CIRURGIA GERAL P2 Flashcards
Quais são os principais fatores de risco para trauma em idosos?
Baixa acuidade visual, menor força muscular, uso de medicamentos (sedativos, anticoagulantes), doenças crônicas (hipertensão, diabetes, osteoporose).
como é feito o diagnóstico clínico de trauma renal? QUAL O MELHOR INDICADOR DE LESÃO RENAL?
hematomas em flancos, dor e fraturas de costelas, RX, hematúria é o melhor indicador de lesão renal
qual exame de imagem padrão ouro para identificar trauma renal? quando indicar?
TC com contraste + fase escretora tardial
Indico: trauma penetrante, contuso com hematúria, aceleração/desaceleração e trauma pediátrico com hematúria
qual tratamento para trauma renal?
estáveis grau 1 a 3 - conservador
monitorar sinais vitais, hematúria
lesão grau 4 a 5 - cirúrgicas - angioembolização PARA LESÕES HEMORRÁGICAS
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES CIRURGICAS PARA TRAUMA RENAL?
INDICAÇÕES ABSOLUTAS; HEMORRAGIA PERSISTENTE, AVULSÃO DO PEDÍCULO RENAL, HEMATOMA RETROPERITONEAL EXPANSIVO
iNDICAÇÕES RELATIVAS: EXTRAVASAMENTO URINÁRIO, HEMORRAGIA PERSISTENTE, FRAGMENTOS DESVITALIZADOS
qual etiologia do trauma ureteral? como é o diagnóstico clínico?
geralmente em cirurgias abdominais COMO HISTERECTOMIA, CIRURGIAS COLORRETAIS E TUMOR OVARIANO e procedimentos endoscópicos
hematúria PODE ESTAR ausente, diagnóstico intraop. com teste de azul de metileno. TC PARA URINOMAS OU EXTRAVASAMENTO DE CONTRASTE NO POLITRAUMA
Tratamento:
LESÕES DE ATÉ +-2cm ureterostomia.
LESÕES PROXIMAIS: anastomose na pelve ou ureterocalicostomia. LESÕES DISTAIS : ureterocistostomia e retalho de boari.
qual etiologia do trauma de uretra POSTERIOR? Diagnóstico? Tratamento?
relacionada com fratura pelvica e deslocamento ósseo
Tríade: sangue no meato uretral, incapacidade de urinar, globo vesical palpável. Diagnóstico por ureterografia retrógrada em caso de sangramento.
Tratamento com cistostomia suprapúbica inicial e realinhamento primário da uretra como alternativa.
qual etiologia do trauma de uretra ANTERIOR? Diagnóstico? Tratamento?
causada por trauma na uretra bulbar
Diagnóstico: sangue no meato, hematuria macro, hematoma perineal. Ureterografia retrograda.
Tratamento: cateter para lesoes inicias. CIstostomia para rupturas totais. Reparo cirurgico em lesões por arma de fogo
qual etiologia do trauma de BEXIGA? Quais são os tipos de lesão prevalentes? Diagnóstico? Exame PO? Tratamento?
associada a fraturas pélvicas, geralmente ocorre em acidentes automobilísticos e arma.
Ruptura intraperitoneal: COMUM EM TRAUMA CONTUSO. precisa de cirurgia
Ruptura extraperitoneal: trata conservador exceto se tiver extravasamento urinário contínuo
Diagnóstico: hematuria macro
PO: TC com cistografia e cistografia retrógrada .
TRatamento:
extra: cateterismo vesical.
Intra: cirurgia.
Iatrogênico: fechamento primario e drenagem
qual etiologia do trauma de penis? Diagnóstico? Tratamento?
geralmente durante atv. sexual.
Sinais clínicos: hematoma, dor intensa e deformidade peniana (deformidade em berinjela).
EX: USS ou RNM
quais são os tipos mais comuns de trauma abdominal?
Contuso: acidentes de transito
Penetrante: objetos como arma e facas
qual abordagem inicial para trauma abdominal?
ABCDE do ATLS
A- garantir via aérea com controle de coluna cervical
B- avaliação e suporte respiratório
C- controle de hemorragia e reposição volêmica
D- avaliação neurológica
E- exposição completa do paciente para avaliar lesões
quais são as principais lesões em traumas abdominais e como reconhecê-las?
ruptura hepática, esplênica e grandes vasos abdominais
Sinais e sintomas: hipotensão, distensão abdominal, dor intensa e sinais de peritonite.
quando é indicado US FAST? quais são as zonas avaliadas?
avaliação inicial em pacientes instáveis para detecção de líquido livre.
1- saco pericárdio (espaço subxifoide)
2- espaço hepatorrenal (entre fígado e rim direito)
3- espaço esplenorrenal (entre baço e rim esquerdo)
4- suprapúbica
quando indico lavagem peritoneal diagnóstico (LPD)?
pacientes instáveis onde o FAST é inoclusivo.
Se aspirar 10ml ou mais de sangue tem que fazer laparotomia.
qual exame padrão ouro para identificar detalhadamente lesões internas geradas por trauma abdominal? e quando devo usar?
TC
somente para pacientes ESTÁVEIS
qual manejo em trauma penetrante?
Indicação cirúrgica imediata: hemorragia significativa, evisceração, e pneumoperitônio no RX
qual abordagem inicial em trauma pélvico?
ABCDE focando em identificar hemorragia grave.
Controle inicial do sangramento com compressão externa com lençol e fixação externa provisória. E definitiva fixação interna
Quais as principais complicações no tratamento de traumas em idosos? Qual abordagem inicial?
Infecções (pneumonia, infecção urinária, sepse), necessidade de suporte nutricional precoce e maior susceptibilidade a efeitos adversos de medicamentos.
Abordagem: ATLS.
C- Focar em tratar hipotensão. Fazer reposição volêmica com 2L de Ringer seguido de transfusão caso necessário.
D- avaliar bem sinais de lesão intracraniana, pois pode ser silencioso em idosos
E- cuidado com hipotermia.
Avaliação secundária: após atls investiga historia medica e comorbidades alem de fazer RX torax, pelve e coluna
qual abordagem inicial para trauma em gestante ?
ATLS + avaliação secundária: posicionamento, monitorização materna (PA, diurese e FC), acesso venoso (prioriza acesso calibroso para reposição volêmica rápida), exames imediatos (rx de pelve e torax e FAST)
Como deve ser o posicionamento da gestante em trauma?
O útero deve ser deslocado para a esquerda (decúbito lateral esquerdo) para evitar compressão da veia cava inferior e hipotensão grave.
Quais são os sinais clínicos de descolamento prematuro de placenta (DPP) após trauma?
Dor abdominal aguda, hipertonia uterina e sangramento vaginal. Fazer monitoramento fetal 4-8h pós trauma.
Quais os procedimentos cirúrgicos de emergência indicados em gestantes traumatizadas?
Drenagem torácica (no 3º ou 4º espaço intercostal) e cesárea perimortem se a gestante com parada cardiorrespiratória não retornar à circulação espontânea em 4 minutos.
Qual a conduta de reposição volêmica em crianças após trauma?
PROVA
Reposição com solução cristalóide, bolus inicial de 20 ml/kg, seguido de reavaliação constante.
Quais os sinais vitais normais de crianças em diferentes faixas etárias após trauma?
PROVA
- Até 2 meses: até 60 irpm
- 2 meses a 12 meses: até 50 irpm
- Lactentes (até 2 anos): até 40 irpm
- Pré-escolares (2-5 anos): até 30 irpm
- Adolescentes: até 20 irpm
O que é a Síndrome Compartimental Abdominal (SCA)?
A SCA ocorre quando a pressão intra-abdominal (PIA) se eleva acima de 20 mmHg de forma sustentada, resultando em disfunção orgânica. A PIA normal varia de 5 a 7 mmHg em adultos.
Qual a diferença entre hipertensão intra-abdominal (HIA) e Síndrome Compartimental Abdominal (SCA)?
HIA é definida como PIA acima de 12 mmHg, enquanto a SCA é caracterizada por PIA acima de 20 mmHg associada a disfunção orgânica.
Quais são as causas primárias e secundárias da Síndrome Compartimental Abdominal?
Primárias: Condições intraperitoneais, como trauma abdominal, hemorragia, pancreatite grave e grandes cirurgias abdominais.
Secundárias: Fatores extra-abdominais, como sepse sistêmica, edema de grandes volumes e reanimação volêmica excessiva.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da SCA?
Grandes ressecções intestinais, cirurgias prolongadas, queimaduras extensas, sepse e necessidade de reanimação com grandes volumes de fluidos.
Como a Síndrome Compartimental Abdominal é classificada com base na pressão intra-abdominal?
- Grau I: PIA de 12 a 15 mmHg
- Grau II: PIA de 16 a 20 mmHg
- Grau III: PIA de 21 a 25 mmHg
- Grau IV: PIA acima de 25 mmHg
Para dar diagnóstico de SCA: PIA> 20+ disfunção orgânica
Quais são os efeitos da Síndrome Compartimental Abdominal no sistema respiratório?
hipoxemia, hipercapnia, aumento das pressões de ventilação e acidose respiratória.
Como a SCA afeta o sistema renal?
oligúria, anúria e insuficiência renal aguda.
Como diferenciar SCA de abd. agudo obstrutivo?
É comum confundi-los, portanto atentar-se à:
- abd. agudo obst. é possível percutir e palpar, na SCA não, abdômen fica muito mais rígido e bem distendido, e lembrar que acomete pacientes pós trauma e pós cirúrgico.
Qual é o tratamento clínico inicial para Síndrome Compartimental Abdominal?
No começo posso tentar clinicamente.
Sedação e analgesia, evacuação gástrica e colônica com sonda, diuréticos, ventilação com pressões baixas e avaliação da necessidade de reduzir o volume de fluidos administrados.
Quando está indicada a intervenção cirúrgica na Síndrome Compartimental Abdominal?
Está indicada quando a PIA é superior a 20 mmHg com disfunção orgânica progressiva que não responde ao tratamento clínico.
A laparotomia descompressiva é o procedimento de escolha.
O que é a Doença de Legg-Calvé-Perthes?
É uma necrose avascular idiopática da epífise femoral em crescimento, que afeta crianças entre 4 a 8 anos, principalmente meninos, sendo autolimitada e com duração de 36 a 48 meses.
Quais são as quatro fases da Doença de Legg-Calvé-Perthes?
- Necrose (sinovite): Alteração da cor da cabeça femoral e aumento do espaço articular.
- Fragmentação: Início da reparação com reabsorção e deposição óssea.
- Reossificação: Aumento da área radiodensa e simultâneo à fragmentação.
- Remodelação: Ocorre até o final da doença.
Quais os principais sinais clínicos da Doença de Legg-Calvé-Perthes?
Claudicação, dor inguinal ou na coxa anterior, espasmo e contratura dos adutores, limitação da abdução e rotação interna do quadril.
como é feito diagnostico da Doença de Legg-Calvé-Perthes?
radiografias AP e Laustein
O que é epifisiolise e como é tratada?
É o deslizamento do colo femoral através da placa de crescimento, causando dor no quadril e alteração na marcha. O tratamento é sempre cirúrgico, com pinagem percutânea.
quais são os sinais radiológicos mais comuns encontrados na epifisiólise?
sinal do cajado
sinal de Trethovan
sinal de steel
O que é o Sinal de Drehman e a qual doença está associado?
PROVA): É o sinal presente na epifisiolise, no qual o quadril entra em rotação externa durante a flexão passiva.
O que é displasia do desenvolvimento do quadril?
Conjunto de anormalidades do quadril, que podem ser congênitas ou se desenvolver após o nascimento, levando à deformidade progressiva do quadril, com luxação da cabeça femoral.
Quais são os testes utilizados para triagem de displasia do quadril em recém-nascidos?
Os testes de Barlow e Ortolani. O teste de Barlow detecta a luxação do quadril, e o teste de Ortolani reduz a luxação.
lembrando que não dão diagnóstico
Qual é o sinal mais confiável para diagnóstico de displasia do desenvolvimento do quadril após 3 meses?
PROVA): A limitação da abdução é o sinal mais confiável.
como funciona a classificação do ultrassom pelo método de graaf para Displasia do desenvolvimento do quadril?
I- alfa >60º e beta <55º. Quadril normal, sem tratamento.
II- 43º-60º e beta 55-77º. quadril imaturo. Tratamento variável.
III- <43º e beta >77º. Lateralização do quadril. Tratamento com suspensório de Pavlik
IV- imensurável. Quadril deslocado. Tratamento com suspensório de Pavlik fechado / redução aberta
Qual é o método de tratamento inicial da displasia do desenvolvimento do quadril em crianças de 1 a 6 meses?
Uso do suspensório de Pavlik por 6 semanas, com acompanhamento regular.
O que são osteocondroses?
Desordens nas epífises em crescimento ativo, com alteração da ossificação endocondral, podendo ocorrer em vários núcleos de crescimento do corpo.
O que é a apofisite de Osgood-Schlatter
É uma inflamação por tração no núcleo de crescimento da tuberosidade anterior da tíbia, comum em meninos entre 10 a 15 anos e em atletas.
Quais são as características do pé torto congênito?
Deformidade complexa caracterizada por equino, cavo, varo, adução e supinação do pé, sendo tratada principalmente com o Método de Ponseti.
Qual é o tratamento mais utilizado para o pé torto congênito?
O Método de Ponseti, que envolve manipulações e imobilizações gessadas seriadas, seguido de tenotomia percutânea se necessário.
como é o exame físico na colelitíase? como é feito diagnóstico? QUais complicações?
normal ou dor a palpação HCD
diagnóstico: USS e rx
complicações: colecistite aguda e coledocolitíase
O que é sinovite transitória do quadril? como costuma se apresentar?
Uma causa comum de dor e claudicação em crianças entre 3 e 8 anos, geralmente autolimitada, com duração de 1 a 2 semanas, frequentemente ocorrendo após infecção viral.
criança com histórico de resfriado há 2 semanas e começa a sentir dor no quadril, radiografia sem nada.
quais as principais causas de colecistite aguda? qual quadro clínico? como é o diagnóstico laboratorial?
litiásica
4 F´s
clínica: colica biliar, irradia para região infraescapular e/ou dorso em faixa. Pode complicar para peritonite. Sinal de Murphy. Taquicardia, febre e icterícia.
laboratorial: leucocitose com desvio à esquerda, elevação discreta de bilirrubinas, FA, TGO e TGP (caso amilase esteja elevada -> pancreatite)
qual o quadro típico de coledocolitíase? como é feito diagnóstico? qual exame padrão ouro?
mulheres > 60a, com colecistectomia prévia, semelhante a colelitíase, mas associada a prurido e/ou icterícia (caso tenha calafrios e febre pense em colangite)
diagnóstico: lab-hiperbilirrubinemia, gama-GT e F. alcalina aumentadas
exame: CPRE
Qual é o exame de imagem indicado para diagnóstico de displasia do quadril em bebês menores de 3 meses?
Ultrassom do quadril, que utiliza o método de Graf para medir o ângulo formado pelas estruturas sonográficas.
Quais são os principais sintomas da diverticulite aguda? O que fazer em caso de hemorragia?
Dor abdominal em fossa ilíaca esquerda (FIE), náuseas, vômitos, febre, sangramento, distensão, disúria, e pneumatúria fecal.
hemorragia: intensidade variável: trato e uso antibiótico
Quais são os exames complementares indicados para a diverticulite aguda? qual padrão ouro?
Enema opaco (contraindicado na fase aguda), colonoscopia (contraindicação relativa), ultrassonografia e arteriografia (em caso de sangramento).
PO: TOMOGRAFIA
quando é contraindicado fazer anticoagulante para TEP?
paciente com risco de sangramento
Quando está indicada a cirurgia na diverticulite aguda
Em casos de perfurações livres ou bloqueadas, obstruções agudas ou crônicas, fístulas, infecções urinárias frequentes, associação com neoplasia, e hemorragia maciça em pacientes idosos.
O que são as classificações de Hinchey ?
Hinchey I: presença de abscesso pericólico
Hinchey II: abscesso pélvico, retroperitoneal ou à distância. Tratados clinicamente com antibióticos e drenagem percutânea.
Hinchey III: peritonite purulenta
Hinchey IV: peritonite fecal
Ressecção e anastomose primária com ileostomia ou HARTMANN
Quais são as principais doenças orificiais?
Hemorroidas internas e externas, fissura anal, abscesso anal/perianal, neoplasia retal/canal anal, cisto pilonidal, prolapso retal, condiloma anal.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns nas doenças orificiais?
Sangramento anorretal, dor anal, descarga anorretal, incontinência fecal, alteração do hábito intestinal, febre, e associação com vida sexual.
Quais os estágios do exame proctológico?
(PROVA): Inspeção estática e dinâmica, palpação, toque retal, anuscopia e retossigmoidoscopia.
Como são classificadas as hemorroidas internas?
PROVA):
• 1º grau: não prolapsam abaixo da linha pectínea. • 2º grau: prolapsam ao esforço e retornam espontaneamente. • 3º grau: prolapsam ao esforço e retornam manualmente. • 4º grau: prolapso não redutível.
Quais são os principais sintomas clínicos das hemorroidas?
PROVA): Sangramento, prolapso, exsudação e desconforto. Hemorroidas geralmente não doem, exceto quando associadas a trombose.
O que é trombose hemorroidária aguda e como é tratada?
É uma inflamação das veias hemorroidárias que causa dor abrupta, sangramento, edema e tenesmo. Tratamento clínico ou cirúrgico (trombectomia ou hemorroidectomia).
O que caracteriza uma fissura anal crônica?
O que caracteriza uma fissura anal crônica?
Qual é o tratamento para fissura anal crônica?
Tratamento clínico com analgesia e amolecimento das fezes. Cirurgicamente, a esfincterotomia lateral esquerda é indicada.
O que caracteriza um abscesso perineal e como é tratado?
PROVA): Dor, abaulamento, sinais inflamatórios e febre. O agente mais comum é a E. coli. Tratamento cirúrgico com drenagem de urgência.
O que é fístula perineal?
Resultado de um trauma seguido de criptite e abscesso. Manifesta-se por secreção indolor e antecedente de drenagem espontânea ou cirúrgica.
O que caracteriza o cisto sacrococcígeo ou pilonidal?
Abaulamento com abscesso e orifícios na linha interglútea inferiormente ao cóccix. Causado por um defeito embrionário ou crescimento interno de pelos.
Quais são os tipos mais comuns de câncer de reto e de canal anal?
Câncer de reto é geralmente adenocarcinoma, enquanto o câncer de canal anal é do tipo espinocelular.
O que é condiloma acuminado anal e como é transmitido?
pelo vírus HPV, geralmente transmitido por contato sexual ou contato com pele/mucosa contaminada. É comum em homossexuais e homens jovens.
Quais são os tratamentos para condiloma acuminado anal?
Excisão, destruição com laser ou eletrocoagulação, podofilina, crioterapia e estimulação imunológica (interferon, imiquimod).
Definição de TCE
O TCE (Traumatismo Crânio-Encefálico) resulta de qualquer lesão que causa disfunção cerebral devido a uma força externa. Pode variar de uma concussão leve a lesões graves com comprometimento neurológico significativo.
Quais são os três tipos principais de TCE e seus critérios?
- TCE leve: GCS 13-15, com amnésia, confusão ou perda de consciência breve.
- TCE moderado: GCS 9-12, com maior risco de lesões intracranianas graves.
- TCE grave: GCS 3-8, com risco elevado de mortalidade e sequelas.
Quais são os parâmetros principais da Escala de Coma de Glasgow (GCS)?
Abertura ocular:
Espontâneo: 4
Á voz: 3
Á dor: 2
Nenhum: 1
Resposta verbal:
Orientada 5
Confusa 4
Fala inapropriada 3
Fala incompreendida 2
Nenhuma 1
Resposta Motora:
Obedece a comandos 6
Localiza a dor 5
Movimentos de retirada 4
Flexão normal: 3
Extensão Normal: 2
Nenhuma: 1
Resposta pupilar:
Nenhuma -2
Somente ao estimulo de luz -1
Reação Bilateral ao estímulo 0
quais valores normais de PIC (Pressão Intracraniana) PPC (Pressão de Perfusão Cerebral), PAM (Pressão Arterial Média)?
PIC: 5 a 15 mmHg. Valores acima de 20 mmHg são considerados elevados e podem indicar hipertensão intracraniana.
PPC: acima de 60 mmHg
PAM: 70 e 105 mmHg.
O que é um hematoma epidural e quais são seus sinais clínicos?
- O hematoma epidural é causado por sangramento arterial, geralmente da artéria meníngea média, levando a acúmulo rápido de sangue entre a dura-máter e o crânio, aumentando a PIC.
- Sinais clínicos: intervalo lúcido, pupila dilatada e desvio ocular
TRatamento: craniotomia descompressiva
Qual é a causa e os sinais clínicos de um hematoma subdural?
• O hematoma subdural é causado por sangramento venoso, geralmente devido à ruptura de veias pontes entre a dura-máter e o cérebro.
• Sinais clínicos: deterioração progressiva, cefaleia e sinais neurológicos focais.
Quais são as causas e sinais clínicos da hemorragia subaracnoide?
- Causa: Ruptura de vasos sanguíneos no espaço subaracnoide.
- Sinais clínicos: Cefaleia súbita, náuseas, vômitos, fotofobia e rigidez de nuca.
tratamento: monitorização rigorosa de PA e prevenção de ressangramento
O que é uma contusão cerebral e quais são os locais mais comuns de sua ocorrência?
• A contusão cerebral é uma lesão focal do parênquima cerebral, com áreas de necrose, edema e hemorragia.
• Ocorre com mais frequência nos lobos frontais e temporais.
Como ocorre a lesão axonal difusa e qual é o seu mecanismo?
• A LAD resulta de aceleração/desaceleração brusca, causando lesões axonais generalizadas.
• Fisiopatologia: Interrupção dos axônios que conectam diferentes partes do cérebro, resultando em danos neurológicos difusos.
quando é indicada ventilação mecanica?
A ventilação mecânica é indicada em pacientes com GCS < 8 ou com risco de distúrbios respiratórios.
Quais são as indicações para realizar uma TC em pacientes com TCE?
• GCS < 13 após trauma
• Sinais neurológicos focais
• História de perda de consciência > 5 minutos
• Sinais de fratura craniana ou contusão
• Qualquer suspeita de lesão intracraniana
Quais são as medidas iniciais para controle da pressão intracraniana (PIC) no TCE?
- Elevação da cabeceira a 30 graus
- Ventilação mecânica para controle de CO2
- Uso de diuréticos osmóticos como Manitol (0,25-1g/kg)
Quando deve ser iniciada a profilaxia anticonvulsivante em pacientes com TCE?
A profilaxia anticonvulsivante deve ser iniciada em pacientes com TCE grave ou com histórico de convulsões, para prevenir crises que possam agravar a lesão cerebral.
Q: O que são as doenças inflamatórias intestinais (DII)?
A: São doenças crônicas, progressivas e recidivantes, de etiologia indefinida, que acometem o tubo digestivo. As principais são a retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) e a doença de Crohn (DC), mas existem outras, como colite microscópica e enterocolite eosinofílica.
quais são os achados que sugerem lesão da medula no paciente inconsciente?
- arreflexia flácida
- respiração diafragmática
- incapacidade para estender o braço
- hipotenso com bradicardia
- ausência de resposta dolorosa
- Priapismo
Q: Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de DII?
A: Sistema imunológico, fatores genéticos, fatores emocionais e comportamentais, dieta rica em gorduras, hereditariedade (15-20% com parentes de 1º grau com RCUI ou Crohn), raça branca, judeus, e viver em regiões industrializadas.
Q: Quais são as diferenças principais entre RCUI e Doença de Crohn?
RCUI: Acomete cólon e reto, inflamação restrita à mucosa e submucosa, lesões contínuas.
Crohn: Acomete todo o trato gastrointestinal, especialmente o íleo terminal, envolve toda a parede do intestino e linfonodos, lesões são descontínuas.
Q: Qual é o quadro clínico comum das DII?
A: Diarreia com sangue e/ou muco, dor abdominal, emagrecimento, sendo que a RCUI está associada a enterorragia, retite e colite, enquanto a doença de Crohn varia de acordo com a localização no TGI.
Q: Quais são as manifestações extra-intestinais das DII?
A: Artrites, sacroileíte, espondilite anquilosante, pioderma gangrenoso, psoríase, nefrite, uveítes, episclerite e colangite esclerosante.
Q: Quais são os métodos de diagnóstico para DII?
A: Enema opaco, colonoscopia, EDA (endoscopia digestiva alta), trânsito intestinal, ultrassom, tomografia computadorizada (TC) e exame de fundo de olho.
Q: Quais são as principais complicações da RCUI e da doença de Crohn?
RCUI: Enterorragia maciça, megacólon tóxico, displasia/câncer.
Crohn: Fissuras, fístulas, abscessos.
Q: Qual é o tratamento clínico para as DII?
A: Inclui o uso de imunobiológicos, sulfassalazina (5-ASA), corticosteroides, imunossupressores, antidiarreicos, analgésicos e ansiolíticos.
Q: Quais são as indicações para terapia biológica em DII?
A: Indicada em casos de intratabilidade clínica, manifestações extraintestinais graves, retardo de crescimento, suspeita de neoplasia, megacólon tóxico e enterorragia maciça.
Q: Quais são as opções de tratamento cirúrgico para RCUI?
- Proctocolectomia total com ileostomia definitiva.
- Colectomia total e íleo-reto anastomose.
- Proctocolectomia total com anastomose íleo-anal e bolsa ileal (pouch).
Q: Quais são as características da doença de Crohn descritas inicialmente?
A: Descrita por Crohn Henzberg e Oppenheimer em 1932 como ileíte terminal. Posteriormente, Crohn e Oppenheimer relataram casos de granulomas intestinais, com o nome “ileíte regional”.
Q: Quais são os sintomas associados ao acometimento do cólon e reto na doença de Crohn?
A: Sangramento retal, diarreia com muco, dor abdominal, febre, obstipação, perda de peso e lesões perianais.
Q: Quais são as características patológicas da doença de Crohn?
A: Processo inflamatório transmural, úlceras aftóides, áreas sãs alternadas com áreas doentes (pedras de calçamento), mesentério espessado e granulomas em 25-80% dos casos.
Q: Como é realizado o tratamento clínico das fístulas na doença de Crohn?
A: Uso de ciprofloxacino, metronidazol, anticorpo anti-TNF e câmara hiperbárica.
Q: Quais são as indicações de tratamento cirúrgico de emergência na doença de Crohn?
A: Hemorragia, obstrução aguda, perfuração com peritonite, ileíte aguda e megacólon tóxico.
Q: Quais são as regras gerais para o tratamento cirúrgico da doença de Crohn?
A: Tratar apenas as complicações que motivaram a cirurgia, evitar ressecções extensas, e considerar colostomia em casos de cavidade infectada.
quais são as manifestações extraintestinais mais comuns nas doenças inflamatórias intestinais?
RCUI: pioderma grangrenoso, colangite esclerosante
CROHN: Eritema nodoso, uveíte e episclerite
Q: Quais são as principais causas da pancreatite aguda?
A: Causas biliares (38%), alcoólicas (36%)
Q: Quais são os sintomas da pancreatite aguda?
A: Dor intensa no andar superior do abdome, em faixa, irradiando para o dorso, náuseas, vômitos, íleo paralítico, febre e icterícia. Em formas graves, pode haver insuficiência de múltiplos órgãos.
Q: Quais são os sinais físicos específicos da pancreatite aguda?
Sinal de Cullen: Equimose periumbilical.
Sinal de Gray-Turner: Equimoses nos flancos e dorso.
Q: Quais exames laboratoriais são usados para o diagnóstico de pancreatite aguda?
A: Amilase, lipase sérica (mais específica), cálcio sérico (diagnóstico e prognóstico) e glicemia (hiperglicemia devido à destruição glandular).
Q: Quais exames de imagem são usados para diagnóstico da pancreatite aguda?
A: Ultrassom abdominal, tomografia computadorizada (padrão ouro), colangiorressonância e CPRE (PERIGOSA).
Q: Como é o prognóstico da pancreatite aguda com base nos critérios de Ranson?
-> Até 2 critérios: 0,9% de mortalidade.
-> 3 a 4 critérios: 16% de mortalidade.
-> 5 a 6 critérios: 40% de mortalidade.
-> Mais de 7 critérios: até 100% de mortalidade.
Q: Qual é o tratamento clínico da pancreatite aguda?
A: Jejum, suporte nutricional, antiácidos, bloqueadores H2, IBPs, controle da dor com derivados de meperidina ou tramadol, evitando morfina para prevenir espasmo do Oddi.
Q: Quais são as indicações para tratamento cirúrgico na pancreatite aguda?
A: Não é indicado precocemente devido ao aumento da mortalidade. Indicado tardiamente, a partir da terceira semana, para drenar abscessos ou pseudocistos e remover necroses.
Q: O que é pancreatite crônica?
A: Doença inflamatória crônica caracterizada pela destruição progressiva do tecido pancreático, levando à insuficiência exócrina e endócrina.
Q: Quais são as principais causas da pancreatite crônica?
A: Alcoolismo (80-90%)
Q: Qual é o quadro clínico típico da pancreatite crônica?
A: Dor abdominal crônica irradiada para o dorso, perda de peso devido à má absorção, esteatorreia (fezes volumosas e oleosas) e desenvolvimento de diabetes mellitus.
Q: Como é feito o diagnóstico da pancreatite crônica?
A: Exames de imagem como ultrassom e tomografia para detectar calcificações e dilatação ductal, e testes de função pancreática como elastase fecal reduzida.
Q: Qual é o tratamento da pancreatite crônica?
A: Controle da dor com analgésicos, reposição de enzimas pancreáticas, dieta pobre em gordura e suplementação vitamínica, tratamento do diabetes, e intervenção cirúrgica para complicações como pseudocistos.
Pergunta: Quais são as causas de uma embolia arterial?
Resposta: A embolia arterial precisa de uma “fonte de êmbolos” e pode ser de origem:
Cardíaca: Fibrilação atrial (FA), infarto agudo do miocárdio (IAM), aneurisma ventricular, lesões valvares, endocardites, mixoma atrial;
Arterial: Aneurisma, aterosclerose, arterite, injeção intra-arterial;
Venosa: TVP (Trombose Venosa Profunda) por embolia paradoxal (shunt cardíaco)
Pergunta: O que é a Oclusão Arterial Aguda (OAA)? Qual principal local de acometimento?
Resposta: A OAA é uma obstrução arterial súbita que ameaça potencialmente a viabilidade do membro afetado. Suas causas incluem embolia, trombose e traumas(OAA!).
Principal local: artéria femoral
Quais sãos as causas de embolia arterial e venosa?
Embolia arterial
- FA: quando o atrio nao contrai, o sangue turbilhona e com isso forma êmbolos -> ventriculo -> aorta -> circulação arterial -> vasos
- aneurisma, aterosclerose, arterite
Embolia Venosa: secundário à TVP-> embolo formado na V.Poplítea -> cai sistema cava -> átrio direito -> ventriculo direito -> pulmões (atraves dos shunts)
Pergunta: Quais são os sinais clínicos da OAA?
Resposta: Os principais sinais clínicos da OAA são conhecidos como os 6 P’s:
Pain (Dor)
Paralysis (Paralisia)
Paresthesias (Parestesia)
Poikilothermia (Frialdade)
Pallor (Palidez)
Pulselessness (Ausência de pulso)
Pergunta: Quais são as opções de tratamento para a OAA?
Resposta: O tratamento da OAA inclui:
Cuidados gerais: Repouso em proclive, aquecimento do membro, analgesia e anticoagulação;
Intervenções cirúrgicas: Embolectomia, tromboendarterectomia, fibrinólise e abordagem híbrida (aberta + cateterismo)
Pergunta: Como é feito o diagnóstico da OAA?
O diagnóstico de OAA é principalmente clínico, mas pode ser complementado por exames como Dopplerfluxometria/US Doppler, arteriografia e AngioTC
Pergunta: Qual a resistência dos diferentes tecidos à isquemia em casos de OAA?
Resposta: A resistência dos tecidos à isquemia é variável:
Nervos: 2 horas;
Músculo: 4-6 horas (até 8-10 horas);
Parede arterial: 6-24 horas;
Pele, TCSC (tecido subcutâneo), ossos e cartilagens: mais de 48 horas
Pergunta: Quais são as características radiográficas da OAA embólica e trombótica?
A OAA embólica apresenta-se como “taça invertida” nas imagens,
OAA trombótica aparece como “ponta de lápis
Pergunta: Quais são as complicações associadas ao tratamento da OAA?
Resposta: As complicações incluem síndrome de isquemia-reperfusão, síndrome compartimental, reoclusão e necessidade de amputações. A fasciotomia pode ser necessária para a descompressão muscular em alguns casos
Pergunta: O que é a síndrome de Leriche e quais são seus sintomas?
Resposta: A síndrome de Leriche é a obstrução na bifurcação das artérias ilíacas (no final da aorta).
Os sintomas incluem claudicação em região glútea e coxas, impotência erétil, esfriamento, palidez e ausência de todos os pulsos distais bilateralmente
quais são os sintomas comuns de aterosclerose?
assintomático
- claudicação intermitente (<200m claudicação moderada; <50m + dor em repouso -> sinal de isquemia crítica
- dor em repouso
- lesões tróficas
classificação de Fontaine?
prova:
Grau I - Assintomático
Grau II:
A- claudicação intermitente limitante > 200m
B- claudicação intermitente incapacitante <200m
Grau III- Dor isquêmica em repouso
Grau IV- Lesões tróficas
classificação de Rutherford?
0- assintomático
I- claudicação leve
II- claudicação moderada
III- claudicação severa
IV- dor em repouso
V- lesão trofica pequena
VI- Necrose extensa