:
A) Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal.
B) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica
-se ao fato praticado durante
sua vigência.
C) Aplica -se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
D) Considera-se praticado o crime no momento em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como ao tempo em que se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.

A

D) Considera-se praticado o crime no momento em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como ao tempo em que se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
==========================
C.P
Art. 4º - Considera-se praticado a crime no momento da ação ou omissão, AINDA QUE OUTRO seja o momento do resultado

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6
Q
  1. Em relação ao lugar do crime, territorialidade e
    extraterritorialidade da lei penal, assinale a alternativa
    correta.
    A) Se a execução de um delito ocorrer em território
    nacional, mas o resultado ocorrer em território
    estrangeiro, não é correto afirmar que tal delito ocorreu
    em território nacional.
    B) Ficam sujeitos à lei penal brasileira, embora cometidos
    no estrangeiro, independentemente de condições, os
    crimes praticados por brasileiro contra brasileiro ou
    estrangeiro residente no Brasil.
    C) Se a execução de um delito ocorrer em território
    estrangeiro, mas o resultado ocorrer em território
    nacional, é correto afirmar que tal delito ocorreu em
    território nacional.
    D) Crime cometido no estrangeiro contra a vida ou
    liberdade do Presidente da República brasileiro está
    sujeito
    à lei penal brasileira desde que o agente não
    tenha sido absolvido no estrangeiro.
    E) Não se consideram extensão do território nacional
    aeronaves privadas a serviço do governo brasileiro em
    espaço aéreo correspondente a outro país.
A

C) Se a execução de um delito ocorrer em território
estrangeiro, mas o resultado ocorrer em território
nacional, é correto afirmar que tal delito ocorreu em
território nacional.
==========================
C.P - Territorialidade

    Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
    § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 

    § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
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7
Q
  1. Acerca do crime impossível, da desistência voluntária,
    do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior,
    assinale a alternativa correta:
    A) Nos crimes cometidos contra a pessoa, o
    arrependimento posterior implica a redução da pena de
    um terço a metade.
    B) A desistência voluntária tem a mesma consequência
    jurídica do crime impossível, pois em ambos são
    irrelevantes penalmente os atos já praticados.
    C) O arrependimento ainda será eficaz se, por
    circunstâncias alheias à vontade do agente, não se
    produzir o resultado da conduta.
    D) No arrependimento posterior, a redução da pena
    nunca pode ser inferior a um terço.
    E) Nos crimes cometidos contra o patrimônio, o
    arrependimento posterior implica a redução da pena de
    metade a dois terços.
A

D) No arrependimento posterior, a redução da pena
nunca pode ser inferior a um terço.

C.P Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

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8
Q
  1. Em relação às disposições do Código Penal, leia os
    itens abaixo e marque a alternativa correta.
    I. Considera
    -se em legítima defesa quem pratica o fato
    para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
    vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio
    ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
    razoável exigir
    -se.
    II. Considera
    -se evitável o erro se o agente atua ou se
    omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe
    era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa
    consciência.
    III. O agente que se vale de uma das causas de exclusão
    de ilicitude, previstas no Código Penal, somente
    responderá pelo excesso doloso.
    IV. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha
    o dever legal de enfrentar o perigo.
    Estão corretos os itens:
    A) I e II somente.
    B) I, II e III somente.
    C) II e IV somente.
    D) I, II, III e IV.
    E) III e IV somente.
A

C) II e IV somente.

nas hipósteses de Exclusão de ilicitude:
- estado de necessidade
- Legítima defesa
- Estrito cumprimento do Dever Legal
Art 23 - Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso DOLOSO ou CULPOSO.

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9
Q
  1. O dependente químico severo, comprovado por laudo
    pericial, que, para poder comprar substância
    entorpecente a fim de satisfazer seu vício, pratica
    conduta descrita em tipo penal de furto, poderá arguir em
    sua defesa excludente de:
    A) Ilicitude pela inexigibilidade de conduta diversa.
    B) Tipicidade pela ausência de dolo.
    C) Culpabilidade pela coação moral irresistível.
    D) Culpabilidade pela inimputabilidade.
    E) Ilicitude pelo estado de necessidade.
A

D) Culpabilidade pela inimputabilidade.

Lei 11.343/2006
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

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10
Q

Rafael conta a Sandra que tem intenção de matar
Raimundo e pede a opinião da amiga. Sandra, que
secretamente desejava a morte dessa mesma pessoa,
incentiva que Rafael pratique delito de homicídio contra
Raimundo. Influenciado pelas palavras de Sandra, Rafael
chama Raimundo para sair com o objetivo de matá
-lo.
Todavia, poucas horas antes, Rafael desiste e manda
mensagem para Raimundo desmarcando o encontro.
Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
A) Rafael e Sandra devem responder por tentativa de
homicídio praticado em concurso de pessoas.
B) Nem Rafael nem Sandra poderão ser
responsabilizados penalmente.
C) Apenas Rafael deve responder por tentativa de
homicídio.
D) Caso Rafael viesse, efetivamente, a matar Raimundo,
Sandra poderia ser considerada coautora do delito.
E) Apenas Sandra deve responder pelo delito de tentativa
de homicídio, a título de participação, pois Rafael
beneficia
-se da desistência voluntária.

A

B) Nem Rafael nem Sandra poderão ser
responsabilizados penalmente.
==========================
o crime não foi sequer TENTADO

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11
Q

No tocante aos crimes contra a pessoa regulados pelo
Código Penal, em especial os que atentam contra a vida
(arts. 121 ao 128), assinale a alternativa correta.
A) O homicídio será considerado qualificado quando o
crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
B) O homicídio culposo terá a pena aumentada de 1/3
(um terço), se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa
de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir
as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão
em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado
contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.
C) O homicídio praticado contra menor de 14 (quatorze)
anos é chamado de Infanticídio.
D) O agente que comete o crime de homicídio impelido
por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, deverá ter sua pena reduzida de
um sexto a um terço.
E) O homicídio privilegiado é uma causa obrigatória de
isenção de pena.

A

B) CERTA - 121 - P 4°
A) AUMENTO DE PENA
C) HIPOTESE DE CRIME QUALIFICADO -> INFANTICIDIO, PRATICADO PELA MÃE EM ESTADO PUERPERAL LOGO APÓS O PARTO
D) PODE REDUZIR
E) DIMINUIÇÃO DE PENA

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12
Q

Raíssa, 20 anos, penalmente imputável, reside com a
mãe, Lourdes, de 45 anos. Aproveitando
-se da
desatenção de sua genitora, Raíssa subtrai da carteira
da mãe a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Nessa
hipótese, assinale a alternativa correta.
A) Raíssa responderá por delito de furto, mas com causa
de diminuição de pena.
B) Raíssa responderá por delito de apropriação indébita,
incidindo agravante de delito praticado contra
ascendente.
C) Raíssa é isenta de pena, incidindo hipótese de escusa
absolutória.
D) Raíssa responderá por delito de estelionato, incidindo
agravante de delito praticado contra ascendente.
E) A escusa absolutória aplica
-se a todos os delitos
patrimoniais, mas não impede eventual incidência de
circunstância agravante de delito praticado contra
ascendente.

A

C) Raíssa é isenta de pena, incidindo hipótese de escusa
absolutória.

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13
Q

Nelson, Policial Penal, em operação de fiscalização
das celas, verificou que um dos detentos guardava um
celular em perfeitas condições de funcionamento.
Todavia, o servidor deixou o celular no recinto em que se
encontrava e se deslocou para vistoriar a próxima cela,
sem tomar qualquer providência.
Nessa situação, acerca dos crimes praticados por
funcionário público contra a Administração Pública em
geral, Nelson incorre no crime de:
A) Tráfico de influência.
B) Corrupção passiva qualificada.
C) Condescendência criminosa.
D) Excesso de exação.
E) Prevaricação imprópria.

A

E) Prevaricação imprópria.

CP Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

    Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
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14
Q

FGV 2023
No dia 30 de março de 2023, em Natal/RN, após uma discussão em um bar, João efetuou três disparos de arma de fogo em desfavor de Caio. A vítima foi socorrida e encaminhada a um hospital de Monte Alegre/RN. Após permanecer internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo, Caio veio a óbito, no dia 7 de abril de 2023.

Nesse cenário, à luz das disposições do Código Penal quanto ao tempo e ao lugar do crime, considera-se praticado o crime no dia:
Alternativas
A) 30 de março de 2023 (data dos disparos de arma de fogo) e no dia 7 de abril de 2023 (data do óbito). O lugar do crime, por sua vez, engloba Natal/RN e Monte Alegre/RN;
B) 7 de abril de 2023, mesmo que os disparos de arma de fogo tenham ocorrido em data diversa. O lugar do crime, por sua vez, engloba Natal/RN e Monte Alegre/RN;
C) 30 de março de 2023, mesmo que o óbito da vítima tenha ocorrido em data diversa. O lugar do crime, por sua vez, engloba Natal/RN e Monte Alegre/RN;
D) 30 de março de 2023, mesmo que o óbito da vítima tenha ocorrido em data diversa. O lugar do crime, por sua vez, é Monte Alegre/RN;
E) 30 de março de 2023, mesmo que o óbito da vítima tenha ocorrido em data diversa. O lugar do crime, por sua vez, é Natal/RN.

A

C) CORRETA. Para o TEMPO do crime o nosso Código Penal adota a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, o MOMENTO do crime é o da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado (art. 4º, CP). Se o tempo do crime é o momento da ação, essa ocorreu no dia 30 de março de 2023. Não importa o momento em que a vítima venha a falecer. O lugar do crime será Natal/RN (local em que ocorreu a ação ou omissão), bem como Monte Alegre/RN (local onde se produziu o resultado), nos termos do art. 6º, CP (teoria da ubiquidade).

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15
Q

FGV 2023
João conduzia o seu veículo automotor, ocasião em que foi parado por uma blitz da Polícia Militar. Após analisar a documentação do condutor, o policial Caio exigiu, para si, R$ 2.000,00 para liberar o automóvel.

Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, Caio responderá pelo crime de:
Alternativas
A) excesso de exação;
B) corrupção passiva;
C) corrupção ativa;
D) concussão;
E) peculato.

A

D) concussão;
EXIGIR

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16
Q

FGV 2023
João caminhava pelo bairro de sua residência, ocasião em que visualizou um vizinho de longa data sendo vítima de roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo. Ato contínuo, João correu em direção ao autor do fato, desferindo um soco em seu rosto. O acusado caiu ao solo e logrou se evadir.

Considerando as disposições do Código Penal, é correto afirmar que João:
Alternativas
A) responderá pelo delito perpetrado, considerando que a legítima defesa de terceiros, causa dirimente, pressupõe o prévio pedido da parte interessada;
B) responderá pelo delito perpetrado, considerando que inexiste legítima defesa de terceiros, mas apenas legítima defesa própria, causa dirimente;
C) atuou sob o manto da inexigibilidade de conduta diversa, causa dirimente;
D) atuou sob o manto da legítima defesa de terceiros, causa de justificação;
E) atuou sob o manto do estado de necessidade, causa de justificação.

A

GAB D) atuou sob o manto da legítima defesa de terceiros, causa de justificação (CERTO)

> > art 25 do CP: ‘Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem’.

> > art. 23, II, do Código Penal, a legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude.

17
Q

FGV 2023
José, servidor público, com vontade livre e consciente, solicitou para si, diretamente, fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida, retardando a prática de ato de ofício.
Nessa hipótese, nos termos do Código Penal, José praticou o crime de
Alternativas
A) peculato.
B) concussão.
C) corrupção passiva.
D) prevaricação.
E) condescendência criminosa.

A

C) CORRUPÇÃO PASSIVA

Art. 317 - SOLICITAR ou RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

Crime Formal - “aceitar promessa” e “solicitar”
Crime Material - “receber”
Crime Próprio

18
Q

FGV 2022
Insatisfeito com uma disputa acirrada num jogo de futebol, Ares, que contava com 17 anos e 11 meses de vida, aguarda a saída de Príapo de um curso preparatório, sequestrando seu desafeto, mantendo-o em cárcere privado por dois meses, quando o cativeiro é descoberto pela polícia e a vítima é resgatada.
De acordo com o Código Penal, Ares deverá:
Alternativas
A) responder pelo crime, em razão da teoria do resultado;
B) responder pelo crime, em razão da teoria mista;
C) responder pelo crime, em razão da teoria da ação;
D) não responder por crime, em razão da teoria da ubiquidade;
E) não responder por crime, em razão da teoria da atividade.

A

C) responder pelo crime, em razão da teoria da ação;

Trata-se de CRIME PERMANENTE - Que se prolonga ao longo do tempo.

Quando cessou o crime ele já tinha 18 anos. Mesmo começado a prática delitiva antes dos 18 anos.

TEORIA DA AÇÃO = ATIVIDADE.
Para o TEMPO do crime o nosso Código Penal adota a TEORIA DA ATIVIDADE/AÇÃO, ou seja, o MOMENTO do crime é o da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado (art. 4º, CP).

19
Q

FGV 2022
Sobre a possibilidade de substituição da pena no delito de lesão corporal, é correto afirmar que:
Alternativas
A) está vedada por lei;
B) pode ocorrer na lesão corporal leve;
C) pode ocorrer na lesão corporal culposa;
D) pode ocorrer na lesão corporal grave;
E) pode ocorrer na lesão corporal leve e na culposa.

A

B) pode ocorrer na lesão corporal leve;
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Substituição da pena

§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;

II - se as lesões são recíprocas.

20
Q

FGV 2022
Juliano e Bruno são amigos desde a infância e resolveram fazer um passeio de barco organizado pela empresa “Escuna Viver Bem” em uma região de praia do litoral brasileiro. Durante o passeio, o clima mudou e começou a chover intensamente. A embarcação não suportou o mar agitado e virou. Na água, Juliano e Bruno disputaram o único colete que sobrou, momento em que Juliano afogou Bruno e pegou o colete para salvar sua vida.

Nesse caso, podemos afirmar que Juliano agiu em

A) legítima defesa.
B) legítima defesa putativa.
C) estado de necessidade.
D) estado de necessidade putativo.
E) exercício regular de direito putativo.

A

C) estado de necessidade.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.

21
Q

FGV 2022
O estado de necessidade caracteriza-se por ser um conflito entre interesses legítimos, no qual um destes é salvo à custa do outro, em face da impossibilidade fática de que ambos subsistam.

São requisitos legais do estado de necessidade:

Alternativas
A) risco atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício;
B) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício;
C) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e exigibilidade do sacrifício;
D) risco atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e exigibilidade do sacrifício;
E) perigo atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício.

A

E) perigo atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício.

Estado de necessidade

   Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
22
Q

FGV 2022
Maria e Júlia são integrantes do Circo “Seja Feliz” e trabalham juntas na apresentação de arremesso de facas. Um dia, durante o treinamento que sempre faziam juntas, iniciou-se uma discussão entre elas por ciúmes do dono do circo, Astolfo, que, na verdade, sempre preferiu Maria em seu espetáculo.

Durante a discussão, Maria percebeu que Júlia, completamente descontrolada, colocou a mão no bolso. Maria pensou que Júlia iria arremessar uma faca em sua direção. Ato contínuo, pensando estar em defesa de sua vida, Maria arremessou e atingiu Júlia com uma faca, causando-lhe lesões. Após, constatou-se que Júlia tinha apenas um lenço em seu bolso e iria utilizá-lo para enxugar suas lágrimas.

Nessa hipótese, é correto afirmar que Maria agiu em

A) legítima defesa.
B) legítima defesa putativa.
C) estado de necessidade.
D) estado de necessidade putativo.
E) exercício regular de direito putativo.

A

B) legítima defesa putativa.
Pois equivocou-se imaginando estar diante de uma injusta agressão.

23
Q

FGV 2022
Alfredo, 35 anos, desesperado para pagar sua dívida de cartão de crédito, sorrateiramente subtrai considerável quantia em dinheiro que sua mãe, de 59 anos, guardava no colchão de casa.
Nesse caso, pode-se afirmar que Alfredo
Alternativas
A) é isento de pena, diante da escusa absolutória por ter praticado o crime em prejuízo de ascendente.
B) responderá por crime de roubo qualificado.
C) responderá por crime de extorsão.
D) não cometeu crime por ter agido em exercício regular de direito.
E) responderá por crime de furto.

A

A) é isento de pena, diante da escusa absolutória por ter praticado o crime em prejuízo de ascendente.

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)

    I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

    II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

    Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:          (Vide Lei nº 10.741, de 2003)

    I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

    II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

    III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

    Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:

    I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

    II - ao estranho que participa do crime.

    III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
24
Q

FGV 2022
Adriano, Policial Rodoviário, em razão da função, exige de Victor certa quantia em dinheiro para não lavrar uma multa. Victor aceita a proposta, mas diz que precisa retirar dinheiro no caixa eletrônico. Quando Victor retorna do Banco, descobre que Adriano foi preso em flagrante por policiais à paisana que estavam no local.

Nesse caso, Adriano

A) não cometeu crime, porque não recebeu a quantia em dinheiro.
B) praticou crime de concussão, na forma tentada, uma vez que não recebeu o dinheiro de Victor.
C) praticou crime de extorsão, na forma tentada, uma vez que não recebeu o dinheiro de Victor.
D) praticou crime de concussão.
E) praticou crime de extorsão.

A

D) praticou crime de concussão.

CP Concussão

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
25
Q

FGV 2022
Matusalém, funcionário do INSS, aborda pessoas na fila da perícia da autarquia e oferece seus préstimos particulares, mediante uma retribuição pecuniária, para iniciar processos administrativos com o objetivo de conseguir para os particulares benefícios previdenciários na agência onde trabalha, recebendo, inclusive, poderes dos particulares, por meio de procurações, para dar andamento aos mencionados processos.
Nesse caso, é correto afirmar que a conduta de Matusalém
Alternativas
A) é atípica em virtude do relevante valor moral de ajudar os necessitados.
B) configura crime de usurpação de função pública.
C) configura crime de falsidade ideológica.
D) configura crime de corrupção ativa.
E) configura crime de advocacia administrativa.

A

E) configura crime de advocacia administrativa.

Advocacia administrativa

    Art. 321 - PATROCINAR, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
26
Q

FGV 2022
Jaqueline, namorada de Fábio, descobriu que ele a traiu com sua melhor amiga. Movida por sentimentos de raiva e vingança, Jaqueline decidiu matar o namorado. Para isso, Jaqueline preparou para Fábio o drink que sempre fazia nas noites de sábado, mas, sem que ele soubesse, misturou veneno na bebida, em quantidade suficiente para matá-lo.

Após Fábio beber o drink, Jaqueline lembrou dos bons momentos que passaram juntos ao longo de 5 anos e percebeu que ele sempre foi seu grande amor. Vendo seu amado perdendo as forças, Jaqueline arrependeu-se e deu a Fábio o antídoto, salvando-lhe a vida. Fábio não sofreu qualquer dano, pediu desculpas e o casal reconciliou-se.

Nesse caso, podemos afirmar que houve

A) arrependimento posterior.
B) arrependimento eficaz.
C) desistência voluntária.
D) crime tentado.
E) crime impossível.

A

B) arrependimento eficaz.

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

    Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução(DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA) ou impede que o resultado se produza (ARREPENDIMENTO EFICAZ), só responde pelos atos já praticados.

OBS: em nenhuma das duas hipósteses o RESULTADO MORTE PODE SE CONSUMAR.

27
Q

FGV 2021
O funcionário público que, embora não tendo a posse em razão do cargo de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, comete crime de:
a) Peculato
b) Corrupção Passiva
c) Prevaricação
d) Condescêndencia Criminosa
e) Descaminho

A

a) Peculato

Peculato

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

(Peculato Furto) § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

28
Q

FGV 2021
Aquele que oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público para que ele pratique, omita ou retarde ato de ofício comete o crime de:
a) descaminho
b) corrupção ativa
c) tráfico de influência
d) usurpação da função pública
e) exercício funcional ilegal

A

b) corrupção ativa

Corrupção ativa
Art. 333 - OFERECER ou PROMETER VANTAGEM INDEVIDA a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

29
Q

FGV 2021
O homicídio é considerado qualificado se é cometido nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a.
Alternativas
A) Mediante paga ou promessa de recompensa.
B) Por motivo grave.
C)Com emprego de veneno asfixia ou tortura.
D) À traição ou de emboscada.
E)Para assegurar a ocultação ou outro crime.

A

B) Por motivo grave.

Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

30
Q

Q2388754
- Entre os crimes contra as instituições democráticas, a conduta de tentar depor, por meio de grave ameaça, o governo legitimamente constituído é considerada crime definido pelo CP como golpe de Estado, devendo ser aplicada a redução da pena de um a dois terços em razão da tentativa.

A

ERRADO

crime definido pelo CP como golpe de Estado, não havendo previsão de redução da pena em razão da tentativa.

31
Q

De acordo com o que prevê o Código Penal (CP) acerca dos crimes contra a pessoa, caracteriza, obrigatoriamente, uma qualificadora do crime de homicídio o seu cometimento
Alternativas
A) contra vítima menor de 14 anos, apenas quando praticado na modalidade culposa.
B) por motivo de vingança.
C) contra a mulher, apenas no caso de menosprezo ou discriminação em razão do seu gênero.
D) com emprego de arma de fogo de uso restrito.
E) contra primo de policial civil, em razão da função exercida.

A

D) com emprego de arma de fogo de uso restrito.

De acordo com o art. 121, §2º, VIII, do CP, o crime de homicídio será qualificado pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.

A) Em verdade, o art. 121, §4º, do CP, dispõe que apenas o homicídio doloso contra menor de 14 anos ensejará modalidade mais grave do delito. Ademais, se trata de hipótese de causa de aumento, e não de qualificadora.

B) A vingança não consta como qualificadora do crime de homicídio.

c) De acordo com o art. 121, §2º, VI, do CP, ocorrerá o crime de feminicídio quando o homicídio for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. O §2º-A do mencionado artigo define que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar, ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

E) Será qualificado o homicídio praticado contra parentes de até terceiro grau de autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF, ou integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública (art. 121, §2º, VII, do CP). Primo, por ser parente de 4º grau, não atrai a incidência da qualificadora em questão.

32
Q

Caio, após uma briga com a enteada Mévia, de 13 anos, com quem residia, ao não admitir ser contrariado por uma mulher, desfere contra ela vários golpes de faca, com o intuito de matá-la. A referida agressão ocorreu em junho de 2022. Mévia foi levada para o hospital, onde passou por cirurgia e permaneceu internada por três meses. No entanto, faleceu por complicações decorrentes da violência sofrida, em agosto de 2022, quando já contava com 14 anos.

Considerando o tipo penal do homicídio, com todas as suas modalidades, bem como, que a qualificadora da idade da vítima, por ser menor de 14 anos, entrou em vigor, no ordenamento jurídico, em julho de 2022 (embora a lei tivesse sido publicada, em maio, mas com vacatio legis de 45 dias), assinale certo ou errado.

Caio praticou o crime de feminicídio, incidindo a qualificadora, pela idade, uma vez que, ao tempo da ação, a lei que a introduziu já existia, embora não estivesse em vigor.

A

ERRADO
Caio praticou o crime de feminicídio, NÃO INCIDINDO A QUALIFICADORA PELA IDADE, uma vez que, ao tempo em que praticado o crime, a lei que a introduziu NÃO VIGIA.

33
Q

Q2312797 - Com relação ao “induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação” é correto afirmar que o crime
Alternativas
A) só se configura se a vítima atenta contra a própria vida.
B) é qualificado se da conduta resulta morte.
C) é privilegiado, com efetiva redução de pena, se a vítima não se mutila ou não atenta contra a própria vida.
D) tem pena aumentada se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
E) só se configura se a vítima atenta contra a própria vida, produzindo em si, ao menos, lesão corporal de natureza grave.

A

B) é qualificado se da conduta resulta morte.

  • induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação -> CRIME HEDIONDO.

“Art. 122

[…]

§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos”.

  • NÃO HÁ PRIVILEGIADORA

-Os bens jurídicos tutelados são a vida humana e a integridade física da pessoa.

QUALIFICADORAS:

Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: Reclusão, de 1 a 3 anos
Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: Reclusão, de 2 a 6 anos
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA:

A pena é duplicada:

se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.

Aumenta-se a pena em 1/2 se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.

34
Q

Q2307712 - Determinado indivíduo provoca aborto em gestante. O consentimento da grávida, maior de idade, é obtido mediante fraude. Da ação sobrevém a morte da gestante, sem que, contudo, tenha-se verificado intenção de matar.

O indivíduo cometeu
Alternativas
A) aborto, em concurso com homicídio doloso na modalidade dolo eventual.
B) aborto, em concurso com homicídio culposo.
C) aborto qualificado, em concurso com homicídio culposo.
D) aborto, que será punido com pena duplicada em razão da morte.
E) lesão corporal gravíssima, pelo aborto, em concurso com homicídio culposo.

A

D) aborto, que será punido com pena duplicada em razão da morte.

Aborto provocado por terceiro

Art. 125 – Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena – reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena – reclusão, de um a quatro anos.

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

Forma qualificada

Art. 127 – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

35
Q
A