Caso 8 Flashcards

1
Q

o que é a imunidade humoral

A

o corpo desenvolve anticorpos circulantes, que são moléculas de globulina no plasma sanguíneo capazes de atacar o agente invasor. Esse tipo de imunidade é chamado de imunidade humoral ou imunidade dos linfócitos B, porque os linfócitos B produzem os anticorpos

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2
Q

o que é a imunidade celular

A

é obtido com a formação de um grande número de linfócitos T ativados, produzidos especificamente nos linfonodos para destruir o agente estranho. Essa é a chamada imunidade celular ou imunidade dos linfócitos T, pois os linfócitos ativados são linfócitos T.

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3
Q

o que precisa acontecer para desenvolver a imunidade adquirida

A

não se desenvolve antes da invasão por um organismo estranho ou toxina, está claro que o corpo deve ter algum mecanismo para reconhecer essa invasão.

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4
Q

o que uma molécula precisa para ser reconhecida como antígeno

A

Cada toxina ou organismo quase sempre contém um ou mais compostos químicos específicos em sua formação diferente(s) de todos os outros compostos

em geral, são proteínas ou grandes polissacarídeos que iniciam a imunidade adquirida; essas substâncias são chamadas de antígenos (do inglês, antibody generators, geradores de anticorpos).

Para uma substância ser antigênica, geralmente deve ter um alto peso molecular de 8.000 ou mais

Além disso, o processo de antigenicidade costuma depender da regularidade de grupos moleculares recorrentes, chamados de determinantes antigênicos (ou epítopos) , na superfície da grande molécula → Esse fator também explica por que as proteínas e os grandes polissacarídeos são quase sempre antigênicos, pois ambas as substâncias têm essa característica de conformação química espacial

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5
Q

A imunidade adquirida é o produto dos X do corpo

A

linfócitos

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6
Q

qual localização dos linfócitos no corpo (5)

A

Os linfócitos estão localizados mais extensivamente nos linfonodos, mas também são encontrados em tecidos linfoides especiais, como no baço, nas áreas submucosas do tubo gastrointestinal, no timo e na medula óssea

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7
Q

porque a distribuição no tecido linfoide é vantajosa?

A

é distribuído com vantagem pelo corpo para interceptar organismos invasores ou toxinas antes que possam disseminar-se amplamente.

Na maioria dos casos, o agente invasor entra primeiro nos líquidos teciduais e, em seguida, é transportado pelos vasos linfáticos para o linfonodo ou outro tecido linfoide. Por exemplo, o tecido linfoide das paredes gastrointestinais é exposto imediatamente aos antígenos que invadem o intestino. O tecido linfoide da garganta e da faringe (incluindo as amígdalas e as adenoides) está bem localizado para interceptar os antígenos que entram pelo trato respiratório superior. O tecido linfoide nos linfonodos é exposto a antígenos que invadem os tecidos periféricos do corpo, e o tecido linfoide do baço, do timo e da medula óssea desempenha o papel específico de interceptar agentes antigênicos que conseguirem atingir o sangue circulante.

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8
Q

embora a maioria dos linfócitos no tecido linfoide normal sejam parecidos quando estudados ao microscópio, essas células são claramente divididas em duas populações principais:

A

uma delas (os linfócitos T) é responsável pela formação dos linfócitos ativados que fornecem a imunidade mediada por células;

e à outra (os linfócitos B) cabe formar os anticorpos que fornecem a imunidade humoral

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9
Q

Da onde se originam os linfocitos T e B?

A

Ambos os tipos de linfócitos são derivados originalmente no embrião de células-tronco hematopoéticas multipotentes que formam células progenitoras linfoides comuns como uma de suas linhagens descendentes mais importantes, à medida que se diferenciam. Quase todos os linfócitos formados acabam, eventualmente, no tecido linfoide, mas, antes disso, eles são ainda mais diferenciados ou pré-processados das seguintes maneiras.

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10
Q

As células progenitoras linfoides eventualmente destinadas a formar linfócitos T ativados migram, a princípio, para o X, onde são pré-processadas. Chamadas de linfócitos T (a fim de se designar o papel do X), elas são responsáveis pela imunidade mediada por células.

A

X: timo

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11
Q

A outra população de linfócitos – os linfócitos B destinados a formar anticorpos – é pré-processada no X durante a metade da vida fetal e na Y no final da vida fetal e após o nascimento. Essa população de células foi descoberta inicialmente em aves, que têm um órgão especial de pré-processamento chamado bursa de Fabricius. Por esse motivo, esses linfócitos são chamados de linfócitos B (para se designar o papel da bursa) e responsáveis pela imunidade humoral.

A

X: fígado
Y: medula óssea

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12
Q

Qual função do timo no pré processamento dos linfócitos T

A

os linfócitos T, após sua origem na medula óssea, migram a princípio para o timo, onde eles se dividem rapidamente e, ao mesmo tempo, desenvolvem extrema diversidade para reagir contra diferentes antígenos específicos.

Ou seja, um linfócito tímico desenvolve reatividade específica contra um antígeno, e, então, o próximo linfócito desenvolve especificidade contra outro antígeno.

O timo também garante que qualquer linfócito T que o deixe não irá reagir contra proteínas ou outros antígenos presentes nos tecidos do próprio corpo; caso contrário, os linfócitos T seriam letais para o próprio corpo em apenas alguns dias.

O timo seleciona quais linfócitos T serão liberados, misturando-os primeiramente com quase todos os autoantígenos específicos dos próprios tecidos do corpo → Se um linfócito T reage, ele é destruído e fagocitado em vez de ser liberado, o que acontece com até 90% das células.

Assim, as únicas células, por fim, liberadas são aquelas não reativas contra os antígenos do próprio corpo – elas reagem apenas contra antígenos de uma fonte externa, como de uma bactéria, toxina ou mesmo com tecido transplantado de outra pessoa.

RESUMO: tornar específico contra um antígeno e tamém garantir que não sejam letais para o próprio corpo

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13
Q

quando ocorre o pré processamento dos linfócitos T no timo

A

A maior parte do pré-processamento dos linfócitos T no timo ocorre pouco antes do nascimento de um neonato e por alguns meses após o nascimento

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14
Q

Como ocorre o pré processamento dos linfócitos B de que maneira são diferentes do T (2)

A
  1. Em vez de todas as células desenvolverem reatividade contra o antígeno, como ocorre com os linfócitos T, os linfócitos B secretam ativamente anticorpos que são os agentes reativos. Esses agentes são grandes proteínas capazes de se combinar com a substância antigênica e destruí-la
  2. Os linfócitos B têm uma diversidade ainda maior do que os linfócitos T, formando, assim, muitos milhões de tipos de anticorpos dos linfócitos B com diferentes reatividades específicas. Após o pré-processamento, os linfócitos B, assim como os linfócitos T, migram para o tecido linfoide por todo o corpo, se alojam próximo, mas ligeiramente afastados, das áreas de linfócitos T.
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15
Q

Quando antígenos específicos entram em contato com os linfócitos T e B no tecido linfoide, alguns dos linfócitos T sofrem ativação causada pela exposição aos antígenos, tornando-se X, e certos linfócitos B são Y, passando a produzir anticorpos.

Os linfócitos T ativados e os anticorpos, por sua vez, reagem muito especificamente contra os tipos particulares de antígenos que iniciaram seu processo de desenvolvimento

A

X: linfócitos T ativados
Y:ativados

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16
Q

Milhões de tipos diferentes de linfócitos B pré-formados e de linfócitos T pré-formados capazes de originar tipos altamente específicos de anticorpos ou linfócitos T estão armazenados no tecido linfático

Cada um desses linfócitos pré-formados é capaz de criar apenas um tipo de anticorpo ou um tipo de linfócito T, com um único tipo de especificidade, e apenas o tipo específico de antígeno pode ativá-lo.

O QUE ACONTECE QUANDO UM LINFÓCITO T E B SÃO ATIVADOS POR SEU ANTÍGENO?

A

Uma vez que o linfócito específico é ativado por seu antígeno, ele se reproduz amplamente, formando um número enorme de linfócitos duplicados -> Se for um linfócito T, seus descendentes (linfócitos T sensibilizados) serão liberados na linfa e transportados para o sangue, passando, em seguida, a circular por todos os líquidos teciduais e a retornar para a linfa, repetindo esse circuito por meses ou anos.

Se for um linfócito B, seus descendentes irão, eventualmente, secretar um tipo específico de anticorpo que então circulará por todo o organismo.

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17
Q

Todos os diferentes linfócitos capazes de formar anticorpos ou linfócitos T específicos são chamados de um X .

A

X: clone de linfócitos

Ou seja, os linfócitos em cada clone são idênticos, derivados originalmente de um ou de alguns linfócitos iniciais, de seu tipo específico.

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18
Q

Porque os clones de linfócitos conseguem ter uma enorme multiplicidade?

A

O gene completo para formar cada tipo de linfócito T ou linfócito B nunca está presente nas células-tronco originais a partir das quais as células imunes funcionais são formadas.

Em vez disso, existem apenas segmentos gênicos – na verdade, centenas de tais segmentos –, mas não genes inteiros.

Durante o pré-processamento dos respectivos linfócitos T e B, esses segmentos gênicos se misturam entre si em combinações aleatórias, formando, então, os genes completos

Uma vez que existem várias centenas de tipos de segmentos de genes, bem como milhões de combinações diferentes nas quais os segmentos podem ser arranjados em células individuais, é possível entender os milhões de células com tipos de genes diferentes que podem ocorrer.

Para cada linfócito T ou B funcional que é finalmente formado, a estrutura do gene que o codifica confere a ele sua peculiar especificidade antigênica. Essas células maduras se tornam então os linfócitos T e B altamente específicos que se espalham e povoam o tecido linfoide

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19
Q

Explique o mecanismo de ativação dos clones de linfócitos ( B e T)

A

Cada clone de linfócitos responde a apenas um único tipo de antígeno (ou a vários antígenos semelhantes que têm quase exatamente as mesmas características estereoquímicas)

No caso dos linfócitos B, cada um deles contém, na superfície de sua membrana celular, cerca de 100.000 moléculas de anticorpos que irão reagir de maneira muito específica com apenas um tipo de antígeno. Portanto, quando o antígeno apropriado surge, ele imediatamente se liga ao anticorpo na membrana celular; isso leva ao processo de ativação, descrito em mais detalhes adiante.

No caso dos linfócitos T, moléculas semelhantes a anticorpos, chamadas proteínas receptoras de superfície (ou receptores de linfócitos T), estão na superfície da membrana dos linfócitos T e também são altamente específicas para um antígeno ativador específico. Um antígeno, portanto, estimula apenas as células que têm receptores complementares para o antígeno e já estão comprometidas a responder a ele

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20
Q

Qual é o papel dos macrófagos na ativação dos clones de linfócitos? qual substância ativadora especial secretada?

A

esses macrófagos revestem os sinusoides dos linfonodos, do baço e de outros tecidos linfoides, estando em aposição a muitos dos linfócitos dos linfonodos.

A maioria dos organismos invasores é fagocitada primeiro e parcialmente digerida pelos macrófagos, e os produtos antigênicos são liberados no citosol do macrófago

Os macrófagos então passam esses antígenos por contato de célula a célula diretamente para os linfócitos, levando assim à ativação dos clones linfocíticos especificados.

Os macrófagos, além disso, secretam uma substância ativadora especial, a interleucina-1, que promove ainda mais o crescimento e a reprodução dos linfócitos específicos.

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21
Q

Qual o papel dos linfócitos T na ativação dos linfócitos B?

A

A maioria dos antígenos ativa os linfócitos T e os linfócitos B ao mesmo tempo.

Alguns dos linfócitos T formados, chamados linfócitos T auxiliares (do inglês helper – daí os linfócitos T auxiliares serem também conhecidos como células Th), secretam substâncias específicas (conhecidas, coletivamente, como linfocinas) que ativam os linfócitos B específico

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22
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Como ocorre a formação de anticorpos e por quem é feito?

A

Plasmócitos

om a entrada de um antígeno estranho, os macrófagos do tecido linfoide fagocitam o antígeno e o apresentam aos linfócitos B adjacentes. Além disso, o antígeno é apresentado aos linfócitos T ao mesmo tempo, sendo então formados os linfócitos T auxiliares ativados, que também contribuem para a ativação extrema dos linfócitos B

Os linfócitos B específicos para o antígeno aumentam imediatamente e assumem a aparência de linfoblastos. Alguns linfoblastos se diferenciam ainda mais para formar plasmoblastos, que são precursores dos plasmócitos. Nos plasmoblastos, o citoplasma expande-se e o retículo endoplasmático granular prolifera amplamente. Os plasmoblastos então começam a dividir-se a uma taxa de aproximadamente uma vez a cada 10 horas, por cerca de nove divisões, dando uma população total em torno de 500 células para cada plasmoblasto original em 4 dias. O plasmócito maduro então produz anticorpos gamaglobulina a uma taxa extremamente rápida – cerca de 2.000 moléculas por segundo para cada plasmócito

RESUMO: linfócitos B → linfoblastos → plasmoblastos → o citoplasma expande-se e o retículo endoplasmático granular prolifera amplamente → se dividem → plasmócito → anticorpos

Por sua vez, os anticorpos são secretados na linfa e transportados para o sangue circulante. Esse processo continua por vários dias ou semanas até que, por fim, ocorram a exaustão e a morte dos plasmócitos.

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23
Q

IMUNIDADE HUMORAL
O que são as células de memória e como são formadas?

A

Alguns dos linfoblastos derivados da ativação de um clone de linfócitos B não passam a formar plasmócitos, mas, em vez disso, originam um número moderado de novos linfócitos B semelhantes ao do clone original.

a população de linfócitos B do clone especificamente ativado aumenta muito, e os novos linfócitos B são adicionados aos linfócitos originais do mesmo clone.

Eles também circulam pelo corpo inteiro para fazer parte da população de todo o tecido linfoide; entretanto, imunologicamente, permanecem dormentes até serem reativados por uma nova quantidade do mesmo antígeno. Esses linfócitos são chamados de células de memória

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24
Q

IMUNIDADE HUMORAL
o que é a memória imunológica e como funciona seu mecanismo?

A

ocorre por meio da formação das células de memória citadas no card anterior

além disso, deve-se à presença de anticorpos de longa duração e linfócitos de vida muito longa, que surgem durante a seleção clonal de linfócitos B e T estimulada por antígenos.

A exposição subsequente ao mesmo antígeno causará uma resposta desses anticorpos bem mais rápida e potente nessa segunda vez, pois há muito mais células de memória do que linfócitos B originais do clone específico

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25
Q

IMUNIDADE HUMORAL
qual mecanismo de memória imunológica relacionada a resposta primária e secundária

A

Uma medida da memória imunológica é o título de anticorpos, que representa a quantidade de anticorpos no soro. Após um contato inicial com um antígeno, não há anticorpos presentes durante um período de vários dias. Em seguida, ocorre uma elevação lenta no título de anticorpos, inicialmente de IgM e, então, de IgG, seguida de declínio gradual no título de anticorpos → resposta primária

As células de memória podem permanecer por décadas. Cada novo contato com o mesmo antígeno resulta em rápida proliferação das células de memória. Depois de contatos subsequentes, o título de anticorpos é muito maior do que durante a resposta primária e consiste principalmente em anticorpos IgG. Essa resposta acelerada e mais intensa é denominada resposta secundária. Os anticorpos produzidos durante a resposta secundária apresentam uma afinidade ainda maior pelo antígeno do que aqueles produzidos durante a resposta primária e, portanto, são mais bem-sucedidos na eliminação do antígeno.

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26
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Explique sobre a promoção de imunidade vitalícia pelos plasmócitos
o que são plasmócitos de vida curta e de vida longa?
cite dois exemplos de doenças que tem imunidade vitalícia

A

Quando os linfócitos B imaturos encontram seus antígenos associados e se tornam ativados, sofrendo então expansão clonal, eles se diferenciam entre plasmócitos de vida curta ou plasmócitos de vida longa que produzem grandes quantidades de anticorpos

Os plasmócitos de vida curta fornecem proteção rápida, mas sofrem apoptose após alguns dias de intensa secreção de anticorpos.

No entanto, os plasmócitos de vida longa residem em tecidos, como a medula óssea e o tecido linfoide associado ao intestino, e podem continuar produzindo anticorpos por muitos anos, fornecendo imunidade vitalícia contra doenças infecciosas, como sarampo e varíola.

Assim, os plasmócitos que produzem anticorpos neutralizantes de vírus podem ser mantidos por muitas décadas após a exposição, mesmo na décima década de vida em seres humanos.

Exemplo: varíola e gripe H1NI1 (gripe espanhola)

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27
Q

IMUNIDADE HUMORAL
sobre a natureza dos anticorpos
o que são? do que são compostos?

A

Os anticorpos são gamaglobulinas chamadas imunoglobulinas, que têm pesos moleculares entre 160.000 e 970.000 e constituem cerca de 20% de todas as proteínas plasmáticas

Todas as imunoglobulinas são compostas por combinações de cadeias polipeptídicas leves e pesadas.

A maioria é uma combinação de duas cadeias leves e duas cadeias pesadas

no entanto, algumas imunoglobulinas têm combinações de até 10 cadeias pesadas e 10 cadeias leves, que dão origem a imunoglobulinas de alto peso molecular. Além disso, em todas as imunoglobulinas, cada cadeia pesada é paralela a uma cadeia leve em uma de suas extremidades, formando, assim, um par pesado-leve; sempre há pelo menos dois e até 10 desses pares em cada molécula de imunoglobulina

mostra uma extremidade designada de cada cadeia leve e pesada, chamada de porção variável ; o restante de cada cadeia é chamado de porção constante.

A porção variável é diferente para cada anticorpo específico, e é essa porção que se liga especificamente a um tipo particular de antígeno.
A porção constante determina outras propriedades do anticorpo , estabelecendo fatores como difusividade do anticorpo nos tecidos, aderência a estruturas específicas nos tecidos, fixação ao sistema complemento, facilidade com que os anticorpos passam através das membranas e outras propriedades biológicas do anticorpo

Uma combinação de ligações não covalentes e covalentes (pontes dissulfeto) mantém juntas as cadeias leves e pesadas.

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28
Q

IMUNIDADE HUMORAL
sobre a natureza do antígeno
Uma substância menor que apresenta reatividade, mas que carece de imunogenicidade é denominada X. Ele pode estimular uma resposta imune somente se estiver ligado a uma molécula carreadora maior. Um exemplo é a pequena toxina lipídica da hera venenosa, que desencadeia uma resposta imune após a sua combinação com uma proteína corporal.
Essas respostas imunes estimuladas por hapteno são responsáveis por algumas reações alérgicas a medicamentos e a outras substâncias do ambiente

A

hapteno

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29
Q

IMUNIDADE HUMORAL
De qual maneira cada anticorpo é específico para determinado antígeno?

A

Cada anticorpo é específico para determinado antígeno; essa característica é resultado da organização estrutural única dos aminoácidos nas porções variáveis das cadeias leve e pesada.

A organização do aminoácido tem uma forma espacial diferente para cada especificidade antigênica; então, quando um antígeno entra em contato com ele, vários grupos prostéticos do antígeno encaixam-se como uma imagem no espelho com os do anticorpo, possibilitando, assim, uma ligação rápida e firme entre o anticorpo e o antígeno

30
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quando o anticorpo é altamente específico, há tantos locais de ligação que o acoplamento anticorpo-antígeno é muitíssimo forte, mantido junto por: (4)

A

(1) ligação hidrofóbica; (2) ponte de hidrogênio; (3) atrações iônicas; e (4) forças de van der Waals.

31
Q

IMUNIDADE HUMORAL
existem dois locais variáveis no anticorpo ilustrado para a ligação de antígenos, tornando esse tipo de anticorpo X. Uma pequena proporção dos anticorpos (os quais consistem em combinações de até 10 cadeias leves e 10 cadeias pesadas) tem até 10 locais de ligação.

A

X: bivalente

32
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais as cinco classes gerais de anticorpos

A

IgM, IgG, IgA, IgD e IgE.

33
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais características do IgA (onde são encontrados (8), a quem confere proteção, etc)

A

Representa de 10 a 15% de todos os anticorpos no sangue. Encontrada principalmente em: suor, lágrimas, saliva, muco, leite materno e secreções do sistema digestório. Quantidades menores são encontradas no sangue e na linfa. Ocorre na forma de monômeros e dímeros (duas unidades). Seus níveis diminuem durante o estresse, reduzindo a resistência à infecção. Proporciona uma proteção localizada das túnicas mucosas contra bactérias e vírus.

34
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais características do IgG (onde são encontrados (3), a quem confere proteção, etc)

A

Mais abundante, representa cerca de 80% de todos os anticorpos no sangue. É encontrada no plasma sanguíneo, na linfa e nos intestinos; apresenta estrutura de monômero (uma unidade). Protege contra bactérias e vírus ao intensificar a fagocitose, neutralizar as toxinas e desencadear o sistema complemento. É a única classe de anticorpos que atravessa a placenta da mãe para o feto, conferindo uma considerável proteção imune ao recém-nascido. Produzida durante as respostas de incompatibilidade de Rh.

35
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais características do IgE (onde são encontrados (1), onde está localizado (2) a quem confere proteção, etc)

A

Representa menos de 0,1% de todos os anticorpos do plasma sanguíneo; ocorre como monômeros. Está localizada nos mastócitos e basófilos e envolvida nas reações alérgicas e de hipersensibilidade; fornece proteção contra helmintos parasitas.

36
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais características do IgM (onde são encontrados (2), a quem confere proteção, etc)

A

Representa cerca de 5 a 10% de todos os anticorpos no plasma sanguíneo; é também encontrada na linfa. A IgM ocorre na forma de pentâmeros (cinco unidades).
É a primeira classe de anticorpos a ser secretada pelos plasmócitos após exposição inicial a qualquer antígeno.
Ativa o complemento e provoca aglutinação e lise dos microrganismos.
É também encontrada na forma de monômeros na superfície dos linfócitos B, onde atua como receptores de antígenos.
No plasma sanguíneo, os anticorpos anti-A e anti-B do grupo sanguíneo ABO, que se ligam aos antígenos A e B durante transfusões de sangue incompatível, também são anticorpos IgM

37
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Quais características do IgD(onde são encontrados (1), a quem confere proteção, etc)

A

Representa cerca de 0,2% de todos os anticorpos do plasma sanguíneo. Encontrada principalmente na superfície dos linfócitos B como receptores de antígenos, onde ocorre na forma de monômeros; envolvida na ativação dos linfócitos B.

38
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Os anticorpos atuam principalmente de duas maneiras para proteger o corpo contra agentes invasores:

A

(1) pelo ataque direto ao invasor; e

(2) pela ativação do sistema complemento, que então tem múltiplos meios próprios para destruir o invasor.

39
Q

IMUNIDADE HUMORAL
explique a ação direta dos anticorpos sobre os agentes invasores (4)

A

devido à natureza bivalente dos anticorpos e aos vários locais antigênicos na maioria dos agentes invasores, os anticorpos podem inativar o agente invasor de uma das várias maneiras, como se segue:

  1. Aglutinação, na qual várias partículas grandes com antígenos em suas superfícies (p. ex., bactérias ou hemácias) são unidas formando grumos.
  2. Precipitação, na qual o complexo molecular de antígeno solúvel (p. ex., toxina do tétano) e anticorpo fica tão grande que se torna insolúvel e se precipita.
  3. Neutralização, na qual os anticorpos cobrem os sítios tóxicos do agente antigênico.
  4. Lise, na qual alguns anticorpos potentes são, em certas ocasiões, capazes de atacar diretamente as membranas de agentes celulares e, assim, causar a ruptura do agente.

Essas ações diretas dos anticorpos muitas vezes não são fortes o suficiente para desempenhar um papel importante na proteção do corpo contra o invasor.

A maior parte da proteção ocorre por meio dos efeitos amplificadores do sistema complemento

40
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Explique a ação dos anticorpos pela ativação do sistema complemento
-Qual principal função do sistema complemento
-Quais principais atores (4)

A

A principal função do sistema complemento é aumentar (complementar) as ações dos anticorpos e das células fagocitárias na neutralização e destruição de patógenos, remoção de células danificadas do corpo e estimulação da inflamação.

Complemento é um termo coletivo que descreve um sistema de cerca de 20 proteínas, muitas das quais são precursoras de enzimas.

Os principais atores nesse sistema são 11 proteínas designadas de C1 a C9, B e D

todos elas estão presentes normalmente entre as proteínas plasmáticas do sangue, bem como entre as proteínas que extravasam dos capilares para os espaços teciduais.

As precursoras da enzima tendem a ser inativas, mas podem ser ativadas pela chamada via clássica

41
Q

IMUNIDADE HUMORAL
VIA CLASSICA SISTEMA COMPLEMENTO
Diversos produtos finais são formados, conforme mostrado à direita na figura, e vários deles têm efeitos importantes que ajudam a evitar danos aos tecidos corporais causados pelo organismo invasor ou pela toxina.
Entre os efeitos mais importantes estão os seguintes: (7)

A
  1. Opsonização e fagocitose. Um dos produtos da cascata do complemento, o C3b, ativa fortemente a fagocitose pelos neutrófilos e macrófagos, fazendo com que essas células engolfem as bactérias às quais os complexos antígeno-anticorpo estão ligados. Esse processo, denominado opsonização, frequentemente aumenta por centenas de vezes o número de bactérias que podem ser destruídas.
  2. Lise. Um dos mais importantes de todos os produtos da cascata do complemento é o complexo de ataque à membrana (também chamado de complexo citolítico), que é uma combinação de múltiplos fatores do complemento designados como C5b6789. Esse complexo de ataque à membrana se insere na bicamada lipídica da membrana celular, criando poros permeáveis aos íons e causando a ruptura osmótica das membranas celulares de bactérias ou de outros organismos invasores
  3. Aglutinação. Os produtos do complemento também alteram as superfícies dos organismos invasores, fazendo com que fiquem aderidos uns aos outros, promovendo assim a aglutinação.
  4. Neutralização de vírus. As enzimas do complemento e outros produtos do complemento podem atacar as estruturas de alguns vírus e, assim, torná-los não virulentos.
  5. Quimiotaxia. O fragmento C5a inicia a quimiotaxia de neutrófilos e macrófagos, fazendo com que um grande número desses fagócitos migre para a área tecidual adjacente ao agente antigênico.
  6. Ativação de mastócitos e basófilos. Os fragmentos C3a, C4a e C5a ativam mastócitos e basófilos, fazendo com que eles liberem histamina, heparina e várias outras substâncias nos líquidos locais. Essas substâncias, por sua vez, aumentam o fluxo sanguíneo local e o extravasamento de líquido e proteínas plasmáticas para o tecido, além de desencadearem outras reações teciduais locais que ajudam a inativar ou a imobilizar o agente antigênico. Esses mesmos fatores desempenham um papel importante na inflamação (discutida no Capítulo 34) e na alergia, abordada posteriormente.
  7. Efeitos inflamatórios. Além dos efeitos inflamatórios causados pela ativação dos mastócitos e dos basófilos, vários outros produtos do complemento contribuem para a inflamação local, fazendo com que: (1) o fluxo sanguíneo já elevado aumente ainda mais; (2) o extravasamento capilar de proteínas seja aumentado; e (3) as proteínas do líquido intersticial coagulem nos espaços teciduais, evitando assim o movimento do organismo invasor através dos tecidos.
41
Q

IMUNIDADE HUMORAL
Explique a via clássica de ativação do sistema complemento

A

A via clássica é iniciada por uma reação antígeno-anticorpo. Ou seja, quando um anticorpo se liga a um antígeno, um local reativo específico na porção constante do anticorpo torna-se descoberto, ou ativado, e este, por sua vez, liga-se diretamente à molécula C1 do sistema complemento.

Isso coloca em movimento uma cascata de reações sequenciais, começando com a ativação da proenzima C1

As enzimas C1 formadas ativam, em seguida, quantidades sucessivamente crescentes de enzimas nos estágios posteriores do sistema, de modo que, a partir de um pequeno começo, ocorre uma reação extremamente grande e amplificada.

Diversos produtos finais são formados, conforme mostrado à direita na figura, e vários deles têm efeitos importantes que ajudam a evitar danos aos tecidos corporais causados pelo organismo invasor ou pela toxina.

TORTORA: A via clássica começa quando os anticorpos ligam-se a antígenos (microrganismos). O complexo antígeno-anticorpo liga-se ao C1 e o ativa. Por fim, o C3 é ativado, e os fragmentos de C3 iniciam a fagocitose, a citólise e a inflamação.

42
Q

IMUNIDADE HUMORAL
sistema complemento
O C3 pode ser ativado de três maneiras:

A
  1. A via clássica começa quando os anticorpos ligam-se a antígenos (microrganismos). O complexo antígeno-anticorpo liga-se ao C1 e o ativa. Por fim, o C3 é ativado, e os fragmentos de C3 iniciam a fagocitose, a citólise e a inflamação.
  2. A via alternativa não envolve anticorpos. É iniciada por uma interação entre complexos de lipídio-carboidrato na superfície dos microrganismos e fatores proteicos B, D e P do complemento. Essa interação ativa o C3.
  3. Na via da lectina, os macrófagos que digerem microrganismos liberam substâncias químicas que fazem com que o fígado produza proteínas denominadas lectinas. As lectinas ligam-se aos carboidratos na superfície dos microrganismos, causando finalmente a ativação de C3.
43
Q

IMUNIDADE CELULAR
Explique sobre a liberação de linfócitos T ativados do tecido linfoide e formação de células de memória

A

em vez de liberar anticorpos, são formados linfócitos T totalmente ativados e liberados na linfa.

Estes, por sua vez, passam então para a circulação, são distribuídos por todo o corpo, atravessam as paredes dos capilares para os espaços teciduais, voltam para a linfa e para o sangue outra vez e circulam repetidamente por todo o corpo, às vezes durando meses ou até anos

Além disso, os linfócitos T de memória são formados da mesma maneira que os linfócitos B de memória no sistema de anticorpos. Ou seja, quando um clone de linfócitos T é ativado por um antígeno, muitos dos linfócitos recém-formados são preservados no tecido linfoide para se tornarem linfócitos T adicionais daquele clone específico; na verdade, essas células de memória até se espalham por todo o tecido linfoide do corpo inteiro

Portanto, na exposição subsequente ao mesmo antígeno em qualquer parte do corpo, a liberação de linfócitos T ativados ocorre de maneira muito mais rápida e potente do que durante a primeira exposição

44
Q

IMUNIDADE CELULAR
Os três principais tipos de células apresentadoras de antígenos:

A

são macrófagos, linfócitos B e células dendríticas.

44
Q

IMUNIDADE CELULAR
Qual diferença do linfócito T pro B na resposta ao conhecimento do antígeno?

A

Embora os linfócitos B reconheçam antígenos intactos, os linfócitos T respondem aos antígenos apenas quando estão ligados a moléculas específicas, chamadas proteínas MHC, na superfície das células apresentadoras de antígenos (APC) nos tecidos linfoides

45
Q

IMUNIDADE CELULAR
As X, as mais potentes das células apresentadoras de antígenos, estão localizadas por todo o corpo e têm como principal função apresentar antígenos aos linfócitos T.

A

células dendríticas (também conhecidas como células acessórias)

46
Q

IMUNIDADE CELULAR
A interação das proteínas de adesão celular é crítica para possibilitar que os linfócitos T se liguem às células apresentadoras de antígenos por tempo suficiente a fim de se tornarem ativadas.
COMO OCORRE ESSA INTERAÇÃO?

A

As proteínas MHC são codificadas por um grande grupo de genes denominado complexo de histocompatibilidade principal (MHC). As proteínas MHC ligam-se a fragmentos de peptídeos das proteínas dos antígenos, que são degradados dentro das células apresentadoras de antígenos e, em seguida, transportados para a superfície celular.

Os antígenos na superfície das células apresentadoras de antígenos ligam-se às moléculas receptoras nas superfícies dos linfócitos T da mesma maneira que se ligam aos anticorpos das proteínas plasmáticas.

Essas moléculas receptoras são compostas por uma parte variável semelhante à porção variável do anticorpo humoral, mas sua parte principal está firmemente ligada à membrana celular do linfócito T. Existem cerca de 100.000 locais receptores em um único linfócito T.

Línfocito T se liga a proteínas de adesão célula a célula e ao mesmo tempo a proteína MHC que fica na superfície da Célula apresentadora de atíngeno e está ligada a proteína estranha se liga ao receptor de linfócito T

47
Q

IMUNIDADE CELULAR
Existem dois tipos de proteínas MHC:

A

(1) proteínas MHC classe I, que apresentam antígenos para os linfócitos T citotóxicos; e

(2) proteínas MHC classe II, que apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares.

Essas glicoproteínas transmembrana são também denominadas antígenos leucocitários humanos (HLA), visto que foram identificadas pela primeira vez nos leucócitos

48
Q

IMUNIDADE CELULAR
Os linfócitos X são os mais numerosos dos linfócitos T, geralmente constituindo mais de 75% de todos eles

A

T auxiliares

49
Q

IMUNIDADE CELULAR
Já está claro que existem vários tipos de linfócitos T, classificados em três grupos principais:

A

(1) linfócitos T auxiliares; (2) linfócitos T citotóxicos; e (3) linfócitos T reguladores (também chamados de linfócitos T supressores). As funções de cada um desses linfócitos T são distintas.

50
Q

IMUNIDADE CELULAR
Qual função dos linfócitos T auxiliares? De que forma realizam essa função?

A

eles ajudam nas funções do sistema imunológico de várias maneiras: atuam como o principal regulador de praticamente todas as funções imunológicas

fazem isso formando uma série de proteínas mediadoras, denominadas linfocinas, que agem sobre outras células do sistema imunológico, bem como sobre as células da medula óssea.

51
Q

IMUNIDADE CELULAR
quais quatro funções regulatórias das linfocinas de maneira geral

A
  1. Estimulação do crescimento e da proliferação dos linfócitos T citotóxicos e dos linfócitos T reguladores.
  2. Estimulação do crescimento e da diferenciação dos linfócitos B para formar plasmócitos e anticorpos.
  3. Ativação dos macrófagos
  4. Efeito de feedback estimulante sobre os linfócitos T auxiliares.
52
Q

IMUNIDADE CELULAR
FUNÇÕES REGULATÓRIAS DAS LINFOCINAS
Sobre a estimulação do crescimento e da proliferação dos linfócitos T citotóxicos e dos linfócitos T reguladores, qual papel da linfocina?

A

Na ausência de linfócitos T auxiliares, os clones para a produção de linfócitos T citotóxicos e linfócitos T reguladores são apenas ligeiramente ativados pela maioria dos antígenos.

linfocina interleucina-2 tem um efeito estimulador especialmente intenso em causar o crescimento e a proliferação dos linfócitos T citotóxicos e reguladores. Além disso, várias das outras linfocinas têm efeitos menos potentes

53
Q

IMUNIDADE CELULAR
FUNÇÕES REGULATÓRIAS DAS LINFOCINAS
Sobre a estimulação do crescimento e da diferenciação dos linfócitos B para formar plasmócitos e anticorpos. , qual papel da linfocina?

A

As ações diretas dos antígenos para causar o crescimento dos linfócitos B, a proliferação, a formação de plasmócitos e a secreção de anticorpos também são pouco intensas sem o auxílio dos linfócitos T auxiliares.

Quase todas as interleucinas participam da resposta dos linfócitos B, mas especialmente as interleucinas 4, 5 e 6 . Essas três têm efeitos tão potentes sobre os linfócitos B que foram chamadas de fatores estimuladores dos linfócitos B ou fatores de crescimento dos linfócitos B.

54
Q

IMUNIDADE CELULAR
FUNÇÕES REGULATÓRIAS DAS LINFOCINAS
qual papel das linfocinas na ativação dos macrófagos? (2)

A

As linfocinas também afetam os macrófagos. Em primeiro lugar, elas retardam ou interrompem a migração dos macrófagos após terem sido atraídos por quimiotaxia para a área do tecido inflamado, causando, assim, grande acúmulo de macrófagos.

Em segundo lugar, elas ativam os macrófagos para causar uma fagocitose mais eficiente, possibilitando que ataquem e destruam um número crescente de bactérias invasoras ou outros agentes destruidores dos tecidos

55
Q

IMUNIDADE CELULAR
FUNÇÕES REGULATÓRIAS DAS LINFOCINAS
Sobre o efeito de feedback estimulante sobre os linfócitos T auxiliares, qual papel das linfocinas?

A

Algumas das linfocinas, em especial a interleucina-2, têm um efeito de feedback positivo direto na estimulação da ativação dos linfócitos T auxiliares

Isso atua como um amplificador, aumentando ainda mais a resposta das células auxiliares, bem como toda a resposta imunológica a um antígeno invasor.

56
Q

IMUNIDADE CELULAR
Qual função dos T citotóxicos?

A

os linfócitos T citotóxicos são células de ataque direto, capazes de matar microrganismos e, às vezes, até algumas das células do próprio corpo

Portanto, eles agem de maneira semelhante às células NK (natural killer)

As proteínas receptoras nas superfícies das células citotóxicas CD8+ fazem com que elas se liguem fortemente aos organismos ou às células que contêm o antígeno de ligação específico apropriado.

Elas então matam a célula atacada

É de especial importância que esses linfócitos T citotóxicos possam desprender-se das células vitimadas após terem perfurado poros e liberado substâncias citotóxicas e, em seguida, seguir em frente para matar mais células. Algumas dessas células persistem por meses nos tecidos.

Certos linfócitos T citotóxicos são especialmente letais para as células do tecido que foram invadidas por vírus, pois muitas partículas virais ficam presas nas membranas das células teciduais e atraem linfócitos T em resposta à antigenicidade viral

As células citotóxicas também desempenham um papel importante na destruição de células cancerosas, células cardíacas transplantadas ou outros tipos de células estranhas ao corpo da própria pessoa.

57
Q

IMUNIDADE CELULAR
Qual mecanismo de ação dos T citotóxicos (5 substâncias)

A

Após a ligação, o linfócito T citotóxico secreta proteínas formadoras de poros, chamadas perforinas, que literalmente perfuram poros redondos na membrana da célula atacada

O líquido então flui com rapidez para a célula a partir do espaço intersticial.

Além disso, o linfócito T citotóxico libera substâncias citotóxicas direto na célula atacada. Quase imediatamente, a célula atacada fica muito inchada e tende a dissolver-se logo em seguida

  1. Os linfócitos T citotóxicos, que utilizam receptores em sua superfície, reconhecem e ligam-se às células-alvo infectadas que têm antígenos microbianos exibidos em sua superfície.
    Em seguida, o linfócito T citotóxico libera granzimas, enzimas envolvidas na digestão de proteínas que desencadeiam a apoptose Uma vez destruída a célula infectada, os microrganismos liberados são mortos pelos fagócitos.
  2. Como alternativa, os linfócitos T citotóxicos ligam-se às células infectadas do corpo e liberam duas proteínas de seus grânulos: a perforina e a granulisina.
    granulisina -> que entra pelos canais e destrói os microrganismos ao criar orifícios em suas membranas plasmáticas.

linfotoxina, que ativa as enzimas na célula-alvo. Essas enzimas provocam a fragmentação do DNA da célula-alvo, acarretando morte celular.

interferonas gama, que atraem e ativam as células fagocíticas, e o fator inibidor da migração de macrófagos, que impede a migração dos fagócitos do local de infecção.

58
Q

O que é a vigilângia imunológica? por quem são realizados? (3)

A

quando uma célula normal transforma-se em uma célula cancerosa, ela frequentemente exibe novos componentes de superfície celular, denominados antígenos tumorais; essas moléculas raramente ou nunca são exibidas na superfície das células normais. Se o sistema imune reconhecer um antígeno tumoral como não próprio, ele pode destruir todas as células cancerígenas que apresentam esse antígeno

são realizadas por linfócitos T citotóxicos, macrófagos e células natural killer.

A vigilância imunológica é mais efetiva na eliminação de células tumorais decorrentes de vírus causadores de câncer.

Por essa razão, os pacientes transplantados em uso de medicamentos imunossupressores para prevenção da rejeição do transplante apresentam uma incidência aumentada de cânceres associados a vírus.

59
Q

IMUNIDADE CELULAR
Qual função dos linfócitos T reguladores?

A

Muito menos se sabe sobre os linfócitos T reguladores (supressores) do que sobre as outras células, mas eles são capazes de suprimir as funções dos linfócitos T citotóxicos e dos linfócitos T auxiliares.

Acredita-se que essas funções supressoras dos linfócitos T reguladores CD4+ evitem que as células citotóxicas causem reações imunológicas excessivas capazes de danificar os próprios tecidos do corpo.

É provável que o sistema dos linfócitos T supressores desempenhe um papel importante na limitação da capacidade do sistema imunológico de atacar os tecidos do próprio corpo de um indivíduo, chamada de tolerância imunológica

60
Q

o que é a tolerância imunológica?

A

papel importante na limitação da capacidade do sistema imunológico de atacar os tecidos do próprio corpo de um indivíduo, chamada de tolerância imunológica

61
Q

Maior parte da tolerância resulta da X durante o y

A

X:seleção clonal
Y: pré-processamento.

62
Q

Onde acontece a maior parte da tolerância imunológica? (2 - T e B) e como ocorre?

A

Acredita-se que a maior parte da tolerância se desenvolva durante o pré-processamento dos linfócitos T no timo e dos linfócitos B na medula óssea.

experimentos mostraram que linfócitos imaturos específicos no timo, quando expostos a um antígeno potente, tornam-se linfoblastos, proliferam consideravelmente e, em seguida, combinam-se com o antígeno estimulante. Considera-se que tal efeito possa fazer essas células serem destruídas pelas células epiteliais tímicas, antes que sejam capazes de migrar e colonizar todo o tecido linfoide do corpo.

Durante o pré-processamento dos linfócitos no timo e na medula óssea, todos ou a maioria dos clones de linfócitos específicos para danificar os próprios tecidos do corpo parecem ser autodestruídos por causa de sua exposição contínua aos antígenos do corpo

63
Q

Mais de 100 doenças que resultam de autoimunidade foram descritas e incluem: 5 principais

A

(1)* febre reumática*, na qual o corpo se torna imunizado contra os tecidos das articulações e do coração, especialmente as valvas cardíacas, após a exposição a um tipo específico de toxina estreptocócica que contém um epítopo em sua estrutura molecular semelhante à estrutura de alguns dos autoantígenos do próprio corpo;
(2) um tipo de glomerulonefrite, na qual a pessoa fica imunizada contra as membranas basais dos glomérulos; (
3) miastenia gravis, na qual se desenvolve imunidade contra as proteínas receptoras de acetilcolina da junção neuromuscular, causando paralisia;
(4) esclerose múltipla (EM), na qual o sistema imunológico ataca a mielina que reveste as fibras nervosas, interrompendo a comunicação do sistema nervoso; e
(5) lúpus eritematoso sistêmico (LES), no qual a pessoa se torna imunizada contra diversos tecidos corporais diferentes ao mesmo tempo, uma doença que causa danos extensos e até a morte quando o LES é grave.

64
Q

as vezes, as pessoas perdem a tolerância imunológica de seus próprios tecidos.

Esse fenômeno ocorre em maior extensão à medida que o indivíduo envelhece. Geralmente ocorre após a destruição de alguns dos próprios tecidos do corpo, o que libera quantidades consideráveis de X circulando no corpo e, presumivelmente, causam imunidade Y

A

X:autoantígenos
Y: adquirida na forma de linfócitos T ativados ou anticorpos

65
Q

o que é a imunidade ativa natural

A

o próprio corpo da pessoa desenvolve anticorpos ou linfócitos T ativados em resposta à invasão do corpo por um antígeno estranho.

ex: exposição a microorganismos

66
Q

o que é a imunidade ativa artificial?

A

o próprio corpo da pessoa desenvolve anticorpos ou linfócitos T ativados em resposta à invasão do corpo por um antígeno estranho mas por antígenos introduzidos no corpo como por exemplo na vacinação
os antígenos são pré tratados para serem imunogênicos mas não patogênicos

67
Q

O que é imunidade passiva natural?

A

a imunidade temporária pode ser alcançada em um indivíduo sem que se injete qualquer antígeno, mas pela infusão de anticorpos, linfócitos T ativados ou ambos, obtidos do sangue de outra pessoa ou de algum outro animal que tenha sido ativamente imunizado contra o antígeno.

Natural: IgG transferidos da mãe pro feto na placenta ou IgA pelo leite materno

68
Q

o que é a imunidade passiva artificial?

A

a imunidade temporária pode ser alcançada em um indivíduo sem que se injete qualquer antígeno, mas pela infusão de anticorpos, linfócitos T ativados ou ambos, obtidos do sangue de outra pessoa ou de algum outro animal que tenha sido ativamente imunizado contra o antígeno.

exemplo: Injeção intravenosa de anticorpos (soro)