CIPE Flashcards

1
Q

Fimose: conceito

A

Enrijecimento na parte distal do prepúcio (fenda prepucial) que impeede a sua retração

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2
Q

Prepúcio: características gerais

A

Estrutura quase sempre aderente a glande, firme e não retrátil ao nascimento
Aderência balanoprepucial (ABP) por uma camada comum de epitélio escamoso entre a glande e a mucosa
A ABP descama e se desfaz gradualmente
Função de proteger a glande

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3
Q

Etiologias possíveis de fimose

A

Congênita
Adquirida > dermatite amoniacal, exercícios de retração, postite

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4
Q

Benefícios da circuncisão

A

Diminui incidência de:
- ITU
- câncer peniano
- ISTs
- câncer cervical

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5
Q

Balonamento prepucial

A

Distendimento do prepúcio principalmente quando a criança vai fazer xixi > pele do pênis infla
Não é indicativo de cirurgia quando presente isoladamente

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6
Q

Parafimose

A

O prepúcio consegue ser retraído com esforço mas não consegue retornar ele e cobrir novamente a glande > fica constricta pela pele
Raramente isquemia, mas pode realizar um corte
Redução manual é geralmente a escolha e é efetivo, quando não, deve ser feita uma incisão dorsal ou circuncisão

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7
Q

Conduta conservadora para fimose

A

Corticoide tópico: betametasona, triancinolona, betametasona + hialuronidase
Desmistificar massagens e higienização > não forçar o descolamento, pode gerar uma cicatrização com fibrose e piora do quadro

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8
Q

Indicações para tratamento cirúrgico de fimose

A

+ Não visualiza uretra em até 2/3 anos
+ Não exterioriza a glande até 6 anos
+ Balanopostite de repetição
+ Fimose secundária (formação de anel fibroso na aderência)
+ Parafimose
+ Indicação religiosa, cultural, experiência dos pais

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9
Q

Postectomia clássica

A

Pós operatório mais curto, cirurgia mais demorada, aspecto mais artificial

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10
Q

Postectomia com plastibell

A

Pós mais longo, cirurgia mais rápida, aspecto mais natural.
Ocorre o ressecamento do excesso do prepúcio com anel que parece sino

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11
Q

É possível ter fimose associada com hipospádia (V/F)

A

Não, pois ocorre uma malformação prepucial na hipospádia que não permite que haja recobrimento da glande em integridade

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12
Q

Pós-operatório da postectomia e possíveis complicações

A

Edema, hiperemia
Resposta inflamatoria
Complicações:
+ Infecção
+ Estenose do meato uretral
+ Recidiva
+ Fístula uretro-cutâneo
+ Sangramento
+ Lesão da glande
+ Retenção de plastibell > sino se prende no pênis, necessário anestesiar paciente pra retirar

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13
Q

Hérnia: definição, local mais comum

A

Descontinuidade da parede abdominal em que há exteriorização de algum conteúdo que não deveria sair.
Maioria das hérnias ocorrem na linha alba pela fragilidade da parede abdominal entre os músculos reto-abdominais.

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14
Q

Hérnia umbilical: definição

A

Protrusão do conteúdo abdominal através do orifício aberto. Defeito de fechamento de estruturas fibromusculares da aponeurose do anel umbilical permitindo a protrusão de órgãos intra-abdominais (geralmente alças intestinais) recobertos pelo peritônio, tecido celular subcutâneo e pele da cicatriz umbilical.

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15
Q

Incidência da hérnia umbilical

A

+ RN pré-termo
+ Crianças negras (tem uma boa regressão espontânea)
+ Síndrome de Down, gargolismo, são muitas vezes associadas com hérnia umbilical

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16
Q

Exame físico da hérnia umbilical

A

Inspeção: abaulamento umbilical durante o choro ou outros esforços
Palpação: conteúdo da hérnia constituído por alças intestinais, facilmente redutível e indolor. Anel herniário com tamanho variável, pode-se perceber através dele o fechamento do botão

17
Q

Regressão da hérnia umbilical

A

Pode regredir espontaneamente.
No lactente, pode haver cura espontânea até 1º ano de vida. Regressão torna-se menos provável depois dessa época, especialmente se tiver:
+ Anel herniário maior que 1cm
+ Fibrose palpável na borda do anel (geralmente após 1 ano de vida)
+ Protusão herniária grande

18
Q

Cirurgia de hérnia umbilical

A

Incisão infraumbilical semilunar com isolamento e ressecção do saco herniário, seguida de sutura do plano aponeurótico. É raro o estrangulamento (alteração no suprimento vascular pelo encarceramento) do conteúdo intestinal na hérnia, mas necessita de cirurgia de urgência nesses casos

19
Q

Encarceramento x estrangulamento de hérnia

A

Encarceramento: alça entra e não consegue mais voltar, o conteúdo herniário não pode ser reduzido manualmente
Estrangulamento: altera drengam linfática, inchaço gera congestão venosa, que gera isquemia (arterial). > comprometimento do fluxo sanguíneo
Pode complicar também, raramente, com perfuração com evisceração e dor abdominal

20
Q

Como avaliar a probabilidade de fechamento espontâneo da hérnia umbilical?

A

1º vê a idade:
Deve-se esperar completar 2-3 anos
2º vê o tamanho:
+ Até 0,5cm > tendem a fechar espontaneamente
+ 0,5-1,5cm > aguardar a evolução até 2-3 anos de idade para crianças brancas e até 6 anos para crianças negras
+ Mais de 1,5cm > raramente fecham espontaneamente
! Contraindicado o uso de ataduras ou faixas sobre cicatriz umbilical, limitação dos movimentos espontâneos e livres da musculatura abdominal gera perda do tônus muscular e inibe maturação anatômica

21
Q

Oportunidade cirúrgica pra operar hérnia umbilical

A
  • Orifício herniário de qualquer tamanho após os 6 anos
  • Orifício herniário maior que 1 cm após 2-3 anos
  • Orifício herniário maior que 1,5cm em qualquer idade
  • Hérnia complicada ou aspecto probóscide (defeito fascial amplo)
    Fatores pra decidir a cirurgia: idade, tamanho do anel e cor da criança
22
Q

Hérnia epigástrica: definição

A

Protusão da gordura pré-peritoneal através de um pequeno defeito de aponeurose anterior, na linha média, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical

23
Q

Etiopatogenia da hérnia epigástrica

A

Falha na fixação dos retos abdominais na linha média com pequena falha aponeurótica normalmente no local de inserção dos vasos, defeito na continuidade de fibras tendinosas

24
Q

Diagnóstico de hérnia epigástrica

A
  • Pequena tumoração, geralmente irredutível, aumenta aos esforços, localizada em linha média, supra umbilical.
  • Quadro clínico:
    + Pesquisa história de dor local ou dor abdominal associada
    + Inspeção: tumoração visível na linha média. Paciente em pé e manobra de Valsalva ajuda.
    + Palpação da linha média: dedo indicador percorrendo desde o apêndice xifóide até o umbigo, procurando defeito na aponeurose ou nódulo. Nódulo pode ser redutível ou irredutível, doloroso ou indolor
25
Q

Oportunidade cirúrgica de hérnia epigástrica + cirúrgia

A

Casos sintomáticos devem ser operados
Casos assintomáticos: controversos, geralmente já faz a cirurgia
Cirurgia é eletiva e ambulatorial
Indicada depois dos 2 anos, a não ser que cause dor significativa
- Cirurgia:
+ Incisão transversa pequena sobre o defeito. A gordura pré-peritoneal presente é reduzida ou é ligada e excisada. Defeito aponeurótico de forma elíptica é corrigido com fio inabsorvível com nós internos

26
Q

Hérnia inguinal: conceito

A

Protusão de víscera ou parte dela, da cavidade abdominal para a região inguinal por um defeito no conduto peritonio vaginal

27
Q

Diagnóstico de hérnia inguinal

A

+ Abaulamento da região inguinal ou inguinoescrotal aos esforços, redutível
+ Sinal do papel de seda: espessamento do cordão espermático na palpação

28
Q

Complicações da hérnia inguinal

A

Encarceramento (risco de cerca de 15% durante toda a infancia e de até 31% antes do primeiro ano de vida)
Estrangulamento

29
Q

Oportunidade cirúrgica de hérnia inguinal

A

+ Ao diagnótico
+ Risco de encarceramento

30
Q

Fisiopatologia das distopias testiculares

A

Fatores hormonais: anormalidade na conversão da testosterona em 5-alfa-dihidrotestosterona
Fatores celulares: atrofia ou displasia das células de Leydig e de Sertoli
Fatores mecânicos: encurtamento do cordão espermático e alteração no canal inguinal ou na bolsa escrotal
Fatores neuroendócrinos: SNC, secção do nervo genitofemural
Fatores genéticos: sindromes, defeito da parede anterior
Fatores adquiridos e iatrogenicos

31
Q

Anomalias associadas a distopias genitais

A

Persistencia do CPV
Anomalias do epidídimo
Hipospádia
Malformações do sistema urinário
Defeito da parede abdominal
Síndromes genéticas

32
Q

Classificação das distopias

A

Testículos criptorquídicos: fora da bolsa escrotal, mas no seu trajeto normal
Testículos ectópicos: fora da bolsa escrotal e do seu trajeto normal
Testículo retrátil: reflexo cremastérico exacerbado *diag diferencial

33
Q

Exame clínico das distopias testiculares

A

História clinica de:
- Bolsa escrotal vazia
- Tumoração em região inguinal
Exame clínico:
- Ambiente aquecido
- Conformação das pregas escrotais
- Ausencia de testículo na hemi-bolsa escrotal

34
Q

Complicações da distopia testicular

A
  • Infertilidade
  • Trauma
  • Fatores psicológicos
  • Torção de testículo
  • Malignidade do testículo
  • Bullying
35
Q

Objetivo do tratamento da distopia testicular

A
  • Melhora da função endócrina
  • Diminuição do estresse psicológico
  • Diminuição da possibilidade de trauma
  • Diminuição da possibilidade de torção
  • Facilitar o exame do testículo
36
Q

Tratameno para criptorquidia/ectopia testicular e pra testículo retrátil

A

Criptorquidia:
- Orquidopexia > entre 6m e 1a, obrigatoriamente antes de 2a
Testículo retrátil:
- Acompanhamento clínico

37
Q

Complicações da orquidopexia

A
  • Hematoma
  • Infecção
  • Lesão do nervo ileo inguinal
  • Retração testicular
  • Torção pós-operatória
  • Lesão do deferente
  • Atrofia testicular