Cefaleias Flashcards

1
Q

Quais as patologias mais prevalentes?

A

1º Cáries dentárias
2º Cefaleia do tipo tensional
3º Enxaqueca

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2
Q

Qual o sistema de dor cefálica?

A

Sistema trigemiovascular: Recetores/Terminações do trigémio (vasos, meninges, cor cabeludo, face, …,) -> gânglio do trigémio -> Núcleo caudado do trigémio -> Sistema nervoso

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3
Q

Quais as estruturas anatómicas que possuem terminações nervosas que transmitem dor?

A
Intracranianas:
- Vasos sanguíneos
- Meninges
- Nervos cranianos
Extracranianas:
- ATM
- Dentes
- Seios perinasais
- Órbitas
- Artérias extracranianas
- Coluna cervical
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4
Q

Como se classificam as cefaleias?

A

Cefaleias primárias: Sem alteração estrutural e com um fenótipo característico sindromático
Cefaleias secundárias: Alteração estrutural ou funcional, sem correlação sindromática

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5
Q

Como se classifica uma cefaleia por uso excessivo de medicamentos?

A
  • Ocorrem mais de 15 dias/mês
  • Doente com cefaleias prévias
  • Consumo excessivo de fármacos durante pelo menos 3 meses
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6
Q

Check list sinais de alarme

A
  1. Cefaleia de instalação súbita
  2. Cefaleia de novo ou de intensidade maior (first ou worst)
  3. Cefaleia com outros sinais neurológicos
  4. Cefaleia após TCE, principalmente em idosos, doentes anticoagulados ou epilépticos
  5. Cefaleia com o aumento da pressão intracraniana (manobras de vasalva, atividade sexual, …)
  6. Cefaleia de novo após os 50-55 anos
  7. Cefaleia em doentes imunodeprimidos ou com neoplasia conhecida
  8. Cefaleia de novo pré ou pos parto
  9. Cefaleia intensa acompanhada de febre
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7
Q

O que se deve procurar à observação de um doente com cefaleia?

A
  1. Hipertensão arterial
  2. Alteração das artérias temporais na fundoscopia
  3. Sindrome de Horner
  4. Patologia ocular (nomeadamente glaucoma)
  5. Rinorreia e/ou dor à palpação dos seios perinasais
  6. Disfunção da ATM e ou dos dentes (Dor, ressaltos, limitação da ATM)
  7. Trigger points e zonas de emergências de nervos
  8. Pontos sensíveis epicranianos
  9. Limitação da mobilidade cervical ou pontos doloroso
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8
Q

Quais as situações com necessidade de referenciação e de investigação?

A
  1. Sempre que existem sinais de alarme
  2. Cefaleia primária difícil de tratar (Enxaqueca crónica, cefaleia refractária, …)
  3. Cefaleia primária mais rara (Cefaleia em salvas, cefaleia da tosse, nevralgia do trigémio, cefaleias atípicas)
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9
Q

Como se caracteriza a enxaqueca?

A
  • Doença do cérebro poligeneticamente determinada
  • Resultante de alterações do processamento sensorial e da excitabilidade cortical
  • Manifesta-se por episódios de crises
  • 85% são enxaquecas sem aura
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10
Q

Como se caracteriza uma crise de enxaqueca?

A
  • Instalação progressiva
  • Dor pulsátil
  • Hemicraniana
  • Região temporo-orbitária (área do trigémio)
  • Intensidade moderada a severa
  • Piora com o esforço -> Intolerância ao esforço e a tosse
  • Intolerância sensorial
  • Queixas GIs e cognitivas
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11
Q

Qual a terapêutica aguda das crises de enxaqueca?

A

1ª linha: AINEs
2ª linha: Triptanos (quando insuficientes, combinar com AINEs de ação rápida)
3ª linha: Ditanos ou Gepants
Pode ser necessário associar um medicamento para as queixas GIs: Antieméticos pró cinéticos

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12
Q

Enxaqueca crónica

A

“Enxaqueca transformada”: Subtipo de enxaqueca com um limiar muito baixo para desencadear crises

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13
Q

Critérios de classificação de enxaqueca com aura

A

A. Pelo menos 2 episódios preenchem os critérios B e C
B. Um ou mais sintomas de aura, totalmente reversíveis:
1. visual
2. sensitivo
3. fala e/ou linguagem
4. motor
5. Tronco cerebral
6. retiniano
C. Pelo menos duas das quatro características seguintes:
1. Pelo menos um sintoma de aura alastra gradualmente em 5 ou mais minutos, e/ou 2 ou mais sintomas aparecem sucessivamente
2. Cada sintoma individualmente dura 5-60min
3. Pelo menos um sintoma de aura é unilateral
4. a aura é acompanhada ou seguida em 60min por cefaleia
D. Não é melhor explicada por outro diagnóstico de ICHD-3 e foi excluída a hipótese de AIT

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14
Q

Critérios de classificação de Enxaqueca sem aura

A

A. Pelo menos 5 episódios preenchendo os critérios de B a D.
B. Episódio de cefaleia com duração 4-72h (não tratada ou tratamento sem sucesso)
C. A cefaleia tem, pelo menos, 2 das 4:
1. localização unilateral
2. pulsátil
3. dor moderada a grave
4. agravamento com atividade física ou evitamento
D. Durante a cefaleia, pelo menos um dos seguintes:
1. nauseas e/ou vómitos
2. fotofobia e fonofobia
E. Não melhor explicada por outros diagnósticos

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15
Q

Critérios de classificação de Enxaqueca crónica

A

A. Cefaleia em 15 ou mais dias por mês, durante mais de 3 meses e preenchendo os critérios B e C
B. Pelo menos 5 episódios preenchendo os critérios de B a D de Enxaqueca sem aura e/ou critérios B e C de Enxaqueca com aura
C. Em 8 ou mais dias por mês, durante mais de 3 meses, cumprindo algum dos seguintes:
1. Critérios C e D de Enxaqueca sem aura
2. Critérios B e C de Enxaqueca com aura
3. Convicção do doente de que é enxaqueca no ínicio e aliviada com triptano ou ergotamínico
D. Não melhor explicada por outro diagnóstico ICHD-3

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16
Q

Qual a terapêutica para enxaqueca crónica?

A

1ª linha: Preventivos orais, TOPIRAMATO
2ª linha: Toxina botulínica tipo A (Botox)
2ª linha (segunda opção): Anticorpos monoclonais anti-CRGP (Fremanezumab ou Erenumab)

17
Q

Como se classifica a Cefaleia de Tensão?

A
  • Repete-se, frequentemente, todos os dias
  • Dura entre 30 min a 7 dias
  • Bilateral
  • Sentida como um peso ou capacete que aperta a cabeça
  • Dor ligeira a moderada
  • Pode haver intolerância ao ruído
  • Agrava com o stress ou sob tensão
18
Q

Qual a terapêutica para cefaleia de tensão?

A
  • estilo de vida saúdavel
  • atividade física
  • excluir depressão
  • evitar analgésicos diários
  • Se muito incapacitante: preventivos orais
19
Q

Critérios de diagnóstico de nevralgia do trigémio

A

A. Pelo menos três episódios de dor facial unilateral preenchendo os critérios B e C
B. ocorre em uma ou mais divisões do nervo trigémio e sem irradiação para áreas para além da distribuição do trigémio
C. Dor tem, pelo menos, três destas:
1. recorrente em acessos paroxísticos, durante uma fração de segundos a 2min
2. intensidade grave
3. tipo choque eléctrico, facada, fisgada
4. desencadeada por estímulos inócuos no lado afetado da face
D. Não há défice neurológico clinicamente evidente
E. Não é melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3

20
Q

Qual a terapêutica da nevralgia do trigémio?

A

Terapêutica médica: Fármacos que diminuam a excitabilidade neuronal (Antiepilépticos, Botox, Antiespásticos - baclofeno)
terapêuticas ablativas para destruição do nervo: Álcool, fenol ou por radiofrequência
Terapêutica cirurgica (a mais eficaz): Descompreensão microvascular

21
Q

Como se classificam as cefaleias em salvas?

A
  1. Padrão temporal
    - Crises duram, em média, 45seg
    - Repetição circadiana
    - Predomínio noturno
    - Repetição circanual
  2. Características da dor
    - Unilateral fixa
    - Excrucitante (pior dor alguma vez sentida)
    - Sintomas autonómicos cranianos homolaterais (SNP - lacrimejo, injecão conjuntival, edema palpebral, rinorreia e obstrução nasal; SNS - ptose e miose)
22
Q

Critérios de diagnóstico de cafaleias em salvas

A

A. Pelo menos 5 episódios que preencham os critérios de B a D
B. Dor severa ou muito severa, unilateral, supraorbitária e/ou temporal, com duração 15-180seg (não tratada)
C. Um ou ambos:
1. Pelo menos um dos seguintes (homolateralmente):
- hiperemia da conjuntiva e/ou lacrimejo
- congestão nasal e/ou rinorreia
- edema da pálpebra
- sudorese da face e da região frontal
- miose e/ou ptose
2. Agitação
D. frequência da crises entre uma, em dias alternados, a 8 vezes por dia
E. Não é melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3

23
Q

Terapêutica das cefaleias em salvas

A

Terapêutica aguda: 02 100%, máscara nasal; triptanos; lidocaína (4-10%)
Terapêutica preventiva bridging: Corticóides; Bloqueio do nervo occipital com lidocaína ou dexametasona
Terapêutica preventiva: Verapamil, carbonato de lítio, topiramato, Galcanezumab, terapêuticas neuromoduladoras sobre o ganglio esfenopalatino, nervo occipital ou o vago