DAP 1 - BVDV Flashcards

1
Q

O que é BVD?

A

BVD é a Diarreia Viral Bovina, uma doença causada pelo vírus BVDV, afetando bovinos.

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2
Q

Qual a estrutura do BVDV?

A

O BVDV é um vírus envelopado, com genoma RNA de fita simples e polaridade positiva, com 45 nanômetros de diâmetro.

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3
Q

Qual família e gênero pertence ao BVDV?

A

Família Flaviviridae, gênero Pestivirus.

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4
Q

Quais são os dois biotipos de BVDV?

A

Citopático (cp) e não-citopático (ncp).

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5
Q

Qual biotipo do BVDV é responsável pela maioria das infecções naturais?

A

O biotipo não-citopático (ncp).

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6
Q

Quais são os dois genótipos principais do BVDV?

A

BVDV-1 e BVDV-2.

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7
Q

Onde foram isolados os primeiros casos de BVDV-2?

A

No Canadá, entre 1993 e 1994.

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8
Q

Por que a reatividade sorológica cruzada entre BVDV-1 e BVDV-2 é baixa?

A

Devido à baixa compatibilidade antigênica, o que impacta no diagnóstico e na eficácia de vacinas.

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9
Q

Qual é a distribuição geográfica do BVD?

A

A BVD tem distribuição mundial, com erradicação em países como Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suíça.

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10
Q

Quando o BVDV foi descrito no Brasil?

A

Desde o final dos anos 1960.

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11
Q

Qual é a principal fonte de propagação do BVDV?

A

Bezerros persistentemente infectados (PI).

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12
Q

Como ocorre a transmissão do BVDV entre animais?

A

Principalmente por contato direto e indireto, além de transmissão iatrogênica e vertical.

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13
Q

Quais são as principais vias de introdução do BVDV em rebanhos?

A

Introdução de animais PI, fêmeas prenhes com fetos PI, animais infectados agudamente e contato com rebanhos vizinhos.

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14
Q

Onde o BVDV se multiplica inicialmente após infectar um bovino?

A

SE multiplica inicialmente no epitélio das vias respiratórias superiores, especificamente na orofaringe, e nos tecidos linfoides regionais

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15
Q

Quais são os sinais clínicos do BVD no sistema digestivo?

A

Úlceras, inflamação, edema, hiperemia, diarreia úmida e queda na produção de leite.

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16
Q

Qual o efeito do BVDV no sistema imunológico dos bovinos?

A

Invade células imunológicas, causando imunossupressão e favorecendo infecções secundárias.

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17
Q

Quais são as consequências da infecção de fêmeas prenhes pelo BVDV?

A

Pode causar reabsorção embrionária, abortos, mumificação fetal, natimortos e nascimento de bebês fracos ou PI.

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18
Q

O que é um animal PI?

A

Um animal persistentemente infectado é aquele que foi infectado pelo BVDV (Vírus da Diarreia Viral Bovina) no útero, antes de seu sistema imunológico estar totalmente desenvolvido e excreta o vírus continuamente.

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19
Q

Em qual período da gestação a infecção pelo BVDV causa infecção persistente?

A

Entre os 40 e 120 dias de gestação.

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20
Q

Quais são os sintomas da doença das mucosas (DM)?

A

Febre, leucopenia, diarreia, inapetência, desidratação, lesões nas narinas e boca, e morte em poucos dias.

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21
Q

Qual é a taxa de mortalidade por doenças das mucosas?

A

Próxima de 100%.

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22
Q

Como é feita a necropsia de um bovino com DM?

A

São observadas erosões e ulcerações no trato gastrointestinal e necrose dos tecidos linfoides.

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23
Q

O que indica presença de diarreia crônica e perda de peso em bovinos?

A

Pode indicar uma forma crônica de doença das mucosas.

24
Q

Quais testes laboratoriais confirmaram a infecção por BVDV?

A

Sorologia, isolamento viral, IFA, IPX, RT-PCR e ELISA de captura de antígeno.

25
Q

Para que sirva o teste de RT-PCR na detecção de BVDV?

A

Para triagem rápida, barata e com alta sensibilidade e especificidade.

26
Q

O que o ELISA de captura detecta?

A

Detecta antígeno específico de BVDV em amostras de soro, leite ou tecidos.

27
Q

Como o teste de soroneutralização ajuda no diagnóstico de BVDV?

A

Quantifica os efeitos inibitórios dos anticorpos durante a replicação viral.

28
Q

Qual é o papel da vacinação no controle do BVD?

A

Reduz o efeito supressor do vírus e auxilia na prevenção de infecções respiratórias e reprodutivas.

29
Q

Qual é a estratégia de vacinação recomendada para fêmeas?

A

Revacinação 2-3 semanas antes da cobertura para aumentar a imunidade.

30
Q

Como se controla a infecção por BVD sem vacinação?

A

Detectando e eliminando animais PI e controlando o ingresso de animais e sêmen no rebanho.

31
Q

Quais tipos de secreções e excreções podem conter altos níveis do Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Secreções nasais, saliva, sêmen, leite, urina e fezes.

32
Q

Quais fatores influenciam a patogênese da infecção pelo Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Cepa do vírus, imunidade, condição reprodutiva e infecções secundárias.

33
Q

Como a infecção do Vírus da Diarreia Viral Bovina afeta o sistema imunológico do animal?

A

Provoca imunossupressão e aumenta a susceptibilidade a infecções secundárias.

34
Q

O que caracteriza a doença das mucosas crônicas em bovinos infectados pelo Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Inapetência, perda de peso, diarreia intermitente e lesões crônicas.

35
Q

Quais sinais indicam uma infecção possível persistente pelo Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Bezerros fracos, crescimento retardado e predisposição a infecções secundárias.

36
Q

Qual é o teste laboratorial padrão para detectar anticorpos anti-BVDV do tipo citopático?

A

Soroneutralização.

37
Q

Quais amostras são adequadas para o teste de RT-PCR no diagnóstico do Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Leite, secreções nasais, fezes, sangue e linfonodos.

38
Q

Qual método é amplamente utilizado na triagem de rebanhos leiteiros para o Vírus da Diarreia Viral Bovina?

39
Q

Quais são as recomendações gerais de vacinação contra o Vírus da Diarreia Viral Bovina no Brasil?

A

Vacinação aos 4-6 meses, com revacinação entre 8-12 meses e doses anuais.

40
Q

Por que é importante usar vacinas com diferentes cepas do Vírus da Diarreia Viral Bovina?

A

Para aumentar a amplitude antigênica e a eficiência da imunização.

41
Q

Com base no efeito da replicação em cultivo celular, os isolados de BVDV podem ser divididos em
citopáticos (cp) e não-citopáticos (ncp).

42
Q

Os isolados não-citopáticos (ncp) se constituem nos BVDV “verdadeiros” e são
responsáveis pela maioria das infecções naturais e pelas infecções fetais persistentes.

43
Q

A introdução do vírus nos rebanhos pode ocorrer por:
a) introdução de animais PI;
b) introdução de fêmeas gestando fetos PI;
c) introdução de animais durante a infecção aguda;
d) contato entre animais de rebanhos vizinhos (parece possuir importância limitada).

44
Q

A apresentação clínica no sistema digestório após a infecção se dá pelo surgimento de úlceras, inflamação,
edema e hiperemia locais. Diarreia aquosa e queda na produção de leite também podem acontecer.

45
Q

Fetos infectados no terço final da gestação frequentemente nascem normais, livres do vírus e
soropositivos.

46
Q

Os fetos que são infectados após o 125º dia de gestação são considerados imunocompetentes e podem
desenvolver uma resposta imunológica que, frequentemente, resulta na erradicação do agente.

47
Q

apenas cepas de BVDV não
citopáticas podem estabelecer infecções persistentes.

48
Q

A doença das mucosas (DM) é uma enfermidade gastrentérica fatal, desencadeada quando um animal PI
(portador de um BVDV ncp) é superinfectado com um BVDV citopático (BVDV cp) antigenicamente
semelhante.

49
Q

A DM é invariavelmente fatal, ocorre principalmente em animais com seis meses a dois anos de idade e se
caracteriza por febre, leucopenia, diarreia, inapetência, desidratação, lesões erosivas nas narinas e na boca
e morte dentro de poucos dias.

50
Q

O diagnóstico definitivo se dá por técnicas laboratoriais, entre elas:

A

sorologia, isolamento viral e detecção
de antígenos

51
Q

O teste de diagnóstico mais utilizado é

A

isolamento viral em cultivos celulares identificados
por imunofluorescência (IFA) ou imunoperoxidase (IPX).

52
Q

O teste padrão para a detecção de anticorpos anti-BVDV do biótipo citopático?

A

é a soroneutralização.

53
Q

Os animais PI como não são capazes de produzir resposta imune ao vírus, normalmente não apresentam
anticorpos no soro, por isso, devem ser submetidos a ensaios de detecção de vírus ou de antígenos virais,
por exemplo?

A

a RT-PCR e ELISA.

54
Q

Geralmente, os bezerros são vacinados aos 4
6 meses. Se a vacina é com hidróxido de alumínio, recomenda-se uma segunda dose 21 dias após. Alguns animais podem conter, ainda, altos índices de anticorpos maternos nessa idade. é recomendada uma revacinação aos 8-12 meses

55
Q

É estratégico que a revacinação das fêmeas seja realizada 2-3 semanas antes da cobertura

56
Q

. Considera
se o animal persistentemente infectado quando se obtém o isolamento viral a partir de 2 coletas de sangue
separadas, no mínimo, por 3 semanas.