Crise Convulsiva e Epilepsia Flashcards
Diferença entre convulsão/crise epiléptica e epilepsia:
Convulsão ou Crise convulsiva ou Crise epilética é um SINTOMA decorrente da atividade elétrica neuronal anormal
Epilepsia é uma DOENÇA cerebral crônica onde o indivíduo tem uma predisposição a crises convulsivas
Definição de epilepsia:
Doença cerebral crônica caracterizada por 2 ou mais convulsões não provocadas em um intervalo de tempo > 24h entre elas
O que é síndrome epiléptica?
Conjunto de alterações clínicas e achados no EEG específicos de um dos tipo de epilepsia
Qual a classificação das convulsões:
Localização: Focal (Acomete 1 hemisfério cerebral) ou Generalizada (acomete os 2 hemisférios cerebrais)
Início: Início motor (Automatismos, tônica, clônica, espasmos, atônica, mioclônica) ou Sem início motor (Autonômicas, Cognitivas, emocionais, sensitivas, parada comportamental, ausência)
Etiologia: Genética, Estrutural/metabólica ou Idiopáticas/Desconhecidas/Criptogênicas
Diferença entre parada comportamental e ausência:
Ambos paciente fica com olhar vago durante alguns segundos, porém a parada comportamental é uma manifestação não-motora nas epilepsias generalizadas e a ausência é um sinal característico da síndrome epiléptica ‘Epilepsia de ausência da infância’, apresentando clínica e EEG específico.
Tipo de epilepsia generalizada que não apresenta perda do nível de consciência:
Mioclônicas
Características da epilepsia tônico-clônica generalizada:
Contração tônica simétrica e bilateral, seguida de contração dos 4 membros
Presença de apneia, liberação esfincteriana, mordedura lateral da língua, confusão mental, perda de consciência e sonolência
Duração de 1-3 minutos
Características da epilepsia de ausência da infância:
Comprometimento da consciência, acompanhado de olhar vago, automatismos manuais, piscamento, aumento ou diminuição do tônus muscular e sinais autonômicos, durando cerca de 10-30s
Características da epilepsia mioclônica juvenil:
Contrações musculares súbitas, breves, que se assemelham a choques
Fatores desencadeantes da epilepsia:
Privação de sono, despertar, adormecer, fotoestimulação (luz piscando rápido), hiperventilação
Exames complementares para investigação de crise convulsiva:
Glicemia Rastreio infeccioso Perfil toxicológico TC e/ou RNM Líquor e PCR EEG ECG
Etiologias metabólicas que podem causar crise convulsiva:
Hipoglicemia Hiperglicemia Hiponatremia Hipernatremia Acidose metabólica Hipocalemia Hipóxia Intoxicação (overdose ou abstinência)
Principais diferenciais da síncope em relação a crise epiléptica:
- Duração de segundos (1-30s)
- Não há evento pós-ictal (recuperação imediata de consciência)
- Há presença de gatilhos (estresse, calor, dor excessiva, notícias marcantes)
- Não ocorre durante o sono
- Sintomas da aura: náusea e sudorese
- Pele pálida
- EEG normal
Principais diferenciais da crise funcional/Crise não epilética psicogênica (CNEP) em relação a crise epiléptica:
- Duração de > 15 min
- Mordedura da ponta da língua
- Olho fechado
- Presença de movimento NÃO-NÃO com a cabeça
- Opistótono
- Movimentos fora de fase
- Fase clônica precede a tônica
- Não há evento pós-ictal (Recuperação imediata da consciência)
- EEG normal
Condições para iniciar tratamento farmacológico da epilepsia:
- Ter 2 ou mais crises com intervalo > 24h ao longo da vida
- Apresentar alterações clínicas e EEG que caracteriza uma síndrome epiléptica
Tratamento para epilepsia:
Antiepilépticos
- Crises focais - Carbamazepina ou Fenitoína
- Crises generalizadas - Valproato de sódio
Antiepiléptico contraindicado para crises generalizadas de epilepsia:
Carbamazepina
Medicamento indicado para idosos/mulheres que usam anticoncepcional e tem epilepsia:
Gabapentina ou Levetiracetam
Alteração do EEG patognomônico de Epilepsia de ausência da infância:
Complexo espícula-onda/ponta onda a 3Hz/seg
Tratamento de epilepsia de ausência da infância:
Valproato de sódio ou Etosuximida
Definição de estado de mal epiléptico
Emergência neurológica que ocorre uma crise convulsiva com duração de mais de 30 min ou crises convulsivas recorrentes sem recuperação de consciência nos intervalos das crises por mais de 30 min
Como reconhecer um estado de mal epiléptico?
Presença de crise convulsiva por mais de 5 min ou 2 ou mais crises sem recuperação de consciência entre elas
Diferença de estado de mal epiléptico refratário e estado de mal epiléptico super-refratário
Refratário: Crises persistem mesmo com tratamento
Super-refratário: Crises permanecem por mais de 24h mesmo após tratamento
Principais etiologias para o estado de mal epiléptico
- Má aderência ao tratamento da epilepsia
- Retirada súbita de anticonvulsivantes
- Níveis subterapêuticos de anticonvulsivantes
- Infecção
- Doenca neurológica aguda com lesão há menos de 1 semana (AVE, meningite, TCE, encefalite)
- Tumor cerebral
- Alterações metabólicas (hipoglicemia, hiperglicemia, hiponatremia, hipernatremia, hipóxia, acidose metabólica, hipocalemia)
- Sepse
- Intoxicação
Diagnóstico de estado de mal epiléptico
- Convulsão por mais de 5 min
- EEG alterado
Tratamento de estado de mal epiléptico
1- Midazolam IM
2-Diazepam (até 4 doses pode aplicar) EV + Fenitoína EV
Tratamento de estado de mal epiléptico refratário
- Tratamento de estado de mal epiléptico
- Midazolam EV + Intubação
Tratamento de estado de mal epiléptico super-refratário
-Tratamento para estado de mal epiléptico
Tratamento para estado de mal epiléptico refratário
-Cetamina + Dieta cetogênica