Cirrose Hepática Flashcards

1
Q

CIRROSE HEPÁTICA

Definição de Cirrose

A

Definida histologicamente pela fibrose extensa do tecido hepático, com formação de nódulos regenerativos.
Leva à diminuição da função hepatocelular e alteração do fluxo sanguíneo hepático.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

CIRROSE HEPÁTICA

Pode ser reversível em casos de:

A
  • Hepatite C tratada com sucesso;
  • Hemocromatose tratada;
  • Cessação do álcool na doença hepática alcoólica.

PODE ser reversível, não necessariamente será

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

CIRROSE HEPÁTICA

Fisiopatologia

A

Lesão → Morte dos Hepatócitos → Inflamação → Células estreladas hepáticas ativadas → produção de colágeno e matriz extracelular → fibrose.

Fibrose avançada: estágio 3.
Cirrose: estágio 4.
Celulas de Kupffer; ativaçao apos lesao, levam a inflamação
Celulas estreladas: localizadas no espaço de Disse, entre os hepatocitos e calilares sinusoides

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

CIRROSE HEPÁTICA

Manifestações Clínicas Gerais (6)

A

Inespecíficas: dor abdominal, febre, náuseas, diarreia, anorexia, mal-estar
Específicas da descompensação hepática:
- Ascite;
- Edema;
- Hemorragia digestiva alta;
- Icterícia;
- Encefalopatia hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Cirrose Hepática

🧪Achados do Exame Físico

A
  • Hepatomegalia com borda firme e nodular;
  • Esplenomegalia;
  • Edema periférico;
  • Icterícia escleral;
  • Eritema palmar;
  • Angiomas aracneiformes;
  • Aumento das parótidas;
  • Baqueteamento digital;
  • Atrofia muscular;

Angiomas e Eritemas são causadas pelo Hiperestrogenismo: efeito vasodilatador → formação de vasos dérmicos anômalos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Cirrose Hepática

Achados Específicos em Homens (3)

A
  • Ginecomastia;
  • Redução de pelos corporais;
  • Atrofia testicular (por disfunção hormonal ou efeito tóxico do álcool).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Cirrose Hepática

Achados em Mulheres (2)

A
  • Irregularidade menstrual e amenorreia;
  • Reversão com interrupção do álcool.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

📌 Cirrose Compensada vs. Descompensada

A

Compensada: paciente assintomático ou sem complicações clínicas.
Descompensada: presença de complicações como:
- Ascite;
- Hemorragia por varizes;
- Encefalopatia hepática;
- Icterícia significativa.

Pacientes descompensados devem ser avaliados para transplante hepático.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Cirrose Hepática

Classificação por Etiologia (9)

A
  • Cirrose alcoólica;
  • Hepatite viral crônica (B ou C);
  • Hepatite autoimune
  • Esteato-hepatite não alcoólica
  • Doença hepática metabólica hereditária
  • Cirrose biliar;
  • Cirrose criptogênica;
  • Cirrose cardíaca;
  • Outras causas raras.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Icterícia

Definição + Bilirrubina Conjugada x Não Conjugada

A

Cor amarelada da pele, escleras e mucosas por aumento de bilirrubina (> 2–3 mg/dL).

Bilirrubina não conjugada (indireta):
- Hemólise, estresse clínico, falha na captação/conjugação hepática.

Bilirrubina conjugada (direta):
- Doenças hepáticas;
- Obstrução de vias biliares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

🧬 Metabolismo da Bilirrubina (4)

A
  1. Origem: degradação do grupo heme (90% da hemoglobina).
  2. Transporte: bilirrubina indireta ligada à albumina → fígado.
  3. Conversão: conjugação com ácido glucurônico (hidrossolúvel).
  4. Excreção: via bile → cólon → urobilinogênio/estercobilinogênio → fezes ou reabsorção/excreção renal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

⚠️ Icterícia na Cirrose - Causas (4)

A

Pode ser causada por:
- Diminuição na conjugação da bilirrubina;
- Colestase intra-hepática;
- Necrose hepatocelular;
- Hepatite alcoólica isoladamente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Cirrose Hepática

A Ginecomastia e a atrofia testicular são ocasionadas pela…

A

Incapacidade do fígado danificado de metabolizar estrogênios.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Hipertensão Portal - Definição e Mecanismos

A

Definição: GPVH > 5 mmHg.
Mecanismos:
- Resistência intra-hepática (cirrose/nódulos regenerativos);
- Aumento do fluxo esplâncnico (vasodilatação esplâncnica).

Complicações diretas: Ascite e hemorragia varicosa.

GPVH: Gradiente de Pressão Venosa Hepática

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Hipertensão Portal - Causas

A

Pré-hepáticas
Intra-hepáticas (>95%)
Pós-hepáticas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Hipertensão Portal

Pré-Hepática

A

Trombose da veia porta/esplênica
Esplenomegalia maciça (Síndorme de Banti)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Hipertensão Portal

Intra-hepática

A

Pré-sinusoidal: esquistossomose, fibrose congênita.
Sinusoidal: diversas causas de cirrose.
Pós-sinusoidal: obstrução sinusoidal hepática (doença venoclusiva.)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Hipertensão Portal

Pós-hepáticas

A

Síndrome de Budd-Chiari (SBC), congestão cardíaca direita (ICC, miocardiopatia restrititva, Pericardite constritiva).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Hipertensão Portal

Clínica (3)

A
  • Varizes gastroesofágicas (com ou sem hemorragia);
  • Ascite e edema periférico;
  • Esplenomegalia com trombocitopenia e leucopenia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Hipertensão Portal

Diagnóstico (3)

A
  • Indícios: trombocitopenia, baço aumentado, ascite, varizes, encefalopatia.
  • Imagens: TC/RM mostram fígado nodular e circulação colateral.
  • Pressão portal: GPVH > 12 mmHg = risco de hemorragia varicosa.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Esplenomegalia pode ser ocasionada por…

A

Hipertensão portal (congestão)
Dor em QSE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Hipertensão Portal

No hiperesplenismo, o baço está…

A

Funcionando demais → Destruição de células → Trombocitopenia, Leucopenia

Geralmente é a primeira evidência de hipertensão portal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Cirrose Hepática

Ascite

Definição + Causas

A
  • Definição: Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
  • Causa principal: Hipertensão portal por cirrose.
  • Outras causas: neoplasias, infecções.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Ascite

Patogênese

A
  • Hipertensão portal: aumento da resistência hepática + vasodilatação esplâncnica → mais linfa.
  • Hipoalbuminemia: menor função hepática → menor pressão oncótica.
  • Retenção de sódio e água: ativação do SRAA + ADH (estágios avançados) → expansão de volume extracelular.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Ascite

Clínica (3)

A
  • Aumento de circunferência abdominal (1-2 L para ser perceptível);
  • Edema periférico, dispneia (ascite volumosa), fadiga, atrofia muscular;
  • Pode haver hidrotórax hepático (principalmente à direita).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Ascite

Diagnóstico

A
  • Exame físico: macicez móvel, flancos proeminentes, onda líquida.
  • Imagem: USG ou TC para volumes pequenos.
  • Paracentese diagnóstica: proteínas totais, albumina, celularidade, cultura (± amilase, citologia).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Ascite

Graus

A

Grau 1: pequena, detectada por imagem;
Grau 2: moderada, distensão discreta do abdome;
Grau 3: volumosa, distensão abdominal importante.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE)

Qual a definição de PBE?

A

Infecção espontânea do líquido ascítico sem fonte intra-abdominal aparente (sem evidência de doença abdominal, como apendicite).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE)

Quais são os principais agentes etiológicos da PBE?

A

Escherichia coli, outras bactérias entéricas, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus e Enterococcus spp.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE)

Critério diagnóstico laboratorial de PBE

A

Contagem de neutrófilos > 250/uL no líquido ascítico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

PBE

Quando suspeitar de peritonite bacteriana secundária?

A

Quando há mais de dois organismos identificados na cultura do líquido ascítico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

PBE

Tratamento empírico inicial da PBE

A

Cefalosporina de terceira geração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

PBE

Indicação de profilaxia para PBE?

A

Após hemorragia digestiva alta ou em pacientes com episódios prévios de PBE.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

SHR

O que caracteriza a Síndrome Hepatorrenal?

A

Insuficiência renal funcional sem patologia renal estrutural, em cirróticos graves.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

SHR

SHR Tipo 1 x Tipo 2

A

Tipo 1: deterioração rápida da função renal (em 1-2 semanas); Tipo 2: disfunção renal mais lenta e estável.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

SHR

Tratamento atual da SHR?

A

Midodrina + octreotida + albumina IV.

Transplante hepático é a opção definitiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

EH

Fisiopatologia da encefalopatia hepática?

A

Acúmulo de neurotoxinas (ex: amônia) no SNC por falha na depuração hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

EH

Tipos

A

Tipo A (insuficiência hepática aguda)
Tipo B (shunt portossistêmico sem doença hepática)
Tipo C (cirrose com hipertensão portal).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

EH

O que é o ‘asterixe’ e qual sua importância clínica?

A

Flapping - tremor ao estender braços e dobrar punhos, típico de EH.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

EH

Conduta clínica

A

Procurar fatores precipitantes (infecção, constipação, hipocalemia, sangramento GI), hidratar, corrigir eletrólitos, tratar causa base.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Desnutrição na Cirrose

Fatores contribuintes

A

Ingestão inadequada, má absorção intestinal, catabolismo proteico aumentado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Qual a importância da suplementação dietética na cirrose?

A

Prevenir o catabolismo muscular e piora clínica.

43
Q

Por que ocorre coagulopatia na cirrose?

A

Redução da síntese hepática de fatores de coagulação e plaquetopenia por hiperesplenismo.

44
Q

Quais fatores da coagulação dependem da vitamina K?

A

Fatores II, VII, IX e X.

45
Q

Quando a administração de vitamina K não corrige o tempo de protrombina?

A

Quando a causa é a falência hepática e não a deficiência de absorção.

46
Q

Qual o mecanismo da osteoporose na cirrose colestática?

A

Má absorção de vitamina D e baixa ingestão de cálcio.

47
Q

Qual o exame diagnóstico padrão para avaliação de osteoporose em cirróticos?

A

DEXA (absorciometria de dupla energia).

48
Q

Qual o tratamento indicado quando a densidade óssea está reduzida?

A

Bisfosfonatos.

49
Q

Quais causas de anemia podem ocorrer na cirrose?

A

Hiperesplenismo, hemólise, deficiência de ferro e folato.

50
Q

O que é macrocitose e por que ocorre na hepatopatia crônica?

A

Hemácias aumentadas por alterações metabólicas da medula óssea e deficiência de folato.

51
Q

O que causa neutropenia na cirrose?

A

Hiperesplenismo.

52
Q

Cirrose Alcóolica

Causa

A

Ingestão crônica e excessiva de álcool.

53
Q

Como o etanol leva à lesão hepática?

A

Etanol → metabolizado por ADH → acetaldeído (tóxico) → ALDH → acetato

Acetaldeído + estresse oxidativo → lesão hepatocelular

Acetaldeído em excesso com consumo crônico
Forma adutos com proteínas, que levam ao estresse oxidativo

54
Q

Hepatite

Chances de evolução para cirrose

A

Hepatite B crônica (~5% evolui para cirrose) e Hepatite C (~20-30% em 20-30 anos)

55
Q

Como a hepatite viral leva à cirrose?

A

HCV: lesão imunomediada → fibrose portal e confluente → cirrose
HBV: hepatócitos em “vidro fosco”, fibrose + nódulos regenerativos

56
Q

Diagnóstico de hepatite B crônica:

A

HBsAg + por mais de 6 meses + Anti-HBc IgG + (HBeAg ou HBV-DNA pode estar + ou -)

HBsAg: Infecção ativa atual
Anti-HBc IgG: já teve hepatite B antes (passada ou crônica)
HbeAg: Muito vírus se replicando
HBV-DNA: DNA viral

57
Q

Diagnóstico de hepatite C crônica:

A

Anti-HCV + e HCV-RNA detectável por mais de 6 meses

Anti-HCV: Já teve contato com vírus
HCV-RNA: DNA viral

58
Q

Hepatite Autoimune - Patogênese e Marcadores

A

Inflamação autoimune → necrose → fibrose → cirrose
Marcadores: FAN, AML

59
Q

Hepatite Autoimune

Tratamento

A

Imunossupressores (prednisona, azatioprina) se inflamação ainda ativa

60
Q

Cirrose por doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) - Fisiopatologia

A

Esteato-hepatite não alcoólica (NASH) associada a obesidade, DM2, dislipidemia
Acúmulo de gordura → inflamação → fibrose → cirrose

Cirrose “escondida”: sinais de esteatose somem na fase avançada

61
Q

DHGNA - Diagnóstico e Tratamento

A

Por exclusão, biópsia ajuda no Dx diferencial
Controle de comorbidades + Manejo da cirrose

62
Q

Cirrose Biliar - Patogênese

A

Obstrução biliar prolongada → Retenção de bile (colestase crônica) → inflamação, necrose dos ductos biliares (ductopenia) → fibrose irregular

63
Q

Cirrose Biliar - Tipos

A

Extra-hepática: causas cirúrgicas/endoscópicas, coledocolitíase
Intra-hepática: CBP, CEP, colangite autoimune, ductopenia

colangite biliar primária (CBP) e a colangite esclerosante primária (CEP)

64
Q

Colangite Biliar Primária é uma…

A

Causa de cirrose biliar intra-hepática
Doença autoimune com destruição dos ductos biliares intra-hepáticos

65
Q

Hemocromatose

Definição + Fisiopato

A

Definição:
Distúrbio genético do metabolismo do ferro → acúmulo hepático → cirrose e CHC
Fisiopatologia:
→ Depósito progressivo de ferro → fibrose portal → cirrose

CHC: Carcinoma Hepatocelular

66
Q

Hemocromatose

Diagnóstico

A

Saturação da transferrina ↑
Ferritina ↑
Genética: mutações no gene HFE

67
Q

Doenças genéticas raras que levam a cirrose hepática (4)

A
  • Hemocromatose (Fe ↑)
  • Doença de Wilson (Cu ↑)
  • Deficiência de α1-antitripsina (acúmulo dela no fígado ↑)
  • Fibrose cística (causa cirrose biliar, torna a bile espessa e viscosa)
68
Q

Exames Laboratorias

Função Hepática

A

Albumina ↓
Tempo de Protrombina (TP) / INR ↑
(aumenta risco de sangramento).
Bilirrubina Total e Direta ↑

Elevação da bilirrubina direta pode preceder aumento da total.

69
Q

Exames Laboratoriais

Indicativos de Citólise Hepática (dano direto ás células)

A

Transaminases (TGO/AST e TGP/ALT) ↑
→ Aumento modesto (< 5x o normal → Doença hepática crônica |>10x o normal - Insuficiência hepática aguda).

→ AST/ALT > 2: Sugestivo de Hepatite Alcoólica.

O álcool causa dano direto às mitocôndrias dos hepatócitos. e o AST está presente nas mitocôndrias e citoplasma, o ALT está apenas no citoplasma

70
Q

Exames Laboratoriais

Padrão Colestático (obstrução biliar / cirrose biliar)

A

Fosfatase Alcalina (FA) ↑↑
Gama GT (GGT) ↑

→ Quando bem elevadas em relação às transaminases, sugerem colestase. (FA > 2x TGO/TGP)

71
Q

Exames Laboratoriais

Padrão de Lesão Hepatocelular

A

ALT/TGP ↑↑↑
FA pode subir, mas bem menos.
ALT/TGP > 2x FA → pensa em lesão direta do fígado.

72
Q

Exames Laboratoriais

Indícios de Hiperesplenismo / Hipertensão Portal

A

Plaquetopenia (primeiro achado na H. portal)
- TP prolongado.
- INR > 1,5: mau prognóstico (não melhora com vitamina K)

Leucopenia e anemia ↓ (em casos mais avançados)

73
Q

Exames Laboratoriais

Distúrbios Hidroeletrolíticos

A

Em casos graves
- Hiponatremia dilucional
→ Retenção de água por secreção inapropriada de ADH.

  • Creatinina ↑
    → Avaliar função renal (síndrome hepatorrenal, por exemplo).
74
Q

USG com doppler - Achados

A
  • Esteatose (↑ Ecogenicidade difusamente)
  • Hepatomegalia
  • Contornos irregulares (Típico de nódulos regenerativos)
  • Fluxo portal (Fluxo hepatofugal (reverso), de baixa velocidade ou com turbulência)
  • Presença de ascite (anecoigenicidade), esplenomegalia, trombose (material ecogênico intraluminal) e CHC.

Fluxo hepatopegal: é o normal

75
Q

Tomografia Computadorizada - Achados

A

Verificar nódulos hepáticos (benignos e malignos).
Visualiza alterações hemodinâmicas entre tumor e fígado normal.

76
Q

Exames de Imagem

Ressonância Nuclear Magnética (RNM): Achados

A
  • Maior sensibilidade para caracterizar nódulos.
  • Avalia fibrose, sobrecarga de ferro, lesões focais.
    Com contraste: Para CHCs pequenos
77
Q

Exames de Imagem

Endoscopia Digestiva Alta (EDA):

A

Padrão-ouro para diagnóstico de varizes esofágicas.
Deve ser feita precocemente (<24h) em HDA.

HDA: Hemorragia Digestiva Alta

78
Q

Hiperbilirrubinemia indireta sugere

79
Q

Dois mecanismos da hiperbilirrubinemia direta

A

Obstrução biliar ou lesão hepatocelular

80
Q

Locais para Paracentese

A

Linha média ou 1/3 distal da linha umbigo–crista ilíaca E

81
Q

Cálculo de GASA e indicativos

A

GASA = Albumina sérica – Albumina do líquido ascítico
- GASA > 1,1 g/dL → Hipertensão portal.
- GASA < 1,1 g/dL → Ausência de hipertensão portal. (causas não hepáticas)

82
Q

Amilase + indica…

A

perfuração ou ascite pancreática

83
Q

EH é um diagnóstico de…

84
Q

Sinais que indicam perda de até 20% do volume circulatório na HDA (6)

A
  • Dispneia
  • Ansiedade
  • Torpor
  • Síncope
  • Sinais de choque (extremidades frias, PAS < 100 mmHg, FC > 100 bpm)
  • Alterações ortostáticas (queda ≥ 10 mmHg da PAS e aumento ≥ 15 bpm da FC ao sentar)
85
Q

Ressuscitação volêmica inicial na HDA

A
  • Dois acessos venosos calibrosos (≥18G)
  • Infusão rápida de 500 mL de cristaloide em 30 min (SF, Ringer ou Plasma-Lyte)
  • Objetivo: PAS ≈ 100 mmHg
  • Evitar excesso (> 3L nas primeiras 6h)
86
Q

indicativo de transfusão de concentrado de hemácias

A

Hb < 7-8 g/dL

  • Alvo: manter Hb entre 7–9 g/dL
  • Se doença cardiovascular: Hb > 9 g/dL

Evitar Hb > 10 g/dL em varizes esofágicas

87
Q

Quando transfundir PFC e plaquetas na HDA?

PFC: Plasma fresco congelado

A

INR > 1,5
Plaquetas < 50.000/mm³
Objetivo: INR < 2,5 antes da endoscopia

88
Q

Dose e função da vitamina K na HDA

A

5-10 mg IV
Reverte coagulopatia por deficiência de vitamina K (efeito em 24h)

89
Q

Quando considerar complexo protrombínico e fator VIIa recombinante?

A

Complexo protrombínico: em coagulopatias por deficiência dos fatores II, VII, IX e X (pacientes que não toleram volume, ex: IC, DRC)
Fator VIIa: sangramento com risco à vida, refratário a outras terapias

90
Q

Drogas vasoativas na HDA varicosa (3)

A
  • Terlipressina
  • Somatostatina
  • Octreotídeo
91
Q

Métodos endoscópicos para varizes esofágicas (3)

A
  • Ligadura elástica (preferida)
  • Escleroterapia com agentes esclerosantes
  • Injeção de adesivos teciduais
92
Q

Como tratar varizes gástricas sangrantes?

A

Injeção endoscópica de adesivos teciduais (ex: N-butil-2-cianoacrilato)

93
Q

Função do balão esofágico

A
  • Controle temporário do sangramento refratário
  • Usado como ponte para TIPS ou cirurgia
  • Complicações: ulceração e perfuração
94
Q

O que é o TIPS?

A
  • Shunt portossistêmico transjugular
  • Conecta veia hepática à veia porta intra-hepática
  • Reduz pressão portal e risco de ressangramento
95
Q

Tratamento da SHR

A

→ Suspensão de diuréticos e betabloqueadores.
→ Expansão volêmica com albumina.
→ Uso de vasoconstritores esplâncnicos (terlipressina, octreotídeo).

Em caso de fatores precipitantes serem infecção, antibioticoterapia de amplo espectro

96
Q

Tratamento da Ascite (Diuréticos, álcool e hidratação)

A

→ Parar álcool, dieta hipossódica (<2g Na/dia).
→ Restrição de água somente se Na < 120 mEq/L.

Diuréticos:
→ Espironolactona: iniciar com 100 mg/dia, até 400 mg.
→ Associar com furosemida: 40 mg a 160 mg/dia.
→ Monitorar perda de peso: 0,5 a 1L/dia.

97
Q

Critérios de Ascite refratária

A

→ Perda <300 g/dia com dose máxima de diuréticos.
→ Excreção de sódio <78 mmol/dia.
→ Azotemia, hipercalemia, encefalopatia hepática.

98
Q

Opções em Ascite refratária

A

→ TIPS: boa resposta (>80%), risco de EH.
→ Transplante hepático: único tratamento definitivo.

99
Q

Ascite

Paracentese terapêutica

A

→ Se >5L retirados: repor 8-10g de albumina/L.
→ <5L: considerar expansores plasmáticos.

100
Q

Tratamento da Encefalopatia Hepática (4)

A

→ Suporte básico: glicemia, oxigênio, acessos, estabilização.
→ Considerar intubação se Glasgow <8 ou EH grau III.
→ Tratar o fator causador (responsável por melhora em 90% dos casos).
→ Suspender diuréticos, corrigir hipocalemia.

101
Q

EH

Tratamento de fatores precipitantes

A

→ Flumazenil (efeito curto para evitar ventilação, antagonista de benzodiazepínicos, antídoto).
→ Enemas/laxantes (se constipação).
→ Acarbose, erradicação do H. pylori,
→ EH refratária: considerar embolização de shunts portossistêmicos ou fígado artificial com albumina.

102
Q

Tratamento da Hepatite Alcoólica (4)

A
  1. Corticoides (pra hepatite autoimune também)
    - Se não tiver Infecções ou sangramentos do GI
  2. Suporte nutricional
  3. Vacinação e rastreamento
    - Vacinas: hepatites A e B + gripe anual.
    - Rastreamento anual para CHC
  4. Transplante hepático
103
Q

Exames laboratoriais

Pesquisa de Hemólise

A

Bilirrubina indireta ↑
LDH
Haptoglobinas
Reticulócitos

Se tiverem negativos, mas bilirrubina indireta aumentada → Defeito de conjugação