Caso 7 Flashcards
o que é a imunidade
a capacidade de resistir a quase todos os tipos de organismos ou toxinas que tendam a danificar os tecidos e os órgãos.
qual principal diferença entre a imunidade inata e adaptatativa?
Grande parte dela é a imunidade adquirida, que não se desenvolve até o corpo ser atacado pela primeira vez por uma bactéria, um vírus ou uma toxina; e frequentemente, são necessárias semanas ou meses para que a imunidade se desenvolva.
Já a inata em vez de processos direcionados a organismos patológicos específicos, existe um elemento adicional da imunidade que resulta de processos gerais.
a imunidade adquirida é causada por um sistema imunológico especial que forma anticorpos e/ou linfócitos ativados que atacam e destroem o organismo invasor específico ou a toxina.
A imunidade adquirida, muitas vezes, pode conferir um grau extremo de proteção.
A imunidade adquirida é o produto dos linfócitos do corpo
quais os 4 aspectos principais que constituem a imunidade inata
- Fagocitose de bactérias e outros invasores pelos leucócitos e pelas células do sistema dos macrófagos teciduais
- Destruição de organismos deglutidos pelas secreções ácidas do estômago e pelas enzimas digestivas.
- Resistência da pele à invasão por organismos → fornece uma extraordinária barreira física à entrada de micróbios e a descamação periódica das células epidérmicas ajuda a remover os microrganismos da superfície da pele. As bactérias raramente penetram na superfície intacta da epiderme saudável. No entanto, se essa superfície for rompida por cortes, queimaduras ou perfurações, os patógenos conseguem penetrar na epiderme e invadir os tecidos adjacentes ou circular no sangue para outras partes do corpo.
- Presença de certos produtos químicos e células no sangue, os quais se ligam a organismos estranhos ou toxinas e os destroem.
Imunidade inata guyton
Presença de certos produtos químicos e células no sangue, os quais se ligam a organismos estranhos ou toxinas e os destroem. Alguns deles são: (4)
- (1) lisozima, um polissacarídeo mucolítico que ataca bactérias e faz com que elas se dissolvam;
- (2) polipeptídeos básicos, que reagem e inativam certos tipos de bactérias gram-positivas;
- (3) o sistema complemento, descrito posteriormente, o qual contém cerca de 20 proteínas e pode ser ativado de várias maneiras para destruir bactérias; e
- (4) células natural killer (células NK), as quais são capazes de reconhecer e destruir células estranhas, células tumorais e até mesmo algumas células infectadas.
Quais outras mecanismos de primeira linha de defesa da imunidade inata (8)
- Muco: o qual lubrifica e umedece a superfície da cavidade. Como o muco é ligeiramente viscoso, retém muitos microrganismos e substâncias estranhas -> mucosa do nariz com pelos revestidos de muco, mucosa das vias respiratórias superiores nos cílios
- Aparelho lacrimal: produz e drena as lágrimas em resposta a irritantes. O piscar espalha as lágrimas sobre a superfície do bulbo do olho, e a ação de lavagem contínua das lágrimas ajuda a diluir os microrganismos e a impedir que eles se estabeleçam na superfície do olho. As lágrimas também contêm lisozima
- A limpeza da uretra pelo fluxo de urina retarda a colonização microbiana do sistema urinário.
- as secreções vaginais, por serem ligeiramente ácidas, eliminam os microrganismos do corpo nas mulheres, impedindo o crescimento bacteriano
- A defecação e o vômito também expulsam os microrganismos; por exemplo: em resposta a algumas toxinas microbianas, o músculo liso da parte inferior do sistema digestório contrai-se vigorosamente, e a diarreia resultante expele rapidamente muitos dos microrganismos
- As glândulas sebáceas da pele secretam uma substância oleosa, o** sebo**, que forma uma película protetora sobre a superfície da pele. Os ácidos graxos insaturados no sebo inibem o crescimento de determinadas bactérias e fungos patogênicos
7.A acidez da pele (pH de 3 a 5) é produzida, em parte, pela secreção de ácidos graxos e ácido láctico. - a transpiração ajuda a eliminar os microrganismos da superfície da pele.
qual segunda linha de defesa da imunidade inata? (5)
As substâncias antimicrobianas internas, os fagócitos, as células natural killer, a inflamação e a febre.
Existem quatro tipos principais de substâncias antimicrobianas que inibem o crescimento microbiano:
- Os linfócitos, os macrófagos e os fibroblastos infectados por vírus produzem proteínas denominadas interferonas (IFNs). Uma vez liberadas pelas células infectadas por vírus, as IFNs difundem-se para as células adjacentes não infectadas, onde induzem a síntese de proteínas antivirais que interferem na replicação dos vírus. Embora as IFNs não impeçam a adesão e a penetração dos vírus nas células hospedeiras, elas interrompem a sua replicação. Isso é importante pois os vírus só podem causar doença se forem capazes de se replicar no interior das células do corpo. As IFNs representam uma importante defesa contra a infecção por muitos vírus diferentes. Os três tipos de interferonas são: alfa, beta e gama-IFN.
- O sistema complemento é formado por um grupo de proteínas normalmente inativas no plasma sanguíneo e nas membranas plasmáticas. Quando ativadas, essas proteínas “complementam” ou intensificam determinadas reações imunes. O sistema complemento provoca citólise dos microrganismos, promove a fagocitose e contribui para a inflamação.
- As** proteínas de ligação do ferro** inibem o crescimento de determinadas bactérias ao reduzir a quantidade de ferro disponível. Os exemplos incluem a transferrina (encontrada no sangue e nos líquidos teciduais), a lactoferrina (encontrada no leite, na saliva e no muco), a ferritina (encontrada no fígado, no baço e na medula óssea vermelha) e a hemoglobina (encontrada nos eritrócitos).
- As proteínas antimicrobianas (PAMs) são peptídios curtos, que apresentam amplo espectro de atividade antimicrobiana. Exemplos de PAM incluem a dermicidina (produzida pelas glândulas sudoríparas), as defensinas e as catelicidinas (produzidas por neutrófilos, macrófagos e epitélios) e a trombocidina (produzida pelas plaquetas). Além de matarem uma ampla variedade de microrganismos, as PAMs podem atrair células dendríticas e mastócitos que participam das respostas imunes. Curiosamente, os microrganismos expostos às PAMs não parecem desenvolver resistência, como ocorre frequentemente em relação aos antibióticos.
Quando microrganismos penetram na pele e nas túnicas mucosas ou escapam das substâncias antimicrobianas do sangue, a próxima defesa inespecífica é constituída pelas X e pelos Y.
X: células natural killer (NK)
Y: fagócitos
Qual função das células NK, onde são encontradas(4)
Cerca de 5 a 10% dos linfócitos no sangue consistem em células NK. São também encontradas no baço, nos linfonodos e na medula óssea vermelha.
As células NK carecem das moléculas de membrana que identificam os linfócitos B e T, porém têm a capacidade de matar uma grande variedade de células infectadas do corpo e determinadas células tumorais
As células NK atacam qualquer célula do corpo que exiba proteínas de membrana plasmática anormais ou incomuns.
Como ocorre a ação das células NK
A ligação das células NK a uma célula-alvo, como uma célula humana infectada, desencadeia a liberação de grânulos que contêm substâncias tóxicas das células NK.
Alguns grânulos contêm uma proteína denominada perforina, a qual se insere na membrana plasmática da célula-alvo e cria canais (perfurações) na membrana. Em consequência, o líquido extracelular flui para dentro da célula-alvo, a qual, por fim, explode, um processo conhecido como citólise.
Outros grânulos das células NK liberam granzimas, que são enzimas responsáveis por digerir proteínas e induzir as células-alvo a sofrer apoptose ou autodestruição.
Esse tipo de ataque mata as células infectadas, porém não os microrganismos intracelulares; os microrganismos liberados, que podem ou não estar intactos, podem ser destruídos pelos fagócitos.
quais células que realizam a fagocitose (2)
neutrófilos e macrófagos
Os fagócitos devem ser seletivos quanto ao material que é fagocitado; caso contrário, células e estruturas normais do corpo podem ser ingeridas.
A ocorrência da fagocitose depende principalmente de três procedimentos seletivos:
- a maioria das estruturas naturais dos tecidos tem superfícies lisas, que resistem à fagocitose. No entanto, se a superfície for rugosa, a probabilidade de a fagocitose ocorrer aumenta.
- a maioria das substâncias naturais do corpo tem revestimentos proteicos protetores, que repelem os fagócitos. Por outro lado, a maioria dos tecidos mortos e das partículas estranhas não têm revestimentos protetores, o que os torna sujeitos à fagocitose.
- o sistema imunológico do corpo desenvolve anticorpos contra os agentes infecciosos, como as bactérias. Os anticorpos então aderem às membranas bacterianas e, assim, tornam as bactérias especialmente suscetíveis à fagocitose → a molécula de anticorpo também se combina com o produto C3 da cascata do sistema complemento → As moléculas C3, por sua vez, ligam-se a receptores na membrana dos fagócitos, iniciando, assim, a fagocitose. Esse processo pelo qual um patógeno é selecionado para a fagocitose e, então, destruído, é denominado de opsonização
como ocorre a fagocitose pelos neutrófilos
ao entrar nos tecidos já são células maduras que podem começar a fagocitose imediatamente
ao se aproximar de uma partícula a ser fagocitada → se liga a ela → projeta seus pseudópodes em todas as direções ao redor dela → se encontram do lado oposto e fundem → criação de uma câmara fechada que contém a partícula fagocitada
a câmara invagina para o interior da cavidade citoplasmática e se separa da membrana celular externa para formar uma vesícula fagocítica flutuante (também chamada de fagossomo) dentro do citoplasma.
Um único neutrófilo pode fagocitar de 3 a 20 bactérias antes que se torne inativo e morra.
como ocorre a fagocitose pelos macrófagos
Os macrófagos são o produto final dos monócitos que entram nos tecidos a partir do sangue. Quando ativados pelo sistema imunológico,, eles são fagócitos muito mais poderosos do que os neutrófilos, muitas vezes capazes de fagocitar até 100 bactérias.
Eles também têm a capacidade de engolfar partículas muito maiores, até mesmo hemácias inteiras ou, ocasionalmente, parasitos da malária, enquanto os neutrófilos não são capazes de fagocitar partículas muito maiores do que as bactérias.
Além disso, após digerir as partículas, os macrófagos podem expulsar os produtos residuais e, frequentemente, sobrevivem e funcionam por muitos mais meses.
Como ocorre o processo de fagocitose uma vez que a partícula é fagocitada
Uma vez que uma partícula estranha foi fagocitada, os lisossomos e os outros grânulos citoplasmáticos no neutrófilo ou no macrófago entram imediatamente em contato com a vesícula fagocítica e suas membranas se fundem, despejando muitas enzimas digestivas e agentes bactericidas na vesícula.
Assim, a vesícula fagocítica torna-se uma vesícula digestiva, e a digestão da partícula fagocitada começa de imediato
Tanto os neutrófilos quanto os macrófagos contêm uma abundância de lisossomos cheios de enzimas proteolíticas especialmente voltadas para a digestão de bactérias e de outras matérias proteicas estranhas.
Os lisossomos dos macrófagos (mas não dos neutrófilos) também contêm grandes quantidades de lipases, que digerem as espessas membranas lipídicas de algumas bactérias, como o bacilo da tuberculose
Quais as cinco fases da fagocitose pelo tortora
- Quimiotaxia. A fagocitose começa com a quimiotaxia, o movimento quimicamente estimulado dos fagócitos para o local de dano. As substâncias químicas que atraem os fagócitos podem provir de: microrganismos invasores, leucócitos, células teciduais danificadas ou proteínas do complemento ativadas.
- Aderência. A fixação do fagócito ao microrganismo ou a outro material estranho é denominada aderência. A ligação de proteínas do complemento ao patógeno invasor intensifica a aderência.
- Ingestão. A membrana plasmática do fagócito estende projeções, denominadas pseudópodos, que incorporam o microrganismo em um processo chamado ingestão. Quando os pseudópodos se encontram, eles fundem-se e envolvem o microrganismo em um saco, o fagossomo.
- Digestão. O fagossomo entra no citoplasma e funde-se com lisossomos, formando uma única estrutura maior, denominada fagolisossomo. O lisossomo contribui com a lisozima, responsável por quebrar as paredes celulares dos microrganismos, e com outras enzimas digestivas, que degradam carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos nucleicos. O fagócito também forma oxidantes letais, como ânion superóxido (O2–), o ânion hipoclorito (OCl–) e o peróxido de hidrogênio (H2O2), em um processo denominado explosão oxidativa.
- Morte. O ataque químico desferido pela lisozima, pelas enzimas digestivas e pelos oxidantes dentro do fagolisossomo mata rapidamente muitos tipos de microrganismos. Qualquer material que não possa ser degradado ainda mais permanece em estruturas denominadas corpos residuais.