Cirurgia vascular Flashcards
Qual a definição de aneurisma de aorta?
- deve possuir aumento de 50% da circunferência. Se menos chama ectasia
Como classificar o aneurisma?
Anatômica:
- fusiforme: mais comum
- sacular: maior risco de ruptura
- verdadeiro: todas as camadas
- pseudoaneurisma: hematoma pulsátil não contido por todas as camadasa
- degenerativo: fisiopatologia mais comum
Como classficar de acordo com a emergência?
- tipo 1 infra-renal: possui um colo entre o aneurisma e as artérias renais
- tipo 2 justa-renal: emerge justaposto as artérias renais
- tipo 3 para-rena: engloba a emergência das renais
- tipo 4 toracoabdominal, pega em cima e abaixo das renais
Quais os fatores de risco para formação?
- tabagismo (principal)
- sexo masculino
- idade avançada
- HF+
- hipercolesterolemia, HAS, DPOC
Quais os fatores de proteção?
- sexo feminino
- DM
- negros
Qual a clínica do AAA?
- assintomático na maioria dos casos
- pode ser palpado uma massa pulsátil em epigástrio
- dor abdominal inespecífica
Como fazer o diagnóstico?
- USG: ótimo exame vê diâmetro transversal. Tem baixa sensibilidade para ruptura
- AngioTC: vê trombo, calcificação. Vê as relações com outros vasos
- arteriografia: padrão ouro
Como fazer o seguimento?
De acordo com o diâmetro transverso:
- 2,6-2,9cm: a cada 5 anos
- 3,0-3,4: a cada 3 anos
- 3,5-4,4: a cada 2 anos
- 4,5-5,4: anual
- ≥ 5,5 cirurgia eletiva
Como fazer rastreamento?
- MS: não fazer
- USPSTF: q vez com USG abdominal para homens de 65-75 anos que já fumaram
Como fazer o tratamento clínico?
- seguimento USG sempre
- suspensão de tabagismo: principal
- controle de HAS e dislipidemia: não é diretamento relacionado ao aneurisma mas para melhor risco cardiovascular do paciente
Quando indicar tratamento cirúrgico?
- ≥ 5,5cm de diâmetro transverso
- sintomático
- aneurisma sacular
- crescimento > 0,5cm em 6 meses ou > 1cm em ano
- complicações: infecção, embolização periférica
Quais os tipos de reparo e suas características?
- reparo aberto: principal complicação é o IAM e depois IRA
- reparo endovascular: precisa ser infra-renal, tem resultado semelhante e menor morbidade. Principais complicações são no local da punção como hematoma, pseudoaneurisma, sangramento
Qual a principal causa de falha do tratamento endovascular e os tipos?
ENDOLEAK:
- tipo 1: falta de vedação proximal ou dital. Tratar imediatamente
- tipo 2: enchimento retrógrado por vasos lombares. Mais comum. Se dilatar o saco aneurismático trata com embolização
- tipo 3: falha de vedação dos componentes. Trata imediata
- tipo 4: vazamento pelos poros da prótese. Autolimitado
- tipo 5: dilatação sem vazamento visível. Autolimitado
Quais os fatores de risco para ruptura de AAA?
- sexo feminino
- tabagismo
- diâmetro inicial elevado e crescimento acelerado
- aneurismo sacular
- comorbidades
Qual a clínica?
- ruptura retroperitoneal: com massa pulsátil, dor abdominal e hipotensão (1/3 dos casos)
Como fazer o diagnóstico da ruptura?
- estável: AngioTC. Densidade anômala com com espalhamento para retroperitôneo e sem plano de clivagem com psoas
Como fazer o tratamento?
Imediatamente:
- estável e anatomia favorável: endovascular
- instável: passar balão intra-aórtico. Se estabilizar pode tentar endovascular se anatomia favorável
- se refratário, anatomia desfavorável ou sangramento pós endovascular: aberto
Quais os fatores de risco para dissecção aórtica aguda?
- HAS: principal
- aterosclerose
- atividade física extenuante
- doença do tecido conjuntivo
- valva aórtica bicúspide, CoAo (Turner)
- gestação
Como classificar a dissecção?
- Stanford A: pega aorta ascendente
- Stanford B: não pega ascendente
- DeBakey 1: pega ascendente e descendente
- DeBakey 2: somente ascendente
- DeBakey 3: distal a subclávia esquerda. 3A não pega tronco celíaco. 3B pega
Qual a clínica da dissecção?
- satnford A: dor torácica, tamponamento, IAM, AVEi, diferença de pulso em MMSS
- stanford B: dor na região dorsal
Como fazer o diagnóstico?
- aortografia: padrão ouro
- AngioTC: paciente estável vê sinal do duplo lúmen
- ECOTE: bom em paciente instável
Como fazer o tratamento?
- controle de Fc e PA: ß-bloqueador e nitruprussiato (FC <60 e PAS<120
- analgesia e CTI
- Stanford A: cirurgia imediata
- Stanford B: cirurgia se complicar (IRA, isquemia mesentérica, propagação distal ou retrógrada)
Quais os fatores de risco para doença arterial periférica?
- HAS, DM, tabagismo, dislipidemia, aterosclerose
Qual a clínica da DAP?
- claudicação intermitente: dor na panturrilha ao caminhar que alivia com 2-5 minutos de repouso
- síndrome de Leriche
O que é a síndrome de Leriche?
- obstrução ilíaca proximal bilateral
- claudicação de MMII, impotência sexual
- isquemia crítica: semelhante a angina instável
- úlcera isquêmica arterial
- pele seca e brilhante sem pêlos
- redução de pulsos
Como fazer o diagnóstico?
- clínica + fatores de risco + exame físico
- ITB: PAS tornozelo/PAS braço. Normal é 1,1 (+/-0,1). Na doença cai o ITB, quanto menor mais grave
- 0,5 a 0,9: claudicação
- < 0,5: isquemia crítica
Quais exames de imagem pedir?
- USGdoppler: vê estenoses
- AngioTC e angiografia: pré-operatório
Qual o tratamento clínico
- interromper tabagismo
- controlar comorbidades (DM, dislipidemia)
- anti-agregante plaquetário
- exercício supervisionado progressivo para melhorar distância da marcha
- cilostazol: ação anti-agregante e vasodilatadora
Quais as indicações de intervenção?
- refratariedade clínica
- isquemia crítica ou úlcera que não cicatriza
Quais as opções cirúrgicas?
- endovascular
- by-pass
- amputação: última escolha
Quais as causas da oclusão arterial aguda de MMII?
- embolia
- DAP (trombose)
Quando suspeitar de embolia?
- paciente com fonte emboligênica (tipicamente FA)
- mais comum na bifurcação femoral> ilíaca > aorta e poplítea
- tende a ser mais catastrófica com quadro exuberante pois paciente não tem colateral
Quando suspeitar de trombose?
- paciente com história de claudicação intermitente com intensificação da dor
- quadro mais brando, usualmente com redução global de pulsos em ambos MMII
Qual a clínica da oclusão arterial aguada (6P)
- Pain
- palidez
- pulselessness: ausência de pulso (presença de pulso não exclui essa possibilidade)
- parestesia
- paralisia
- poiquilotermia: diferença de temperatura
Como fazer o tratamento?
- de acordo com a classificação de Rutherford
- aquecimento do membro e heparinização para todos
Como fazer a classificação de Rutherford e como conduzir?
- 1 e 2A: membro viável e sem ameaça. Provável trombose. Angiografia + trombolítico
- 2B: ameaça reversível com tratamento imediato. Provável embolia, Vê nível de oclusão pelo exame físico. Arteriotomia com embolectomia
- 3: rigidez com isquemia irreversível. Amputação
Quais os fatores de risco para insuficiência venosa de MMII?
- sexo feminino
- idade > 50 anos
- postura laborativa
- história de TVP
Qual a Clínica?
- na maioria assintomático
- sensação de peso e dor que piora ao longo do dia
- telangiectasias
- úlcera venosa: quadro avançado
- tromboflebite e erisipela
Qual a principal classificação? O que saber para a prova?
CEAP (saber só o C de clínica):
- C0: sem sinais visíveis
- C1: telangiectasias ou veias reticulares
- C2: veias varicosas
- C3: veias varicosas + edema
- C4a: hiperpigmentação e eczema
- C4b: lipodermatoesclerose
- C5: úlcera venosa cicatrizada
- C6: úlcera ativa em geral sobre maléolo medial e secretiva
Como fazer o diagnóstico?
- clínica + USGdoppler
- flebografia: quadros duvidosos e pre-operatório
Qual o tratamento clínico?
- meias compressivas (20-30mmHg)
- ≥ 40mmHg para evitar recorrência de úlcera
- elevação do membro
- deambulação e atividade física
Quais as medidas intervecionistas de acordo com CEAP?
- C1: escleroterapia ou laser
- C2: tratamento cirúrgico
- C3/4: meias elásticas e cirurgia
- C5: cirurgia na insuficiência supercial e meias ≥40mmHg
- C6: meias, bandagens de compressão e avaliar cirurgia