CUIDADOS PALIATIVOS P2 Flashcards

1
Q

quais são as fibras que levam a dor?

A

Fibras A-delta (rápidas):

Características:
Fibras mielinizadas,
Transmitem dor aguda, localizada e imediata, como um corte ou queimadura superficial.
Dor bem definida, pungente e de curta duração.

Fibras C (lentas):

Fibras não mielinizadas,
Transmitem dor difusa, crônica ou em queimação, como dor inflamatória ou visceral.
Dor mal localizada, de início lento e mais prolongada.

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2
Q

quais são as vias da dor?

A

Vias ascendentes: Leva a dor ao córtex cerebral para percepção consciente.
Vias descendentes: Modulam ou inibem a transmissão da dor.

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3
Q

fale sobre via ascendente

A

Via Espinotalâmica Lateral:

Transmite informações sobre dor e temperatura.
Relacionada à dor somática agud

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4
Q

fale sobre via descendente

A

Vias Descendentes (Controle da Dor)
As vias descendentes inibitórias do sistema nervoso central modulam os sinais nociceptivos:
Substância cinzenta periaquedutal (PAG): Estímulo desencadeia liberação de opioides endógenos, como as endorfinas.

Núcleo magno da rafe: Liberação de serotonina e norepinefrina para inibir a dor no corno dorsal da medula espinhal.

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5
Q

fale sobre via neoespino

A

Transmite dor aguda, localizada e bem definida.
Relacionada a estímulos nociceptivos rápidos, como cortes ou queimaduras superficiais.

Principalmente fibras A-delta (mielinizadas).

Determina a localização exata, intensidade e qualidade da dor.

Dor aguda ao tocar um objeto quente.

É contralateral

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6
Q

fale sobre via paleoespino

A

Transmite dor difusa, crônica, mal localizada e emocionalmente carregada.
Relacionada a estímulos nociceptivos lentos, como dor inflamatória ou visceral.

Predominância de fibras C (não mielinizadas).

Envolve componentes emocionais e autonômicos da dor (exemplo: sensação de desconforto ou sofrimento associado à dor).

Dor visceral crônica, como a associada a câncer ou inflamação prolongada.

Ipsilateral

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7
Q

fale sobre dor neuropática

A

Dor espontânea:
Pode ser contínua (em queimação) ou paroxística (choques ou pontadas).
Hipersensibilidade:

Alodínia: Dor causada por estímulos normalmente não dolorosos (ex.: toque leve).
Hiperalgesia: Resposta exagerada a estímulos dolorosos.
Alterações sensoriais:

Formigamento, dormência, parestesia ou disestesia (sensação anormal e desagradável).

Localização e irradiação:
Pode ser localizada ou seguir a distribuição de um nervo ou região de inervação.

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8
Q

diferencie dor neuropatica de nociplasica

A

Diferentemente da dor nociceptiva, que resulta da ativação dos nociceptores devido a estímulos prejudiciais, a dor neuropática surge de alterações patológicas nos próprios nervos, sem necessidade de um estímulo nocivo.

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9
Q

qual a face que o paciente mais se identifica., qual é a escala?

A

Escala pictorial

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10
Q

qual escala é utilizada para avaliar dor em criança

A

FLACC

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11
Q

qual escala de avaliação de dor para pacientes com demência avançada (utilizado também para pacientes que não conseguem se comunicar: pacientes que tiveram AVC e desenvolveram afasia).
identificar dor mesmo quando paciente não fala

A

PAINAD

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12
Q

quais os componentes da escala PAINAD?

A

respiração indep. da vocalização, vocalização negativa, expressão facial, linguagem corporal, consolabilidade

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13
Q

cite tratamentos nao farmacologicos para dor

A

acupressão.
→ aplicação de calor e frio e TENS.
→ biofeedback.
→ distração/massagens.
→ músico e arteterapia/aroma e florais.
→ relaxamento, meditação.
→ terapia com animais.
→ práticas integrativas > modulação cognitiva, afetiva e emocional da dor > liberação de opioide endógeno > modulação da neuroplasticidade e inibição do interneurônio do CPME e da nocicepção.

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14
Q

como é o tratamento medicamentoso para dor de acordo com a escala analgésica ESAS

A

DOR FRACA: (1-3)
Paracetamol 1g de 6/6h.
Dipirona 1g de 6/6h.
AINES.

DOR MODERADA: (4-6)
Opioide forte ou fraco.

DOR FORTE: (7-10)
Opióide forte.

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15
Q

qual medicamento usamos como 1ª linha para dor neuropática?

A

antidepressivo + anticonvulsivante
ex: amitriptilina + gabapentina

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16
Q

qual medicamento usado para neuralgia do trigemio?

A

carbamazepina

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17
Q

quando uso corticoesteroides para dor? qual ?

A

Dor oncológica (metástase óssea), dor neuropática por infiltração ou compressão de estruturas nervosas, cefaleia por hipertensão intracraniana, artralgia, dor por obstrução de víscera oca, distensão da cápsula ou linfedema.
Fadiga, hiporexia, náuseas.

Dexametasona é a droga de escolha, pelo menor efeito mineralocorticoide

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18
Q

qual medicamento usado para dor visceral?

A

opióides

19
Q

qual medicamento usado para dor óssea?

A

AINES (ibuprofeno + IBP)

20
Q

o que fazer em casos de HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE

A

calcio acima de 10,5

1- hidratação
2- furosemida
3- corticoide
4- bisfosfonatos
5- denosumabe

21
Q

tratamento para obstrução intestinal maligna

A

1- hidratação
2- antiemeticos (NÃO USAR PROCINETICOS)
3- anti secretores
4- dexametasona

22
Q

qual é a dose inicial de morfina? qual contraindicação?

A

5 mg até 10 mg 4/4 horas para pacientes virgens de opióides (dose mais segura).

Para pacientes que são renais crônicos não é indicado utilizar morfina

23
Q

como fazer resgate de morfina?

A

DOSE EXTRA feito entre o horário de administração do remédio (entre 4 - 4 horas).
como calcular a dose extra: ⅙ a 1/10 da dose total diária.
Quando administro de 4/4 horas = estará usando 6 vezes = dose total é 60mg.
⅙ de 60 = 10.
1/10 de 60 = 6.

24
Q

quais são os sinais de intoxicação por morfina?
o que usar?

A

mioclonia, miose, redução de nível de consciência, bradipneia.
Primeiro → hidratar e suspender as próximas medicações (fazer monitorização - geralmente a intoxicação dura 4 horas)

naloxone O,04mg por dose, EV, duração de 30 min.
FR < 8irpm

25
Q

qual opioide reduz limiar de convulsão?

A

tramadol

26
Q

como e quando usar morfina em gotas

A

Paciente que tem disfagia.
Situações em que o paciente é frágil, paciente com esclerose lateral amiotrófica (tem disfunção respiratória pois não tem musculação para respirar), pacientes neurológicos.

1 ml de morfina - 10mg de morfina - possui 32 gotas.
5 mg - 16 gotas para paciente (4/4h)

27
Q

qual opioide prescrevo para paciente nefropata?

A

metadona

28
Q

Pergunta: Quais são os principais sinais e sintomas de hipertensão intracraniana?

Quais são as opções de tratamento

A

Cefaleia.
Náuseas e vômitos.
Papiledema.
Alterações focais.
Hiponatremia (SIADH).
Tríade de Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e depressão respiratória.
Sinais de herniação: midríase ipsilateral, hemiplegia contralateral, alteração do nível de consciência.

Corticoides (dexametasona) para edema vasogênico.
Manitol ou solução salina hipertônica a 3% (redução de edema cerebral).
Tratamento do fator causal: ressecção do tumor, radioterapia.
Procedimentos invasivos: craniotomia ou drenagem ventricular externa (DVE)

29
Q

Pergunta: Quais são os principais sintomas da síndrome de compressão medular?
tratamento?

A

Dor (primeiro sintoma, refratária e que piora ao deitar ou com esforços).
Fraqueza muscular progressiva.
Disfunção esfincteriana (mais tardia).
Hiperreflexia abaixo do nível da lesão.
Alteração sensorial e ataxia de marcha.

Inicial:
Glicocorticoides (dexametasona) para reduzir edema e prevenir isquemia.
Investigar causa:
Ressonância magnética do neuroeixo.
Tratamento definitivo:
Radioterapia ou cirurgia descompressiva, dependendo do caso.

30
Q

Pergunta: Qual é a definição de neutropenia febril?
como manejar?

A

Febre ≥ 38,3°C ou ≥ 38°C por mais de 60 minutos.
Neutrófilos < 500 células/mm³ ou < 1000 células/mm³ com previsão de queda nos próximos 48h.

Rápida evolução para sepse > iniciar antibiótico o quanto antes
Febre persistente e estabilidade clínica
Não precisa modificar o antibiótico
Febre persistente por 4 a 6 dias sem foco infeccioso = terapia fúngica
Pode-se suspender o antibiótico se:
Neutrófilos >500mcl, paciente afebril e assintomático
Se inferior a 500 com paciente afebril por 5 a 7 dias assintomático (exceção: leucemias agudas e continuidade da quimioterapia em altas doses)
Considerar cobrir gram + se mucosite grave, suspeita de infecção de cateter e instabilidade hemodinâmica

31
Q

Pergunta: Qual o manejo de náuseas e vômitos por estase gástrica?

A

Sondagem nasogástrica, se necessário.
Pró-cinéticos: metoclopramida, bromoprida, eritromicina.
Inibidores de bomba de prótons (IBPs).

32
Q

Pergunta: Quais são os sinais e sintomas da síndrome da veia cava superior? tratamento?

A

Dispneia, tosse, disfagia.
Edema facial e de membros superiores.
Pletora facial e ingurgitamento jugular.
Cianose e circulação colateral torácica

:

Não farmacológico: Elevação da cabeceira para facilitar drenagem venosa.
Farmacológico:
Corticoides (dexametasona) para reduzir edema peri-lesional.
Diuréticos para redução de edema.
Anticoagulantes em caso de trombose confirmada.
Tratamento do tumor: Quimioterapia ou radioterapia para neoplasia subjacente.

33
Q

Pergunta: Quais são os critérios da escala CAM para diagnóstico de delirium?

A

Início agudo e curso flutuante.
Déficit de atenção.
Pensamento desorganizado.
Alteração do nível de consciência.

34
Q

Pergunta: Quais cuidados são indicados para lesões por pressão?

A

Mudança de decúbito a cada 2 horas.
Uso de colchões pneumáticos.
Hidratação da pele com cremes.
Tratamento de infecções locais com curativos avançados.

34
Q

quais as principais causas e Como tratar a dispneia em cuidados paliativos?

A

causas: IC, obstrução de vias aéreas

Não farmacológico:
Elevar cabeceira, uso de ventilador ou ar fresco.

Farmacológico: tem que saber causa
DISPNEIA LEVE: codeína VO 4/4h
DISPNEIA GRAVE: Morfina 5mg 4/4h.
PACIENTES DPOC E CARDIOPATAS USAR MORFINA (teto para dispneia é 30mg)

  • Benzodiazepínicos 2ª Escolha pós morfina: midazolam hospitalar e clonazepam ambulatorial
35
Q

Pergunta: Como manejar o prurido em cuidados paliativos?

A

Farmacológico:
Hidroxizina, ondansetrona, paroxetina, rifampicina.
Cremes tópicos (calamina, mentol).
Não Farmacológico:
Hidratação da pele, evitar agentes irritantes, corte das unhas.

36
Q

Pergunta: Quais laxantes podem ser usados para constipação por opioides?

A

Estimulantes: bisacodil, senna.
Osmóticos: lactulose, polietilenoglicol.
Em casos refratários: metilnaltrexona (antagonista de opioides).

37
Q

Pergunta: Quais são os principais sinais da síndrome de lise tumoral?

A

Hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hiperuricemia.
Lesão renal aguda.

Manejo:

Hidratação vigorosa.
Uso de alopurinol ou rasburicase.

38
Q

Pergunta: Quais são as opções terapêuticas para náuseas e vômitos em cuidados paliativos?

A

1- Mecanismo Quimioterapia-Induzida:
Ondansetrona
Metoclopramida

2- Estase Gástrica:
Metoclopramida, bromoprida ou eritromicina.

3- Hipertensão Intracraniana:
Corticoides em altas doses (dexametasona 16-20 mg/dia).

4- Obstrução Intestinal:
Haloperidol (1-5 mg/dia), octreotida e corticoides.

5- Náusea Antecipatória:
Benzodiazepínicos

39
Q

Pergunta: Quais são os principais tratamentos para úlceras por pressão?

A

Mudança de decúbito a cada 2 horas.
Uso de colchões de ar ou espuma.
Curativos avançados: hidrocolóides, hidrogéis ou curativos com prata.
Tratamento de infecção com antibióticos tópicos ou sistêmicos, se necessário.

40
Q

quando indicar oxigenoterapia?

A

somente em casos de hipoxemia. NÃO USA PARA CONFORTO RESP

41
Q

QUAL MANEJO DE TOSSE

A

NÃO FARMACO: ELEVAÇÃO DECUBITO, OXIGENAÇÃO, VENTILAÇÃO, UMIDIFICAÇÃO, HIDRATAÇÃO, FISIO RESP

MEDICAMENTOSA: XILOCAÍNA

42
Q

Pergunta: Quais são as principais indicações de ventilação não invasiva?

A

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Insuficiência respiratória hipercápnica com acidose respiratória (pH < 7,35).

Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico (EAP): Alívio da dispneia e melhora da oxigenação.

Síndrome de Hipoventilação por Obesidade: Insuficiência respiratória crônica descompensada.

Insuficiência Respiratória Pós-Extubação: Para prevenir reintubação.

Doenças Neuromusculares: Hipoventilação em ELA, distrofias musculares.

Imunossuprimidos: Prevenção de complicações infecciosas.

43
Q

Pergunta: Quais são as contraindicações e os principais tipos de ventilação não invasiva?

A

Contraindicações Absolutas:

Parada respiratória.

Instabilidade hemodinâmica grave.

Risco elevado de aspiração (vômitos ativos).

Trauma facial ou obstrução de vias aéreas.