Diabetes IA Flashcards
Definição de Diabetes Mellitus
Grupo de distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia, causada por secreção insuficiente de insulina, ação insulínica deficiente ou ambas.
Dano em múltiplos órgãos: rins, olhos, nervos periféricos e vasos. Grande causadora de disfunções importantes como IRC, cegueira em adultos e amputações em membros inferiores.
Qual a prevalência de Diabetes Mellitus nos EUA?
Superior a 8% com 1,9 milhão de casos novos ao ano e 79 milhões com ‘pré-diabetes’.
No mundo, são 346 milhões.
Critérios de diagnóstico para Diabetes Mellitus
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL, TTGO ≥ 200 mg/dL, Hb A1C ≥ 6,5%.
Intolerância à glicose: glicemia de jejum de 100 a 125 mg/dL, TTGO de 140 a 199 mg/dL, Hb A1C de 5,7% a 6,4%.
Classificação do Diabetes Mellitus
DM tipo 1, DM tipo 2, defeitos genéticos das células beta, deficiência da ação insulínica, defeitos do pâncreas exócrinos, endocrinopatias, infecções, fármacos, síndromes genéticas, DM gestacional.
Diferenças entre DM tipo 1 e DM tipo 2
DM tipo 1: destruição das células beta, anticorpos anti-ilhotas, cetoacidose, predomínio em infância e adolescência. DM tipo 2: resistência à insulina, predominância em adultos, aumento inicial e posterior queda insulínica, sem auto-anticorpos.
Fatores genéticos associados ao Diabetes Mellitus tipo 1
Influência de genes do MHC, polimorfismos de CTLA4 e PTPN22, perda da tolerância para auto-antígenos das ilhotas, insulite linfomononuclear, perda de células beta.
Fatores associados ao Diabetes Mellitus tipo 2
Resistência à insulina, obesidade, polimorfismos de TCF7L2, PPARG, FTO e outros, deposição de material amiloide nas ilhotas, perda leve de células beta.
Quais são as manifestações clínicas clássicas do Diabetes Mellitus?
Tríade clássica: poliúria, polidipsia e polifagia.
Complicações agudas do Diabetes Mellitus
Cetoacidose diabética, síndrome hiperosmolar não-cetótica, hipoglicemia.
Complicações crônicas do Diabetes Mellitus
Doença diabética macrovascular: cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular, isquemia de membros inferiores. Doença diabética microvascular: retinopatia diabética, nefropatia diabética, neuropatia periférica.
O que é a patogênese do Diabetes Mellitus tipo 1?
Susceptibilidade genética, fatores ambientais, mecanismos de destruição das células beta.
Mecanismos de destruição das células beta
Auto-antígenos como insulina, GAD, ICA512, linfócitos T, interferon-gama e TNF, CD8+ CTLs.
Fatores metabólicos no Diabetes Mellitus tipo 2
Resistência à insulina, disfunção das células beta, obesidade, sedentarismo.
O que caracteriza a nefropatia diabética?
Espessamento da membrana basal glomerular, esclerose mesangial difusa, glomerulosclerose nodular (lesão de Kimmelstiel-Wilson).
Quais são as características da retinopatia diabética não-proliferativa?
Espessamento da membrana basal vascular, microaneurismas, edema macular, exsudatos.
Quais são os principais efeitos da hiperglicemia no organismo?
Formação de produtos finais da glicação avançada, liberação de citocinas e fatores de crescimento, geração de ROS, aumento da atividade pró-coagulante.
O que caracteriza a neuropatia diabética?
Redução do número de axônios, degeneração das bainhas de mielina, arteríolas com hialinose, duplicação da membrana basal e espessamento da parede.
O que ocorre na morfologia do pâncreas no DM tipo 1?
Insulite linfomononuclear, redução do tamanho e do número das ilhotas.
O que caracteriza a morfologia do pâncreas no DM tipo 2?
Deposição amiloide, fibrose, redução do tamanho e do número das ilhotas (evento tardio).
Quais são os achados morfológicos nos vasos em Diabetes Mellitus?
Aterosclerose, arteriolosclerose hialina, espessamento de membranas basais de capilares e de outras estruturas.
Quais são as manifestações clínicas das complicações crônicas do Diabetes Mellitus?
Macrovasculares: cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular, IRC. Microvasculares: nefropatia diabética, retinopatia diabética, neuropatia diabética.
Qual a relação entre obesidade e resistência à insulina?
Ácidos graxos livres, adipocinas, inflamação (IL-1β e outras citocinas).
O que é microalbuminúria?
Presença de pequenas quantidades de albumina na urina
Indica um possível início de problemas renais em pacientes diabéticos.
O que é macroalbuminúria?
Presença de grandes quantidades de albumina na urina
Refere-se a uma condição mais avançada de doença renal.