Cirurgia Gastro Flashcards
Acalasia: o que é
Distúrbio motor primário do esôfago com aperistalse e relaxamento incompleto do EEI
Causas de acalasia
Chagas- megaesofago
Idiopática
QC acalasia
Disfagia insidiosa e progressiva (baixa) Perda ponderal (quando avancada) Pirose Dor retroesternal Vômitos Pneumonias de repetição
Por que fazer EDA com lugol na acalasia?
Excluir neoplasia
Achados do EED na acalasia
Bico de pássaro: afilamento da transição Dilatação esofágica Estase alimentar Ondas terciárias Ausência da bolha gástrica
Padrão ouro do diagnóstico da acalasia
Manometria:
- Relaxamento incompleto do EEI (onda sempre elevada)
- Aperistalse do corpo
- elevação da pressão basal do esôfago
Classificação de acalasia e tratamento
I <4cm: incipiente- dilatação endoscopica, toxina botulinica, cardiomiotomia com fundiplicadura
II 4-7cm: cardiomiotomia com fundiplicadura ou dilatação
III 7-10cm: cardiomiotomia com fundiplicadura ou dilatação
IV >10cm: esofagectomia
Tto cirúrgico acalasia
Cardiomiotomia + fundiplicatura parcial (Heller-pinotti)
Diagnóstico de DRGE
Sintomas tipicos + EDA com esofagite erosiva ou outras complicações
Tipos de hérnia hiatal
I: deslizamento
II: para-esofágica
III: mista
IV: volvo gastrico
Qual a diferença entre a fundoplicatura da acalasia e da DRGE
Acalasia: Pinotti- parcial
DRGE: Nissen- total
Qual exame precisa pedir quando indica-se correção cirúrgica na DRGE e por quê?
Manometria
Ver se o esofago tem mobilidade
Se achei CEC no esôfago, o que fazer?
Procurar outros focos primários de CEC em orofaringe, estômago etc
Estadiamento do Ca de esofago
- EDA com lugol
- TC tórax, abdome e pelve (cervical se for mais alto)
- PET-CT
- Broncoscopia (CEC- ver se tem outros focos associados)
Fatores de risco para cancer gástrico
H.pylori
Tabagismo
Dieta : sal e nitritos
Etilismo
O que é cancer gástrico precoce?
Lesão que invade até submucosa, independente dos Linfonodos (T1, qualquer N)
Critérios de exclusão para tratamento endoscopico o cancer gástrico
Tipo difuso ou indiferenciado
Lesão ulcerada
Esofagite eosinofílica
homem de meia idade que foi no churrasco e ta sentindo disfagia e impactação alimentar
dieta é parte da patogênese e do tto
DRGE refratária ao tto clínico, disfagia e impactação
auto-imune: está relacionada a outras doenças auto-imunes
DX: biópsia com microabscessos eosinofílicos
EDA: traqueização- esôfago anelar, estrias longitudinais
cancer colo retal: epidemiologia
mulheres: 2º tipo mais comum
homens: 3º tipo mais comum
qual o tipo histológico mais comum de cancer colorretal?
adenocarcinoma
quais os fatores de risco de ca colorretal?
- dieta rica em proteína animal
- obesidade
- tabagismo
- história familiar de primeiro grau
- síndromes genéticas: sd. de lynch, polipose adenomatosa familias
- DII
- endocardite por strepto bovis
porque fazer e como fazer rastreamento de ca colorretal?
fazer porque a fisiopatologia depende de uma sequência de mutações: demora 10 anos para progredir
- pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente a partir dos 50a
- sigmoidoscopia a cada 5a (>50a)
- colonoscopia a cada 10a a partir dos 50a
quais as formas de apresentação do ca colorretal?
- sintomas: hematoquezia, dor abdominal, anemia, alteração do hábito intestinal
- assintomáticos com dx no screening
- urgência: abd agudo obstrutivo ou perfurativo
como são os sintomas de ca colorretal dependendo do local de acometimento?
- cólon D: diarreia, anemia, perda ponderal, massa palpável
- cólon E: obstipação, perda de sangue nas fezes, cólica
- reto: enterorragia, tenesmo, constipação, afilamento das fezes, dor retal
como fazer o estadiamento do Ca colorretal?
- CEA: útil para seguimento
- colonoscopia completa com biópsia ou colonoscopia virtual (por TC) se tiver obstrução
- TC de tórax, abdomen, pelve
- RM pélvica ou USG endorretal se tumor de reto
- cirúrgico: TNM
quais os princípios de técnica cirúrgica em tumor de cólon (princípios de cirurgia oncológica- 5)?
- ligar vasos na raíz
- tirar todos os linfonodos do território
- mínima manipulação do tumor
- margem distal de >5cm
- via laparoscópica
quais cuidados devemos ter na avaliação pré-operatória do tumor de reto?
- local do tumor
- grau de penetração das paredes do reto
- comprometimento do esfíncter
- aspecto funcional do esfíncet
- comprometimento do tumor com as demais vísceras da pelve
qual a CD no ca de reto?
fazer QT + RT neoadjuvante com o objetivo de:
- redução da recorrência
- diminuir tamanho tumoral: downstaging
- preservação de esfíncter
quando operar: fazer a excisão total do mesorreto
como é a cirurgia de ca de reto e quando fazer?
fazer quando >t1 ou acometimento de N
- amputação abdominoperineal
- retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto
tirar todos os linfonodos
quando fazer neoadjuvância no ca de reto?
quando maior que t3 ou se tiver risco de pega esfíncter
quando operar ca de reto sem neoadjuvância?
- lesões intraperitoneais
- lesões extraperitoneais até t2 sem risco de amputação
o que é a polipose adenomatosa familiar (PAF) e quais as manifestações?
doença autossômica dominante de mutação no gene APC
QC: múltiplos pólipos na colonoscopia (>100), tumor desmoide (parede abdominal), dentes extra-numerários (tubarão), osteomas (tumores ósseos- Sd. de Gardner), carcinoma de tireoide, retinite pigmentosa
acometimentos em jovens
100% vai ter ca colorretal
o que fazer em um paciente com AF de 1º grau de polipose adenomatosa familiar (PAF)?
começar screening com 12a com retossigmoidoscopia
repetir anual se não tiver pólipos
EDA a partir dos 20-25a
USG de tireoide anual
sempre fazer aconselhamento genético se quiser ter filhos
tto da polipose adenomatosa familiar (PAF)
colectomia total com ileo-reto anastomose se tiver até 20 pólips
se >20 pólipos: tirar todo o cólon e reto, bolsa íleal
quais exames pedir na investigação de polipose adenomatosa familiar (PAF)?
- colonoscopia
- EDA
- rx de mandíbula
o que é a síndrome de lynch?
HNPCC
doença autossômica dominante
ca colorretal em jovens: 60-80% terão ca
dx de sd. de lynch
critérios de Amsterdã
1. ca colorretal em 3 parentes
2. ca colorretal em 2 gerações sucessivas
3. ca colorretal <50a - 1 caso
4. exclusão de polipose adenomatosa familiar
tumores sincrônicos os associados
como fazer screening na sd. de lynch?
- colonoscopia anual a partir de 20-25a ou 2-5a antes do caso índice
- USG pélvico e exame ginecológico >30-35a
- EDA e urina >30-35a
tto sd. de lynch
colectomia total com ileo-reto anastomose e vigiar reto
oferecer histerectomia total para mulheres
quais os passos do exame proctológico completo?
- inspeção estática: ver pele, afastar nádegas, tônus estático, prolapsos
- inspeção dinâmica: valsalva
- toque retal: tônus do esfíncter, mucosas, massas, dor local, característica das fezes, presença de sangue na luva
- anuscopia: posição geno-peitoral ou decúbito lateral E
lidocaína, introduzir anoscópio, tirar mandril, ir vendo ao retirar - retossigmoidoscopia
qual a definição de hemorroidas?
coxins vasculares normais compostos de arteríolas, vênulas e conexões arterio-venosas sustentadas por tecido fibromuscular
qual estrutura separa as hemorroidas internas de externas?
linha pectínea
qual a diferença entre hemorroidas internas e externas?
- interna: epitélio colunar com inervação visceral (plexo inferior), endoderma, mais sintomática
- externa: epitélio escamoso com inervação somática (plexo superior), ectoderma
fatores de risco para doença hemorroidária
- gestação
- hereditariedade
- constipação, diarreia, força para evacuar
- hábito intestinal irregular
- dieta pobre em fibras
qual a classificação das hemorróidas?
I: não exterioriza
II: exterioriza mas tem retorno espontâneo
III: exterioriza e retorna manualmente
IV: exterioriza e não retorna
qual a fisiopatologia das hemorroidas?
tecido conjuntivo perde força e perde sustentação das paredes + aumento da pressão abdominal para passagem das fezes- provoca dilatação venosa
quais os sintomas de doença hemorroidária?
- sangramento: cobre as fezes, não misturado, pinga no vaso, não tem anemia
- prolapso: desconforto anal, ardência
- prurido: sensação de umidade/incontinência
hemorroida doi?
não. Se tiver dor, pensar em trombose hemorroidária
qual o tto das hemorroidas?
depende do grau
I: dieta, hábitos, costumes, anestésico tópico
II: escleroterapia, ligadura elástica, fotocoagulação, bisturi bipolar
III ou IV: ressecção de tecido hemorroidário- cirurgia de Ferguson ou Milligan-Morgan
quais as complicações de hemorroidas?
- dor
- fissura
- estenose: principalmente no pós-op
- constipação
- infecção
- sangramento
quadro clínico de fissuras anais
dor: durante e após evacuações
sangramento: vivo
evacuações difíceis, prurido, prolapso
como classificar fissura anal?
aguda e crônica
crônica: >12sem, borda elevada e endurecida, plicoma sentinela, papila hipertrófica, estenose anal
qual o tto da fissura anal?
- mudança de estilo de vida para regularização do hábito intestinal
- medidas para relaxamento do esfíncter: laxativos, nitratos, botox
- cirurgia: esfincterotomia lateral interna
qual o local habitual de fissuras anais?
linha média posterior
se não for ai, investigar causas secundárias
como acontecem os abscessos perianais?
obstrução da glândula de chiari e forma um abscesso
tto de abscessos perianais
drenagem sob anestesia
ATB: cipro e metro
pode deixar dreno se for muito profundo
orientar para possível evolução para fístula
qual achado acompanha a fissura anal?
plicoma sentinela
quais as características da retocolite ulcerativa?
fica no intestino grosso
atinge mucosa e submucosa
inflamação contínua e confluente
como é a colonoscopia da RCUI?
perda das haustrações, microcólon (estenose)
mucosa com hiperemia difusa, friávelm edemaciada, ulcerada, pólipos inflamatórios e exsudado mucopurulento
quais as manifestações extre-intestinais da RCUI?
artrite, eritema nodoso, pioderma gangrenoso, colangite esclerosante primária
tto RCUI
- derivados salicílicos, ATB, imunossupressores, corticoides, biológicos, probióticos
- cirurgia se falha terapêutica ou malignidade ou indícios de transformação maligna, colite fulminante, megacólon tóxico
qual a cirurgia da RCUI?
proctocolectomia com bolsa ileal: tirar cólon e reto
quais as características da doença de crohn?
inflamação transmural de acometimento descontínuo
atividade intermitente
pode ser inflamatória, fistulizante ou estenosante
como fazer dx de DII
colonoscopia com biópsia seriada
transito intestinal: entero TC, entero RM- principalmente no Chron
USG abd
EDA
labs: ANCA (RCUI), ASCA (Chron)
ver manifestações extre-intestinais
*estadiar doença: ver extensão de acometimento
quantos seguimentos tem o fígado?
8
em quais situações encontramos nódulos hepáticos?
- incidental em assintomático
- lesão em paciente que tem neoplasia não hepática
- paciente com hepatopatia crônica que encontramos uma lesão focal
qual o nódulo hepático mais comum?
hemangioma
qual a lesão maligna mais comum no fígado?
metástase
quais as características do hemangioma hepático?
lesão congênita que vai aumentando de tamanho
solitário
mulheres 30-50a
assintomático ou dor/desconforto se for grande
não tem potencial da malignização
como é o USG de abd do hemangioma?
hiperecogênica e homogênea
como é a TC de abd do hemangioma?
lesão hipodensa com realce periférico na fase arterial
enchimento lento e periférico do contraste- progressão concênctrica, globuliforme
quais as complicações do hemangioma hepático?
- rotura e sangramento se >10cm com necrose central
- Sd. de Kasabach-Merritt: coagulopatia por consumo de fatores de coagulação
qual a CD no hemangioma hepático?
observar
a cirurgia tem mais risco que a doença
só operar se sintomas importantes ou crescimento rápido