CIRURGIA GERAL P1 Flashcards

1
Q

Q: Quais são as etapas incluídas na abordagem inicial ao politrauma?

A

A: Preparação, triagem, avaliação primária (ABCDE), reanimação, medidas auxiliares, transferência do paciente, avaliação secundária, reavaliação e tratamento definitivo.

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2
Q

qual exame isso para diagnóstico de osteoporose e qual é o critério de GAUSS para osteoporose?

A

Densitometria óssea

Normal: maior ou igual a -1
Osteopenia: entre -1 e - 2,5
Osteoporose: < ou igual a -2,5
Osteoporose severa: menor ou igual a -2,5 com fratura por fragilidade

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3
Q

Q: O que é a fase pré-hospitalar no atendimento ao politrauma?

A

A: Coordenação com o hospital receptor, controle de hemorragia, manutenção das vias aéreas, transporte imediato e coleta de informações do paciente.

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4
Q

Q: Quais são as prioridades durante a triagem em um cenário com múltiplas vítimas?

A

A: Atender primeiro os pacientes com risco iminente de vida e traumatismos multissistêmicos, priorizando aqueles com maior chance de sobrevivência.

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5
Q

Q: O que significa ABCDE na avaliação primária de pacientes traumatizados?

A

A: A: Manutenção da via aérea, B: Respiração e ventilação, C: Circulação e controle de hemorragia, D: Disfunção neurológica, E: Exposição e controle ambiental.

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6
Q

Q: O que deve ser avaliado na etapa “A” (vias aéreas) da avaliação primária?

A

A: A permeabilidade da via aérea, presença de obstrução, corpos estranhos e fraturas.

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7
Q

Q: Como se avalia a ventilação e respiração (etapa “B”)?

A

A: Avaliando distensão de veias jugulares, posição da traqueia e movimentação da parede torácica, além de realizar um exame físico pulmonar completo.

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8
Q

Q: Por que é importante controlar a hemorragia na etapa “C”?

A

A: Porque a hemorragia é a principal causa prevenível de morte em pacientes traumatizados, sendo crucial identificar e controlar rapidamente o foco hemorrágico.

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9
Q

Q: Quais são os principais locais de hemorragia interna a serem avaliados?

A

A: Tórax, abdome, retroperitônio, pelve e ossos longos.

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10
Q

Q: O que deve ser feito se um paciente tiver um nível de consciência baixo na etapa “D”?

A

A: Avaliar a reatividade pupilar e utilizar a Escala de Coma de Glasgow (ECG); intubação se ECG < 8.

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11
Q

Q: O que deve ser feito na etapa “E” (exposição e controle ambiental)?

A

A: Despir o paciente completamente, avaliar e cobrir com cobertores aquecidos para evitar hipotermia.

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12
Q

Quais são os três shunts portossistêmicos?

A

umbilical
azigo
hemorroidario

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13
Q

Pergunta: Quais são as principais camadas da parede abdominal?

A

Resposta: Pele, fáscia de Camper, fáscia de Scarpa, músculos (oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdômen), fáscia transversalis.

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14
Q

Pergunta: Qual é a definição de hérnia?

A

Resposta: É a saída de um órgão ou estrutura por uma abertura congênita ou adquirida na parede que limita a cavidade onde ele se encontra.

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15
Q

Pergunta: Quais são os tipos mais comuns de hérnias inguinais?

A

Resposta: Hérnia inguinal indireta (lateral aos vasos epigástricos) e hérnia inguinal direta (medial aos vasos epigástricos).

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16
Q

Pergunta: Qual é a hérnia mais comum em mulheres e com maior risco de estrangulamento?

A

Resposta: Hérnia femoral.

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17
Q

Pergunta: Quais são as principais técnicas de correção cirúrgica de hérnias inguinais?

A

Resposta: Bassini, McVay, Shouldice, Lichtenstein, Stoppa e laparoscopia.

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18
Q

Pergunta: Qual nervo é frequentemente lesado em cirurgias de correção de hérnias inguinais e causa insensibilidade na base do pênis e escroto?

A

Resposta: Nervo ilioinguinal.

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19
Q

Pergunta: O que caracteriza uma hérnia estrangulada?

A

Resposta: Comprometimento circulatório, com sinais obstrutivos (vômitos), inflamatórios (edema e hiperemia), e dor intensa. Requer cirurgia imediata.

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20
Q

Pergunta: Qual é o tratamento recomendado para hérnias umbilicais em crianças?

A

Resposta: Aguardar até 2-3 anos para verificar fechamento espontâneo; se não fechar, realizar sutura da aponeurose.

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21
Q

Pergunta: Qual manobra é utilizada para detectar hérnias durante a inspeção e palpação?

A

Resposta: Manobra de Valsalva, que aumenta a pressão intra-abdominal para evidenciar a hérnia.

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22
Q

Quais são as características de uma hérnia inguinal DIRETA?

A

Abaula fascia transversal MEDIALMENTE aos vasos epigástricos

Hérnia sai pelo trígono de Hesselbach

No exame hernia bate na LATERAL do dedo, mas não desce até o escroto.

incidencia maior em pessoas mais velhas

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23
Q

Quais são as características de uma hérnia inguinal INDIRETA?

A

Abaula saco herniário LATERAL aos vasos epigástricos

Hérnia sai pelo trígono de Hessert

No exame a hernia bate na PONTA do dedo. Manobra de Landivar (palpação do cordão inguinal)
Quando paciente tosse a hérnia sai e pode descer até o escroto

Ocorre mais em pessoas mais jovens

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24
Q

Qual hernia é mais comum sofrer estrangulamento?

A

INDIRETA

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25
Q

Como diferencio uma hérnia direta de uma indireta?

A

Através do exame físico. Inspeção e palpação- manobra de valsava

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26
Q

Qual dismorfismo que causa hérnia inguinal indireta?

A

PERSISTÊNCIA DO CONDUTO PERITÔNIO VAGINAL

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27
Q

Dentre as técnicas para tratamento de hérnia femoral, qual a melhor técnica?

A

MCVAY ou laparoscopia

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28
Q

quais são as três hérnias mais comuns?

A

1-Inguinal Indireta
2- Inguinal Direta
3- Femoral

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29
Q

O que é hérnia de Richter?

A

parte da circunferência de uma alça intestinal pinçada no saco herniário (mais encontrada na hérnia femoral)

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30
Q

Pergunta: O que é hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: É o sangramento originado de uma lesão acima do ângulo de Treitz, ou seja, do duodeno para cima.

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31
Q

Pergunta: Quais são as principais causas de hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: Lesões gastroduodenais, varizes esofágicas, câncer gástrico/esofágico, úlceras gástrica/duodenal, gastropatia hipertensiva, hérnia hiatal, síndrome de Mallory-Weiss, uso de anti-inflamatórios não hormonais.

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32
Q

Pergunta: Quais são os sinais clínicos da hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: Hematêmese, melena (sangue digerido nas fezes), hematoquezia (fezes com sangue) e sangue oculto nas fezes.

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33
Q

Pergunta: Quais exames são utilizados no diagnóstico da hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: HMG, PTF, amilase, plaquetas, coagulograma, aminotransferase, RX de tórax e abdome, EDA, cintilografia, arteriografia e cápsula endoscópica.

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34
Q

Pergunta: Quais são os estigmas endoscópicos de ressangramento?

A

Resposta: Sangramento ativo, vaso visível vermelho, coágulo aderido.

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35
Q

Pergunta: Como é classificada a hemorragia digestiva alta de acordo com a gravidade?

A

Discreta: perda <1000ml ou <20% da volemia, sem repercussão hemodinâmica.

Moderada: perda entre 1000-1500ml ou 20%-40% da volemia, com repercussão discreta.

Maciça: perda >2000ml ou >40% da volemia, com repercussão hemodinâmica significativa

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36
Q

Pergunta: Quais são as medidas gerais para tratamento de hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: Acesso venoso calibroso, ventilação e oxigenoterapia, reposição volêmica, sondagem nasogástrica e lavagem com soro fisiológico gelado, sondagem vesical e dieta.

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37
Q

Pergunta: Quais medicamentos são utilizados no tratamento específico da hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: Somatostatina, octreotídeo, vasopressina, terlipressina, antiplasmínicos, bloqueadores de secreção ácida, protetores de mucosa.

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38
Q

Pergunta: Quando é indicada a cirurgia na hemorragia digestiva alta?

A

Resposta: Sangramento incontrolável, falha do tratamento clínico, pacientes >60 anos com alto risco de ressangramento, ressangramento apesar do tratamento adequado, necessidade de transfusão >2500ml em 24h ou 1500ml em 12h.

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39
Q

Pergunta: O que é a síndrome de Mallory-Weiss?

A

Resposta: Laceração da mucosa do esôfago proximal ou da transição gastroesofágica, geralmente causada por vômitos excessivos.

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40
Q

QUAL É A INTERLEUCINA MAIS IMPORTANTE NA RESPOSTA IMUNOLÓGICA AO TRAUMA?

A

IL-1

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41
Q

Pergunta: O que é o REMIT?

A

Resposta: REMIT é a resposta endócrino-metabólica e imunológica do corpo ao trauma, caracterizada por um desbalanço entre anabolismo e catabolismo, com predominância do catabolismo.

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42
Q

Pergunta: Quais são os principais hormônios contra-insulínicos elevados na fase de catabolismo do REMIT?

A

Resposta: Cortisol, catecolaminas, glucagon, aldosterona e vasopressina (ADH).

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43
Q

Pergunta: Qual é a principal função do cortisol no REMIT?

A

Resposta: O cortisol promove a lipólise, gliconeogênese hepática e aumenta a resistência periférica à insulina.

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44
Q

Pergunta: Quais são os dois principais processos que disponibilizam glicose para o organismo durante o REMIT?

A

Resposta: Glicogenólise (rápido, até 48 horas) e gliconeogênese (inicia em 1 hora, usando lipólise e proteólise).

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45
Q

Pergunta: Quais são as três fases do REMIT?

A

Fase Catabólica (Adrenérgica-Corticoide)
Fase Anabólica Precoce
Fase Anabólica Tardia

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46
Q

Pergunta: O que acontece na fase catabólica do REMIT?

A

Resposta: A fase catabólica é marcada por altos níveis de catecolaminas e cortisol, aumento da gliconeogênese, inflamação e balanço negativo de nitrogênio.

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47
Q

Pergunta: Qual a função da vasopressina (ADH) no REMIT?

A

Resposta: A vasopressina promove a retenção de água, vasoconstrição esplâncnica, gliconeogênese e glicogenólise hepática, inibindo a diurese.

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48
Q

Pergunta: Quais hormônios diminuem durante o REMIT?

A

Resposta: Insulina, testosterona, e T3/T4.

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49
Q

Pergunta: O que caracteriza a fase anabólica precoce do REMIT?

A

Resposta: A fase anabólica precoce apresenta declínio na excreção de nitrogênio, início da ação anabólica do IGF-1 e diurese pela diminuição do ADH.

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50
Q

Pergunta: O que ocorre na fase anabólica tardia do REMIT?

A

Resposta: Há ganho ponderal lento, principalmente de tecido adiposo, conhecido como balanço positivo de carbono. Pode durar de meses a anos.

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51
Q

Pergunta: Quais são as principais fontes de energia durante o catabolismo no REMIT?

A

Resposta: Glicose, lactato (metabolismo anaeróbio), aminoácidos (glutamina e alanina), ácidos graxos e corpos cetônicos.

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52
Q

Pergunta: Quais são os principais tipos de choque?

A

Resposta: Hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo, séptico e distributivo.

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53
Q

Pergunta: Qual é a principal causa de choque nas vítimas de trauma?

A

Resposta: Choque hipovolêmico, causado por hemorragia.

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54
Q

Pergunta: O que é a tríade de Beck no tamponamento cardíaco?

A

Resposta: Hipofonese de bulhas cardíacas, turgência jugular e hipotensão.

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55
Q

Pergunta: Quais são as características do choque neurogênico?

A

Resposta: Ocorre devido à lesão medular cervical ou torácica alta (acima de T7), causando hipotensão e vasodilatação cutânea, sem taquicardia compensatória.

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56
Q

Pergunta: Quais são os seis focos de sangramento que devem ser considerados no choque hemorrágico?

A

Resposta: Hemorragia externa, abdominal, retroperitônio, pelve, tórax e ossos longos (fêmur, tíbia e úmero).

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57
Q

Pergunta: Quais são os dois princípios básicos do tratamento inicial do choque hemorrágico?

A

Resposta: Diagnosticar e conter os focos de hemorragia, e repor o volume de sangue perdido.

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58
Q

Pergunta: Quais são os sinais precoces do choque hemorrágico?

A

Resposta: Taquicardia, palidez cutânea e pressão de pulso (PAS - PAD < 30).

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59
Q

Pergunta: O que indica a resposta mínima ou ausente à reposição volêmica inicial no choque hemorrágico?

A

Resposta: Necessidade moderada/alta de hemoderivados ou cirurgia.

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60
Q

Pergunta: Qual o melhor indicador de perfusão tecidual no paciente com choque hemorrágico?

A

Resposta: O débito urinário (0,5 ml/kg/h para adultos), avaliado pela passagem de sonda vesical de demora (SVD).

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61
Q

Pergunta: O que é o protocolo de transfusão maciça?

A

Resposta: Usado no choque hemorrágico classe IV ou em choques classe II ou III com resposta transitória. Consiste em transfusão de 10 concentrados de hemácias em 24 horas ou 4 em 1 hora, com plasma e plaquetas na proporção 1:1:1.

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62
Q

Como é a classificação das fratuas expostas seguindo gustilo?

A

Tipo I: ferimento não contaminado, com menos de 1 cm de comprimento
Tipo II: ferimento com mais de 1 cm de comprimento, sem grande lesão das partes moles
Tipo III: ferimento associado a uma extensa lesão das partes moles, medindo geralmente mais de 5 cm
Entretanto tem coisas que já classifico direto para gustilo 3, como: fraturas diafisarias, segmentares, armas de fogo, ambiente agricola, associada a reparo vascular, mais de 8h
Dentro das tipo 3 temos subtipos:
3A: cobertura periosteal adequada, irriguei e consegui tapar o osso
3B: presença considerável descolamento periosteal (desbridei, irriguei, consigo tampar mas ainda fiaca exposto
3C: necessidade de reparo vascular para revascularizar a perna.

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63
Q

Como é a antibioticoterapia para fraturas expostas?

A

Faturas expostas grau 1 e 2 uso cefalosporinas dose das duas sao 2g de 6/6h

Grau III- associo aminoglicosideo (gentamicina) 1g kg 8/8h de 3 a 5 dias

Quando contamina por anaeróbio - Associo com metronidazol

todos via IV

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64
Q

O que é a tabela de gravidade das extremidades mutiladas (MESS)

A

A: Lesão dos ossos/tecidos moles:
* baixa energia (fratura simples, cutilada, projétil de baixa velocidade): 1 PONTO
* energia media (lesão causada por tiro de espingarda a queima roupa, projetil de alta velocidade e esmagamento): 2 PONTOS
* altíssima energia (lesões acima + grave contaminação e avulsão dos tecidos moles): 3 PONTOS
B: Isquemia do membro
* pulso reduzido ou ausente, mas perfusão normal: 1 PONTO
* ausencia de pulso, parestesia, redução do reenchimento capilar capilar: 2 PONTOS
* membro frio, paralisado, insensivel ou entorpecido: 3 PONTOS
C: Choque
* pressão sistoca sempre >90: 0 PONTOS
* hipotensão transitoria: 1 PONTO
* hipotensão persistente: 2 PONTOS
d: Idade
* <30: 0 PONTOS
* 30-50: 1 PONTO
* >50: 2 PONTOS

AMPUTAR COM SCORE >/= A 7

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65
Q

Pergunta: Quais são as etapas do tratamento hospitalar imediato para fraturas expostas?

A

Resposta:
ATLS (Advanced Trauma Life Support)
Curativo oclusivo + imobilização
Antibióticos (ATB) o mais rápido possível
Desbridamento cirúrgico + irrigação do ferimento

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66
Q

Pergunta: Quando deve ser feita a classificação de Gustilo e Anderson?

A

Resposta: Deve ser feita no momento do desbridamento cirúrgico.

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67
Q

Pergunta: Quais são os procedimentos para desbridamento e irrigação de fraturas expostas?

A

Resposta: Lavagem copiosa, retirada de tecidos desvitalizados e corpos estranhos, e avaliação da viabilidade muscular e tendínea.

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68
Q

Pergunta: Quais são as indicações absolutas para amputação imediata?

A

Resposta: Fraturas expostas GIIIC da tíbia que exigem reparo vascular e estão associadas a ruptura do nervo tibial posterior, e se o membro for inviável.

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69
Q

Pergunta: Quais são os métodos para tratamento das incisões para fasciotomia e qual é a vantagem do fechamento primário protelado?

A

Resposta: Fechamento primário protelado e fechamento secundário com enxertos de pele. O fechamento primário protelado diminui o tempo de internação comparado ao enxerto de pele.

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70
Q

Pergunta: O que caracteriza uma hemorragia digestiva baixa?

A

Resposta: Sangramento distal ao ângulo de Treitz.

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71
Q

Pergunta: Qual é o local mais prevalente para HDB?

A

Cólon: 95%.

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72
Q

Pergunta: Quais são os principais sintomas de hemorragia digestiva baixa?

A

Resposta: Hipotensão, palidez, má perfusão periférica, tonturas, taquicardia, rebaixamento de consciência.

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73
Q

Pergunta: Como se diferencia melena de hematoquesia?

A

Resposta: Melena = sangue digerido escuro; Hematoquesia = fezes com sangue.

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74
Q

Pergunta: Quais são as causas comuns de sangramento com sangue vivo e coágulos?

A

Resposta: Divertículos, angiodisplasia, neoplasias.

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75
Q

Pergunta: Onde é mais comum o sangramento por diverticulose e qual é a taxa de resolução espontânea?

A

Resposta: Cólon esquerdo; resolve espontaneamente em 70-80%.

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76
Q

Pergunta: Onde é mais comum o sangramento por angiodisplasia e qual é a taxa de resolução espontânea?

A

Resposta: Cólon ascendente; resolve espontaneamente em 90% dos casos.

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77
Q

Pergunta: Qual é a abordagem preferencial para o tratamento clínico de hemorragia digestiva baixa?

A

Resposta: Suporte clínico, reposição volêmica, transfusões e tratamento farmacológico. 80% das HDBs cessam espontaneamente.

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78
Q

Pergunta: Quando é indicado o tratamento cirúrgico para hemorragia digestiva baixa e qual é o prognóstico?

A

Resposta: Indicada em pacientes idosos, falha do tratamento clínico, ressangramento < 7 dias, tipo sanguíneo raro, > 10 U hemácias iniciais, > 4 U em 24 horas. Prognóstico é ruim.

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79
Q

Pergunta: O que caracteriza a hemorragia digestiva oculta e quais são os testes diagnósticos utilizados?

A

Resposta: Sangramento não aparente ao paciente, geralmente assintomático ou com sintomas de anemia inespecífica. Testes diagnósticos incluem angiografia, cintilografia com hemácias marcadas, enteroscopia intra-operatória, enteroscopia com duplo balão, e cápsula endoscópica.

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80
Q

Pergunta: Qual é a diferença entre enteroscopia com duplo balão e cápsula endoscópica?

A

Resposta: Enteroscopia com duplo balão avalia todo o delgado e pode realizar intervenção terapêutica; Cápsula endoscópica avalia o intestino delgado mas não oferece terapêutica. Acurácia de 83% no sangramento ativo.

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81
Q

Pergunta: Quais sinais indicam a necessidade de garantir uma via aérea patente?

A

Resposta: Resposta alterada/sons/ruídos, corpo estranho, sangue/vômitos, trauma na via aérea, rouquidão, enfisema subcutâneo, fraturas palpáveis.

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82
Q

Pergunta: Quando deve ser usada a cânula orofaríngea e a cânula nasofaríngea na desobstrução da via aérea?

A

Resposta: Cânula orofaríngea é usada para desobstrução geral; cânula nasofaríngea é usada se o reflexo de vômito estiver preservado. Contraindicações para cânula nasofaríngea incluem fratura da base do crânio.

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83
Q

Pergunta: Quando é indicado o uso de um tubo traqueal na desobstrução da via aérea?

A

Resposta: Quando há incapacidade de manter a via aérea patente por outros meios, comprometimento iminente ou potencial, incapacidade de manter oxigenação adequada, rebaixamento do nível de consciência, ou a necessidade de proteger a via aérea da aspiração de sangue ou vômito.

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84
Q

Pergunta: O que o acrônimo LEMON representa na avaliação da via aérea difícil?

A

Resposta: L - Look (olhar externamente), E - Evaluate (avaliar) com a regra 3-3-2, M - Mallampati, O - Obstrução, N - Neck mobility (mobilidade cervical).

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85
Q

Pergunta: Em quais condições deve-se considerar a intubação orotraqueal (IOT)?

A

Resposta: Quando a via aérea não pode ser mantida por outros meios, em emergência, gastroparesia, secreções/sangramentos deglutidos, e quando o jejum não é possível.

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86
Q

Pergunta: Quais lesões críticas devem ser avaliadas no exame primário de um trauma torácico?

A

Resposta: Pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável, tamponamento cardíaco.

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87
Q

Pergunta: O que fazer se a intubação orotraqueal (IOT) for malsucedida?

A

Resposta: Utilizar dispositivos supraglóticos.

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88
Q

Pergunta: Quais são as indicações para realizar uma toracotomia na sala de emergência?

A

Resposta: Perdas volêmicas maciças, lesões penetrantes precordiais, ausência de pulso, atividade elétrica miocárdica presente.

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89
Q

Pergunta: Em quais situações é indicada a cricotireoidostomia, seja por punção ou cirurgia?

A

Resposta: Edema da glote, fratura da laringe, hemorragia orofaríngea grave, impossibilidade de intubação orotraqueal (IOT).

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90
Q

Pergunta: Como é tratado o pneumotórax hipertensivo?

A

Resposta: Com punção com selo d’água e posterior drenagem torácica.

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91
Q

Pergunta: Qual o tratamento inicial para um pneumotórax aberto?

A

Resposta: Curativo com gaze vaselinada em 3 pontos e drenagem definitiva.

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92
Q

Pergunta: Quando o hemotórax é considerado intenso e de indicação cirúrgica?

A

Resposta: Quando a drenagem é superior a 1500 ml de sangue ou acima de 200 ml por hora.

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93
Q

Pergunta: O que caracteriza um tórax instável?

A

Resposta: Movimento paradoxal da parede torácica e fratura de múltiplos arcos costais.

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94
Q

Pergunta: Quais são os sinais clínicos de pneumotórax hipertensivo?

A

Resposta: Timpanismo, dispneia intensa, taquipneia, taquicardia, diminuição da MV no lado afetado, turgência jugular, hipotensão, assimetria da caixa torácica, expansão reduzida, desvio da traqueia, enfisema subcutâneo.

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95
Q

Pergunta: Quais são os efeitos da contusão pulmonar?

A

Resposta: Localização em segmentos ou lobos, aumento das infecções, graus variáveis de hipóxia.

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96
Q

Pergunta: Qual é a diferença entre a ruptura de diafragma do lado direito e esquerdo?

A

Resposta: A ruptura do lado direito é mais grave, pois o fígado protege essa região, enquanto a ruptura do lado esquerdo é mais comum.

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97
Q

Pergunta: O que é o sequestro ósseo na osteomielite?

A

Resposta: É a área de osso necrosado que se separa do osso saudável, criando uma área instável e isolada.

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98
Q

Pergunta: Qual é o tratamento padrão para osteomielite?

A

Resposta: Antibioticoterapia (como oxacilina, ceftriaxona, cefazolina, ciprofloxacina, clindamicina, vancomicina) e drenagem cirúrgica.

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99
Q

Pergunta: Quais são os principais exames complementares para diagnóstico de osteomielite?

A

Resposta:
Hemograma
Velocidade de hemossedimentação (VHS)
Proteína C reativa (PCR)
Hemocultura
Cultura e antibiograma
Radiologia
Cintilografia óssea
Tomografia computadorizada
Ressonância magnética

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100
Q

Pergunta: Qual é o agente patológico mais comum nas infecções osteoarticulares?

A

Resposta: Staphylococcus aureus.

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101
Q

Pergunta: O que caracteriza a artrite séptica?

A

Resposta: Contaminação articular com instalação do processo infeccioso que pode levar à destruição da cartilagem, necrose epifisária e luxações.

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102
Q

Pergunta: Como é o tratamento da artrite séptica?

A

Resposta: Drenagem e debridamento da articulação, além de antibioticoterapia e curativos.

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103
Q

Pergunta: Quais são os sinais e sintomas de osteomielite?

A

Resposta: Dor, impotência funcional, edema, hiperemia, e hipertermia.

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104
Q

Quais são os sintomas típicos da colecistite aguda?

A

Cólica biliar, dor irradiando para a região infraescapular e/ou dorso, sinal de Murphy positivo.

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105
Q

Quais são as principais complicações da colelitíase?

A

Colecistite aguda, coledocolitíase, empiema e/ou perfuração da vesícula, íleo biliar, carcinoma da vesícula.

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106
Q

Qual é o quadro clínico típico da coledocolitíase?

A

Icterícia, prurido, calafrios e febre (colangite), vesícula palpável.

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107
Q

Qual exame é considerado o padrão ouro para diagnóstico de coledocolitíase?

A

CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica).

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108
Q

Qual a posição mais comum do apêndice?

A

Retrocecal (60%).

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109
Q

Qual é o principal sinal clínico da apendicite aguda?

A

Sinal de Blumberg (dor à descompressão brusca no ponto de McBurney).

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110
Q

Quais os sinais e sintomas típicos da apendicite?

A

Dor epigástrica ou periumbilical que migra para o quadrante inferior direito, febre baixa, náuseas e vômitos.

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111
Q

Quais são as causas mais comuns de apendicite?

A

Fecalito, hiperplasia linfoide, neoplasias e processos infecciosos.

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112
Q

Qual o exame de imagem inicial para apendicite?

A

Ultrassonografia abdominal.

113
Q

O que diferencia colelitíase de colecistite?

A

Colelitíase: presença de cálculo na vesícula biliar; Colecistite: inflamação da vesícula biliar.

114
Q

Quais os fatores de risco para colelitíase?

A

Sexo feminino, idade, obesidade, multiparidade, dieta rica em gorduras e diabetes mellitus.

115
Q

Qual é o sinal mais importante na colecistite aguda?

A

Sinal de Murphy (dor à palpação no quadrante superior direito durante a inspiração).

116
Q

O que caracteriza a coledocolitíase?

A

Presença de cálculos no ducto biliar.

117
Q

Qual o exame de imagem mais indicado para colecistite aguda?

A

Ultrassonografia, com sensibilidade de 85% e especificidade de 95%.

118
Q

Quais são os achados laboratoriais típicos na colangite?

A

Leucocitose, elevação de fosfatase alcalina (FA), gama-GT e bilirrubinas.

119
Q

O que é a tríade de Charcot na colangite?

A

Febre, icterícia e dor no quadrante superior direito.

120
Q

Qual é o exame padrão-ouro para o diagnóstico e tratamento de colangite?

A

CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica).

121
Q

Quais são as principais causas de pancreatite aguda?

A

Litíase biliar (40%) e alcoolismo (30-35%).

122
Q

Quais são os três critérios para diagnóstico de pancreatite aguda?

A

Dor abdominal característica, aumento de amilase/lipase 3x acima do normal, e achados típicos em exames de imagem.

123
Q

Quais são os principais pilares do tratamento da pancreatite aguda?

A

Ressuscitação volêmica, controle da dor e manejo dietético (jejum).

124
Q

Quando a tomografia computadorizada deve ser solicitada na pancreatite aguda?

A

Em caso de dúvida diagnóstica ou suspeita de complicações, após 72 horas do início dos sintomas.

125
Q

O que caracteriza a diverticulite aguda?

A

Inflamação de um divertículo, geralmente associada a uma microperfuração.

126
Q

Quais os fatores de risco para diverticulite?

A

Alta ingestão de carne vermelha, baixa ingesta de fibras, obesidade e sedentarismo.

127
Q

Qual o melhor exame para diagnóstico de diverticulite aguda?

A

Tomografia computadorizada de abdome com contraste.

128
Q

Quais são as complicações graves da diverticulite aguda?

A

Abscesso, peritonite difusa e obstrução intestinal.

129
Q

Como é feita a classificação de Hinchey?

A

I: abscesso pericólico ou mesocólico <4cm -> tratamento conservador
II: Grande abscesso com extensão para a pelve >4cm: antibioticoterapia+ drenagem percutânea do abscesso
III: Peritonite purulenta difusa: abordagem cirúrgica com ressecção do segmento perfurado
IV: Peritonite fecal: Cirurgia de Hartmann

130
Q

Como é o escore de alvarado?

A

migração da dor (1)
anorexia (1)
nauseas e vomitos (1)
DB + (2)
sinais de DB (1)
febre (1)
leucocitose (2)
desvio à esquerda (1)

Interpretação:
* 0-3 pontos: apendicite pouco provável, investigar outras patologias;
* ≥ 4: provável apendicite = solicitar exame de imagem se necessário;
* ≥ 7: alto risco de apendicite = cirurgia

131
Q

Qual é a diferença entre obstrução total e parcial?

A

Obstrução total apresenta mais sintomas, enquanto a parcial (suboclusão) é mais branda.

132
Q

Quais são os sinais e sintomas principais da obstrução intestinal?

A

Distensão abdominal, náuseas, vômitos, e parada de eliminação de fezes e flatos.

133
Q

O que caracteriza uma obstrução em alça fechada?

A

Aumento da pressão intraluminal, levando a isquemia, necrose e perfuração.

134
Q

Qual é a importância do toque retal no abdome agudo obstrutivo?

A

Identificação de fecaloma, neoplasias, corpo estranho ou sangue, indicando isquemia intestinal.

135
Q

Quais são os achados radiológicos da obstrução intestinal alta?

A

Distensão gasosa intestinal, níveis hidroaéreos, “empilhamento de moedas” e pouco ar nos cólons.

136
Q

Quais são os achados radiológicos da obstrução intestinal baixa?

A

Distensão colônica, haustrações colônicas, localização periférica e sinais como o “grão de café” para volvo de sigmoide.

137
Q

Quais são as medidas de suporte no tratamento de obstrução intestinal?

A

Jejum, sonda nasogástrica, hidratação endovenosa, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e analgesia.

138
Q

Como é feito o diagnóstico de obstrução por aderências (bridas)?

A

Diagnóstico de exclusão baseado na história cirúrgica prévia e ausência de outras causas visíveis nos exames de imagem.

139
Q

Quando o tratamento cirúrgico de obstrução é indicado?

A

Em casos de perfuração, isquemia, necrose ou falha do tratamento conservador após 48-72 horas.

140
Q

Qual é a causa mais comum de obstrução intestinal alta?

A

Aderências intestinais (bridas) causadas por cirurgias abdominais prévias.

141
Q

Qual é a segunda causa mais comum de obstrução do intestino delgado?

A

Tumores malignos, predominantemente metastáticos.

142
Q

Como é tratada a obstrução intestinal por neoplasia?

A

A decisão cirúrgica depende da expectativa de vida e dos objetivos do tratamento, ponderando riscos e benefícios.

143
Q

Qual hérnia tem maior risco de estrangulamento?

A

Hérnia femoral, com risco de 15 a 20%.

144
Q

Como tratar hérnias encarceradas?

A

Se < 6-8 horas de evolução, tentativa de redução manual. Se falhar ou houver sinais de estrangulamento, cirurgia imediata.

145
Q

O que caracteriza o íleo paralítico?

A

Obstrução intestinal funcional, geralmente causada por distúrbios na motilidade intestinal, sem obstrução mecânica.

146
Q

Qual é o tratamento para íleo paralítico?

A

Hidratação, correção eletrolítica, repouso intestinal e retirada de opioides.

147
Q

O que é o volvo de sigmoide?

A

Torção de um segmento do trato gastrointestinal, resultando em obstrução intestinal em alça fechada.

148
Q

Quais são os fatores de risco para volvo de sigmoide?

A

Idosos, sexo masculino, constipação crônica e doença de Chagas.

149
Q

Como é tratado o volvo de sigmoide?

A

Colonoscopia descompressiva e, em caso de falha ou perfuração, cirurgia (Hartmann).

150
Q

O que é o fecaloma?

A

Fezes endurecidas que impactam o trato gastrointestinal, geralmente no reto.

151
Q

Qual é o tratamento inicial para o fecaloma?

A

Quebra manual do fecaloma, seguido de enema. Se não for possível, cirurgia pode ser necessária.

152
Q

O que caracteriza a Síndrome de Ogilvie?

A

Dilatação aguda do cólon na ausência de obstrução mecânica.

153
Q

O que é abdome agudo perfurativo?

A

Emergência cirúrgica causada por perfuração de vísceras ocas, levando à liberação de secreção gástrica ou entérica no peritônio.

154
Q

Como tratar a Síndrome de Ogilvie?

A

Suporte com jejum, hidratação e correção eletrolítica. Se falha, neostigmina ou descompressão endoscópica.

155
Q

O que acontece quando o ácido clorídrico cai no peritônio?

A

Irritação intensa, peritonite química e risco de sepse.

156
Q

Qual é a principal causa de úlcera péptica?

A

Infecção por H. pylori e o uso de AINES (anti-inflamatórios não esteroidais).

157
Q

Como os AINES causam úlceras pépticas?

A

Inibem COX-1, diminuindo a produção de prostaglandinas gástricas, e COX-2, levando à perda da proteção da mucosa.

158
Q

Quais são os sintomas clássicos da úlcera péptica?

A

Dor epigástrica, alívio com alimentos ou antiácidos e dor noturna.

159
Q

Quais os sintomas de uma úlcera perfurada?

A

Dor abdominal generalizada e súbita, posição antálgica, abdômen rígido, e peritonite química.

160
Q

O que o sinal de Jobert indica?

A

Perda da macicez à percussão no hipocôndrio direito, indicando ar no peritônio.

161
Q

Qual exame é preferencial para diagnosticar úlceras gástricas e duodenais?

A

Endoscopia digestiva alta, com biópsia obrigatória em úlceras gástricas.

162
Q

Quais exames indicam perfuração no abdome agudo?

A

RX de abdome agudo (cúpulas diafragmáticas), e em casos estáveis, tomografia computadorizada.

163
Q

Qual é o tratamento padrão para úlcera perfurada?

A

Cirurgia de emergência com o reparo de Graham (ráfia da perfuração com omento).

164
Q

Como tratar a infecção por H. pylori?

A

Uso de antibióticos específicos e inibidores da bomba de prótons (IBP).

165
Q

Quais são os fatores de risco para diverticulite?

A

Dieta pobre em fibras, obesidade, tabagismo, e uso de AINES.

166
Q

Como a diverticulite pode evoluir para perfuração?

A

Quando não bloqueada, o conteúdo fecal pode se espalhar no abdome, causando peritonite.

167
Q

Quais fatores de risco para perfuração na doença de Crohn?

A

História prolongada da doença, uso crônico de AINES e doenças penetrantes ou estenosantes.

168
Q

Como tratar perfurações em doença inflamatória intestinal?

A

Estabilização com fluidos, antibióticos de amplo espectro e cirurgia para reparar a perfuração.

169
Q

Quais neoplasias têm maior risco de perfuração?

A

Neoplasias colorretais avançadas com crescimento intraluminal significativo.

170
Q

Qual é o tratamento cirúrgico para neoplasias perfuradas?

A

Cirurgia de Hartmann, removendo a área afetada e criando uma colostomia ou ileostomia.

171
Q

Pergunta: O que caracteriza o abdome agudo isquêmico?

A

Resposta: Comprometimento do vaso intestinal, geralmente causado por obstrução vascular, afetando principalmente a artéria mesentérica superior.

172
Q

Pergunta: Quais são as classificações da isquemia mesentérica quanto à localização?

A

Resposta:

Isquemia mesentérica: acomete o intestino delgado.
Isquemia colônica: acomete o intestino grosso.

173
Q

Pergunta: Como se classifica a isquemia mesentérica quanto ao tempo de evolução?

A

Isquemia mesentérica aguda: início súbito de hipoperfusão do intestino delgado.
Isquemia mesentérica crônica: desenvolve-se em pacientes com aterosclerose mesentérica, causando sintomas crônicos relacionados à alimentação.

174
Q

Pergunta: Qual é a principal causa da isquemia colônica?

A

Resposta: A isquemia colônica é causada por redução no fluxo sanguíneo, com a oclusão arterial aguda (embólica ou trombótica) sendo a forma mais frequente.

175
Q

Pergunta: Quais são os principais pontos de ocorrência da isquemia colônica não oclusiva?

A

Resposta: A flexura esplênica (ponto de Griffiths) e a junção retossigmoide (ponto de Sudeck).

176
Q

Pergunta: Qual exame é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da isquemia mesentérica?

A

Resposta: A arteriografia convencional.

177
Q

Pergunta: Quais são os achados típicos na tomografia de abdome para isquemia intestinal?

A

Resposta: Edema e espessamento da parede intestinal em padrão segmentar, e possivelmente pneumatose intestinal.

178
Q

Pergunta: Qual é a principal manifestação clínica da isquemia mesentérica aguda?

A

Resposta: Dor abdominal súbita e intensa, periumbilical, frequentemente acompanhada de náuseas e vômitos, e o abdome pode parecer “inocente” no exame físico.

179
Q

Pergunta: Quais são os principais fatores de risco para a oclusão arterial mesentérica aguda?

A

Resposta: Doença cardíaca (fibrilação atrial, IAM prévio, endocardite, ICC) e doença aórtica (aterosclerose e aneurisma da aorta).

180
Q

Pergunta: O que caracteriza a angina mesentérica e como ela se manifesta?

A

Resposta: A angina mesentérica é a hipoperfusão episódica ou constante do intestino delgado, geralmente relacionada ao estreitamento aterosclerótico das artérias mesentéricas. Manifesta-se como dor abdominal em cólica após a ingesta alimentar.

181
Q

Pergunta: Qual é o tratamento de escolha para isquemia mesentérica crônica?

A

Resposta: Tratamento endovascular com angioplastia e stent, além de medidas de prevenção secundária para limitar a progressão da doença aterosclerótica.

182
Q

Pergunta 1: O que caracteriza o abdome agudo hemorrágico?

A

Resposta: A presença de sangue livre na cavidade abdominal (hemoperitônio) de origem não traumática.

183
Q

Pergunta 2: Quais são as principais causas de abdome agudo hemorrágico?

A

Resposta: Gravidez ectópica rota, cisto ovariano roto, ruptura de aneurisma de aorta abdominal (AAA), ruptura de aneurisma de artéria esplênica, ruptura esplênica e hepática espontânea, adenoma hepático roto, discrasias sanguíneas.

184
Q

Pergunta 4: Quais são os principais fatores de risco para gravidez ectópica?

A

Resposta: História de doença inflamatória pélvica, gravidez tubária anterior, cirurgia tubária anterior, história de endometriose, dispositivo intrauterino permanente (DIU), tabagismo.

185
Q

Pergunta 5: Quais são os sinais clínicos típicos da ruptura de gravidez ectópica?

A

Resposta: Dor abdominal súbita e intensa, sangramento vaginal anormal, sinais de choque, dor referida no ombro (Sinal de Lafont), abaulamento no fundo do saco de Douglas, dor ao toque vaginal (Sinal de Proust).

186
Q

Pergunta 6: Como é feito o diagnóstico de gravidez ectópica?

A

Resposta: Através do quadro clínico, BHCG e ultrassonografia abdominal, que pode mostrar líquido livre na cavidade, ausência de gestação intrauterina e massa extrauterina complexa.

187
Q

Pergunta 7: Qual é o tratamento de emergência para gravidez ectópica rota?

A

Resposta: Salpingectomia.

188
Q

Pergunta 9: Como é feito o diagnóstico de cisto ovariano roto?

A

Resposta: Exclusão de gravidez ectópica com BHCG e ultrassonografia para visualizar a massa anexial e líquido livre na pelve.

189
Q

Pergunta 8: O que caracteriza a ruptura de cisto ovariano?

A

Resposta: Dor abdominal súbita e intensa, geralmente associada a atividades físicas ou relação sexual, com possível sangramento leve.

190
Q

Pergunta 10: Qual é o tratamento para cisto ovariano roto?

A

Resposta: Conduta conservadora com internação, repouso, hidratação endovenosa e analgesia. Se houver instabilidade hemodinâmica ou falha na observação clínica, tratamento cirúrgico é necessário.

191
Q

Pergunta 11: Quais são os principais fatores de risco para ruptura de aneurisma de aorta abdominal (AAA)?

A

Resposta: Diâmetro > 5,5 cm, aneurisma sacular, crescimento > 0,5 cm em 6 meses ou > 1 cm em um ano, tabagismo, sexo feminino.

192
Q

Pergunta 12: Quais são os sinais clínicos do aneurisma de aorta abdominal roto?

A

Resposta: Massa abdominal pulsátil, dor abdominal/lombar, hipotensão, e sinais de Gray-Turner (equimoses no flanco).

193
Q

Pergunta 13: Como é feito o diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal roto?

A

Resposta: Angiotomografia para pacientes estáveis hemodinamicamente e ultrassonografia para pacientes instáveis ou sem diagnóstico prévio.

194
Q

Pergunta 14: Qual é o tratamento para aneurisma de aorta abdominal roto?

A

Resposta: Reparo cirúrgico imediato, incluindo cirurgia aberta convencional ou reparo endovascular. A mortalidade é alta e a principal complicação é colite isquêmica.

195
Q

Pergunta 15: O que caracteriza a ruptura espontânea da artéria esplênica?

A

Resposta: É rara na ausência de trauma, mais comum em mulheres, e geralmente não provoca sintomas ou sinais clínicos até a ruptura.

196
Q

Pergunta 17: O que é o hemangioma hepático e como é diagnosticado?

A

Resposta: É o tumor benigno mais comum do fígado, geralmente assintomático. Diagnosticado por ultrassonografia como massa hiperecogênica homogênea e por tomografia com realce periférico e padrão centrípeto.

197
Q

Pergunta 16: Como é feito o diagnóstico da ruptura espontânea da artéria esplênica?

A

Resposta: Dor abdominal súbita, dor no hipocôndrio esquerdo, sinal de Kehr (dor referida no ombro esquerdo). Angiotomografia para pacientes estáveis e ultrassom ou cirurgia para pacientes instáveis.

198
Q

Pergunta 18: Quais são os sinais e tratamento do hemangioma hepático roto?

A

Resposta: Dor abdominal súbita e intensa no hipocôndrio direito, instabilidade hemodinâmica, diagnostico com tomografia para pacientes estáveis e ultrassom ou cirurgia para pacientes instáveis, podendo incluir hepatectomia.

199
Q
  1. Qual é a função do ACTH no trauma?
A

Resposta: O ACTH estimula a produção e liberação de cortisol pela córtex da supra-renal.

200
Q
  1. Quais são os principais efeitos do aumento de cortisol após um trauma?
A

Resposta: Estímulo da gliconeogênese no fígado, inibição da captação muscular de glicose, favorecimento da liberação de aminoácidos do tecido muscular, aumento da lipólise, e diminuição da captação de glicose no tecido adiposo.

201
Q
  1. O que as catecolaminas fazem em resposta ao trauma?
A

Resposta: Estimulam a glicogenólise, lipólise, e cetogênese hepáticas; inibem a secreção e a atividade periférica da insulina; e estimulam a secreção de glucagon.

202
Q
  1. Quais são os efeitos cardiovasculares das catecolaminas?
A

Resposta: Vasoconstrição venosa e arterial periférica, aumento da resistência vascular periférica, vasodilatação arterial central, aumento da frequência cardíaca, contratilidade e condutividade do miocárdio, e aumento da pressão arterial.

203
Q
  1. Quais são os efeitos respiratórios das catecolaminas?
A

Resposta: Aumento da frequência respiratória, broncodilatação e hiperventilação.

204
Q
  1. O que a elevação de cortisol e catecolaminas pode causar em termos de metabolismo?
A

Resposta: Aumento da glicose sanguínea, gliconeogênese, lipólise e glicogenólise, e catabolismo muscular.

205
Q
  1. Quais são os efeitos das catecolaminas nas glândulas sudoríparas e salivares?
A

Resposta: Aumento da secreção das glândulas sudoríparas (sudorese) e diminuição da secreção das glândulas salivares.

206
Q
  1. Quais são os objetivos da avaliação pré-operatória?
A

Resposta: Preparar o paciente para a cirurgia, diagnosticar e avaliar comorbidades, minimizar riscos, definir estratégias para diminuir morbidade, postergar procedimentos eletivos se necessário, e obter consentimento informado.

207
Q
  1. Quais fatores podem aumentar o risco operatório?
A

Resposta: Senilidade, co-morbidades, tempo anestésico longo, tipo de cirurgia e perda sanguínea excessiva.

208
Q
  1. Quais exames são recomendados para pacientes assintomáticos menores de 40 anos?
A

Resposta: Nenhum exame, exceto Beta HCG quando necessário.

209
Q
  1. Quais exames são recomendados para pacientes de 40-49 anos?
A

Resposta: Glicemia e ECG.

210
Q
  1. Quais exames são recomendados para pacientes de 50-60 anos?
A

Resposta: Creatinina, glicemia e ECG.

211
Q
  1. Quais exames são recomendados para pacientes acima de 60 anos?
A

Resposta: Creatinina, glicemia, ECG e raio-X de tórax.

212
Q
  1. Quais são os critérios para a classificação ASA I?
A

Resposta: Sem distúrbio orgânico, fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico.

213
Q
  1. Qual é a diferença entre ASA IV e ASA V na classificação de risco?
A

Resposta: ASA IV refere-se a doença sistêmica grave que ameaça à vida, enquanto ASA V refere-se a paciente moribundo.

214
Q
  1. Quais medicamentos devem ser suspensos antes da cirurgia?
A

Resposta: Anticoagulantes orais, antiagregantes plaquetários, AINES, antidepressivos e antidiabéticos orais.

215
Q
  1. Quando é recomendada a profilaxia antibiótica?
A

Resposta: Para pacientes ASA III, IV e V, e para prevenção de infecção do sítio cirúrgico, especialmente em cirurgias limpas.

216
Q

Q: Qual é o posicionamento do paciente e a angulação do raio para uma radiografia de pelve na incidência AP?

A

A:

Paciente em decúbito dorsal horizontal
Raio incidente na linha mediana logo acima da sínfise púbica
Pés rodados internamente de 15 a 20 graus
O coccix deve estar alinhado com a sínfise púbica, com distâncias de 2,5 cm no sexo feminino e 1,5 cm no masculino
Forames obturadores devem estar simétricos

217
Q

Q: Qual é o patognomônico de instabilidade vertical no anel pélvico?

A

A: Fratura do processo transverso de L5.

218
Q

Q: Qual é a técnica e a indicação para a radiografia de pelve na incidência INLET?

A

Paciente em decúbito dorsal horizontal
Raio incidente no sentido crânio-caudal com angulação de 60°
Sobreposição do promontório à cortical anterior do corpo vertebral de S1
Indicado para avaliar traumatismos e integridade do anel pélvico, desvios anteroposteriores e rotacionais

219
Q

Q: Qual é a técnica e a indicação para a radiografia de pelve na incidência OUTLET?

A

Paciente em decúbito dorsal horizontal
Raio incidente no sentido caudo-cranial com angulação de 45°
A parte superior da sínfise púbica deve estar no mesmo nível do segundo corpo sacral (S2)
Indicado para avaliar fraturas do sacro, porção posterior da asa do ilíaco, ramo púbico, disjunção sacroilíaca e desvios verticais

220
Q

Q: Como é classificada a lesão do anel pélvico na Classificação de Young-Burgess?

A

Tipo 1: Trauma antero-posterior com diástase menor que 2 cm
Tipo 2: Lesão com diástase maior de 2 cm (lesão em livro aberto)
Tipo 3: Lesão maior com ruptura do sacro posterior, espinhal e parte posterior

221
Q

Q: Como a Classificação de Tile categoriza as fraturas do anel pélvico?

A

Tipo A: Fraturas estáveis
Tipo B: Fraturas com instabilidade rotacional e vertical
Tipo C: Fraturas com instabilidade rotacional e vertical

222
Q

Q: Qual é a porcentagem de instabilidade hemodinâmica em casos de lesão do anel pélvico e qual a relação com fraturas de ossos longos?

A

Instabilidade hemodinâmica está presente em 10% dos casos
80% dos casos de fraturas instáveis estão associados com fraturas de ossos longos

223
Q

Q: Quais são as origens do sangramento nas fraturas da bacia?

A

Osso
Plexo venoso pré-sacral
Vasos ilíacos (venoso ou arterial)

224
Q

O que é TPP (tamponamento pelvico pré peritoneal e para que serve?

A

associado a fixação externa, é uma opção para interromper hemorragia por fratura instável

225
Q

quando é indicado arteriografia e embolização arterial em lesao de anel pélvico?

A

quando há extravasamento de contraste na fase arterial da TC ou paciente instável pós fixação

226
Q

como é a classificação de uma fratura fechada e aberta?

A

fechada: quando o osso quebrado nao perfura e permanece dentro do corpo
aberta: osso atravessa pele e fica exposto ao ambiente ext

227
Q

como é a classificação de uma fratura completa e incompleta?

A

completa: osso completamente separado em 2 ou+ partes
incompleta: osso rachado ou quebrado, mas ainda mantém alguma continuidade.

228
Q

como é a classificação de uma fratura simples e multiplas?

A

simples: 1 osso
multiplas: 2 ou +

229
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a LOCALIZAÇÃO?

A

Umero:1
Radio:2R
Ulna: 2U
Fêmur: 3
Tibia: 4T
Fíbula: 4F

230
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo o segmento acometido?

A

Proximal (EPÍFISE): 1
Medial (METÁFISE): 2
Distal (DIÁFISE): 3

231
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA das DIAFISÁRIAS?

A

Simples: A (tranverso, obliquo ou espiral)
Cunha/asa: B (3 ou+fragmentos com contato com a cortical
Multifragmentar: C (+3 fragmentos sem contato com cortical)

232
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS DIAFISÁRIAS SIMPLES?

A

espiral: 1
obliquo >30º: 2
transverso <30º : 3

233
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS DIAFISÁRIAS CUNHA/ASA?

A

intacta: 2
multifragmentada: 3

234
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS DIAFISÁRIAS MULTIFRAGMENTAR?

A

intacta: 2
multifragmentada: 3

235
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS EPIFISÁRIAS?

A

EXTRAARTICULAR: A
PARCIALMENTE ARTICULAR: B
TOTALMENTE ARTICULAR:

236
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS EPIFISÁRIAS EXTRAARTICULARES?

A

avulsão: 1
simples: 2
multifragmentar: 3

237
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS EPIFISÁRIAS PARCIALMENTE ARTICULARES?

A

acomete região lateral: 1
acomete região medial: 2
fragmentada: 3

238
Q

Como é a classificação de AO/OTA segundo a MORFOLOGIA DAS EPIFISÁRIAS ARTICULARES?

A

traço simples articulação e metáfise: 1
traço simples articulação e traço multifragmentar na metáfise: 2
multifragmentada articulação: 3

239
Q

O que é principio de estabilidade relativa ?

A

relativa: consolidaçao secundária
indicações: fraturas diafisarias e metafisarias multiplas
movimento controlado no foco da fratura

240
Q

O que é principio de estabilidade absoluta?

A

consolidação primária
indicações: fraturas MMSS, articulares, simples
nao há movimento no foco da fratura

241
Q

Q: O que é o divertículo faringoesofágico de Zenker e como é tratado?

A

A: É uma condição em que ocorre a formação de um divertículo no esôfago. O tratamento pode incluir cirurgia (ressecção ou suspensão do divertículo) ou técnica endoscópica com grampeador.

242
Q

Q: Quais são os principais tratamentos para estenose cáustica?

A

A: O tratamento envolve dilatação esofágica ou esofagectomia, dependendo da gravidade da lesão.

243
Q

Q: Quais são os sintomas clássicos do megaesôfago?

A

A: Disfagia, regurgitação, sialorréia, emagrecimento e halitose.

244
Q

Q: Como se caracteriza a acalásia?

A

A: Acalásia é caracterizada pela degeneração dos neurônios inibidores esofágicos, levando ao relaxamento incompleto do EEI, tônus aumentado do EEI e aperistalse do esôfago.

245
Q

Q: Quais são as consequências a longo prazo da acalásia?

A

A: Esvaziamento esofágico retardado, megaesôfago e infecções.

246
Q

Q: Quais são os principais sintomas da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)?

A

A: Pirose retroesternal, regurgitação, dor torácica e sintomas respiratórios como tosse crônica e sibilos.

247
Q

Q: Quais exames são utilizados para o diagnóstico da DRGE?

A

A: Endoscopia, EED (esofagografia), manometria, pH-metria de 24 horas e cintilografia.

248
Q

Q: O que é esofagite eosinofílica?

A

A: É uma condição inflamatória do esôfago caracterizada por um aumento de eosinófilos, frequentemente associada a alergias e atopia.

249
Q

Q: O que é a Síndrome de Zollinger-Ellison?

A

A: É um tumor neuroendócrino que produz gastrina, levando à hipersecreção ácida e ulcerações gástricas.

250
Q

Q: Quais são os fatores de risco para esofagite por refluxo?

A

A: Álcool, tabaco, obesidade, hérnia do hiato e uso de depressivos do SNC.

251
Q

como é feito o diagnóstico de DRGE?

A
  • PIROSE NOTURNA >2X NA SEMANA
  • TEMPO > 2 SEMANAS
  • clinica tem valor preditivo maior que exame
252
Q

o que é o consenso de montreal?

A

Quando o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago causa sintomas ou complicações que afetam a saúde do paciente.

-Sintomas ou complicações resultantes do liquido refluído do estômago ao esôfago, cavidade oral, laringe ou pulmões.

-Falência da barreira de proteção do esôfago contra os efeitos do liquido refluído, o que ocasiona os sintomas e as lesões.

253
Q

Pergunta: Qual é a fratura mais comum associada a trauma na clavícula?

A

Resposta: Fratura do terço médio da clavícula.

254
Q

Pergunta: Qual é o tratamento conservador para fratura de clavícula?

A

Resposta: Uso de tipoia por 4 semanas.

255
Q

Pergunta: Quais são as causas mais comuns de fratura do úmero proximal em idosos?

A

Resposta: Quedas com o braço estendido, frequentemente associadas à osteoporose.

256
Q

Pergunta: O que caracteriza a classificação de Neer para fraturas do úmero?

A

Resposta: Desvios maiores que 1 cm ou 45º de angulação.

Tubérculo maior: desvios maiores que 0,5cm ou 45º → já considero desvio e opero

257
Q

Pergunta: Qual é o tratamento para fraturas do úmero proximal?

A

Resposta: 80% são tratadas conservadoramente; em casos mais graves, é feita a redução aberta e fixação interna.

258
Q

Pergunta: Quais são as fraturas de rádio distal mais comuns?

A

Resposta: Fratura de Colles (desvio posterior) e fratura de Smith (desvio anterior).

259
Q

Pergunta: Qual é o tratamento recomendado para fraturas articulares totais do rádio distal?

A

Resposta: Redução aberta e fixação interna.

260
Q

Pergunta: Quais são os mecanismos comuns de fratura do fêmur proximal em idosos?

A

Resposta: Queda da própria altura, queda em rotação externa e fratura por estresse.

261
Q

Pergunta: Como é definida a conduta para um idoso com fratura do fêmur?

A

Resposta: Se for deambulador comunitário, a conduta é artroplastia total de quadril; se domiciliar, artroplastia parcial.

262
Q

Pergunta: O que se deve fazer em caso de fratura de tornozelo bimaleolar?

A

Resposta: Sempre tratamento cirúrgico.

263
Q

Pergunta: Quais são os sinais de fratura de clavícula em radiografias?

A

Resposta: Desvio do osso e frequentemente associada a fraturas de costela.

264
Q

Pergunta: Qual é o papel do músculo supraespinhoso nas fraturas do úmero proximal?

A

Resposta: Ele é responsável pela abdução do ombro; sua ruptura pode limitar o movimento de levantar o braço.

265
Q

Pergunta: O que caracteriza uma fratura de Barton?

A

Resposta: Fratura articular parcial do rádio, que pode ser volar ou dorsal.

266
Q

Pergunta: O que é a classificação de Garden em fraturas do fêmur proximal?

A

Resposta: Uma classificação que avalia o desvio e a estabilidade das fraturas do colo do fêmur.

267
Q

Pergunta: Qual é a diferença entre artroplastia total e parcial do quadril?

A

Resposta: A artroplastia total substitui o acetábulo e o fêmur, enquanto a parcial substitui apenas o fêmur.

268
Q

Pergunta: O que deve ser feito em caso de fratura isolada do maléolo lateral sem desvio?

A

Resposta: Tratamento com gesso por 6 semanas.

269
Q

Pergunta: Quais são os principais tipos de fraturas de tornozelo?

A

Resposta: Fratura do maléolo lateral isolada, bimaleolar e trimaleolar.

270
Q

Pergunta: O que caracteriza a fratura de Colles?

A

Resposta: É uma fratura metafisária com desvio dorsal, comum em pacientes osteoporóticos.

271
Q

Pergunta: Em que casos a cirurgia é mandatória para fraturas do rádio distal?

A

Resposta: Para fraturas articulares totais e parciais.

272
Q

Pergunta: Qual é a principal causa de fratura do fêmur proximal em jovens?

A

Resposta: Trauma significativo, como acidentes ou quedas de altura.

273
Q

qual tratamento para fratura de clavicula?

A

tipoia 4 semanas

274
Q

como é o epônimo para fratura de rádio distal articular total metafisária com desvio para parte posterior?

A

FRATURA DE COLLES

275
Q

como é o epônimo para fratura de rádio distal articular parciais

A

FRATURA DE BARTON, frente: VOLAR (mais comum) e DORSAL

276
Q

qual o tratamento padrão para fratura de radio distal articular total e parcial?

A

NÃO CABE TRATAMENTO CONSERVADOR: REDUÇÃO ABERTA E FIXAÇÃO INTERNA

277
Q

qual o tratamento para fratura de colo de fêmur para um paciente de 65 anos: idoso, DEAMBLADOR COMUNITÁRIO

A

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL.

278
Q

qual o tratamento para fratura de colo de fêmur para um paciente idoso, DEAMBLADOR DOMICILIAR?

A

ARTROPLASTIA PARCIAL