Diarreia Flashcards
Diarreia
Diminuição da consistência e aumento da frequência das fezes superior a 3 dejeções por dia
Diarreia infecciosa
Etiologia infecciosa, acompanhada de náuseas, vómitos e dor abdominal
Diarreia
- Aguda
- Peristente
- Crónica
Diarreia
- Aguda - até 14 d
- Peristente > 14 d
- Crónica >30d
Diarreias virais
Não se pesquisa o vírus, só na parasitária ou bacteriana
Abordagem diagnóstica
- Coprocultura
- Exames culturais
- Pesquisa de ovos, parasitas e quistos
- Pesquisa de leucócitos fecais
- Coprocultura
- Em todos os doentes com: Sangue + Muco + Pus + Dor abdominal e sinais de disfunção gástrica;
- Salmonella, Shingella, Campylobacter, Yersinia, E.coli O157:7;
- Diarreia nasocomial e/ou exposição a Ab -> Clostridium difficile;
- Exames culturais ( se houver persistência do quadro e qd culturas para agentes mencionados vêm negativas);
- Pesquisa de ovos, parasitas e quistos apenas nos doentes imunodeprimidos;
- Pesquisa de leucócitos fecais ou sangue oculto nas fezes não estão recomendados
Manifestações pós diarreias infecciosas
- Eritema nodoso: yersinia, campylobacter, salmonella
- Glomerulonefrite: shigella, campylobacter, yersinia
- Síndrome Guillian Barré - campylobacter
- SHU: E coli, Shigella
Clostridium difficile
Anaeróbio Gram +
Comensal no intestino
Cultura difícil e elevada resistência
Incidência relacionada com o uso de AB
Clostridium difficile - estirpes
BI/NAP1/027
Mutação 18 bp gene tcdC - permite que a toxina B adira às células intestinais e é mais agressiva
Estirpe toxinotipo V, ribotipo 078 - resistente às cefalosporinas e quinolonas
Clostridium difficile - Crianças e em ambulatório
Podem ser assintomáticas e transmitir a doença - mesmo que haja presença de estirpe colonizadora, não se trata!!
Clostridium difficile. - toxinas
Toxina A - liga-se às células epiteliais- glicolisa as proteínas - morte celular
Toxina B - libertação de células - infiltração de neutrófilos - secreção intestinal de fluídos
Clostridium difficile - Quando se trata?
Só quando há estirpe colonizadora + Diarreia
Clostridium difficile - Testes conforme a probabilidade de infeção
- Elevada probabilidade de infeção: NAAT ( teste de amplificação genética)
- Baixa probabilidade de infeção:
1- Teste de glutamato desidrogenase
2- NAAT ou ELISA
Clostridium difficile - Evoluçaõ do quadro clínico e MCDTs
Diarreia Colite pseudomembranosa (endoscopia) Megocolon tóxico (radiologia) Perfuração cólica/ peritonite Sépsis e abdómen agudo +- diarreia (Ileus)
Clostridium difficile - fatores de risco
Idade > 65 A Co-morbilidades UCI Contacto com C. difficile Exposição a AB
TTO: DIARREIA – TOXINA PARA C.difficille + (ou forte suspeita clínica)
Tratamento de suporte (volémico e complicações)
Ligeira a moderada
• Vancomicina oral (125 mg qid)
• Fidaxomicina oral (200 mg bid)
• Metronidazol oral (500 mg tid)
Grave
• Vancomicina oral (125 mg qid)
• Fidaxomicina oral (200 mg bid)
Ileus ou Megacolon Tóxico
• Consultar o cirurgião
• Metronidazol e.v. (500 mg/tid) + Vancomicina oral (500 mg qid)
Se a via oral estiver indisponível, fazer enemas de vancomicina