Diarreias Agudas Flashcards
Classificação de tempo de instalação
Aguda < 2 semanas
Persistente 2-4 semanas
Crônica > 4 semanas
Classificação topográfica
Alta (delgado): menos evacuações, maior volume, disabsorção (restos alimentares)
Baixa: (cólon): mais evacuações, menor volume, disenteria/tenesmo
Fisiopatologia mais comum
Secretória
Diarreia secretória
Mais comum Transporte hidroeletrolítico Gap osmolar fecal < 125 Não cessa com jejum Grandes perdas líquidas (> 1 L/dia)
Diarreia osmótica
Elementos osmoticamente ativos
Gap osmolar fecal > 125
Diminui com jejum
Diarreia inflamatória/invasiva
Patógenos virulentos
Disenteria
Aumento da calprotectina e lactoferrina fecais
Diarreia disabsortiva
Esteatorreia
Restos alimentares
Definição de diarreia
Eliminação de fezes amolecidas (pastosas ou líquidas) numa frequência (> 3x/dia) ou volume (> 200 g/dia) aumentados
Etiologia mais comum
Vírus
Adultos: norovírus
Crianças: rotavírus
Etiologias
Vírus: Norovírus
Bactérias: fatores de risco
Parasitoses: diarreia persistente
Diarreia esteatorreica
Fezes amareladas, fétidas, oleosas (brilhantes), aderentes
Distúrbio funcional
Ausência de doença orgânica justificável
Possuem critérios específicos
Água e alimentos deteriorados tem vínculo com…
Shigella
Salmonella
E. coli
Maionese, ovos e cremes tem vínculo com…
S. aureus (toxinas)
Internação, asilos e ATB recente tem vínculo com…
Colite pseudomembranosa
Mariscos e ostras cruas tem vínculo com…
Vibrio vulnificus
Vibrio parahemolyticus
Imunossupressão tem vínculo com…
Oportunistas
Creche tem vínculo com…
Rotavirose
Shigella
Giardíase
Viajantes tem vínculo com…
E. coli
Campylobacter
Vírus
Piscinas tem vínculo com…
Giardíase
Criptosporidíase
Pseudoapendicite tem vínculo com…
Campylobacter
Yersinia
Guillain-Barré tem vínculo com…
Campylobacter jejuni
Necrose hemorrágica jejunal tem vínculo com…
C. perfringens (betatoxina)
E. coli enterotoxigênica tem vínculo com…
Viajantes
E. coli êntero-hemorrágica tem vínculo com…
SHU (O157:H7)
E. coli enteropatogênica tem vínculo com…
Crianças
E. coli enteroinvasiva tem vínculo com…
Disenteria
E. coli enteroagregativa tem vínculo com…
Diarreia persistente
Promiscuidade sexual tem vínculo com…
Patógenos de transmissão fecal-oral
Pesquisar ISTs
Quando pedir exames na diarreia aguda
Disenteria
Episódio moderado/grave
Duração > 7 dias
Alto risco de complicações
Doença grave
Febre
> 6 evacuações/dia
Desidratação com necessidade de internação
Disenteria
Sangue, pus e muco nas fezes em paciente com febre e sinais de toxemia
Alto risco de complicações
> 70 anos
Imunossuprimido
Multicomorbidades
Exames complementares
Laboratório
Fezes (painel viral, PPF, PCR, cultura)
Tomografia (dx diferencial)
EVITAR COLONOSCOPIA
Antibiótico na diarreia aguda
Doença grave
Disenteria
Risco de complicação
Quinolonas ou azitro DU ou até 3 dias
Probióticos na diarreia aguda
INDICADO na diarreia pós-antibioticoterapia
Baixa evidência de uso na gastroenterite aguda
Antidiarreicos na diarreia aguda
Quadro no mínimo moderado
Idealmente com antibiótico
EVITAR em pacientes potencialmente graves
Loperamida e Racecadotrila
Mecanismo da Loperamida
Receptores opioides
Reduz motilidade
Causa constipação
Mecanismo da Racecadotrila
Inibidor de encefalinase
Antissecretor
Etiologia da colite pseudomembranosa
Clostridium difficile Bacilo gram + Anaeróbio Fecal-oral Esporos resistentes
Fisiopatologia da colite pseudomembranosa
Quebra da barreira intestinal (microbiota/ATB) > exposição ao C. difficile > liberação de toxinas > lesão epitelial
Toxinas do C. difficile
Toxina A: enterotoxina
Toxina B: citotoxina/10x mais potente
Fatores de risco para colite pseudomembranosa
ATB recente (principal) Idade avançada Doença grave Tempo de internação Uso de antiácidos Cirurgia gastrointestinal
ATBs frequentemente associados a colite pseudomembranosa
Quinolonas
Clindamicina
Penicilinas e cefalosporinas (largo espectro)
ATBs ocasionalmente associados a colite pseudomembranosa
Macrolídeos
Bactrim
ATBs raramente associados a colite pseudomembranosa
Metronidazol
Vancomicina
Temporalidade da colite pseudomembranosa
Pode ocorrer durante o uso ou até 6 semanas (geralmente 10 dias) após uso de ATB
Possíveis quadros clínicos da colite pseudomembranosa
Colite
Assintomático (não requer tratamento)
Atípicos (dx diferencial)
Quadro clínico de colite da colite pseudomembranosa
Diarreia aquosa Dor abdominal Febre baixa Leucocitose Pseudomembranas Íleo paralítico, megacólon tóxico, etc.
Diagnóstico da colite pseudomembranosa
Suspeita clínica (diarreia > 48h, moderada a grave ou íleo paralítico)
+
PCR ou toxinas (+) OU achados colonoscópicos ou histológicos compatíveis
Classificação não grave da colite pseudomembranosa
Leucocitose < 15.000
Creatinina < 1,5
Classificação grave da colite pseudomembranosa
Leucocitose > 15.000
Cr > 1,5
Clínica exuberante
Pseudomembranas
Classificação fulminante da colite pseudomembranosa
Megacólon tóxico
Perfuração
Instabilidade clínica
Tratamento da colite pseudomembranosa não grave
Metronidazol 500mg VO 3x/dia por 10 dias
Vancomicina 125mg VO 4x/dia por 10 dias
Tratamento da colite pseudomembranosa grave
Vancomicina 125mg VO 4x/dia 10-14 dias
Tratamento da colite pseudomembranosa fulminante
Vancomicina 500mg SNG 4x/dia + metronidazol IV 3x/dia
Tratamentos alternativos na colite pseudomembranosa recorrente
Vancomicinas em doses prolongadas
Fidaxomicina
Transplante de microbiota
Profilaxia da colite pseudomembranosa
Evitar uso indiscriminado de ATB
Evitar supressão ácida
Lavagem das mãos (álcool gel não elimina esporos do C. difficile)