Demências Flashcards

1
Q

O que é Demência?

A

Demência é a degeneração crônica, global e geralmente irreversível da cognição.

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2
Q

Como é o diagnóstico da Demência?

A

O diagnóstico é clínico; testes laboratoriais e de imagem geralmente são utilizados para identificar as causas tratáveis.

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3
Q

Como é o tratamento para as Demências?

A

O tratamento é de suporte. Às vezes, os inibidores da colinesterase podem melhorar temporariamente a função cognitiva.

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4
Q

Quem pode ter demência?

A

A demência pode ocorrer em qualquer idade, mas afeta principalmente os idosos. É responsável por mais da metade das internações em casas de saúde.

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5
Q

Como as Demências são classíficadas?

A
  • Tipo Alzheimer ou não Alzheimer
  • Cortical ou subcortical
  • Irreversível ou potencialmente reversível
  • Comum ou rara
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6
Q

Diferencie Demência de Delírio?

A
  • Demência afeta principalmente a memória, costuma ser causada por alterações anatômicas no encéfalo, tem início mais lento e, em geral, é irreversível.
  • O delírio afeta principalmente a atenção, costuma ser causado por enfermidade aguda ou toxicidade por drogas (às vezes com risco de morte) e, em geral, é reversível.
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7
Q

Quais os tipos mais comuns de Demência?

A
  • Doença de Alzheimer
  • Demência vascular
  • Demência por corpos de Lewy
  • Demência frontotemporal
  • Demência associada ao HIV
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8
Q

Quais outros pacientes podem ter demência?

A

A demência também ocorre em pacientes com doença de Parkinson, doença de Huntington, paralisia supranuclear progressiva, doença de Creutzfeldt-Jakob, síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker, outras doenças priônicas e neurossífilis. Os pacientes podem ter > 1 tipo (demência mista).

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9
Q

Alguns distúrbios estruturais do cérebro

A

hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural), distúrbios metabólicos (p. ex., hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12) e toxinas (p. ex., chumbo) causam uma deterioração lenta da cognição que pode ser solucionada com o tratamento. Às vezes, essa deficiência é denominada demência reversível, mas alguns especialistas restringem o termo demência à deterioração cognitiva irreversível.

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10
Q

A depressão pode simular a demência?

A

A depressão pode simular a demência (e era denominada pseudodemência); em geral, os dois distúrbios coexistem. Entretanto, a depressão pode ser a primeira manifestação da demência.

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11
Q

Qualquer distúrbio pode exacerbar déficits cognitivos em pacientes com demência.

A

O delírio ocorre geralmente em pacientes com demência.

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12
Q

O que mais pode agravar a demência?

A

Fármacos, em especial os benzodiazepínicos e anticolinérgicos (p. ex., alguns antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, benzotropina), podem causar ou agravar temporariamente os sintomas da demência, assim como o álcool, mesmo em quantidades moderadas. Insuficiência renal ou hepática, nova ou progressiva, pode reduzir o clearance da droga e causar toxicidade após anos de administração de doses estáveis da droga (p. ex., propranolol).

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13
Q

Depósitos de beta-amiloides e emaranhados neurofibrilares

A

Doença de Alzheimer

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14
Q

anormalidades na tau

A
  • Encefalopatia traumática crônica
  • Degeneração ganglionar corticobasal
  • Demências frontotemporais (incluindo doença de Pick)
  • Paralisia supranuclear progressiva
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15
Q

Anormalidades alfa-sinucleínas

A
  • Demência por corpos de Lewy

- Demência por doença de Parkinson

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16
Q

Mutação do gene huntingtina

A
  • Doença de Huntington
17
Q

Doença cerebrovascular

A
  • Doença de Binswanger
  • Doença lacunar
  • Demência por múltiplos infartos
  • Demência por infarto único estratégico
18
Q

Ingestão de drogas ou toxinas

A
  • Demência associada ao álcool

- Demência decorrente de exposição a metais pesados

19
Q

Infecções

A
  • Fúngica: demência decorrente de criptococose
  • Espiroquetas: demência devido a sífilis ou doença de Lyme
  • Virais: demência associada a HIV, síndromes pós-encefalite
20
Q

Distúrbios priônicos

A
  • Doença de Alzheimer
  • Esclerose lateral amiotrófica
  • Doença de Creutzfeldt-Jakob
  • Demência frontotemporal
  • doença de Huntington
  • doença de Parkinson
  • Variante da doença de Creutzfeldt-Jakob
21
Q

Transtornos cerebrais estruturais

A
  • Tumores cerebrais
  • Hematomas subdurais crônicos
  • Hidrocefalia de pressão normal
22
Q

Outras doenças potencialmente reversíveis

A
  • Depressão
  • Hipotireoidismo
  • Deficiência de vitamina B12
23
Q

Embora exista uma variedade de sintomas da demência, eles podem ser divididos em

A
  • Recente
  • Intermediária
  • Tardia
    lterações de personalidade e distúrbios de comportamento podem aparecer cedo ou tarde.
24
Q

Ocorre psicose?

A

Ocorre psicose — alucinações, delírios ou paranoia — em cerca de 10% dos pacientes com demência, embora uma grande porcentagem possa apresentar esses sintomas temporariamente.

25
Q

Sintomas de demência precoce

A
  • A capacidade funcional pode ser limitada ainda pelo seguinte:
  • Agnosia: capacidade prejudicada de identificar objetos apesar da função sensitiva intacta
  • Apraxia: capacidade prejudicada de realizar movimentos previamente apreendidos apesar da função motora intacta
  • Afasia: capacidade limitada de compreender ou utilizar a linguagem
  • Embora a demência precoce possa não comprometer a sociabilidade, os familiares podem relatar comportamento estranho acompanhado de instabilidade emocional.
26
Q

instabilidade emocional.

Sintomas de demência intermediária

A
  • Os pacientes tornam-se incapazes de aprender e evocar novas informações. A memória para eventos remotos é reduzida, mas não totalmente perdida. Os pacientes podem necessitar de auxílio em atividades básicas da vida cotidiana (p. ex., banhar-se, alimentar-se, vestir-se, higienizar-se).
  • As alterações da personalidade podem evoluir. Os pacientes podem se tornar irritados, ansiosos, egoístas, inflexíveis ou furiosos com mais facilidade ou se tornar mais passivos, com afeto monótono, depressão, indecisão, ausência de espontaneidade ou afastamento de situações sociais.
  • Distúrbios comportamentais podem se desenvolver: os pacientes podem perambular ou tornarem-se repentina e inadequadamente agitados, hostis, não cooperativos ou fisicamente agressivos.

Nessa fase, os pacientes perdem todo o senso de tempo e local, pois não podem utilizar as pistas ambientais e sociais de modo eficaz. Muitas vezes, os pacientes se perdem e podem ser incapazes de encontrar o próprio quarto ou o banheiro. Continuam capazes de andar, mas com risco de quedas ou acidentes secundários à confusão.

A sensação ou percepção alterada pode culminar em psicose com alucinações e delírios paranoides e persecutórios.

Em geral, os padrões de sono são desorganizados.

27
Q

Sintomas da demência tardia (grave)

A
  • Os pacientes não podem andar, alimentar-se, nem realizar qualquer outra atividade da vida cotidiana; podem se tornar incontinentes. A memória recente e remota é perdida por completo. Os pacientes podem ser incapazes de deglutir. Apresentam risco de subnutrição, pneumonia (especialmente em decorrência de aspiração) e úlceras de pressão. Pelo fato de dependerem completamente dos outros, em geral é necessária a internação por um longo período em casas de saúde. Eventualmente, os pacientes ficam mudos.
  • Como esses pacientes não podem relatar qualquer sintoma ao médico e os pacientes idosos geralmente não apresentam resposta febril ou leucocitária a uma infecção, o médico deve valer-se da experiência e perspicácia quando a aparência do paciente é enferma.
  • A demência terminal resulta em coma e morte, em geral decorrente de infecção.
28
Q

Diagnóstico da Demência…

A
  • Diferenciação de delirium e demência por histórico ou exame neurológico (incluindo estado mental)
  • Identificação de causas tratáveis clinicamente e por exames de laboratório e exames neurológicos de imagem
  • Algumas vezes exames neuropsicológicos formais
29
Q

A demência deve ser diferenciada do seguinte:

A
  • Delírio
  • Comprometimento da memória associado à idade
  • Comprometimento cognitivo leve
  • Sintomas cognitivos relacionados à depressão: este distúrbio cognitivo desaparece com o tratamento da depressão
30
Q

Critérios clínicos

A
  • Sintomas cognitivos ou comportamentais (neuropsiquiátricos) interferem na capacidade de funcionar no trabalho ou fazer atividades diárias habituais.
  • Esses sintomas representam uma queda em relação aos níveis anteriores de funcionamento.
  • Esses sintomas não são explicados por delirium ou transtorno psiquiátrico.
31
Q

Prognóstico para a Demência…

A

Em geral, a demência é progressiva. No entanto, o grau de progressão varia bastante e depende da causa. A demência abrevia a expectativa de vida, mas a estimativa de sobrevida varia.

32
Q

Tratamento da Demência…

A
  • Medidas para garantir a segurança
  • Fornecimento de estímulos adequados, atividades e tarefas bem como dicas para orientação
  • Eliminação de drogas com efeitos sedativos ou anticolinérgicos
  • Possivelmente inibidores de colinesterase e memantina.
  • Assistência aos cuidadores
  • Arranjos para o tratamento no final da vida
33
Q

Tratamento medicamentoso…

A
  • A eliminação ou limitação do uso de medicamentos com atividade no SNC muitas vezes melhora a função. Sedativos e drogas anticolinérgicas, que tendem a agravar a demência, devem ser evitados.
    Os inibidores da colinesterase donepezila, rivastigmina e galantamina são relativamente eficazes na melhora da função cognitiva em pacientes com doença de Alzheimer ou demência de corpos de Lewy e podem ser úteis em outras formas de demência. Essas drogas inibem a acetilcolinesterase, aumentando o nível de acetilcolina cerebral.
  • O antagonista de memantina, um NMDA (♦N♦-metil-♦d♦-aspartate), pode ajudar a diminuir a perda de demência moderada a grave e pode ser sinérgico quando utilizado com um inibidor de colinesterase.
  • Medicamentos para controlar distúrbios comportamentais (p. ex., antipsicóticos) têm sido utilizados. Os pacientes com demência e sinais de depressão devem ser tratados com antidepressivos não anticolinérgicos, de preferência ISRS.
34
Q

Pontos Chave sobre a Demência…

A
  • Demência, ao contrário da perda de memória associada à idade e comprometimento cognitivo leve, provoca prejuízo cognitivo que interfere no funcionamento diário. - Estar ciente de que os membros da família podem reportar o início súbito dos sintomas apenas porque reconheceram que os sintomas se desenvolvem gradualmente. - Considerar as causas reversíveis do declínio cognitivo, como doenças cerebrais estruturais (p. ex., hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural), doenças metabólicas (p. ex., hipotiroidismo, deficiência de vitamina B12), drogas, depressão e toxinas (p. ex., chumbo). - Fazer testes do estado mental no leito e, se necessário, testes neuropsicológicos formais para confirmar que a função cognitiva está prejudicada em ≥ 2 domínios. - Recomendar ou ajudar a organizar medidas para maximizar a segurança do paciente, para proporcionar um ambiente familiar e confortável para o paciente, e prestar suporte para os cuidadores.
  • Considerar terapia medicamentosa adjuvante, e recomendar cuidados para o final da vida.