CLÍNICO-CIRÚRGICO Flashcards

1
Q

O que é derrame pleural?

A

O derrame pleural ocorre quando há acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural.

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2
Q

O que causa o derrame pleural?

A

O derrame pleural pode ocorrer devido à produção excessiva de líquido no espaço pleural ou à redução da sua remoção pelos vasos linfáticos.

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3
Q

Quais exames devem ser realizados em pacientes com suspeita de derrame pleural?

A

Devem ser feitos
ultrassonografia e RX PA e perfil.

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4
Q

Como diferenciar um derrame pleural transudativo de um exsudativo?

A

Pela dosagem do DHL plaural, DHL do sangue, proteínas totais da pleura e proteínas totais do sangue.
Transudato: liquido caracterizado pela baixa quantidade proteínas e associada a doenças extra pleurais
Exsudato: alto teor de proteínas séricas e leucocitos, associados a doencas pleurais

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5
Q

Quais são as principais causas de derrame pleural exsudativo?

A
  1. Pneumonias bacterianas
    1. Neoplasias malignas
    2. Infecções virais
    3. Embolia pulmonar.
      toraco é fundamental para maior parte dos diagnósticos
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6
Q

Principais causas de derrame pleural transudativo?

A
  1. Insuficiência cardíaca congestiva
  2. Sínd. Nefrótica / Nefrítica
  3. Cirrose
    Lembrando q toracocentese nao fornece dignositico especifico
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7
Q

Como o derrame pleural se apresenta no exame físico?

A

abaulamento do lado acometido.
Redução de expansibilidade e FTV.
som maciço
abolição de MV

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8
Q

Pergunta: O que é pneumotórax?

A

É a presença de ar livre na cavidade torácica, entre a pleura parietal e visceral.

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9
Q

Quais são os tipos de pneumotórax espontâneo?

A
  1. Primário – associado a BLEBS (bolhas subpleurais), comum em homens jovens, longilíneos, entre 20-40 anos.
    1. Secundário – associado a outras patologias, como DPOC, asma, neoplasias, pneumonia, fibrose cística e rotura de esôfago.
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10
Q

Qual o quadro clínico do pneumotórax primário?

A

Dor torácica aguda e unilateral.

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11
Q

Quais são os achados no exame físico de um paciente com pneumotórax?

A

Redução do murmúrio vesicular, redução do frêmito tóraco-vocal, diminuição da expansibilidade torácica, aumento do volume do hemitórax envolvido e timpanismo à percussão.

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12
Q

O que caracteriza um pneumotórax hipertensivo?

A

Está associado à instabilidade clínica, com turgência jugular e outros sinais de gravidade.

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13
Q

Como é feita a classificação do tamanho do pneumotórax?

A
  1. Avaliação da distância da cúpula do hemitórax ao ápice pulmonar (> ou < 3 cm).
    1. Percentagem do hemitórax afetado: até 20% (pequeno), até 40% (moderado), maior que 40% (grande).
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14
Q

Qual é o tratamento do pneumotórax pequeno e estável (<3 cm)?

A

Observação e reavaliação com imagem em 6 horas. O período crítico para piora é nas primeiras 24h.

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15
Q

Qual o tratamento para pneumotórax grande (>3 cm) ou paciente instável?

A

Internação com aspiração (toracocentese) ou drenagem (Pig tail 12FR).

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16
Q

Qual o tratamento indicado a partir do segundo episódio de pneumotórax recidivado?

A

Ressecção de segmento com BLEBS e pleurodese.

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17
Q

Quais são os tipos de pneumotórax traumático?

A

Aberto e fechado

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18
Q

O que caracteriza um pneumotórax traumático aberto?

A

Lesão penetrante maior que 2/3 do diâmetro da traqueia, comunicando o espaço pleural com o ambiente externo.

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19
Q

Qual é o tratamento inicial de um pneumotórax traumático aberto?

A

Curativo de 3 pontos e posterior avaliação cirúrgica.

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20
Q

Qual o tratamento para pneumotórax traumático fechado?

A
  1. Simples: drenagem.
    1. Hipertensivo: toracocentese seguida de drenagem.
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21
Q

Onde deve ser feita a toracocentese para pneumotórax hipertensivo?

A

Segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular ou quarto/quinto espaço intercostal na linha axilar média/anterior.

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22
Q

Quando o dreno torácico pode ser retirado?

A
  1. Quando o débito de líquido for menor que 100 ml.
    1. Ausência de fístula (bolhas) por 24h.
    2. Reexpansão pulmonar completa.
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23
Q

O que é toracocentese?

A

Procedimento de retirada de líquido ou ar da cavidade pleural para alívio, diagnóstico ou descompressão.

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24
Q

Quais são as indicações para a realização de uma toracocentese?

A
  1. Alívio de sintomas.
    1. Diagnóstica.
    2. Descompressiva.
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25
Q

Quais são os materiais necessários para a realização de uma toracocentese?

A

Luvas estéreis, antisséptico, gaze, campo estéril, agulhas (18G/22G), gelco (14/16G), anestésico (lidocaína 2%), seringa, torneira de 3 vias, frasco de coleta/cultura, material para curativo.

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26
Q

Qual é o procedimento para a toracocentese?

A
  1. Posicionar o paciente.
    1. Marcar o ponto de punção.
    2. Realizar a antissepsia e anestesia.
    3. Inserir a agulha e drenar até 1,5 L de líquido, conforme indicação.
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27
Q

Pergunta: O que é hemorragia digestiva alta e baixa?

A

Resposta: Hemorragia digestiva é qualquer sangramento que ocorre no trato digestivo. Hemorragia digestiva alta ocorre acima do ângulo de Treitz (80% dos casos), enquanto a baixa ocorre abaixo do Treitz (20% dos casos).

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28
Q

Pergunta: Qual é a abordagem inicial para hidratação em casos de hemorragia digestiva?

A

Resposta: A reanimação inicial envolve administrar 1000 mL de soro rápido em 2 acessos calibrosos.

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29
Q

Pergunta: Qual é a dose de uma bolsa de concentrado de hemácias e sua relação com Hb e Ht?

A

Resposta: 1 bolsa de concentrado de hemácias (CH) aumenta 1 ponto na Hb e 3% no hematócrito (Ht).

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30
Q

Pergunta: Quais são os critérios para a transfusão sanguínea em pacientes com HDA?

A

Perda maior que 30% do volume.
Hemoglobina (Hb) < 7 g/dL em qualquer situação.
Hb < 9 g/dL para pacientes com risco de ressangramento.

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31
Q

Pergunta: Quais são os parâmetros para avaliar a estabilidade após hidratação em HDA?

A
  • Diurese: 0,5 ml/kg/h para adultos e 1 ml/kg/h para crianças.
  • Frequência cardíaca (FC): 100 bpm.
  • Pressão arterial sistólica (PAS): 100 mmHg.
  • Paciente consciente e orientado
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32
Q

Pergunta: Quando deve ser realizada a endoscopia digestiva alta (EDA) em casos de HDA?

A

Resposta: A EDA deve ser realizada nas primeiras 12 a 24 horas, sendo resolutiva em 98% dos casos.

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33
Q

Pergunta: Quais são as principais causas de hemorragia digestiva alta e suas porcentagens?

A

Resposta:

Úlcera péptica: 30-60%
Varizes de esôfago: 7-20%
Síndrome de Mallory-Weiss: 4-8%
Erosões gastroduodenais: 2-7%
Esofagite erosiva: 1-13%
Neoplasias: 2-7%
Ectasia vascular: 0-6%
Origem obscura: 8-14%

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34
Q

Pergunta: Qual é o tratamento inicial para úlcera péptica com hemorragia?

A

Resposta: A endoscopia deve ser feita com terapia dupla (coagulação + hemoclipe). O uso de IBP (Omeprazol) pode ser feito em bolus de 80 mg seguido de infusão contínua (BIC) a 8 mg/h por 72 horas.

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35
Q

Pergunta: O que fazer em caso de ressangramento após tratamento de HDA?

A

Resposta: Repetir a EDA. Se a EDA falhar, considerar embolização ou cirurgia, como rafia da úlcera com vagotomia e piloroplastia (no caso de úlcera duodenal) ou antrectomia com vagotomia (no caso de úlcera gástrica).

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36
Q

Pergunta: Quando deve-se manter um paciente internado após HDA?

A
  • Risco baixo: < 2 pontos.
  • Risco moderado: 3-4 pontos.
  • Risco alto: > 4 pontos.
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37
Q

Pergunta: O que é a síndrome de Mallory-Weiss e seu tratamento?

A

Resposta: É uma laceração da mucosa e submucosa próxima à junção esofagogástrica (JEG) após vômitos vigorosos, frequentemente associada à ingestão excessiva de álcool. Em 90% dos casos é autolimitada, com cicatrização da mucosa em 72 horas.

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38
Q

Pergunta: Quais são os fatores de risco para sangramento em pacientes com hipertensão portal?

A
  • Grau de insuficiência hepática (Child-Pugh).
  • Grau de hipertensão portal (gradiente > 12 mmHg).
  • Calibre e localização das varizes.
  • Sinais endoscópicos de risco.
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39
Q

Pergunta: Quando iniciar a profilaxia em pacientes com cirrose para prevenir hemorragia por varizes?

A
  • Indicar profilaxia em varizes F2 e F3.
  • Varizes F1 em pacientes de alto risco (Child-Pugh B/C ou pontos avermelhados na EDA).
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40
Q

Pergunta: Quais são as opções de profilaxia para evitar sangramento em hipertensão portal?

A
  • Betabloqueadores (propranolol ou nadolol 20 mg a cada 12 horas, com meta de FC entre 50-55 bpm).
  • Ligadura endoscópica, quando o paciente não tolera betabloqueadores.
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41
Q

Pergunta: O que é o TIPS e quando é indicado?

A

Resposta: TIPS (Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular) é um procedimento para reduzir a pressão portal, indicado em casos de sangramento incontrolável por endoscopia.

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42
Q

Pergunta: Qual é a abordagem para um paciente que já sofreu sangramento por hipertensão portal?

A
  • Usar vasoconstritores esplâncnicos (octreotídeo, somatostatina, terlipressina) por 5 dias.
  • Realizar EDA nas primeiras 12 horas com ligadura elástica e administrar eritromicina 2 horas antes da EDA, se possível.
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43
Q

Pergunta: Qual a relevância da TVP e TEP no contexto cardiovascular?

A

Resposta: A TVP e o TEP são a terceira causa de síndrome cardiovascular aguda. Dois terços dos casos de trombose venosa são apenas TVP, enquanto um terço evolui para TEP, sendo que desses, um terço pode ser fatal.

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44
Q

Pergunta: Quais são os fatores de risco para Trombose Venosa Profunda (TVP)?

A

Resposta:

Relacionados à tríade de Virchow: gestação, tabagismo, imobilidade, neoplasia, varizes, politrauma, doença cardiovascular, idade avançada (> 65 anos), coagulopatias.
25-50% dos casos são idiopáticos.

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45
Q

Pergunta: Quais são as veias afetadas pela TVP?

A

Resposta: As veias profundas incluem fibular, tibiais (anterior e posterior), poplítea, femoral e ilíaca externa. Veias superficiais incluem safena parva e safena magna. A TVP é considerada proximal quando afeta a poplítea ou acima dela.

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46
Q

Pergunta: Como é realizado o diagnóstico clínico da TVP?

A

Resposta: O diagnóstico clínico tem baixa acurácia, mas a suspeita deve ser alta, pois 20-50% dos casos podem ser assintomáticos. A clínica inclui dor e edema de membros inferiores unilaterais, dilatação de veias superficiais e aumento da temperatura local.

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47
Q

Pergunta: Quais são os sinais clínicos de TVP?

A

Resposta: Sinais de TVP incluem: sinal da bandeira, de Homans, de Bancroft/Olow/Pratt.

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48
Q

Pergunta: O que é o Escore de Wells e como ele é usado na TVP?

A

Resposta: O Escore de Wells avalia a probabilidade de TVP: alta probabilidade se a pontuação for 3 ou mais. Diferenciais incluem lesão muscular aguda, linfangite ou celulite.

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49
Q

Pergunta: Qual é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de TVP?

A

Resposta: A flebografia é o exame padrão-ouro, sendo caro, pouco disponível e invasivo. É utilizado em casos de dúvida diagnóstica e em TVP recorrente.

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50
Q

Pergunta: Qual é o tratamento padrão para TVP?

A

Resposta: O tratamento inclui anticoagulação por um mínimo de 3 meses (dependendo dos fatores de risco) e uso de meias elásticas de compressão moderada. As opções de anticoagulantes incluem heparina não fracionada, enoxaparina, varfarina (controle de INR) e rivaroxabana.

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51
Q

Pergunta: Quais são as contraindicações para anticoagulação plena em casos de TVP?

A

Resposta: Contraindicações incluem sangramento ativo, AVCi ou AVCH em fase aguda, hipersensibilidade à heparina, trombocitopenia induzida por heparina, entre outras condições.

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52
Q

Pergunta: O que é Plegmasia Cerúlea Dolens e qual é seu tratamento?

A

Resposta: É uma trombose massiva do sistema venoso profundo, caracterizada por dor intensa, cianose e síndrome compartimental. O tratamento pode ser trombolítico ou trombectomia.

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53
Q

Pergunta: Como é o diagnóstico de Tromboembolismo Pulmonar (TEP)?

A

Resposta: Diagnóstico inclui avaliação com D-dímero, exames prognósticos como troponina e BNP, e exames confirmatórios como angiotomografia, cintilografia V/P e arteriografia pulmonar.

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54
Q

Pergunta: Quais são os principais sinais clínicos de TEP?

A

Resposta: Incluem dispneia súbita, taquipneia, taquicardia, dor pleurítica, tosse, ortopneia, sibilância e hemoptise.

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55
Q

Pergunta: Quais são os achados no ECG em casos de TEP?

A

Resposta: O achado mais frequente é taquicardia sinusal. O padrão típico que sugere sobrecarga do ventrículo direito é o S1Q3T3.

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56
Q

Pergunta: Qual é o tratamento para TEP estável e instável?

A
  • TEP estável: anticoagulação por 3 a 6 meses.
  • TEP instável: uso de trombolíticos (Alteplase ou Streptoquinase), idealmente dentro de uma janela de 14 dias.
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57
Q

Pergunta: O que é o filtro de veia cava e quando é indicado?

A

Resposta: O filtro de veia cava é uma alternativa para pacientes que têm contraindicação à anticoagulação ou que apresentam nova TVP durante o uso de anticoagulantes. Também é indicado para pacientes com hipertensão pulmonar grave.

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58
Q

Pergunta: Como a deficiência de vitamina B12 e folato afeta a produção de glóbulos vermelhos?

A

Resposta: A deficiência de vitamina B12 prejudica a síntese de DNA, especialmente em células que se dividem rapidamente, como os glóbulos vermelhos, resultando em megaloblastos grandes e imaturos que não conseguem sair da medula óssea ou funcionar adequadamente.

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59
Q

Pergunta: O que é anemia megaloblástica?

A

Resposta: É um distúrbio causado pela síntese comprometida de DNA devido à deficiência de folato e vitamina B12, resultando em megaloblastose (alteração na medula óssea), que provoca atraso na maturação do núcleo em relação ao citoplasma dos eritrócitos.

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60
Q

Pergunta: Quais são as principais manifestações clínicas da anemia megaloblástica?

A

Resposta: Anorexia, perda de peso, diarreia ou constipação, glossite, queilose angular, febre baixa, icterícia (não conjugada), hiperpigmentação cutânea, fadiga, fraqueza, dispneia, parestesia e alterações neurológicas como alteração de marcha e memória.

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61
Q

Pergunta: Quais são os principais diagnósticos diferenciais da anemia megaloblástica?

A
  • Anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12 por falta de fator intrínseco).
  • Síndromes mielodisplásicas.
  • Anemia hemolítica.
  • Doença hepática crônica.
  • Hipotireoidismo.
  • Alcoolismo.
  • Anemia aplástica
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62
Q

Pergunta: Qual é o tratamento medicamentoso para anemia megaloblástica?

A

Resposta:

  • Hidroxocobalamina: 1000 mg intramuscular durante 6-8 semanas, seguido de manutenção de 1000 mg por 3 meses.
  • Ácido fólico: 5 mg/dia via oral por 4 dias, sem manutenção isolada, pois pode piorar sintomas neurológicos causados pela deficiência de B12.
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63
Q

Pergunta: O que é anemia ferropriva?

A

Resposta: É a anemia causada pela carência de ferro, que impede a formação do “heme” e, consequentemente, da hemoglobina e dos eritrócitos. Leva à formação de hemácias hipocrômicas (com pouco conteúdo de hemoglobina) e microcíticas (menores).

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64
Q

Pergunta: Quais são as principais causas de anemia ferropriva?

A
  • Perdas sanguíneas (menstruais, gastrintestinais, úlceras, parasitoses).
  • Má absorção (doença celíaca, cirurgia bariátrica).
  • Gravidez e lactação.
  • Dieta pobre em alimentos ricos em ferro.
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65
Q

Pergunta: Quais são os achados no hemograma de um paciente com anemia ferropriva?

A

Resposta: Hemácias microcíticas (VCM < 80 fL), hipocrômicas (CHCM < 31 g/dL), com redução de hemoglobina e hematócrito, e anisocitose (variação no tamanho das hemácias).

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66
Q

Pergunta: Como é feito o diagnóstico de anemia ferropriva?

A

Resposta: O padrão-ouro é a análise da medula óssea com coloração de azul da Prússia para avaliar os estoques de ferro. A ferritina sérica baixa (< 15 ng/mL) é um marcador sensível de deficiência de ferro.

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67
Q

Pergunta: Qual é o tratamento da anemia ferropriva?

A
  • Identificar e tratar a causa subjacente.
  • Reposição de ferro com sulfato ferroso ou fumarato ferroso (180 mg/dia em adultos, 3-6 mg/kg em crianças).
  • Reposição endovenosa em casos de baixa adesão ao tratamento oral ou condições específicas (ex.: doença inflamatória intestinal).
  • Transfusão de hemácias em casos graves.
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68
Q

Pergunta: O que é anemia de doença crônica?

A

Resposta: É a anemia causada por inflamação crônica, que altera a homeostase do ferro, inibe a proliferação de células progenitoras eritroides e diminui a produção de eritropoetina, resultando em hipoferremia.

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69
Q

Pergunta: Qual é o papel da hepcidina na anemia de doença crônica?

A

Resposta: A hepcidina é um regulador da homeostase do ferro. Sua síntese é inibida pela deficiência de ferro e estimulada pela inflamação, o que dificulta a disponibilidade de ferro para a eritropoese.

70
Q

Pergunta: Quais são as manifestações clínicas da anemia de doença crônica?

A

Resposta: Os sintomas estão geralmente relacionados à doença subjacente (ex.: infecção, inflamação, câncer), podendo incluir palidez e sintomas leves como fadiga e fraqueza.

71
Q

Pergunta: Como é feito o diagnóstico da anemia de doença crônica?

A
  • Hemograma com anemia normocrômica e normocítica, podendo ser microcítica em alguns casos.
  • Ferritina elevada devido à fase inflamatória aguda.
  • Redução de ferro sérico, capacidade ferropéxica e transferrina, mas com saturação de transferrina geralmente normal.
72
Q

Pergunta: Qual é o tratamento para anemia de doença crônica?

A
  • Tratar a causa subjacente (infecção, inflamação, câncer).
  • Em alguns casos, considerar a suplementação de ferro, eritropoetina humana recombinante (EPO) ou transfusão de hemácias.
  • Uso de medicamentos anti-hepcidina em investigação.
73
Q

Pergunta: Quais são os principais fatores de risco para tuberculose?

A

Resposta:

Imunossupressão (HIV+, uso de imunossupressores)
Condições de saúde como diabetes e desnutrição
Ambiente (superlotação, ventilação inadequada)
Idade (crianças e idosos)
Histórico familiar de exposição à tuberculose
População indígena

74
Q

Pergunta: Qual é o agente etiológico da tuberculose?

A

Mycobacterium tuberculosis, um bacilo anaeróbico (necessita de oxigênio), que atinge o alvéolo pulmonar e a laringe.

75
Q

Pergunta: Como é realizado o diagnóstico da tuberculose latente?

A

Prova Tuberculínica (PBD): forma uma pápula. Pápula de 10 mm em imunocompetentes e acima de 5 mm em imunossuprimidos.
IGRA: dosagem de interferon. Positivo indica contato prévio. Caso o resultado seja intermediário, é necessário repetir o teste

76
Q

Pergunta: Quais são os métodos de investigação etiológica da tuberculose?

A

Resposta:

Baciloscopia: exame de escarro para identificação de BAAR.
Cadeia da Polimerase (PCR).
Cultura: considerado o padrão ouro para identificação do agente infeccioso.
PCR: utilizado caso a baciloscopia seja negativa.

77
Q

Pergunta: Como o M. tuberculosis entra no corpo?

A

Resposta:

O M. tuberculosis entra por inalação de aerossóis e saliva.
O organismo responde ativando células T e produção de citocinas, resultando em uma resposta imune celular.
A interação do antígeno com o hospedeiro leva à formação de granulomas

78
Q

Pergunta: Como o M. tuberculosis se desloca para a pleura pulmonar?

A

O microorganismo entra através da via linfática e depois se espalha pela via hematogênica.

79
Q

Pergunta: Quais são as principais manifestações clínicas da tuberculose pulmonar?

A

Resposta:

Tosse persistente (seca ou produtiva)
Febre vespertina
Sudorese noturna
Emagrecimento
A TB pulmonar primária ocorre após o primeiro contato, mais comum em crianças, com sintomas como febre baixa e irritabilidade.
A TB pulmonar pós-primária ou secundária é mais comum em adolescentes e adultos jovens, caracterizada por tosse seca ou produtiva.
A TB miliar apresenta sintomas graves, como febre, astenia, emagrecimento e tosse, sendo mais comum em imunossuprimidos.
A TB pleural é mais comum em pessoas não infectadas pelo HIV, apresentando dor torácica pleurítica e sintomas como fraqueza, emagrecimento e febre.

80
Q

Pergunta: Quais são os achados radiológicos na tuberculose?

A

Resposta:

Incidências: Ápico-lordótica, PA e perfil.
Radiografia de tórax: Usada para suspeita de TB pulmonar e para excluir outras doenças pulmonares associadas. Pode mostrar opacidades alveolares, cavitações, infiltrados, linfonodomegalia hilar. Padrão: nodulações.
Tomografia: Mostra melhor a extensão da doença e presença de derrame pleural ou cavitações. Padrão: árvore em brotamento.
Anatomopatológico: Identifica granulomas.

81
Q

Pergunta: Qual é o esquema padrão para o tratamento da tuberculose sensível?

A

Resposta:

Fase Intensiva (2 meses):
Medicações: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z), Etambutol (E).
Esquema: RHZE, uma vez ao dia, por 2 meses.

Fase de Manutenção (4 meses):
Medicações: Rifampicina (R) e Isoniazida (H).
Esquema: RH, uma vez ao dia, por 4 meses.
Duração Total do Tratamento: 6 meses (2 meses de RHZE + 4 meses de RH).

82
Q

Pergunta: Em quais casos o tratamento da tuberculose é prolongado para 12 meses?

A

Tuberculose meningoencefálica ou osteoarticular.

83
Q

Pergunta: Qual é o agente do acidente botrópico?

A

Resposta: Jararaca.

84
Q

Pergunta: Quais são os principais efeitos do veneno botrópico?

A

Resposta: Proteolítico, coagulante e hemorrágico.

85
Q

Pergunta: Quais são os sintomas locais mais comuns no acidente botrópico?

A

Resposta: Dor, edema progressivo, equimoses e necrose.

86
Q

Pergunta: Qual é a principal complicação sistêmica de acidentes botrópicos graves?

A

Resposta: Choque e insuficiência renal (oligúria e anúria).

87
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente botrópico leve?

A

Resposta: Soroterapia com 2 a 4 ampolas de soro antibotrópico (SAB).

88
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente botrópico moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 4 a 8 ampolas de SAB.

89
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente botrópico grave?

A

Resposta: Soroterapia com 12 ampolas de SAB.

90
Q

Pergunta: Qual é a principal característica do veneno crotálico?

A

Resposta: Neurotóxico, miotóxico e coagulante.

91
Q

Pergunta: Qual manifestação sistêmica indica gravidade em acidente crotálico?

A

Resposta: Fáscies miastênica, podendo levar a insuficiência respiratória.

92
Q

Pergunta: Qual é a característica mais marcante da cascavel (acidente crotálico)?

A

Resposta: Presença de guizo na cauda e veneno neurotóxico.

93
Q

Pergunta: Quais achados laboratoriais são comuns em acidentes crotálicos?

A

Resposta: Mioglobinúria, aumento de CPK, hipocalemia e alterações na coagulação.

94
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente crotálico leve?

A

Resposta: Soroterapia com 5 ampolas de soro anticrotálico (SAC).

95
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente crotálico moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 10 ampolas de SAC.

96
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente crotálico grave?

A

Resposta: Soroterapia com 20 ampolas de SAC.

97
Q

Pergunta: Qual é a soroterapia para acidente por escorpião grave?

A

Resposta: 4 a 6 ampolas IV.

98
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente escorpiônico leve?

A

Resposta: Não há necessidade de soroterapia, apenas tratamento sintomático.

99
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente escorpiônico moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 2 a 3 ampolas de soro antiescorpiônico (SAEsc).

100
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente escorpiônico grave?

A

Resposta: Soroterapia com 4 a 6 ampolas de SAEsc.

101
Q

Pergunta: Quais são os principais sintomas do acidente por aranha marrom?

A

Resposta: Necrose e hemólise.

102
Q

Pergunta: Qual o tratamento indicado para acidente por aranha armadeira moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 2 a 4 ampolas e internação.

103
Q

Pergunta: Qual é a classificação de gravidade no acidente por aranha marrom grave?

A

Resposta: Anemia aguda, icterícia e alterações laboratoriais que indicam hemólise.

104
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha armadeira leve?

A

Resposta: Observação por até 6 horas, sem necessidade de soroterapia.

105
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha armadeira moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 2 a 4 ampolas de soro antiaracnídico (SAA).

106
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha armadeira grave?

A

Resposta: Soroterapia com 5 a 10 ampolas de SAA.

107
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha marrom leve?

A

Resposta: Tratamento sintomático e observação por 72 horas.

108
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha marrom moderado?

A

Resposta: Soroterapia com 5 ampolas de SAA + Prednisona.

109
Q

Pergunta: Qual é o tratamento e a quantidade de ampolas para acidente por aranha marrom grave?

A

Resposta: Soroterapia com 10 ampolas de SAA + Prednisona.

110
Q

Pergunta: Quando é indicado o soro antirrábico (SAR) após mordedura?

A

Resposta: No dia 0 ou o mais rápido possível até o 7º dia após a primeira vacina.

111
Q

Pergunta: Quais animais requerem profilaxia obrigatória para raiva após mordedura?

A

Resposta: Morcegos e mamíferos silvestres.

112
Q

Pergunta: Qual antibiótico é indicado para mordeduras de risco infeccioso?

A

Resposta: Amoxicilina + Clavulanato.

113
Q

Pergunta: Qual é o protocolo para mordedura superficial de cão sem sinais de raiva?

A

Resposta: Lavar com água e sabão e observar o animal por 10 dias.

114
Q

Pergunta: Qual é o esquema vacinal para profilaxia de raiva após mordedura?

A

Resposta: Doses nos dias 0, 3, 7 e 14.

115
Q

Pergunta: O que fazer no caso de arranhadura superficial de cão com sinais de raiva?

A

Resposta: Lavar com água e sabão e iniciar vacinação antirrábica.

116
Q

Pergunta: Quando se deve administrar antitetânica em mordeduras?

A

Resposta: Em feridas contaminadas ou profundas, especialmente se a vacinação não está em dia.

117
Q

Pergunta: Qual droga alternativa é usada em caso de alergia à penicilina?

A

Resposta: Sulfametoxazol + Clindamicina.

118
Q

Pergunta: Quais exames laboratoriais podem indicar litíase biliar?

A

Leucócitos: ↑ (sugere inflamação).
PCR: ↑ (indica processo inflamatório).
Bilirrubina total e direta: ↑ (sugere obstrução biliar).
FA (Fosfatase alcalina) e GGT: ↑ (indicam colestase).
AST e ALT: ↑ (lesão hepática associada).

119
Q

Pergunta: Quais alterações ultrassonográficas são típicas na litíase biliar?

A

Vesícula biliar distendida.
Presença de cálculos (hiperecogênicos com sombra acústica).
Dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas.

120
Q

Pergunta: Quais valores laboratoriais indicam pancreatite associada à litíase biliar?

A

Amilase: ↑ significativa (ex.: 1030 U/L).
Lipase: ↑ significativa (ex.: 960 U/L).

121
Q

Pergunta: Qual o valor normal de bilirrubina direta?

A

Resposta: Menor que 0,3 mg/dL.

122
Q

Pergunta: Quais os sintomas clínicos mais comuns de litíase biliar?

A

Dor abdominal no quadrante superior direito.
Náuseas e vômitos.
Icterícia (em casos de obstrução).

123
Q

Pergunta: Quais são os fatores de risco clássicos para litíase biliar?

A

Idade avançada.
Sexo feminino.
Obesidade.
Perda rápida de peso.
Histórico familiar.
Dieta rica em gorduras e pobre em fibras.

124
Q

Pergunta: O que diferencia cálculos de colesterol de cálculos pigmentares?

A

Cálculos de colesterol: Mais comuns, associados a dieta, obesidade e metabolismo do colesterol.
Cálculos pigmentares: Relacionados a hemólise crônica e infecções biliares.

125
Q

Pergunta: O que é colecistite aguda e como ela está relacionada à litíase biliar?

A

Resposta: É a inflamação da vesícula biliar, frequentemente causada pela obstrução do ducto cístico por um cálculo.

126
Q

Pergunta: O que é colangite?

A

Resposta: É uma infecção dos ductos biliares, geralmente causada por obstrução (ex.: cálculo) associada a infecção bacteriana.

127
Q

Pergunta: Quais são os sinais ultrassonográficos de colecistite aguda?

A

Espessamento da parede da vesícula (>3 mm).
Líquido pericolecístico.
Sinal de Murphy ultrassonográfico positivo.

128
Q

Pergunta: Quais complicações podem surgir da litíase biliar?

A

Colecistite aguda.
Pancreatite biliar.
Colangite.
Icterícia obstrutiva.

129
Q

Pergunta: Quais são os valores normais para ALT e AST no sangue?

A

ALT: <41 U/L.
AST: <38 U/L.

130
Q

Pergunta: Qual é o exame de imagem mais indicado para diagnosticar litíase biliar?

A

Resposta: Ultrassonografia abdominal.

131
Q

Pergunta: O que significa dilatação das vias biliares na ultrassonografia?

A

Resposta: Sugere obstrução biliar, geralmente causada por cálculo no ducto biliar comum.

132
Q

Pergunta: Como a diarreia é definida?

A

Alteração na frequência ou volume das evacuações.
Mais de 3 episódios diários.
Consistência diminuída ou fluidez aumentada (a partir do tipo 5 na escala de Bristol).

133
Q

Pergunta: Qual é a classificação temporal da diarreia?

A

Aguda: ≤ 14 dias.
Crônica: > 14 dias.

134
Q

Pergunta: Quais são os principais fatores de risco para diarreia?

A

Consumo de água ou alimentos contaminados.
Consumo de leite cru e derivados não pasteurizados.
Consumo de carne, pescado e mariscos crus ou malcozidos.
Falta de higienização de frutas e hortaliças.
Viagem a locais com condições precárias de saneamento.
Higiene pessoal inadequada.

135
Q

Pergunta: Quais são as principais causas de diarreia aguda?

A

Infecciosas:
Viral: Norovírus, rotavírus.
Bacteriana: E. coli, Salmonella, Clostridium difficile.
Protozoários: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica.
Intoxicação alimentar.
Medicamentosa (ex.: antibióticos).
Impactação fecal.

136
Q

Pergunta: Quais são as principais causas de diarreia crônica?

A

Infecciosa (ex.: Giardia lamblia, HIV).
Síndrome disabsortiva (ex.: doença celíaca, pancreatite crônica).
Inflamatória (ex.: doença de Crohn, gastrite eosinofílica).
Osmótica (ex.: uso de sorbitol ou magnésio).
Funcional (síndrome do intestino irritável).
Secretora (ex.: tumores secretores de hormônio)

137
Q

Pergunta: Quais sinais clínicos podem indicar gravidade na diarreia?

A

Sangue ou muco nas fezes.
Febre.
Dor abdominal intensa.
Desidratação (pele/mucosas ressecadas, redução do turgor cutâneo).
Comorbidades associadas.

138
Q

Pergunta: Quais exames laboratoriais podem ser solicitados em casos de diarreia?

A

Coprograma: características físicas das fezes, presença de sangue e muco.
Coprocultura: para casos graves ou com fatores complicadores.
Parasitológico de fezes: pesquisa de parasitas, ovos e cistos.
Testes específicos: PCR multiplex, toxinas (C. difficile), antígenos.

139
Q

Pergunta: Quais são os principais métodos para diagnóstico da diarreia crônica?

A

Colonoscopia.
Tempo de trânsito colônico.
Manometria anorretal.
USG tridimensional dinâmica (ecodefecografia).

140
Q

Pergunta: Como é realizado o tratamento inicial da diarreia?

A

Reposição hídrica: oral (soro de reidratação) ou parenteral.
Restrição temporária de lactose, cafeína e lipídios em excesso.
Uso de medicamentos para reduzir diarreia não infecciosa:
Loperamida: reduz o peristaltismo.
Racecadotrila: reduz secreção intestinal.
Probióticos e sintomáticos.

141
Q

Pergunta: Quais condições favorecem o uso de antibióticos em casos de diarreia?

A

Casos graves, presença de fatores complicadores ou quando identificado agente infeccioso específico.

142
Q

Pergunta: Como é caracterizada a dor típica da síndrome coronariana aguda?

A

Resposta: Dor em aperto, localizada no retroesterno.

143
Q

Pergunta: Quais aspectos devem ser investigados na anamnese da dor torácica?

A

Duração.
Intensidade.
Localização.
Irradiação.
Fatores de melhora e piora.

144
Q

Pergunta: Quais são as estruturas do tórax que podem causar dor torácica?

A

Resposta: Diversas estruturas podem contribuir, como coração, pulmões, esôfago, músculos e nervos.

145
Q

Pergunta: Quais antecedentes pessoais devem ser avaliados em pacientes com dor torácica?

A

Resposta: Comorbidades e cirurgias prévias.

146
Q

Pergunta: Por que é importante investigar antecedentes familiares em casos de dor torácica?

A

Resposta: Porque história familiar de dor torácica, especialmente em parentes de primeiro grau, pode indicar predisposição a doenças cardiovasculares.

147
Q

Pergunta: Quais hábitos devem ser considerados ao avaliar dor torácica?

A

Resposta: Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas.

148
Q

Pergunta: O que caracteriza um paciente instável com dor torácica?

A

Hipotensão.
Rebaixamento do nível de consciência.
Bradicardia sintomática (vertigem associada à redução dos batimentos cardíacos).

149
Q

Pergunta: Qual é o exame mais sensível para identificar síndrome coronariana aguda?

A

Resposta: Troponina, que reflete a isquemia do miocárdio.

150
Q

Pergunta: Quais exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico de dor torácica?

A

Eletrocardiograma.
Radiografia de tórax (pode revelar pneumotórax ou trombos).

151
Q

Pergunta: Quais são os diagnósticos diferenciais da dor torácica?

A

Síndrome coronariana aguda.
Transtorno de ansiedade.
Miocardite, pericardite, pleurite.
Espasmo esofagiano.
Intoxicação.
Herpes zoster.
Doenças neoplásicas.

152
Q

Pergunta: Por que é importante atentar-se para sintomas atípicos em idosos com dor torácica?

A

Resposta: Idosos podem apresentar sintomas menos característicos, dificultando o diagnóstico.

153
Q

Pergunta: Como o herpes zoster pode se manifestar com dor torácica?

A

Resposta: Dor torácica intensa, associada a febre e dor no trajeto de nervos.

154
Q

Pergunta: O que é o pé diabético?

A

Resposta: É um conjunto de alterações nos pés em pessoas com diabetes não controlado, podendo levar a infecções, feridas crônicas e amputação.

155
Q

Pergunta: Quais fatores contribuem para o desenvolvimento do pé diabético?

A

Microangiopatia.
Neuropatia associada.
Colesterol alterado.
Diabetes com mais de 10 anos de evolução (tipo I ou II).

156
Q

Pergunta: Qual é o maior preditor de úlcera no pé diabético?

A

Resposta: A presença de úlcera anterior.

157
Q

Pergunta: Qual é a frequência recomendada de avaliação para pacientes com diabetes?

A

Anual para pacientes sem alterações.
A cada 6 meses para alterações nos pulsos ou sensibilidade.
Mensal para pacientes com úlceras ou amputações.
Trimestral para lesões tróficas.

158
Q

Pergunta: Quais exames são usados para avaliar a sensibilidade do pé diabético?

A

Monofilamento de 10g (planta do pé e ponta dos dedos por 2 segundos).
Teste vibratório com diapasão (acima do metatarso).

159
Q

Pergunta: Como deve ser feito o cuidado diário dos pés de pacientes com diabetes?

A

Inspecionar os pés, incluindo entre os dedos.
Evitar chinelos de dedo.
Cortar as unhas retas, nem curtas nem arredondadas.
Não aplicar creme hidratante entre os dedos.
Secar bem após lavar.

160
Q

Pergunta: Como classificar e tratar úlceras no pé diabético?

A

Úlceras profundas: Atingem além do subcutâneo, tratadas com antibióticos amplos por 4-6 semanas.

Úlceras superficiais: Restritas à pele e subcutâneo, tratadas com antibióticos domiciliares por 1-2 semanas.

161
Q

Pergunta: O que é DAOP e como é avaliada?

A

DAOP: Doença arterial obstrutiva periférica.
Avaliação: Comparação do ITB (índice tornozelo-braquial) entre membros superiores e inferiores.

162
Q

Pergunta: Quais são os tipos de curativos para úlceras no pé diabético?

A

Lesões secas e necróticas: Desbridamento químico e hidratação (Saf-gel, alginato).
Lesões infectadas: Controle da umidade e antibióticos (Acticoat, Aquacel).
Lesões exsudativas: Controle da umidade no leito (Aquacel).
Lesões com tecido desvitalizado: Desbridamento químico e mecânico.

163
Q

Pergunta: O que é a neuropatia de Charcot?

A

Resposta: Uma deformidade nos pés causada por uma neuropatia hereditária que afeta os nervos motores e sensoriais, levando à fraqueza e atrofia dos músculos da perna.

164
Q

Pergunta: Quais são os principais locais de impactação dos cálculos no trato urinário?

A

Junção ureteropélvica (JUP).
Cruzamento dos vasos ilíacos.
Junção ureterovesical (JUVI).

165
Q

Pergunta: Quais exames de imagem são usados para diagnosticar cálculos renais?

A

Ultrassom: Inicial, não invasivo.
Tomografia computadorizada: Padrão-ouro.
Radiografia simples (KUB): Útil para cálculos radiopacos.

166
Q

Pergunta: Como os cálculos renais podem ser tratados conservadoramente?

A

Controle da dor com AINEs.
Hidratação intravenosa.
Medicação como doxazosina para dilatar o ureter em cálculos pequenos (<1 cm).

167
Q

Pergunta: Quais são as indicações para tratamento cirúrgico da litíase renal?

A

Cálculos maiores (>10 mm).
Dor persistente ou infecção associada.
Deterioração da função renal.

168
Q

Pergunta: Quais são as principais opções de tratamento cirúrgico para cálculos renais?

A

Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO): Para cálculos <2 cm.
Ureterolitotripsia a laser: Para cálculos ureterais e renais intermediários.
Nefrolitotomia percutânea (PCNL): Para cálculos volumosos (>2 cm)

169
Q

como é step 1/2 asma
qual tratamento

A

sintomas pouco frequentes com função pulmonar normal ou pouco reduzida

TTO: C.I + formoterol de alívio

170
Q

como é step 3 asma
qual tratamento

A

sintomas na maioria dos dias ou despertares >1x, sem ou com função pulmonar reduzida

TTO: C.I + formo diário em baixa dose + sob demanda

171
Q

como é step 4 asma
qual tratamento

A

sintomas diarios e despertares > 1x, baixa função pulmonar ou exacerbação como apresentação inicial

TTO: C.I+ formo dose média diário