Cirurgia Pediátrica Flashcards

1
Q

Porque há maior risco de desidratação na criança?

A

Diminui capacidade de concentrar a urina.

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2
Q

A _____ (hipotermia/hipertermia) deve ser prevenida na cirurgia pediátrica, especialmente se < 37 semanas ou PIG.

A

Hipotermia

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3
Q

Principais intercorrências em RNs pequenos para idade gestacional (PIG)? (2)

A

1) Hipoglicemia
2) Hipotermia
(diminui depósito de gordura e diminui glicogênio hepático)

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4
Q

Manifestação mais precoce de abdome agudo no RN?

A

Vômitos.
1) Com ou sem distensão abdominal
2) Mais precoce em obstruções altas

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5
Q

A eliminação de mecônio ocorre em até ____ (24/48) horas de vida.

A

48
(mais tardio se paralisia intestinal ou malformações)

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6
Q

Principal causa de sangramento intestinal baixo no RN?

A

Colite inflamatória.
(intolerância ao leite de vaca ou a proteínas consumidas pela mãe)

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7
Q

Principais causas de sangramento intestinal alto no RN? (2)

A

Gastrite e erosões hemorrágicas.

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8
Q

Causas de dor abdominal súbita no RN? (3)

A

1) Cólicas
2) Perfuração
3) Isquemia (torção ou volvo)

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9
Q

Causas de dor abdominal progressiva no RN? (3)

A

Abdome agudo inflamatório:
1) Apendicite
2) Pancreatite
3) Colecistite

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10
Q

Dor abdominal com hematêmese + queda do estado geral no RN, penso em…

A

volvo do intestino médio ou divertículo de Meckel.

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11
Q

Dor abdominal no RN
Manobra semiológica sem validade nessa faixa etária?

A

Sinal de Rovsing.
(pode estar presente até na gastroenterite viral)

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12
Q

Principal causa de obstrução intestinal no RN…

A

Hérnia inguinal encarcerada.

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13
Q

Cisto dermoide

A

Remanescente ectodérmico.

Teratoma cístico com pele madura (folículos pilosos e glândulas subdoríparas).
Eventualmente com pêlos, sangue, gordura, osso, unha, dentes, cartilagem e tecido tireoidiano.

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14
Q

O cisto dermoide, é uma lesão normalmente ____ (benigna/maligna)

A

Benigna.

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15
Q

V ou F?
Os raros cistos dermoides malignos evoluem para carcinoma de células escamosas (adultos) ou tumor do seio endodérmico (crianças)

A

Verdadeiro

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16
Q

Cisto dermoide
Local mais frequente?

A

Borda superior da órbita.

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17
Q

Cisto dermoide
Onde é encontrado na região cervical?

A

Linha média

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18
Q

V ou F?
O cisto dermoide também pode ser encontrado no assoalho bucal.

A

Verdadeiro

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19
Q

Como o cisto dermoide se apresenta à palpação? O que ocorre na deglutição?

A

Massa endurecida e móvel com a deglutição.

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20
Q

Cisto dermoide
Principal diagnóstico diferencial?

A

Cisto de ducto tireoglosso.

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21
Q

Higroma cístico ou lifangioma cístico

A

Malformação linfática cística/ proliferação benigna de tecido linfático.

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22
Q

V ou F?
O higroma cístico apresenta comunicação com o sistema venoso.

A

Falso
O higroma cístico não apresenta comunicação com o sistema venoso.

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23
Q

Higroma cístico
Clínica?

A

Tumefação indolor e multiloculada de partes moles.
1) Pode atingir grandes proporções
2) 75% no trígono posterior
3) Eventuais sintomas compressivos

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24
Q

Massa mediana cervical mais comum na pediatria…

A

Cisto do ducto tireoglosso

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25
Q

V ou F?
O cisto tireoglosso apresenta incidência igual entre os sexos.

A

Verdadeiro

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26
Q

Cisto tireoglosso
Fisiopatologia?

A

Falha no fechamento do ducto tireoglosso (persistente) -> produção de mudo pelas células da sua mucosa -> formação de um “cisto verdadeiro”.

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27
Q

Cisto tireoglosso
Clínica? (3)

A

1) Massa cervical mediana, indolor, que se movimenta com a língua;
2) Pode haver aumento gradual;
3) Associação com infecções respiratórias;

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28
Q

Cisto tireoglosso
Exame diagnóstico?

A

Ultrassonografia

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29
Q

Cisto tireoglosso
Principais complicações? (2)

A

Infecções e abscessos.

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30
Q

Cisto tireoglosso
Conduta?

A

Cirurgia de Sistrunk: excisão junto com o corpo do osso hioide. Outras cirurgias: Sistrunk modificada, cistectomia e cirurgia de Schlange.

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31
Q

Onfalocele

A

Exteriorização de alças e/ou vísceras sólidas recobertas por membrana peritoneal.

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32
Q

A onfalocele < 4cm é conhecida como…

A

Hérnia de cordão umbilical.

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33
Q

A onfalocele > 10cm é conhecida como…

A

“Onfalocele gigante”.

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34
Q

Gastrosquise

A

Exteriorização de alças por defeito na parede abdominal, sem membrana peritoneal.

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35
Q

A ____ (onfalocele/gastrosquise) é a mais grave.

A

Onfalocele.
Associada com outras malformações (anomalias cromossômicas, cardiopatias congênitas e Síndrome de Prune-Belly)

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36
Q

Como e quando é feito o diagnóstico de onfalocele ou gastrosquise?

A

Ultrassonografia pré-natal:
1) Onfalocele: 12 - 14 semanas
2) Gastrosquise: segundo ou terceiro trimestre.

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37
Q

V ou F?
A presença de onfalocele ou gastrosquise é indicação de parto cesáreo.

A

Verdadeiro

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38
Q

Hérnia umbilical
História natural?

A

80% de fechamento espontâneo aos 5 anos.

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39
Q

Hérnia umbilical
Indicações de cirurgia? (5)

A

1) Outra hérnia associada
2) Anel herniário ≥ 2cm
3) DVP (derivação ventriculoperitoneal - hidrocefalia)
4) Idade ≥ 4-6 anos
5) Encarceramento (incomum)

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40
Q

Hidrocele

A

Acúmulo de líquido na túnica vaginalis

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41
Q

Hidrocele
Fisiopatologia?

A

Persistência do conduto peritônio-vaginal (resquício não-obliterado do peritônio durante a migração dos testículos do abdome para a bolsa escrotal).

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42
Q

Hidrocele
Tipos? (3)

A
  • Hidrocele não-comunicante
  • Hidrocele comunicante
  • Hidrocele cordão
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43
Q

Hidrocele
Grupos mais acometidos? (2)

A

Bebês e adultos > 45 anos.

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44
Q

Hidrocele
Principal manobra diagnóstica?

A

Transiluminação do escroto.
1) Hidrocele: há passagem de luz
2) Tumores testiculares: não há transiluminação.

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45
Q

O que ocorre na hidrocele comunicante?

A

Não há obliteração do conduto peritoneovaginal, com aumento testicular intermitente.

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46
Q

Hidrocele
Conduta?

A

Expectante.
(resolução no primeiro ano de vida)

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47
Q

Hidrocele
Indicações cirúrgicas? (2)

A

> 1 anos de vida OU associação com hérnia inguinal direita.

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48
Q

Criptorquidia

A

Ausência de testículos na bolsa escrotal, por falha da descida do testículo ao escroto.

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49
Q

Criptorquidia
Lado mais acometido?

A

1) 50% à direita
2) 25% à esquerda
3) 25% bilateral

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50
Q

Criptorquidia
Exame físico?

A

Testículo palpável ou não:
1) Palpável (80%): retrátil, ectópico ou inguinal
2) Não-palpável: intra-abdominal ou anorquia

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51
Q

Criptorquidia
Por que se indica tratamento?

A

Risco de infertilidade e malignização.
Temperatura abdominal mais elevada/ alterações histológicas em 6-12 meses.

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52
Q

Criptorquidia
Conduta nos casos bilaterais?

A

Cariótipo + dosagem de gonadotropinas

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53
Q

Criptorquidia
Indicação cirúrgica? Nome do procedimento?

A

1) Testículo não-palpável
2) Orquidopexia

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54
Q

Criptorquidia
Quando realizar?

A

Entre 9-15 meses

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55
Q

Torção testicular

A

Rotação do testículo e cordão espermático.

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56
Q

Torção testicular
Tempo para lesões isquêmicas?

A
  • Até 6h: viável
  • 6 a 24h: pode ou não estar viável
  • > 24h: necrose irreversível
57
Q

Torção testicular
Pico de incidência?

A

14 anos

58
Q

O reflexo cremastérico estará ausente na ____ (torção testicular/orquite)

A

Torção testicular
(sem retração testicular ao toque retal pelo sofrimento isquêmico)

59
Q

Torção testicular
Clínica?

A

Dor testicular súbita unilateral, durante o sono ou precipitada por exercícios.

60
Q

Torção testicular
Exame diagnóstico?

A

USG com doppler.

61
Q

Torção testicular
Principal diagnóstico diferencial? Como diferenciar?

A

1) Orquioepididimite
2) Sinal de Prehn: diminuição da dor à elevação do testículo

62
Q

Fimose

A

Ausência de exposição completa da glande à retração do prepúcio.

63
Q

A fimose é considerada fisiológica até os ____ (3/5) anos de idade.

A

3

64
Q

Fimose
A partir de que idade é indicado tratar? Como tratar?

A

1) ≥ 4-5 anos
2) Postec (corticoide + hialuronidase) por 7 semanas (sucesso em 75%) e/ou cirurgia entre 4 e 10 anos (divergências na literatura)

65
Q

Fimose
Indicações absolutas de cirurgia? (3)

A

1) Fimose cerrada (bolsa prepucial à micção)
2) ITU de repetição
3) Balanopostites de repetição

66
Q

Parafimose

A

Prepúcio que, quando reduzido à base, não é possível a redução (complicação da fimose).

67
Q

Parafimose
Conduta? (3)

A

1) Controle da dor e redução do edema: anestesia tópica e gelo local;
2) Redução manual com lubrificantes;
3) Se redução impossível: postectomia de emergência.

68
Q

Malformação mais comum do esôfago?

A

Atresia

69
Q

Atresia de esôfago

A

Estreitamento esofágico congênito a ponto de interromper a sua continuidade.

70
Q

Atresia de esôfago
Fatores de risco? (3)

A

1) Gemelaridade
2) Filhos de pais que tiveram a doença
3) Prematuridade

71
Q

Atresia de esôfago
Tipo mais comum?

A

Atresia esofágica com fístula distal (86%)

72
Q

Atresia de esôfago
Malformações associadas? (7)

A

VACTERL
1) Vertebral
2) Anorretal
3) Cardíaca
4) Traqueal
5) Esôfago (fístula)
6) Renal
7) Limbs (membros)

73
Q

Atresia de esôfago
Clínica? (3)

A

SAD
1) Sialorreia -> sufocação
2) Alimentação -> regurgitação, tosse e cianose
3) Distensão abdominal na fístula traqueoesofágica

74
Q

Na suspeita de atrseia de esôfago a ventilação sob máscara estará ____ (indicada/proibida).

A

Proibida.
(distensão abdominal pela passagem de ar pela fístula)

75
Q

Atresia de esôfago
Conduta? (3)

A

1) Inicial: drenagem contínua do coto proximal (diminui asfixia) e antibioticoterapia
2) Gastrostomia de emergência: se distensão abdominal pela fístula e insuficiência respiratória
3) Após estabilização: cirurgia.

76
Q

Atresia de esôfago
Principal complicação pós-operatória?

A

Deiscência de anastomose (50% dos casos).
(taquipneia e sepse no terceiro ou quarto DPO)

77
Q

Estenose hipertrófica do piloro

A

Hipertrofia do esfíncter pilórico, com suboclusão do esvaziamento gástrico.

78
Q

Estenose hipertrófica do piloro
Quando se apresenta?

A

Entre a segunda e oitava semana de vida.

79
Q

Estenose hipertrófica do piloro
Clínica? (4)

A

1) Vômitos não-biliosos em jato (progressivos)
2) Diminuição do ganho ponderal
3) Desidratação, hipoK e alcalose metabólica + hipoCl (vômitos)
4) Icterícia às custas de BI (diminui ingesta calórica -> diminui atividade da UDP-glicuronil transferase)

80
Q

Estenose hipertrófica do piloro
Achado clássico no exame físico?

A

Oliva pilórica.
(piloro espessado em quadrante superior esquerdo)

81
Q

Atresia duodenal
Variações? (4)

A

1) Estenose duodenal propriamente dita
2) Deformidade em Windsock (teia mucosa)
3) Atresia por cordão fibroso
4) Hiato (separação completa) de duodeno proximal e distal.

82
Q

Atresia duodenal
Local mais comum de obstrução? Consequência clínica?

A

1) Distal à ampola de Vater
2) Vômitos com restos alimentares/biliosos

83
Q

Atresia duodenal
Achado radiológico clássico?

A

Sinal da dupla bolha.
(pesquisar imagem)

84
Q

A causa mais comum de obstrução intestinal congênita é a…

A

Atresia jejunoileal

85
Q

Atresia jejunoileal
Fisiopatologia?

A

Acidentes vasculares mesentéricos, seguidos de necrose e atresia intestinal.

86
Q

Atresia jejunoileal
Exame diagnóstico?

A

Raio-x simples de abdome: níveis hidroaéreos e diminuição de gás em intestino distal.

87
Q

Íleo meconial

A

Obstrução do íleo terminal por mecônio anormalmente endurecido; ocorre com mais frequência em RNs com fibrose cística.

88
Q

Íleo meconial
Fisiopatologia?

A

Muco intestinal hiperviscoso -> formação de mecônio espesso -> obstrução intestinal.

89
Q

Íleo meconial
Doença normalmente associada?

A

Fibrose cística (80-90% dos casos de íleo meconial).

90
Q

Íleo meconial
Clínica?

A

Obstrução intestinal baixa nas primeiras 48h de vida.

91
Q

Íleo meconial
Conduta em casos não complicados?

A

Enemas mucolíticos (acetilcisteína) ou contraste (gastrografina) para expulsar o mecônio.

92
Q

Íleo meconial
Conduta em refratários ao tratamento clínico?

A

Cirurgia

93
Q

Íleo meconial
Conduta em casos complicados?

A

Cirurgia imediata: ressecção dos segmentos acometidos e anastomose terminoterminal.

94
Q

Enterocolite necrosante
Principal fator de risco?

A

Prematuridade

95
Q

Enterocolite necrosante
Achados radiológicos? (5)

A

1) Distensão e espessamento de alças
2) Pneumatose intestinal
3) Alça dilatada fixa (diminui peristalse por necrose)
4) Portograma aéreo (gás na veia porta)
5) Pneumoperitônio

96
Q

Enterocolite necrosante
Tratamento clínico? (4)

A

1) Correção hidroeletrolítica
2) ATB
3) Descompressão gástrica
4) Dieta zero

97
Q

Enterocolite necrosante
Tratamento cirúrgico?

A

Ressecção com ou sem ostomia.

98
Q

Anomalia mais comum do trato digestivo?

A

Divertículo de Meckel.

99
Q

Divertículo de Meckel

A

Divertículo verdadeiro (todas as camadas) por fechamento incompleto do ducto onfalomesentérico.

100
Q

V ou F?
Em 50% dos casos de divertículo de Meckel haverá tecido ectópico (gástrico ou pancreático).

A

Verdadeiro

101
Q

Principal causa de abdome agudo hemorrágico em crianças?

A

Divertículo de Meckel

102
Q

Divertículo de Meckel
Complicações? (3)

A

1) Hemorragia
2) Inflamação
3) Obstrução

103
Q

V ou F?
O divertículo de Meckel geralmente é assintomático (achado incidental).

A

Verdadeiro

104
Q

Divertículo de Meckel
Diagnóstico?

A

Cintilografia ou laparoscopia

105
Q

A hérnia de Littré é aquela que contém o…

A

Divertículo de Meckel.

106
Q

Doença de Hirschsprung
Sinônimo?

A

Megacólon congênito ou aganglionose colônica congênita.

107
Q

Doença de Hirschsprung
Fisiopatologia?

A

Evento anóxico -> interrupção da migração das células da crista neural (céfalo-caudal) -> obstrução intestinal funcional.

108
Q

Doença de Hirschsprung
Clínica? (3)

A

1) Retardo na eliminação de mecônio
2) Obstrução intestinal
3) Enterocolite (eventual)

109
Q

Doença de Hirschsprung
Diagnóstico? (2)

A

1) Enema opaco (buscar cone de transição)
2) Manometria anorretal (diminui relaxamento esfincteriano quando distendido por balão)

110
Q

Doença de Hirschsprung
Método de certeza para o diagnóstico?

A

Biópsia retal (acima da linha pectínea)

111
Q

Doença de Hirschsprung
Tratamento? (2)

A

Abaixamento endoanal OU colostomia à Hartmann*.
*colostomia e abaixamento em dois tempos cirúrgicos.

112
Q

Indicação pediátrica mais comum de transplante de fígado?

A

Atresia de vias biliares

113
Q

Atresia de vias biliares
Clínica? (3)

A

1) Icterícia progressiva (segunda ou terceira semana de vida)
2) Acolia fecal
3) Colúria

114
Q

Atresia de vias biliares não-tratada evolui para…

A

Cirrose biliar secundária.

115
Q

A atresia de vias biliares cursa com hiperbilirrubinemia ____ (indireta/direta).

A

Direta

116
Q

Atresia de vias biliares
A conduta deve ser tomada até a…

A

Oitava-décima semana (antes da progressão da fibrose)

117
Q

Cistos de colédoco
Tríade clínica?

A

1) Massa em hipocôndrio direito
2) Dor abdominal
3) Icterícia

118
Q

Cistos de colédoco
Todani tipo 1?

A

Exclusivamente extra-hepático (50-80% dos casos)

119
Q

Cistos de colédoco
Todani tipo 2?

A

“Divertículo”com origem em colédoco (2% dos casos)

120
Q

Cistos de colédoco
Todani tipo 3?

A

Cisto de colédoco intrapancreático, normalmente envolvendo ampola de Vater.

121
Q

Cistos de colédoco
Todani tipo 4?

A

Dilatação extra e intra-hepática (1,5-4,5% dos casos).

122
Q

Cistos de colédoco
Todani tipo 5?

A

Dilatação biliar intra-hepática.
(também conhecida como doença de Caroli)

123
Q

Cistos de colédoco
Complicações? (3)

A

1) Coledocolitíase
2) Degeneração maligna na vida adulta (16%)
3) Colangite bacteriana aguda de repetição.

124
Q

A doença de Caroli normalmente está associada à…

A

doença cística renal

125
Q

A síndrome de Caroli é composta pela tríade…

A

1) Dilatação biliar intra-hepática
2) Fibrose hepática congênita
3) Colangite destrutiva
(a síndrome é mais comum que a doença de Caroli)

126
Q

A hérnia diafragmática congênita é mais comum à _____ (esquerda/direita).

A

Esquerda (85%)

127
Q

A hérnia de Morgagni é _____ (posterolateral/anteromedial).

A

Anteromedial.

128
Q

A hérnia de Bochdalek é uma hérnia diafragmática congênita causada por um defeito no forame diafragmático ____ (pósterolateral/anteromedial), que resulta no deslocamento de vísceras abdominais para a cavidade torácica.

A

Posterolateral

129
Q

Hérnia diafragmática congênita
Consequências respiratórias? (5)

A

1) Hipoplasia pulmonar
2) Herniação visceral -> falha do desenvolvimento pulmonar
3) Mais precoce -> maior gravidade
4) Maior acometimento do pulmão ipsilateral
5) Hipertensão pulmonar e shunt direita-esquerda

130
Q

A síndrome da hérnia diafragmática é composta pela tríade…

A

Hérnia diafragmática + má rotação intestinal + patência do forame oval e do canal arterial.

131
Q

Hérnia diafragmática congênita
Clínica? (4)

A

1) Insuficiência respiratória
2) Distensão gasosa da alça herniada
3) 90% sintomáticos nas primeiras 24h
4) Taquidispneia progressiva, cianose e hipoperfusão

132
Q

Hérnia diafragmática congênita
Conduta? (3)

A

1) Intubação na sala de parto
2) Ventilação mecânica
3) Cirurgia em 24-72h de vida

133
Q

A cirurgia de emergência está indicada para a hérnia diafragmática congênita _____ (estrangulada/encarcerada).

A

Estrangulada

134
Q

Anomalia pulmonar mais comum?

A

Enfisema lobar congênito

135
Q

Fisiopatologia do enfisema lobar congênito? (4)

A

1) Hiperinsuflação (normalmente de lobo esquerdo)
2) Desvio mediastinal e atelectasia de lobos subjacentes
3) Pode simular pneumotórax hipertensivo
4) Broncomalácia em 30%

136
Q

Enfisema lobar congênito
Quando ele se apresenta?

A

Primeiro mês de vida

137
Q

Enfisema lobar congênito
Clínica? (4)

A

1) Tosse
2) Dispneia
3) Roncos e/ou sibilos
4) Insuficiência respiratória

138
Q

Enfisema lobar congênito
Conduta?
(RN x crianças maiores)

A

1) RN: cirúrgico
2) Crianças maiores: pode-se adotar conduta expectante.