D4C - TR4T4MENTO Flashcards
Considerações sobre o tto não medicamentoso:
É individualizado de acordo com as condições de cada paciente. No entanto betabloq e BCC estão bem indicados para diminuir a incidência de isquemia, além disso é necessário também o controle rigoroso dos fts de risco (HAS, DM, dislipidemia, doenças autoimunes, nefropatias).
TRATAMENTO CLÍNICO
Mudança de hábitos -Perda de peso
-Dieta
-Atividade física: deve ser bem estipulada para cada paciente – especialmente através da anamnese e exame físico, estando recomendados atividade física de 5-7x/semana, de no mínimo 30 min.
-Atividades competitivas e extenuantes devem ser proibidas.
-Parar de fumar: encaminhar ao ambulatório de tabagismo e bupropiona para controle dos sintomas próprios da abstinência
-Controle da HAS e DM
-Controle do colesterol e frações
LDL
Muito alto risco <50
Alto risco <70
Risco intermediário <100
HDL> 50
-Vacinação contra influenza
-O ômega 3 não mostrou reduzir o risco para eventos CV
Qual o arsenal de drogas que podem ser diferentemente combinadas no plano terapêutico?
Nitratos Antiplaquetários: AAS ou Clopidogrel ou Ticlopidina Betabloqueadores BCC IECA ou BRA Warfarina
Considerações sobre os Nitratos de ação rápida:
NITRATO
- Andar com o nitrato sublingual no bolso para o caso de uma eventual angina;
- Nitrato profilático antes da atividade física (atv. sexual), no caso de pacientes anginosos durante tais atividades
Os nitratos aumentam a produção de NO no endotélio, o qual age reduzindo a pré-carga, a pós carga e causando vasodilatação coronariana direta, aumentando o aporte de oxigênio ao miocárdio.
Nitratos de ação rápida:
Propatilnitrato e Isossorbida: tem ação rápida, começam a agir nos primeiros 5min e tem duração de 45min por isso são drogas que abortam as crises de angina, drogas SOS.
O paciente deve toma-las estando sentado para diminuir o risco de hipotensão, pois estando em pé pode haver vasodilatação de artérias de MMII e queda acentuada do retorno venoso, e estando deitado aumenta o retorno venoso podendo aumentar o trabalho cardíaco. Podem ser usados profilaticamente antes de eventos que sabidamente provocam angina no paciente: relação sexual e estresse emocional.
Considerações sobre os Nitratos de ação longa:
Nitratos de ação longa:
Mononitrato e dinitrato de isossorbitol: já não são mais indicados para tratamento de DAC estável crônica, pois a vasodilatação mantida causa aumento do volume sanguíneo, aumentando a atividade adrenérgica e a ativação do SRAA piorando a função endotelial e cardíaca. Sua indicação está restrita a pacientes com DAC com angina refrataria a associação de BB e BCC di-hidropiridínicos (nifedipino e anlodipino).
O nitrato de uso crônico deve respeitar um período de 8-10h sem o uso do nitrato a fim de eviat a taquifilaxia, onde a droga perde seu efeito, logo, a prescrição correta é de 6/6h sem usar na ultima hora do dia (6h, 12h, 18h).
Efs adversos: hipotensão, rubor facial, cefaleia e taquicardia (pelo aumento do tônus vagal).
Considerações sobre os betabloqueadores:
Agem bloqueando os
receptores β1 do miocárdio e nódulo sinusal, reduzindo, respectivamente, a contratilidade miocárdica (inotropismo negativo) e a frequência cardíaca (cronotropismo negativo). Durante o esforço físico, as catecolaminas estimulam esses receptores, levando à taquicardia e aumento da contratilidade miocárdica, principais responsáveis pelo aumento do volume de O2 consumido pelo miocárdio durante o esforço. Por isso, os betabloqueadores são as drogas de escolha para prevenir a angina de esforço. Estão CI na Angina de Prinzmetal onde os BB podem causar vasoconstrição.
Considerações sobre os BCC:
Os BCC tem efeito vasodilatador coronariano e sistêmico (principalmente
arteriolar), através do bloqueio dos canais L de cálcio na membrana da célula muscular lisa vascular. Representam os antianginosos de segunda escolha. As di-idropiridinas, como a nifedipina e a anlodipina, são mais vasosseletivas, tendo um efeito coronariodilatador mais potente.
A anlodipina tem mostrado excelentes resultados como antianginoso.
Verapamil e Diltiazem tem efeito inotrópico negativo, por isso não devem ser associados aos BB pelo risco de bradicardia e disfunção sistólica do miocárdio.
O verapamil é mais cardiosseletivo, isto é, age preferencialmente nos canais L de cálcio presentes nos miócitos cardíacos e nos nódulos sinusal e AV, diminuindo a FC e a força de contração, para reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio,
Já o Diltiazem possui os mesmos efeitos, porem com uma intensidade intermediaria, inferior ao Verapamil.
A nifedipina de ação curta não deve ser utilizada no paciente anginoso, pois produz taquicardia reflexa.
Podem ser usados na angina de Prinzmetal.
Sobre IECA e BRA:
Os pacientes de alto risco, como diabéticos, nefropatas crônicos, hipertensos, história prévia de IAM, pacientes com disfunção sistólica do VE e idade maior que 54 anos, também devem receber IECA. Os BRA foram menos estudados na DAC crônica estável, e ficam como alternativa
para os indivíduos que não toleram o uso de IECA (ex.: tosse, angioedema).
Considerações sobre a revascularização miocárdica:
As indicações GERAIS de
na DAC estável são apenas duas:
1. Angina estável refratária ao tratamento clínico otimizado, ou intolerância a este.
2. Situações de ALTO RISCO onde a literatura mostrou ganho de sobrevida com a revascularização, mesmo na ausência
de sintomas.