Dermatite atópica Flashcards

1
Q

Outras denominações para dermatite atópica

A
  • eczema constitucional
  • neurodermite disseminada
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2
Q

O que é a dermatite atópica?

A

é uma doença inflamatória cutânea crônica

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Q

Quais os fatores relevantes nessa patologia?

A
  • alterações da barreira cutânea
  • desequilíbrio imunológico
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4
Q

Com quais disfunções a dermatite atópica está relacionada?

A

a disfunções do complexo mecânico-imunológico da barreira cutânea

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5
Q

Dermatite atópica é um exemplo de doenças eczematosa?

A

SIM

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6
Q

Quando ocorre a dermatite atópica de início precoce?

A

na infância (maioria dos casos)

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7
Q

Quando ocorre a dermatite atópica de início tardio?

A

quando se manifesta na idade adulta

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8
Q

Como a DA pode ser caracterizada?

A
  • pele seca e escamosa (xerose), em áreas lesionais ou não
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9
Q

DA é resultante de quais fatores?

A
  • disfunção da barreira epidérmica
  • alteração do estrato córneo que conduz à perda de água transepidérmica aumentada
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10
Q

Epidemiologia da DA

A
  • alta prevalência na população
  • principalmente em crianças (maior parte desaparece na adolescência)
  • 10 a 20% na infância
  • 3% adulto
  • maior prevalência na zona urbana
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11
Q

Hipótese da higiene (prevalência de DA em área urbana)

A

maior prevalência: área urbana, classe social elevada, filho único

hipótese da higiene: maior exposição a agente infecciosos precocemente estimulariam o sistema imune, impedindo as desregulações próprias da DA

  • particularmente a produção de IL-10 e TGF-beta
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12
Q

Qual é a primeira manifestação clínica de atopia?

A

DA

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13
Q

Atopias que a DA está associada

A
  • rinite alérgica (75%): afeta as vias aéreas superiores
  • asma (50%): afeta vias aéreas inferiores
  • surtos de urticária (15%)
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14
Q

DA possui caráter familiar?

A

SIM

  • é uma doença autossômica dominante de penetrância variável
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15
Q

Frequência dos surtos de eczema

A

podem se manifestar:
- isolado
- simultâneo
- intercalados
com as crises de asmas e rinite

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16
Q

Qual o perfil do paciente atópica com relação a fisiopatologia

A
  • esse paciente possui limiar de reatividade anômalo
  • por isso reage anormalmente a inúmeros estímulos (de contato, ingestantes, inalantes, etc)
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17
Q

Os mecanismos responsáveis por essa reatividade alterada são conhecidos?

A

NÃO

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18
Q

Quais fatores participam na patogênese da DA

A
  • fatores genéticos
  • mecanismos imunológicos e não imunológicos
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19
Q

Quais a 2 teorias que tentam explicar a fisiopatologia da DA

A
  • teoria inside-outside
  • teoria outside-inside
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20
Q

O que é a teoria inside-outside?

A
  • inicio do quadro: se dá com resposta imunológica a alérgenos e irritantes comuns
  • ocorre o desencadeamento de inflamação, infecção e alteração da barreira cutânea
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21
Q

O que é a teoria outside-inside?

A
  • inicio: disfunção primária da barreira cutânea (provocando a entrada de antígenos)
  • gera-se a infecção e resposta inflamatória
  • o que explica a doença ter diferentes aspectos em momentos distintos (mutação dos genes da filagrina)
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22
Q

Como é a organização do estrato córneo?

A

modelo “parede de tijolos”
- queratinócitos (tijolos) e o meio extracelular, os lipídeos epidérmicos (cimento)

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23
Q

Componentes do estrato córneo

A
  • queratinócitos (corneócitos)
  • lipídeos epidérmicos (ceramidas e colesterol)
  • proteínas da barreira cutânea (filagrina e tight junctions)
  • sistema imune inato (PRRs, células dendríticas, células NK e células T reguladoras
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24
Q

Defeitos na barreira cutânea, mutações genéticas e alterações na diversidade microbiana, desencadeiam o que?

A

Inflamação na pele do paciente com DA

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25
Q

Defeitos nos receptores tool-like 2 (TLR2)

A

Contribuem com o aumento da colonização e infecção por S. aureus

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26
Q

Redução na expressão de AMP

A

favorece infecções cutâneasr

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27
Q

Redução das células dendríticas plasmocitóides na pele com DA

A

facilita algumas infecções virais

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28
Q

Células NK estão DIMINUÍDAS na DA?

A

SIM

29
Q

As células dendríticas inflamatórias epidérmicas estão AUMENTADAS nas lesões de DA?

A

SIM

30
Q

Qual a associação da mudança na expressão do gene NLRP1 com o quadro da DA?

A

essa mudança está relacionada com a gravidade da DA

31
Q

Fatores associados com os defeitos da barreira cutânea

A
  • redução dos níveis da ceramida
  • redução da produção de profilagrina

há maior perda de água transepidérmica e maior predisposição a agressões (agentes físicos e químicos, microorganismos) (ambos gatilhos para a inflamação)

32
Q

Como é a diversidade bacteriana nas lesões ATIVAS de DA?

A
  • pobre diversidade bacteriana
  • S. aureus (germe predominante)
  • número de bactérias comensais (S. epidermidis) aumenta (sugerindo a presença de mecanismo compensatório para controlar o domínio da S. aureus)
33
Q

O que quer dizer “controle da DA”?

A

recuperação parcial da microbiota da pele

34
Q

Como é a flora microbiana da pele?

A

variável, possui vários microorganismos

35
Q

Conduta para pacientes em tto de DA que não obtém resultado?

A

devem receber atb com bom espectro para germes cutâneos

36
Q

Perfil de personalidade atópica

A
  • labilidade emocional
  • inteligência superior à média
  • hiperatividade
  • agressividade reprimida
37
Q

Quais os 3 períodos evolutivos das manifestações clínicas de DA?

A
  • infância
  • períodos pré-puberal
  • idade adulta
38
Q

Critérios maiores: TODOS

A
  • prurido (todas as fases da DA)
  • tendência a cronicidade e/ou recidivas frequentes
  • morfotopografia (lesões em localização típica)
    crianças: face (região frontal e malar, poupa o maciço centro-facial), regiões extensoras de membros, glúteos, fossas cubital e poplítea, pescoço e cabeça (regiões periorificiais)
    adultos: áreas flexurais (dobras antecubitais, poplíteas e regiões cervicais) > eczema flexural
39
Q

Critérios menores: 3 OU MAIS

A
  • história pessoal ou familiar de atopia
  • positividade aos testes cutâneos imediatos
  • dermografismo branco ou vaso constrição prolongada (induzida por agentes colinérgicos) > é o contrário do dermografismo verdadeiro
  • xerose cutânea: pele seca
  • ictiose associada: pele com aspecto de escamas
  • hiperlinearidade palmar
  • pitiríase alba (em qualquer lugar do corpo)
  • queratose pilar
  • palidez centro-facial com escurecimento orbitário
  • prega de dennie-morgan
  • sinal de hertogue (perda da cauda da sobrancelha)
  • tendência a dermatoses crônicas recidivantes das mãos
  • tendência a infecções cutâneas repetidas
  • alterações oculares (catarata e ceratocone)
40
Q

Diagnóstico da DA

A

clínico
- anamnese
- morfotopografia das lesões
- presença de prurido
- cronicidade
- aumento de IgE quando DA associada a manifestações atópicas respiratórias

41
Q

Confirmação diagnóstica

A

3 critérios MAIORES + 3 (ou mais) critérios MENORES

42
Q

Existem critérios laboratoriais para diagnóstico de DA?

A

NÃO

43
Q

Complicações da DA

A
  • infecções bacterianas secundárias
  • erupção variceliforme de Kaposi (causada por herpes-simples vírus)
  • molusco contagioso
  • eritrodermia esfoliativa (mais de 85% da pele avermelhada e descamativa)
44
Q

DD da DA

A
  • dermatite seborreica (principalmente na infância)
  • escabiose eczematizada
  • dermatite de contato alérgica
  • psoríase
  • pitiríase rósea
  • eritrodermia
  • dermatite infectiva pelo HTLV-1
  • acrodermatite enteropática
45
Q

Existe tto específico para a DA?

A

NÃO

46
Q

Lesões da DA tendem a desaparecer espontaneamente com o passar dos anos?

A

SIM

47
Q

Em que fase as remissões e exacerbações são muito comuns?

A

Infância
- há melhora na puberdade

48
Q

Raciocínio clínico do tto

A
  • diminuição da sintomatologia e da reação inflamatória
  • afastamento ou exclusão de fatores que agravam o quadro evolutivo da afecção
49
Q

Tratamento da xerose

A
  • banhos adequados: aliviam sudorese (principal fator no desenvolvimento de prurido)
  • hidratação e lubrificação
  • ambiente e hábitos
50
Q

Qual a chave para o controle da DA?

A

evitar ou reduzir a exposição a fatores desencadeantes e tratar crises agudas

51
Q

TTO xerose: banhos adequados

A
  • água morna
  • não demorar mais que 3 a 5 min
  • sabonetes neutro (usar no máx. 1x/dia OU a cada 2 a 3 dias, eventualmente só nas áreas de dobras)

a pele do paciente com DA é desidratada, sem gordura, por isso os sabões devem ser usados o menos possível

  • não friccionar a pele com esponjas
  • após o banho, com a pele úmida, passar emolientes (para umectação e prevenção de perda de água do estrato córneo)
  • usar amido em uma almofada durante o banho de chuveiro
  • banho de imersão usando amido
  • óleos miscíveis na água da banheira
  • se infecção, permanganato de potássio é indicado
52
Q

TTO da xerose: hidratação e lubrificação

A
  • uso diário de substâncias emolientes ou lubrificantes que evitem a desidratação (ex. creme hidratante)
  • cremes mais ativos: à base de vaselina líquida ou óleo de amêndoas (cold creams)
  • tópicos devem ser aplicados após o banho
  • ureia (hidratante clássico) deve ser utilizada com cuidado (produz irritação e ardor nos indivíduos atópicos
53
Q

TTO da xerose: Ambiente e hábitos

A
  • usar sempre filtro solar (branco e cremoso) antes de nadar
  • inverno: usar creme hidratante mais oleoso ou até óleos nos banhos
  • inverno: usar umidificador de ambiente
  • manter-se em temperatura estável
  • reduzir estresse
  • retirar carpetes e cortinas
  • evitar cães e gatos dentro de casa
  • na crise: reduzir atividade física que provoca muita sudorese
54
Q

TTO da xerose: vestuário

A
  • retirar sapatos e roupas molhadas imediatamente
  • evitar contato com irritantes da pele (cosmético colorido, perfume)
  • evitar o contato da pele com tecidos de lã (incita prurido) e fibras sintéticas (não permitem ventilação e transpiração adequadas)
  • evitar sabão em pó e amaciante
55
Q

TTO da xerose: corte de unhas

A
  • manter as unhas curtas para evitar lesões devido ao prurido
56
Q

Tratamento do eczema

A
  • corticóide tópico (-ona)
  • inibidores de calcineurina tópicos: tracolimus e pimecrolimus
  • anti-histamínico
  • atb tópicos
  • atb sistêmicos
  • fototerapia (UVB nb)
  • imunomoduladores sistêmicos (talidomida)
  • imunossupressores (ciclosporina e metotrexato)
  • wet dressing (bandagem umedecida)
  • sedativo
  • psicoterapia
57
Q

TTO do eczema: corticoides tópicos

A
  • mais úteis no tto de DA
  • todas as formas clínicas e idades
  • escolher conforme característica do corticoide, da lesão e do paciente
  • veículo apropriado
  • sítio da lesão
  • estágio da lesão (aguda, subaguda e crônica)
  • idade
    efeitos colaterais: atrofia da pele, estrias, telangiectasias
    corticoides tópicos são melhores absorvidos após o banho
  • potência do corticoide:
    baixa potência para CRIANÇAS (hidrocortisona)
    média potência pode ser utilizado em crianças (mometasona e desonina)
    alta potência devem ser utilizados em adultos e adolescentes/lesões crônica, liquenificadas (betametasona, triancinolona e clobetasol)
58
Q

TTO do eczema: inibidores de calcineurina tópicos

A
  • tracolimus e pimecrolimus
  • são imunomoduladores e imunossupresores
  • são melhor tolerados (não produzem os efeitos colaterais do corticoide tópico)
  • indicação: DA menos intensa e localizadas em áreas com maior probabilidade de ter efeitos adversos com corticoide tópicos (face, dobras, genitais)
59
Q

TTO do eczema: qual tratamento NÃO é recomendado

A
  • corticoides sistêmicos (via oral)
  • risco de rebote quando retirados
60
Q

Falha na resposta do tto com corticoide tópico, o que utilizar?

A

prednisona VO

  • menor dose possível
  • adm em dias alternados
61
Q

TTO do eczema: anti-histamínicods

A
  • indicados eletivamente para o controle do prurido
62
Q

TTO do eczema: atb tópico

A

mupirocina 2%

  • em caso de infecção secundária
  • risco de nefrotoxicidade
63
Q

TTO do eczema: atb sistêmico

A
  • VO
  • aguardar atbgrama ou empregar: eritromicina, cefalosporina ou dicloxacilina por 10 dias
64
Q

TTO do eczema: fototerapia

A
  • UVB nb (banda estreita)
  • bom para DA leve
65
Q

TTO do eczema: imunomoduladores sistêmicos

A

talidomida

  • bom pra prurido
  • prescrição difícil
  • evitar se possibilidade de gravidez
66
Q

TTO do eczema: imunossupressores

A

ciclosporina e metotrexato

ciclosporina
- formas graves e resistentes de DA
- evitar em crianças, hipertensos, nefropatas e hepatopatas

metotrexato
- 1ª escolha de medicamento VO
- em casos mais graves e sistêmicos
- precisa repor ácido fólico

67
Q

TTO do eczema: wet dressing (bandagem umedecidas)

A
  • 5 a 7 dias em pacientes com muito prurido
  • principalmente crianças
  • ótimo resultado
68
Q

Novidades

A

Muito eficientes, porém caríssimas

Dupilumabe (Dupixent)
- anticorpo monoclonal
- inibição seletiva e simultânea de IL-4 e IL-3
- dose de ataque: 600 mg SC (2 seringas de 300mg)
- dose de manutenção: 300 mg SC de 14/14 dias

Rinvoq (upadacitinibe)
- inibidor da proteína JAK
- dose: 15-30 mg/dia VO