Conceitos Diversos Flashcards
Escala de Coma Glasgow
Abertura ocular 4-1
Resposta verbal 5-1
Resposta motora 6-1
Glasgow: abertura ocular
4: espontânea
3: estímulo verbal
2: estímulo doloroso
1: ausente
Glasgow: resposta verbal
5: orientada
4: confusa
3: palavras inapropriadas
2: palavras incompreensiveis
1: ausente
Glasgow: resposta motora
6: obedece comando
5: localiza estímulo doloroso
4: retira membro a dor
3: flexão anormal (decorticacao)
2: extensão anormal (descerebracao)
1: ausente
Maior Glasgow e menor glasgow
Maior: 15
Menor: 3
É possível ter dor abdominal em todo abdome simultaneamente?
Sim: peritonite e falso abdome agudo- cetoacidose diabetica, porfiria, intoxicação por chumbo
Qual o corte para diferenciar HDA e HDB?
Ângulo de treitz: HDA é sangramento acima e HDB é sangramento abaixo
Causas de HDB
- colorretal: estadias vasculares, diverticulos, neoplasias, DII, hemorroidas, angiodisplasia
- delgado: diverticulo de Meckel, vasculites, ulceras, neoplasias
QC de HDB
Melena: fezes + sangue digerido (sangramento de cólon D e trânsito lento)
Hematoquezia: fezes + sangue vermelho vivo
Enterorragia: só sangue
Choque e anemia aguda
Lesão de Dieulafoy
Arteríola tortuosa anormal no estômago rompe e causa HDA (hemorragia maciça). Difícil visualização na EDA.
Tto: escleroterapia ou eletrocauterização. Se não der certo, ressecção em cunha da lesão
Exames complementares de HDB
- EDA
- colonoscopia ***: melhor exame- DX e TTO
- cintilografia: baixa acuracia em achar o local de sangramento- usar no jovem com diverticulo de Meckel
- angiografia: tto com embolização o foco de sangramento
Prioridades no TTO de HDB
- estabilização hemodinâmica
- determinar local e sangramento
- intervenção terapêutica específica
TTO não cirúrgico HDB
- observação clínica
- correção da coagulopatia
- reposição volêmica
- hemostasia endoscópica
Indicações de TTO cirúrgico na HDB
- instabilidade hemodinâmica
- sangramento contínuo por >72h
- sangramento recorrente após tto não cirúrgico
- necessidade de >5CH para estabilização
- comorbidades graves
Tipos de abdome agudo vascular
- embolia arterial: dor desproporcional ao EF, ressecção segmentar com reabordagem em 24- 48h porque necrose pode aumentar
- trombose arterial: morre
- trombose venosa: trombo pós esplenectomia, QC: claudicação intestinal- dor insidiosa sem peritonismo, tto: anticoagulação
- não- oclusivo: centralização de fluxo sanguineo, não vai fluxo para abdômen
QC de HDA
- hematêmese
- melena
- enterorragia (mais comum em HDB)
- sinais de choque
- toque retal com melena ou sangue vivo
Fatores de risco para HDA
- uso crônico de AINES e AAS
- etilismo
- hepatopatia crônica
- uso de anticoagulantes
- tumores
- traumas
O que não pode faltar na prescrição de HDA?
Omeprazol!
- 80mg em bolos
- infusão contínua por 72h
- 20mg por dia nas próximas 8 semanas
Causas de HDA
- Úlcera péptica: H. Pylori, medicamentos, estresse, Sd. Zollinger-Ellisson, tabagismo
- Hipertensão portal: varizes
- Esofagite: Mallory Weiss, DRGE, medicamentos, Candida, CMV, herpes
- Neoplasias: CEC, GIST, lipoma, pólipos, linfoma
O que é Sd. de Mallory- Weiss?
Lesão aguda de mucosa esofágica causada por vômitos de repetição: grávidas, pancreatite, intoxicação alcoólica, bulimia
O que é Sd. de Zollinger-Ellisson?
Distúrbio endócrino em que existe um excesso e gastrina e o estômago produz ácido gástrico em excesso. Geralmente causado por um gastrinoma em duodeno ou pâncreas.
Tto: remover gastrinoma, IBP em altas doses
Classificação de Forrest de Sangramento de Úlceras
I: ativo: em jato ou em babação
II: estigmas: coto visível, coágulo aderido, fundo hemático
III: sem sangramento
Risco de formação de úlceras
- queimados
- acamados
- medicamentos: AINE, AAS, corticoide
- Mallory- Weiss
- falência gástrica
Classificação de Los Angeles de úlceras
A: <5mm
B: >5mm, não coalescentes
C: coalescentes, <75% da luz
D: coalescentes, >75% da luz
Risco de HDA em hepatopatas
- presença de varizes grossas com aneurismas
- manchas tipo cherry red spots: afilamento
- Child C
- doenças associadas: coagulopstias, trombose de porta, infecções
- fazer profilaxia primária com ligadura elástica OU propranolol
TTO da HDA no hepatopata
- Omeprazol + terlipressina + profilaxia para PBE (norfloxacino e lactulose) + EDA (escleroterapia e ligadura elastica)
- Balão esofágico
- TIPS
- Transplante hepático
Profilaxia secundária para HDA no hepatopata
Ligadura elástica + β- block
Quando que é fundamental uso da terlipressina? (Não pode usar octreotide)
Sd. Hepatorrenal
TTO de HDA por úlceras
Omeprazol + EDA precocemente
Se nao der certo: cirurgia- pior prognóstico
Se tiver H. Pylori: tratar
Complicações do balão esofágico (5)
- obstrução de vias aéreas
- necrose da junção esôfago-gástrica
- pneumonia aspirativa
- ruptura de esôfago ou laceração da mucosa esofágica
- necrose da asa do nariz
Qual cuidado devemos ter com eletrólitos ao usar terlipressina ou octreotide?
Soro com menos sódio
Sd de Boerhave
Mallory Weiss que compromete todas as paredes do esôfago com perfuração. Tem alto risco de mediastinite. TTO: cirurgia de urgência
Causas de pancreatite aguda
- biliar
- alcoólica
- idiopática
- auto imune
- CPRE
- drogas: corticoides
- metabólica: hipercalcemia (hiperpara), hipertrigliceridemia
- virus: caxumba
Diagnóstico de pancreatite aguda
(⅔):
- Quadro clínico: dor em andar superior ao abdome em faixa + nauseas ou vômitos
- amilase ou lipase > 3x VR
- imagem compatível (TC ou RM): edema de pancreas, borramento peripancreático
Sinais de gravidade da pancreatite aguda
- derrame pleural a E
- sepse
- hipovolemia: sequestro do retroperitônio
- equimose periumbilical (sinal de Cullen) ou equimose em flancos (sinal de Gray)
Do que depende a gravidade da pancreatite aguda?
Disfunção orgânica!
Leve: sem disfunção
Moderada: disfunção transitória (<48h)
Grave: disfunção persistente
Complicações locais da pancreatite aguda
Coleção pancreatica Pseudocisto Trombose de veia esplênica Necrose pancreática Necrose organizada
TTO da pancreatite aguda
Jejum
Hidratação
Sintomáticos
Colecistectomia quando melhora do quadro agudo (se causa biliar)- na mesma internação
Critérios de gravidade da pancreatite aguda
- Atlanta: falência orgânica + complicações locais
- Apache >8
- Ranson: parâmetros na admissão e após 48h
- Balthazar: TC- aspecto do pâncreas e necrose
Quando suspeitar de necrose infectada na pancreatite aguda?
- PAAF +
- TC mostrando necrose + gás
- piora clínica sem outro foco por volta do 15⁰ dia
Quando dar ATB na pancreatite aguda e qual?
- necrose infectada
- ceftriaxone ou cipro + metronidazol
Qual o tratamento da necrose infectada na pancreatite aguda?
STEP UP APPROACH
- ATB: ceftriaxone ou cipro+metro
- ATB + drenagem percutânea - ir aumentando calibre do dreno se não melhorar
- Desbridamento minimamente invasivo por laparoscopia ou endoscopia
- Necrosectomia convencional por laparotomia
OBS: tratamento cirúrgico é o ÚLTIMO recurso
Quando faz TC na pancreatite aguda?
- dúvida diagnóstica
- pesquisa de complicações locais ou sistêmicas
- piora clínica após 5-7 dias
Não fazer TC precoce quando você já tem o diagnóstico. Só fazer se irá mudar sua conduta
O que ver na colangiografia intraop?
- Contraste da árvore biliar
- Falha de enchimento
- Escoamento duodenal do contraste
Indicações de colangiografia imtraop
- pancreatite prévia
- coledocolitíase
- microcálculos
- aumento de γ-GT e FA
Tríade de Rigler para achados na TC de ileo biliar
- aerobilia: ar em vesicula biliar
- cálculo biliar em alça intestinal
- dilatação de alças intestinais
Quais exames solicitar em sangramento de origem obscura?
- Angio TC
- Cintilografia
- Enteroscopia
- Arteriografia
Caminho de fistulas peri anais (até 3cm)
Se tiver anterior: cai na cripta mais próxima e faz trajeto retilíneo
Se tiver posterior: entra no canal anal na linha media de forma curva
Divertículo de Meckel:
Por que sangra?
Qual exame mais especifico?
Sangra porque é mucosa gástrica ectópica e pode ulcerar
Cintolografia com tecnecio- 99
Qual a característica clínica marcante do abdome agudo vascular?
Dissociação entre sintomas e exame físico
Sintomas exuberantes e exame físico inocente
Raramente causa peritonite
Indicações de cirurgia eletiva na diverticulose
- fístulas refratárias ao tto clínico
- diverticulite crônica
- episódios de diverticulite de repetição
- imunodepressão
- sangramentos
Classificação de Hinchey
- o que classifica?
- quais as classificações?
- para que serve?
- diverticulite complicada
- cipro + metro
I: abscesso pericólico: ATB + drenagem percutânea sn
II: abscesso pélvico: ATB + drenagem percutânea
III: peritonite purulenta: Hartmann
IV: peritonite fecal: Hartmann - orienta tratamento
Pode reduzir hérnias encarceradas ou estranguladas?
NÃO
Classificação da gravidade de pancreatite aguda
Leve: sem disfunção orgânica
Moderada: disfunção transitória (<48h)
Grave: disfunção orgânica persistente
Pontos de isquemia abdominal
- transição entre área de irrigação da mesenteria superior e inferior
- transição retossigmoide
Pontos importantes da isquemia mesentérica
- dissociação entre clínica e exame físico
- cirurgia tem que ser em 2 tempos: cuidado com area cinzenta que parece normal mas a necrose vai progredir
Primeira cirurgia tira tudo que ve de necrose
Segunda cirurgia olha ve se tem mais necrose e tira novamente
Dor abdominal aguda + acidose metabólica
Isquemia mesentérica até que se prove o contrário
vai ter também aumento de lactato e leucocitose com desvio a E
TC: achados sugestivos de sofrimento de alça
- espessamento de alças
- pneumatose
- ## aeroportia
Isquemia mesenterica: tto
- ressucitação volêmica
- analgesia
- correção de disturbios hidroeletrolíticos
- anticoagulação AO DIAGNÓSTICO!: com HNF para reverter rápido na cirurgia
- cirurgia em 2 tempos
- avaliação de alças: ver se alças que ficaram estão vascularizadas- revascularizar com fogarty ou revasc
- tirar toda a necrose
- peritoniostomia e 2nd look: tirar áreas cinzas que viraram necrose
Quando pensar em abdome agudo vascular?
- dor abdominal intensa
- dor súbita
- fatores de risco para trombos
Quais cuidados precisamos ter em pacientes esplenectomizados?
Vacinar para pneumococo, meningococo e hemofilo
Indicação de laparotomia na hérnia inguinal
Peritonite difusa
Síndrome colestatica: quais exames pedir?
USG de figado e vias biliares
Depois colangio RM ou eco-eda
Via aérea definitiva
- Tubo endotraqueal fixado
- Cuff abaixo das pregas vocais
- Acoplado ao ventilador mecânico
Tto obstrução por bridas
- Jejum
- Sonda nasogastrica
- Correção de disturbios hidroeletroliticos
- Conduta conservadora por 24-48h
se persistir por 48h? laparotomia exploradora e lise de bridas
Qual a causa mais comum de fistula colo vesical?
Diverticulite
Achados na TC de diverticulite
- espessamento inflamatorio da parede intestinal >5mm com distensão de lumen
- densificação da gordura pericolica
- bolhas de ar extraluminais
- presença de abscesso e líquido livre
- extravasamento de contraste
Causas de fistula retovesical
Diverticulite TB Chron Apendicite Neoplasia colorretal
Camadas de parede a serem cortadas em uma apendicectomia aberta
Pele Tecido celular subcutâneo M. Oblíquo externo M. Oblíquo interno Fascia transversal Peritônio
O que dar na profilaxia para PBE?
- norfloxacina 400mg 12/12h 7d
Ou - cipro EV
Lactolona
Úlcera duodenal: opções de tto
Pilorotomia
Ulcerorrafia
Vagotomia troncular
Piloroplastia
quais os sinais no USG de colecistite aguda?
- espessamento de parede >5mm
- vesícula hiperdistendida
- debris
- murphy
- borramento de gordura
- fluido perivesicular
- cálculo impactado, imóvel a manobras
Como classificar colecistite aguda?
critérios de Tokyo
1: leve
saudável, sem disfunção orgânica, inflamação leve
2:moderada leucocitose >18 mil massa palpável história >72h complicações locais
3: grave
hipotensão com necessidade de droga
rebaixamento de nível de consciência
oligúira
CD na colecistite aguda?
ATB + suporte clínico + hidratação
ATB: cef e metro
Tokyo 1 ou 2: colecistectomia VLP após 12h-3dias (se risco cirúrgico muito alto, fazer colecistostomia)
Tokyo 3: colecistostomia percutânea
qual o exame padrão ouro da colecistite aguda?
DIISIDA
como fazer o dx de colangite aguda?
A: Inflamação sistêmica febre leucocitose >10 mil ou leucopenia < 4mil ou PCR >10 dor, massa ou dor em HCD B: Colestase icterícia com BT >2 alteração hepática com aumento de TGO, TGP, GGT, FA >1,5 VR C: sinais radiológicos - dilatação biliar - evidência etiológica
A+B+C (1 de cada): confirmada
etiologias de colangite aguda
- coledocolitíase
- estenose biliar benigna (pós-operatória)
- tumor periampular
- compressão extrínseca: linfonodo, massa extra-biliar
tto de colangite aguda
- ATB: cipro e metro
- drenagem da via biliar: CPRE, drenagem transparietohepática
quais as complicações da CPRE?
pancreatite, perfuração, hemorragia
indicações de colangiografia intra-op
- pancreatite aguda prévia
- coledocolitíase prévia
- microlitíase
- elevação de FA e GGT
- dúvida anatômica
o que precisa ver na colangio intra-op?
- árvore biliar intra-hepática
- colédoco
- escoamento pro duodeno
- falha de enchimento
quais as etiologias de isquemia mesentérica?
- embolia arterial
- trombose arterial
- trombose venosa
- não- oclusiva
DIagnóstico de isquemia mesentérica
dor abdominal súbita desproporcional ao EF
gaso arterial com lactato aumentado: acidose metabólica
fazer angio-TC de abd completo
cd isquemia mesentérica
jejum analgesia correção de DHE anticoagluação plena: heparina não fracionada em bomba (pode ter disfunção renal) cirurgia se sofrimento de alça
cirurgia de isquemia mesentérica
- ressecção de segmentos inviáveis
- revascularização
- second- look (deixar em periotoniostomia e abrir de novo em 2 dias)
como é a anastomose na cirurgia oncológica?
primária
qual a conduta em abdome obstrutivo por tumor?
- depende da localização
- reto alto: cirurgia oncológica- clipar na base do vaso, margens livres, linfadenectomia, anastomose primária
- reto médio/baixo: colostomia
complicações de abdome agudo obstrutivo: achados de imagem
- espessamento da parede
- edema de mesentério
- líquido livre
- pneumoperitônio
- hiperatenuação da parede
- aeroportia
- pneumatose