Choque Hipovolêmico e reposta volêmica Flashcards
Proporção de pacientes responsivos a volume
40-72%
50% em média
Etiologia do choque hipovolêmico
Perdas hemorrágicas ou não hemorrágicas
Hemorrágicas: perda para o meio externo ( trauma) ou meio interno ( hemotórax, hemorragia digestiva)
Não hemorrágicas: fluido acelular intravascular para o meio externo (vômitos, diarreia, diurese) ou por transferência de fluidos para o meio extravascular ( edema, derrames cavitários)
Quadro clínico de choque - anamnese e inspeção (4)
Alterações no nível de consciência
Oligúria
Pele fria e pálida
Livedo reticular
Exame físico no choque hipovolêmico
Taquicardia, taquipenia e diminuição da pressão de pulso
Laboratório no choque hipovolêmico
Acidose metabólica, hiperlactatemia, azotemia, piora da função renal, aumentado da densidade e da osmolalidade urinária
Situação de hipotensão no choque
Choque já está avançado, pois a taxa de extração já estaria alta previamente. Seguindo o gráfico de “reserva”
Hipotensão postural como indicador do choque
Queda de mais de 20 mmHg na PA quando sai de decúbito para ortostatimo
Aumento na FC > 30 BPM
Muito específico mas pouco sensível
Choque hemorrágico, fisiopatologia ?
O que é mais importante volume ou Hb?
Redução da volemia, pré-carga e da capacidade de transporte de O2 por redução do carreador ( hemácia).
A queda de pré-carga é a parte mais importante do choque.
E não o conteúdo de Hb
Ressuscitação hipotensiva em trauma vs meta de normotensão
Infusão de cristaloides rapidamente para restaurar a PA o mais rápido possível.
Contudo há controvérsias de que essa seja a melhor estratégia, com novos modelos propondo a ressuscitação de forma a aumentar gradualmente a PA
Reposição volêmica no paciente crítico - OBJETIVOS
Restaurar a perfusão tecidual e normalizar o metabolismo oxidativo;
Corrigir a hipovolemia absoluta e/ou relativa
Melhorar o DC por meio do aumento da pré-carga
Formas de administração de fluidos
IV de forma rápida 5-15 minutos.
A cada infusão, checar resposta ao fluido e determinar necessidade de continuar tratamento
Preferência por acessos de curto comprimento e grosso calibre permitem passagem de maior fluxo. Lei de Poiseuille
Reposição com cristaloides. Regras de infusão e reações adversas ( 2)
Regra 3:1 . 3x o volume estimado perdido no choque é infundido.
Acidose hiperclorêmica com Soro Fisiológico NaCl
Hipernatremia
Cristaloides vs Coloides
Cristaloide e Albumina - seguro sem diferença na mortalidade
Cristaloide e Amido - aumento de lesão renal aguda em pacientes com sepse
Cristaloides e coloides com potencial de lesão renal aguda ou piora em crônicos/ sépticos
NaCl -> Acidose metabólica hiperclorêmica e ativação do feedback túbulo glomerular
Amido -> sobrecarga renal por ser ptn de alto peso molecular
O que é Índice de Choque e como calcular?
Procura estimar uma maior probabilidade do paciente ter choque circulatório.
FC/PAS 0,5-0,7 é normal | >0,7 é indicativo de choque
Modified Schock Index
FC/PAM -> 0,5-0,9 NORMAL
>0,9 - > Indicativo de choque
Tempo de enchimento capilar, qual o tempo de acordo com a faixa etária?
Jovens até 3s
Idosos até 4s
Uso da PVC na avaliação da responsividade à volume, como fazer e não fazer?
Não é um bom indicador sozinho, mas pode ser usado em medições sequenciais.
Qual fator observar na PVC ao infundir volume?
Como avaliá-lo durante a infusão de volume?
E os extremos de pressão?
Complacência vascular. A capacidade de infundir volume sem aumentar a pressão.
Pacientes responsivos passam por um período complacente até encontrar uma resistência, com o aumento da PVC. Quando encontrar esse aumento e para de crescer a PVC sabemos que o paciente não está sendo mais fluido responsivo.
Valores baixos como 5mmHg ou altos como 20mmHg são fortes indicativos, respectivamente, da responsividade e da não responsividade à volume.
Diurese no choque hipovolêmico, como se comporta?
Situações de aumento e diminuição
Aumeta no estado hiperosmolar e hiperglicêmico e sob o efeito de catecolaminas no trauma.
Para o rim falir por hipoperfusão, deve existir muita hipoperfusão.