CASO 1 Flashcards

1
Q

quais as funções dos rins (8)

A

1.Excreção de produtos do metabolismo e de substâncias químicas exógenas
2.Regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico
3.Regulação da osmolalidade e concentrações de eletrólitos nos líquidos corporais
4.Regulação da pressão arterial
5.Regulação do equilíbrio acidobásico
6.Regulação da produção de eritrócitos
7.Secreção, metabolismo e excreção de hormônios
8.Gliconeogênese.

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2
Q

O que são excretados de produtos do metabolismo e de substâncias químicas exógenas (6)

A
  • Ureia → metabolismo de aminoácidos
  • Creatinina → creatina muscular
  • Ácido úrico → ácidos nucleicos
  • Produtos finais da quebra a hemoglobina → ex: bilirrubina
  • metabólitos de diversos hormônios
  • devem ser eliminados do organismo tão logo sejam produzidos. Os rins também eliminam a maioria das toxinas e outras substâncias produzidas pelo organismo ou ingeridas, como pesticidas, fármacos e aditivos de alimentos.
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3
Q

como acontece a regulação do equilibrio hidrico e eletrolitico

A

para que se mantenha a homeostasia, a excreção de água e eletrólitos deve corresponder precisamente à sua entrada.

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4
Q

Regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico
- Se a entrada exceder a excreção, a quantidade dessa substância no organismo X
- Se a excreção exceder a entrada, a quantidade se Y

A

X: aumentará
Y: reduzirá.

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5
Q

Sobre a Regulação da pressão arterial como os rins exercem o papel a longo e a curto prazo?

A

a longo prazo por meio da excreção de quantidades variáveis de sódio e água.
a curto prazo secretando hormônios e fatores ou substâncias vasoativas (p. ex., renina) que conduzem à formação de produtos vasoativos (p. ex., angiotensina II).

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6
Q

como ocorre a regulação do equilibrio acidobasico

A

juntamente com os pulmões e tampões dos líquidos corporais, por meio da excreção de ácidos, reabsorção de bases e regulação dos estoques de tampões fisiológicos.

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7
Q

sobre a regulação do equilibrio acidobasico
Certos tipos de ácidos só podem ser eliminados pelos rins, como: (2).

A

os ácidos sulfúrico e fosfórico, os quais são produzidos pelo metabolismo das proteínas

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8
Q

como os rins fazem a regulação da produção de eritrocitos

A

Os rins secretam a eritropoetina, que estimula a produção de hemácias pelas células-tronco hematopoéticas na medula óssea rubra

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9
Q

qual importante estimula para secreção eritropoetina pelos rins

A

hipóxia

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10
Q

Em indivíduos com doença renal grave ou que tiveram seus rins removidos e são submetidos à hemodiálise, ocorre X resultante da diminuição da produção de eritropoetina

A

anemia grave

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11
Q

como os rins participam da secreção, metabolismo e excreção de hormônios

A

Os rins produzem a 1,25-di-hidroxivitamina D3 (calcitriol), forma ativa da vitamina D, por meio da hidroxilação da 25-hidroxivitamina D3 (originada no fígado) no carbono 1.

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12
Q

qual anatomia básica dos rins externa (4)

A

hilo -> través do qual o ureter emerge do rim, juntamente de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos
capsula fibrosa -> mais profunda, é uma lâmina transparente e lisa de tecido conjuntivo contínuo com o revestimento externo do ureter. Atua como barreira contra traumatismos e ajuda a manter o formato do rim
capsula adiposa: é uma massa de tecido adiposo que circunda a cápsula fibrosa→ protege o rim de traumatismos e o mantém firmemente em sua posição dentro da cavidade abdominal
fáscia renal -> : mais superficial, consiste em tecido conjuntivo irregular denso colagenoso e elástico, que ancora o rim às estruturas adjacentes e à parede abdominal

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13
Q

qual anatomia interna dos rins
cortex, medula, papila, colunas

A

corte coronal→ 2 regiões: córtex renal e medula renal
A medula renal consiste em várias pirâmides renais em formato de cone
A base de cada pirâmide está voltada para o córtex renal, enquanto seu ápice, papila renal, aponta em direção ao hilo renal
O córtex renal se estende da cápsula fibrosa até as bases das pirâmides renais e nos espaços entre elas.
divido em: zona cortical externa e uma zona justamedular interna
colunas renais: partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais

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14
Q

o X e as Y da medula renal constituem o parênquima, ou porção funcional do rim→ dentro tem os néfrons, unidades funcionais do rim

A

X: córtex renal
Y: pirâmides renais

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15
Q

O filtrado (líquido filtrado) formado pelos néfrons drena para grandes X , que se estendem através das Y das pirâmides. Os ductos papilares drenam para estruturas em caliciformes, denominadas Z

A

X: ductos papilares
Y: papilas renais
Z: cálices renais menores e cálices renais maiores

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16
Q

Após sua entrada nos X, o filtrado torna-se urina, visto que não pode mais ocorrer reabsorção.

A

X: cálices

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17
Q

A partir dos cálices renais X, a urina flui para uma grande cavidade única, denominada Y (pelv- = bacia) e, em seguida, através do ureter, até alcançar a bexiga urinária.

A

X: maiores
Y: pelve renal

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18
Q

O glomérulo contém uma rede de capilares glomerulares que se ramificam e se anastomosam com pressão hidrostática alta (cerca de 60 mmHg) comparada a outros leitos capilares. Esses capilares glomerulares são revestidos por células epiteliais, e todo o glomérulo está envolto pela

A

cápsula de Bowman.

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19
Q

qual caminho do liq filtrado pelos capilares glomerulares

A

O líquido filtrado pelos capilares glomerulares flui pela cápsula de Bowman e adentra o túbulo proximal, situado no córtex renal

Desse túbulo o líquido flui para a alça de Henle, que se aprofunda na medula renal.

Cada alça contém um ramo descendente e um ramo ascendente.

As paredes do ramo descendente e a extremidade inferior do ramo ascendente são muito delgadas e, portanto, recebem o nome de segmento delgado da alça de Henle

Após ascender metade de seu caminho até o córtex, a parede da alça torna-se muito mais espessa, recebendo o nome de segmento espesso do ramo ascendente.

Ao final do ramo ascendente espesso, encontra-se um curto segmento cuja parede apresenta uma placa de células epiteliais especializadas conhecida como mácula densa. → a mácula densa

Após a mácula densa, o líquido adentra o túbulo distal que, assim como o proximal, situa-se no córtex renal →. Em seguida, chega ao túbulo conector e ao túbulo coletor cortical, os quais conduzem ao ducto coletor cortical.

As porções iniciais de 8 a 10 ductos coletores corticais unem-se para formar um único ducto coletor maior, que corre para dentro da medula para se tornar o ducto coletor medular.→ Os ductos coletores fundem-se progressivamente, formando ductos maiores que, eventualmente, culminarão na pelve renal através das extremidades das papilas renais

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20
Q

Néfrons que apresentam glomérulos localizados na região externa do córtex são denominados néfrons

A

corticais.

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21
Q

Aproximadamente 20 a 30% dos néfrons apresentam glomérulos mais profundos no córtex renal, próximos à medula, sendo denominados néfrons

A

justamedulares

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22
Q

qual nefron tem alças de henle curtas e longas

A

curtas: corticais
longas: justamedulares

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23
Q

As taxas com que diferentes substâncias são excretadas na urina representam a soma de três processos renais

A
  1. Filtração glomerular de substâncias presentes no sangue
  2. Reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue
  3. Secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais
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24
Q

qual equação da taxa de excreção urinaria

A

Taxa de excreção urinária = Taxa de filtração – Taxa de reabsorção + Taxa de secreção

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25
Q

quais substâncias principais não são filtradas do plasma (2)

A

proteína e hemácias

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26
Q

qual exemplo de substância que é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, porém não sofre reabsorção nem secreção. Portanto, a sua taxa de excreção é igual à taxa com que foi filtrada

A

creatinina

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27
Q

quais substâncias é livremente filtrada, porém também é parcialmente reabsorvida dos túbulos de volta para o sangue. Ou seja, a taxa de excreção urinária é menor que a taxa de filtração nos capilares glomerulares. (2)

A

→ muitos eletrólitos como sódio e cloreto

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28
Q

quais susbtâncias é livremente filtrada nos capilares glomerulares, porém não é excretada na urina por ser toda ela reabsorvida dos túbulos para o sangue (2)

A

aminoácidos e glicose

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29
Q

quais substâncias é livremente filtrada nos capilares glomerulares e não sofre reabsorção, porém quantidades adicionais são secretadas a partir do sangue dos capilares peritubulares para dentro dos túbulos renais (2)

A

ácidos e bases orgânicas para serem depurados rapidamente e excretados em grandes quantidades na urina

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30
Q

quais dois passos principais para ocorrer a micção

A
  1. a bexiga se enche progressivamente até que a tensão em suas paredes aumente acima de um limiar
  2. reflexo de micção, que esvazia a bexiga ou, caso isso não ocorra, ao menos elicita um desejo consciente de urinar. → Embora o reflexo de micção seja de origem autônoma na medula espinhal, pode também ser inibido ou facilitado por centros corticais cerebrais ou do tronco encefálico.
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31
Q

a contração do músculo X é um importante passo no esvaziamento da bexiga

A

a contração do músculo detrusor é um importante passo no esvaziamento da bexiga

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32
Q

Na parede posterior da bexiga, imediatamente acima do colo vesical, há uma região triangular denominada X → Em seu ápice inferior, o colo vesical abre-se para a uretra posterior e, nos dois ângulos superiores do trígono, dois Y desembocam na bexiga → O trígono pode ser identificado por uma característica: a sua mucosa, o revestimento interno da bexiga, é lisa, diferente da mucosa do restante da bexiga, que é formada por pregas.

A

X:trígono
Y: ureteres

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33
Q

onde se localiza o esfincter interno e o musculo detrusor

A

colo vesical ou uretra posterior

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34
Q

onde se localiza o esfincter externo

A

diafragma urogenital

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35
Q

como a urina flui da pelve renal até a bexiga

A

A urina que flui dos ductos coletores até os cálices renais causa estiramento desses cálices e aumenta sua atividade de marca-passo inerente, que provoca contrações peristálticas distribuídas ao longo da pelve renal e do trajeto do ureter, forçando a urina a fluir da pelve renal até a bexiga

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36
Q

para que servem as contrações dos ureteres e por quem são aumentadas e diminuídas

A

Cada onda peristáltica que passa pelo ureter aumenta a sua pressão interna de forma que a região que passa dentro da parede vesical seja aberta para que a urina flua para dentro da bexiga.
são aumentadas pela estimulação parassimpática e inibidas pela estimulação simpática

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37
Q

quem impede o refluxo retrógrado da urina a partir da bexiga quando a pressão aumenta durante a micção nos ureteres

A

detrusor

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38
Q

o que é o refluxo vesicouretral

A

Em alguns indivíduos, a distância que o ureter percorre dentro da parede vesical é menor que o normal, fazendo com que a contração da bexiga durante a micção nem sempre produza oclusão completa do ureter. O resultado é que parte da urina contida na bexiga é propulsionada de volta ao ureter

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39
Q

o que é o reflexo ureterorrenal

A

Os impulsos da dor também induzem um reflexo simpático nos rins para promover constrição das arteríolas renais, diminuindo a produção de urina. Esse efeito recebe o nome de reflexo ureterorrenal e é importante para atenuar o fluxo de líquido que adentra a pelve de um rim cujo ureter se encontra obstruído.

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40
Q

como acontece o reflexo de micção, por quem é criada as contrações, os sinais sensitivos são conduzidos até onde e retornam por quem?

A

conforme a bexiga é preenchida, muitas contrações de micção sobrepostas vão surgindo, como demonstrado pelos picos pontilhados.

Elas resultam de um reflexo de estiramento deflagrado por receptores sensitivos de estiramento presentes na parede da bexiga, especialmente por receptores na uretra posterior, quando essa área começa a ser preenchida por urina em momentos de alta pressão vesical.

Os sinais sensitivos advindos dos receptores de estiramento da bexiga são conduzidos até os segmentos sacrais da medula espinhal pelos nervos esplâncnicos pélvicos, e o reflexo retorna à bexiga através das fibras nervosas parassimpáticas pelos mesmos nervos.

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41
Q

o que acontece no reflexo de micção quando a bexiga está parcialmente cheia

A

Quando a bexiga está apenas parcialmente cheia, essas contrações de micção normalmente se relaxam espontaneamente após uma fração de minuto, com o detrusor cessando sua contração e a pressão decaindo novamente a seu valor basal. À medida que a bexiga é preenchida, os reflexos de micção tornam-se mais frequentes e causam maiores contrações do músculo detrusor.

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42
Q

porque o reflexo de micção tem carater autorregenerativo

A

a contração inicial da bexiga ativa os receptores de estiramento, causando maior aumento nos impulsos sensitivos que provêm da bexiga e uretra posterior, que provocam maior aumento na contração reflexa da bexiga; dessa forma, o ciclo se repete continuamente até que a bexiga atinja um grau de contração forte. Posteriormente, após alguns segundos até mais que um minuto, o reflexo autorregenerativo começa a fatigar-se, cessando o ciclo de reflexos de micção e permitindo o relaxamento da bexiga.

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43
Q

resumidamente qual o ciclo do reflexo de micção associado ao carater autorregenerativo (3)

A
  1. Aumento progressivo e rápido da pressão
  2. Período de pressão sustentada
  3. Retorno da pressão ao tônus vesical basal
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44
Q

o que ocorre quando o reflexo de micção não culmina com o esvaziamento da bexiga

A

os elementos nervosos do reflexo geralmente permanecem em um estado refratário por alguns minutos até 1 hora, ou mais, antes que ocorra um próximo reflexo

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45
Q

Quando o reflexo de micção se torna forte o suficiente, ele induz um outro reflexo, que segue pelos nervos X até o Y, causando sua Z.

A

X: pudendos
Y: esfíncter externo
Z: inibição

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46
Q

sobre a micção
Se a inibição no encéfalo for mais potente do que os sinais de constrição voluntários enviados ao esfíncter externo, o que acontece?

A

ocorrerá a micção

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47
Q

O reflexo de micção é a causa base da micção, embora centros superiores normalmente exerçam controle final da micção, como: (3)

A
  1. Os centros superiores mantêm o reflexo de micção parcialmente inibido, exceto quando há desejo de urinar.
  2. Os centros superiores podem impedir a micção, mesmo durante o reflexo de micção, por meio de contração tônica do esfíncter externo da bexiga, até que se apresente o momento conveniente de urinar.
  3. Quando chega o momento de urinar, centros corticais podem facilitar centros de micção sacrais a fim de auxiliar a deflagração do reflexo de micção e, ao mesmo tempo, inibir o esfíncter urinário externo para que ocorra a micção.
48
Q

O reflexo de micção é um reflexo autonômico da medula espinhal, mas pode ser inibido ou facilitado por centros presentes no encéfalo, como:
(2)

A
  1. fortes centros de facilitação e inibição do tronco encefálico, localizados principalmente na ponte; e
  2. muitos centros localizados no córtex cerebral de natureza predominantemente inibitória, porém capazes de se tornar excitatórios.
49
Q

qual composição do filtrado glomerular

A

de forma que o líquido filtrado (denominado filtrado glomerular) é, em essência, livre de proteínas e elementos celulares, incluindo hemácias

as concentrações das demais substâncias são semelhantes a concentração plasmática → com exceção de algumas substâncias de baixo peso molecular, como cálcio e ácidos graxos, os quais não são filtrados livremente por serem parcialmente ligados a proteínas plasmáticas e por isso não são filtradas também

50
Q

Os capilares glomerulares, similarmente a outros capilares, filtram líquido em uma taxa determinada pelos seguintes fatores: (2)

A

(1) equilíbrio entre as forças hidrostáticas e coloidosmóticas que atuam através da membrana capilar; e

(2) coeficiente de filtração capilar (Kf), produto da permeabilidade e área de superfície de filtração dos capilares.

51
Q

porque os capilares glomerulares tem taxa de filtração mais alta do que a maioria dos capilares ((2)

A

alta pressão hidrostática glomerular e do alto K

52
Q

qual equação da fração de filtração e quantos porcento é filtrado

A

Fração de filtração = TFG/Fluxo plasmático renal
20%

53
Q

quais especializações da membrana glomerular que fazem com que tenha alta taxa de filtração

A

1.endotélio é perfurado por milhares de pequenos orifícios denominados fenestras
2.Ao redor do endotélio há a membrana basal, que consiste em uma rede de colágeno e fibrilas de proteoglicanos com amplos espaços através dos quais grandes quantidades de água e pequenos solutos são filtrados
3.podócitos que não são contínuos, eles têm longos processos que lembram pés (podos) que circulam a superfície externa dos capilares. Os processos podais dessa membrana são separados por espaços denominados poros em fenda, através dos quais flui o filtrado glomerular

54
Q

porque mesmo com as especializações da membrana glomerular proteínas e moleculas grandes nao passam

A

Moléculas grandes com carga negativa são filtradas com menos facilidade que moléculas de carga positiva com igual tamanho

55
Q

A TFG é determinada pelos seguintes fatores: (2)

A

1) soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas existentes na membrana glomerular, que gera a pressão resultante de filtração; e

(2) o Kf glomerular.

56
Q

como acontece o contorle da TFG em relação a pressão hidroestática da capsula de bowman

A

O aumento dessa pressão diminui a TFG, ao passo que sua diminuição aumenta a TFG. Contudo, alterações da pressão da cápsula de Bowman normalmente não constituem meio primário de regulação da TFG → ex: estados patológicos associados à obstrução do trato urinário

57
Q

como acontece o contorle da TFG em relação a pressão coloidosmótica capilar glomerular e o que influencia tal pressão (2)

A

Dois fatores influenciam a pressão coloidosmótica do capilar glomerular: (1) a pressão coloidosmótica plasmática arterial; e (2) a fração de plasma filtrada pelos capilares glomerulares (fração de filtração). O aumento da pressão coloidosmótica plasmática arterial aumenta a pressão coloidosmótica do capilar glomerular, o que tende a reduzir a TFG.
O aumento da fração de filtração também concentra as proteínas plasmáticas e aumenta a pressão coloidosmótica glomerular
mesmo com pressão hidrostática glomerular constante, maior fluxo sanguíneo no glomérulo tende a aumentar a TFG e menor fluxo sanguíneo no glomérulo tende a diminuí-la.

58
Q

como acontece o contorle da TFG em relação a pressão hidroestática do capilar glomerular

A

Aumentos na pressão hidrostática glomerular elevam a TFG, ao passo que diminuições resultam em redução da TFG.

59
Q

A pressão hidrostática glomerular é determinada por três variáveis, cada qual sob controle fisiológico: e o que essas variaves fazem com a TFG

A

(1) pressão arterial: O aumento da pressão arterial tende a aumentar a pressão hidrostática glomerular e, por conseguinte, a TFG.

(2) resistência arteriolar aferente: O aumento da resistência das arteríolas aferentes diminui a pressão hidrostática glomerular e a TFG. Da mesma forma, a dilatação das arteríolas aferentes aumenta a pressão hidrostática glomerular e a TFG.

(3) resistência arteriolar eferente: A constrição das arteríolas eferentes aumenta a resistência ao fluxo de saída dos capilares glomerulares. Esse mecanismo eleva a pressão hidrostática glomerular e, contanto que o fluxo sanguíneo renal não seja muito reduzido pelo aumento da resistência eferente, a TFG sofre um ligeiro aumento

60
Q

a reabsorção tubular é seletiva ou não seletiva?

A

altamente seletiva

61
Q

a filtração glomerular é seletiva ou não seletiva

A

relativamente não seletiva (essencialmente todos os solutos do plasma são filtrados, exceto proteínas plasmáticas ou substâncias a elas ligadas

62
Q

Para que uma substância seja reabsorvida, ela deve primeiro ser transportada (2)

A

(1) através das membranas epiteliais tubulares para o líquido intersticial renal e, depois,

(2) através da membrana capilar tubular de volta para o sangue

63
Q

a água e os solutos podem ser transportados através das membranas celulares (trajeto X) ou através dos espaços entre as junções celulares (trajeto Y

A

X:transcelular
Y: paracelular ou intercelular)

64
Q

O transporte ligado diretamente a uma fonte de energia, como a hidrólise de trifosfato de adenosina (ATP), denomina-se

A

transporte ativo primário

65
Q

O transporte associado indiretamente a uma fonte de energia, como aquele causado por um gradiente iônico, denomina-se

A

transporte ativo secundário

66
Q

O sódio é uma substância que se move pelas duas vias transcelular e paracelular, embora sua maior parte seja transportada pelo trajeto

A

transcelular.

67
Q

alguns segmentos dos néfrons, especialmente no túbuloX , a água também é reabsorvida por meio do trajeto Y, sendo as substâncias nela diluídas, em especial os íons potássio, magnésio e cloreto, carreadas juntamente com o líquido absorvido entre as células.

A

X:proximal
Y: paracelular

68
Q

Os transportadores ativos primários conhecidos dos rins incluem (4)

A

as bombas Na+-K+ ATPase, hidrogênio ATPase, hidrogênio-potássio ATPase e cálcio ATPase.

69
Q

qual meio é feito a reabsorção do sódio

A

transporte ativo primario

70
Q

explique a reabsorção do sodio(3)

A

1.O sódio se difunde através da membrana luminal (também denominada membrana apical) para a célula segundo um gradiente eletroquímico estabelecido pela bomba Na+-K+ ATPase do lado basolateral da membrana.

2.O sódio é transportado através da membrana basolateral pela bomba Na+-K+ ATPase contra um gradiente eletroquímico.

3.Sódio, água e outras substâncias são reabsorvidos do líquido intersticial para os capilares peritubulares por meio de ultrafiltração, um processo passivo gerado pelos gradientes de pressão hidrostática e coloidosmótica.

71
Q

por qual meio ocorre a rebsorção de glicose e aminoácidos (3)

A

ara a reabsorção da glicose, ocorre transporte ativo secundário na membrana luminal, porém difusão facilitada passiva na membrana basolateral e entrada passiva no fluxo predominante dos capilares peritubulares.

72
Q

explique o transporte ativo secundário de reabsorção da glicose e aminoácidos

A

Em ambos os casos, proteínas carreadoras específicas presentes na borda em escova combinam-se com um íon sódio e uma molécula de aminoácido ou glicose ao mesmo tempo

Esses mecanismos de transporte são tão eficientes que removem praticamente toda a glicose e aminoácido do lúmen tubular. Após sua entrada na célula, a glicose e os aminoácidos saem através das membranas basolaterais por meio da difusão gerada pelas altas concentrações dessas moléculas na célula e facilitada por proteínas transportadoras específicas

Aproximadamente 90% da glicose filtrada é reabsorvida pelo SGLT2 na porção inicial do túbulo proximal (segmento S1) e os 10% restantes são transportados pelo SGLT2 nos segmentos finais do túbulo proximal

Do lado basolateral da membrana, a glicose difunde-se para fora da célula até os espaços intersticiais com auxílio de transportadores de glicose – GLUT2 no segmento S1 e GLUT1 na porção final (segmento S3) do túbulo proximal.

graças a bomba de sódio e potássio mantém-se um gradiente eletroquímico para difusão facilitada de sódio através da membrana luminal, sendo essa difusão de sódio a favor da corrente para dentro da célula responsável pela energia do transporte simultâneo de glicose contra a corrente na membrana luminal

73
Q

como ocorre a secreção ativa secundária nos tubulos

A

Algumas substâncias são secretadas nos túbulos por transporte ativo secundário, que em geral envolve contratransporte dessa substância com íons sódio. No contratransporte, a energia liberada do movimento de uma das substâncias (p. ex., íons sódio) a favor da corrente possibilita o movimento de uma segunda substância no sentido oposto, contra a corrente.

74
Q

explique a secreção ativa de ions hidrogenio associada a reabsorção de sodio

A

a entrada de sódio na célula combina-se com a saída de hidrogênio da célula por meio do contratransporte de sódio-hidrogênio. Esse transporte é mediado por uma proteína específica (trocador de sódio-hidrogênio) presente na borda em escova da membrana luminal. Conforme o sódio é carreado para o interior da célula, íons hidrogênio são forçados na direção oposta para o lúmen tubular.

75
Q

explique o transporte por pinocitose

A

a proteína liga-se à borda em escova da membrana luminal e essa porção da membrana se invagina para o interior da célula até que se destaque completamente, formando uma vesícula que contém a proteína

Uma vez dentro da célula, a proteína é digerida a seus aminoácidos constituintes, os quais são reabsorvidos através da membrana basolateral para o líquido intersticial.

76
Q

o que é o transporte maximo de substancias e porque acontece

A

Para a maior parte das substâncias reabsorvidas ou secretadas ativamente, existe um limite na taxa com que o soluto pode ser transportado

Esse limite se deve à saturação dos sistemas específicos de transporte envolvidos quando a quantidade do soluto que chega ao túbulo (denominada carga tubular) excede a capacidade das proteínas carreadoras e enzimas específicas envolvidas no processo de transporte.

77
Q

porque tem substancias que nao aprensentam transporte maximo (3)

A

lgumas substâncias que sofrem reabsorção ativa não apresentam transporte máximo porque sua taxa de transporte é determinada por outros fatores:

(1) o gradiente eletroquímico para difusão da substância através da membrana;

(2) a permeabilidade da membrana para a substância; e

(3) o tempo durante o qual o líquido contendo essa substância permanece dentro do túbulo

O transporte desse tipo é denominado transporte gradiente-tempo porque a taxa de transporte depende do gradiente eletroquímico e do tempo durante o qual a substância permanece no túbulo, o que, por sua vez, depende do fluxo tubular.

78
Q

exemplo de substancia que nao tem transporte maximo

A

reabsorção de sódio no túbulo proximal, onde a capacidade máxima de transporte da bomba Na+-K+ ATPase da membrana basolateral é geralmente maior que a real taxa resultante de reabsorção de sódio, visto que uma grande quantidade de sódio transportado para fora da célula extravasa de volta para o lúmen tubular através das junções nas células epiteliais
Essa observação significa que, quanto maior for a concentração de sódio nos túbulos proximais, tanto maior será sua taxa de reabsorção. Ademais, quanto mais lento for o fluxo do líquido tubular, maior a porcentagem de sódio disponível para ser reabsorvido nos túbulos proximais

79
Q

o que provoca a osmose da agua na mesma direção dos solutos transportados, do lúmen tubular para o interstício renal.

A

Quando solutos são transportados para fora do túbulo por transporte ativo primário ou secundário, suas concentrações tendem a cair dentro do túbulo enquanto se elevam no interstício renal

80
Q

Uma grande parte do fluxo osmótico de água dos túbulos X ocorre através de Y presentes na membrana celular, bem como através das junções comunicantes entre as células epiteliais

A

Xproximais
Y: canais de água (aquaporinas)

81
Q

como ocorre a reabsorção de cloro (3)

A

reabsorção de sódio que deixa o lúmen carregado negativamente e causa a difusão passiva de cloro por meio paracelular, reabsorção de água por osmose que concentra o cloro no lúmen tubular e também por transporte ativo secundário pelo cotransporte com sódio através da membrana luminal

82
Q

como ocorre a reabsorção de ureia

A

por causa da osmose da água combiada com a de sódio a concentração de ureia no lúmen tubular aumenta e cria um gradiente de concentração que favorece a reabsorção de ureia

Em algumas partes do néfron, especialmente no ducto coletor medular mais interno, a reabsorção passiva de ureia é facilitada por transportadores de ureia específicos. Ainda assim, somente cerca de metade da ureia filtrada nos capilares glomerulares é reabsorvida nos túbulos. O remanescente permanece na urina, permitindo que os rins excretem grandes quantidades desse resíduo do metabolismo

83
Q

o que são reabsorvidos no túbulo proximal (3)

A

cerca de 65% da carga filtrada de sódio e água, bem como uma pequena porcentagem do cloreto filtrado

84
Q

A alta capacidade do túbulo proximal para reabsorção resulta de suas características celulares especiais: (3)

A
  1. As células epiteliais do túbulo proximal são altamente metabólicas e possuem alto número de mitocôndrias para sustentar intensos processos de transporte ativo
  2. células tubulares proximais apresentam uma longa borda em escova do lado luminal (apical) da membrana, bem como um extenso labirinto de canais intercelulares e basais que, juntos, proporcionam uma ampla área de superfície de membrana dos lados luminal e basolateral do epitélio para o transporte rápido de íons sódio e outras substâncias
  3. A extensa superfície da membrana da borda em escova epitelial também é repleta de moléculas de proteína carreadoras que transportam uma grande parte dos íons sódio através da membrana luminal por meio do mecanismo de cotransporte com múltiplos nutrientes, como aminoácidos e glicose.
    O sódio adicional é transportado do lúmen tubular até a célula por meio de mecanismos de contratransporte que reabsorvem sódio enquanto secretam outras substâncias, especialmente íons hidrogênio→ a secreção de íons hidrogênio no lúmen tubular é um passo importante na remoção de íons bicarbonato do túbulo
85
Q

o que é reabsorvido na primeira metade do túbulo proximal (3)

A

sódio é reabsorvido por meio de cotransporte juntamente com glicose, aminoácidos e outros solutos.

86
Q

o que é reabsorvido na segunda metade do tubulo proximal (2)

A

principalmente o cloreto que sofre reabsorção com o sódio.

87
Q

o que é secretado no tubulo proximal (5)

A

ácidos e bases orgânicas, como sais biliares, oxalato, urato e catecolaminas.
Juntamente com resíduos do metabolismo, os rins secretam muitos fármacos ou toxinas potencialmente nocivas para dentro dos túbulos, depurando rapidamente essas substâncias do sangue.

88
Q

o que eh reabsorvido nas alças de henle na porção descendente (3) e qual principal função

A

é altamente permeável à água e moderadamente permeável à maioria dos solutos, incluindo ureia e sódio. A função desse segmento do néfron é, principalmente, permitir a simples difusão de substâncias através de suas paredes.

89
Q

o que eh reabsorvido nas alças de henle na porção descendente delgado (1)

A

Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na alça de Henle, sendo que quase toda essa reabsorção ocorre no segmento descendente delgado

90
Q

o que eh reabsorvido nas alças de henle na porção ascendente espesso (5)

A

possui células epiteliais espessas com alta atividade metabólica, capazes de reabsorver ativamente sódio, cloreto e potássio 25% da carga filtrada
ambém ocorre significativa reabsorção paracelular de cátions como Mg++, Ca++, Na+
é praticamente impermeável à água

91
Q

a reabsorção de outros solutos no segmento ascendente espesso da alça de Henle relaciona-se intimamente com a capacidade de reabsorção da X, que mantém concentração intracelular de sódio baixa

A

bomba Na+-K+ ATPase

92
Q

segmento ascendente espesso
apresenta um mecanismo de contratransporte de sódio-hidrogênio na membrana celular luminal que promove (2)

A

reabsorção de sódio e secreção de hidrogênio

93
Q

o que é formado na primeira porção dos tubulos distais e qual suaa função

A

mácula densa, um grupo de células epiteliais intimamente agregadas que faz parte do aparelho justaglomerular e promove controle da TFG e fluxo sanguíneo por meio de feedback nesse mesmo néfron

94
Q

o que é reabsorvido na proxima parte do tubulo distal após a macula densa e qual nome é dado

A

apresenta muitas das mesmas características de reabsorção do segmento ascendente espesso da alça de Henle. Ou seja, promove ampla reabsorção de íons, incluindo sódio, potássio e cloreto, ao passo que é praticamente impermeável à água e à ureia. Por essa razão, recebe o nome de segmento diluidor, por contribuir com a diluição do líquido tubular.

95
Q

Aproximadamente 5% da carga filtrada de X sofrem reabsorção no início do túbulo distal
como acontece essa reabsorção?

A

cloreto de sódio
O cotransportador de sódio-cloreto move cloreto de sódio do lúmen tubular para dentro da célula e a bomba Na+-K+ ATPase transporta sódio para fora da célula através da membrana basolateral → O cloreto difunde-se para fora da célula até o líquido intersticial renal através de canais de cloreto presentes na membrana basolateral

96
Q

A segunda metade do túbulo distal e o subsequente túbulo coletor cortical apresentam características funcionais similares. Anatomicamente, são compostos por dois tipos distintos de células:

A

principais e intercalares A e B

97
Q

qual função das células principais na reabsorção na Porção final dos túbulos distais e túbulos coletores corticais (2)

A

As células principais reabsorvem sódio e água do lúmen e secretam íons potássio para o lúmen

98
Q

como ocorre a reabsorção de sódio pelas células principais

A

A reabsorção de sódio e a secreção de potássio pelas células principais depende da atividade da bomba Na+-K+ ATPase na membrana basolateral de cada célula

Essa bomba mantém baixa concentração de sódio dentro da célula e, portanto, favorece difusão do sódio para a célula através de canais específicos

99
Q

como ocorre a secreção de potassio pelas celulas principais ( 2 passos)

A

A secreção de potássio por essas células do sangue ao lúmen tubular envolve dois passos: (1) o potássio adentra a célula graças à bomba Na+-K+ ATPase, que mantém alta concentração intracelular desse íon;

e (2) uma vez na célula, o potássio difunde-se a favor de seu gradiente de concentração através da membrana luminal para o líquido tubular.

100
Q

qual função das células intercalares A e B na reabsorção na Porção final dos túbulos distais e túbulos coletores corticais (2)

A

Células intercalares exercem um importante papel na regulação de ácidos e bases e constituem 30 a 40% das células que compõem os túbulos coletores e ductos coletores
Células intercalares tipo A secretam íons hidrogênio
As células intercalares tipo B têm funções opostas às das células tipo A, secretando bicarbonato para o lúmen tubular

101
Q

como as células intercalares tipo A secretam hidrogenio

A

através de um transportador hidrogênio ATPase e um hidrogênio-potássio ATPase → O hidrogênio é produzido nessas células pela ação da anidrase carbônica sobre a água e o dióxido de carbono, formando ácido carbônico, que por sua vez se dissocia em íons hidrogênio e bicarbonato→ Células intercalares tipo A são especialmente importantes na eliminação de íons hidrogênio e reabsorção de bicarbonato durante quadros de acidose.

102
Q

como as celulas intercalares tipo B secretam bicarbonato

A

enquanto absorvem hidrogênio durante a alcalose → ossuem transportadores de hidrogênio e bicarbonato dos lados opostos da membrana celular comparadas às células tipo A. → O contratransportador cloreto-bicarbonato presente na membrana apical das células intercalares tipo B denomina-se pendrina e é diferente do transportador cloreto-bicarbonato das células tipo A → Íons hidrogênio são ativamente transportados para fora da membrana celular pelo transportador hidrogênio ATPase, e o bicarbonato é secretado para o lúmen, o que elimina o excesso de bicarbonato plasmático na alcalose

103
Q

A indução de alcalose metabólica crônica aumenta o número de células intercalares tipo X, o que contribui para uma excreção aumentada de bicarbonato, ao passo que a acidose aumenta o número de células tipo Y.

A

X: B
Y: A

104
Q

o que são os ductos coletores medulares e qual sua função

A

trata-se de um sítio final para o processamento da urina, ou seja, exercem um papel crítico na determinação do débito urinário final da água e solutos.

105
Q

quais 3 características do ducto coletor medular
1. em relação a permeabilidade da agua
2. em relação a permeabilidade de ureia
3. em relação a secreção

A

1.A permeabilidade do ducto coletor medular à água é controlada pelo nível de ADH. Níveis altos de ADH causam intensa reabsorção de água para o interstício medular, reduzindo o volume de urina e concentrando a maioria dos solutos presentes na urina.

2.Diferentemente do túbulo coletor cortical, o ducto coletor medular é permeável à ureia e possui transportadores de ureia especiais que facilitam sua difusão através das membranas luminal e basolateral. Portanto, parte da ureia tubular é reabsorvida para o interstício medular, auxiliando no aumento da osmolaridade dessa região dos rins e contribuindo com a capacidade geral dos rins de formar urina concentrada.

3.O ducto coletor medular é capaz de secretar íons hidrogênio contra um grande gradiente de concentração, assim como o túbulo coletor cortical. Portanto, o ducto coletor medular também exerce um papel-chave na regulação do equilíbrio acidobásico.

106
Q

o que é a inulina e para que pode ser utilizada

A

A inulina, um polissacarídeo utilizado para mensurar a TFG, não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos renais. Alterações na concentração de inulina em diferentes pontos ao longo do túbulo renal irão, portanto, indicar mudanças na quantidade de água presente no líquido tubular.

107
Q

explique como acontece a regulação da reabsorção pelo balanço glomerular

A

capacidade intrínseca dos túbulos de aumentar sua taxa de reabsorção em resposta ao aumento da carga tubular (aumento do fluxo de entrada dos túbulos).
o equilíbrio (balanço) glomerulotubular refere-se ao fato de que a taxa de reabsorção total aumenta conforme aumenta a carga filtrada, ainda que a porcentagem da TFG que é reabsorvida no túbulo proximal permaneça relativamente constante, em cerca de 65%

108
Q

onde tambem pode ocorrer o balanço glomerular? e o balanço glomerular é independente ou dependente?

A

ambém ocorre algum grau de balanço glomerulotubular em outros segmentos tubulares, especialmente na alça de Henle→ às alterações nas forças físicas do túbulo e do interstício circunjacente

mecanismos do balanço glomerulotubular podem ocorrer independentemente de hormônios e podem ser demonstrados em rins completamente isolados ou mesmo em segmentos tubulares proximais completamente isolados

109
Q

qual função do balanço glomerular

A

O equilíbrio glomerulotubular auxilia na prevenção da sobrecarga dos segmentos tubulares distais diante de um aumento da TFG. O mecanismo funciona como outra linha de defesa para atenuar os efeitos de mudanças espontâneas na TFG ou no débito urinário (a outra linha de defesa, que foi discutida anteriormente, inclui mecanismos de autorregulação renais, especialmente o feedback tubuloglomerular, que previne grandes alterações na TFG)

110
Q

quais hormonios fazem a regulação hormonal da reabsorção (5)

A

aldosterona, angiotensina II, ADH, peptideo atrial natriuretico e paratormonio

111
Q

qual função da aldosterona no controle hormonal, onde tem ação importanten e por qual mecanismo

A

Um dos mais importantes sítios de ação da aldosterona são as células principais do túbulo coletor cortical

O mecanismo por meio do qual a aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e a secreção de potássio é a estimulação da bomba Na+-K+ ATPase do lado basolateral da membrana do túbulo coletor cortical

Ela também aumenta a permeabilidade do lado luminal da membrana ao sódio por meio da inserção de canais de sódio epiteliais.

112
Q

Os estímulos mais importantes para secreção de aldosterona são:

A

(1) aumento da concentração extracelular de potássio; e

(2) aumento dos níveis de angiotensina II, que ocorrem normalmente em condições associadas a depleção de volume e de sódio ou pressão arterial baixa

113
Q

a aldosterona é ainda mais importante como um regulador da concentração de potassio ou de sodio?

A

potassio

114
Q

qual função da angiotensina II no controle hormonal e por qual mecanismo (3)

A

é talvez o mais potente hormônio retentor de sódio do organismo.

formação de angiotensina II aumenta em circunstâncias associadas à queda da pressão arterial e/ou baixo volume de líquido extracelular, como ocorre na hemorragia ou perda de sais e água por sudorese excessiva ou diarreia grave.

1.A angiotensina II estimula a secreção de aldosterona que, por sua vez, aumenta a reabsorção de sódio.

2.A angiotensina II causa vasoconstrição das arteríolas eferentes, o que promove dois efeitos sobre a dinâmica capilar peritubular que culminam no aumento da reabsorção de sódio e água. Primeiro, a constrição da arteríola eferente reduz a pressão hidrostática dos capilares peritubulares, o que aumenta a reabsorção tubular, especialmente a partir dos túbulos proximais. Segundo, essa vasoconstrição, por reduzir o fluxo sanguíneo dos rins, aumenta a fração de filtração glomerular e eleva a concentração de proteínas e a pressão coloidosmótica dos capilares peritubulares. Esse mecanismo também aumenta a força de reabsorção desses capilares e a reabsorção tubular de sódio e água.

3.A angiotensina II estimula diretamente a reabsorção de sódio nos túbulos proximais, alça de Henle, túbulos distais e túbulos coletores. Um dos efeitos diretos da angiotensina II é estimular a bomba Na+-K+ ATPase na membrana basolateral da célula tubular epitelial. Um segundo efeito é a estimulação da troca entre sódio e hidrogênio na membrana luminal, especialmente no túbulo proximal. Um terceiro efeito da angiotensina II, ainda, é o estímulo do cotransporte de sódio-bicarbonato na membrana basolateral

115
Q

qual função da ADH no controle hormonal e por qual mecanismo

A

A mais importante ação do ADH nos rins é aumentar a permeabilidade à água no epitélio do túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor

Com ausência de ADH, a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água permanece baixa, fazendo com que os rins excretem grandes quantidades de urina diluída, uma condição denominada diabetes insípido

a ação do ADH exerce um papel-chave no controle do grau de diluição ou concentração da urina

O ADH liga-se a receptores V2 específicos presentes no fim do túbulo distal, túbulos coletores e ductos coletores, aumentando a formação de monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) e ativando proteinoquinases . Essa ação, por sua vez, estimula o movimento de uma proteína intracelular, denominada aquaporina-2 (AQP-2), no lado luminal das membranas celulares. As moléculas de AQP-2 aglomeram-se e fundem-se à membrana celular por exocitose para formar canais de água que permitem a rápida difusão de água através das células. Existem outras aquaporinas, AQP-3 e AQP-4, do lado basolateral da membrana celular, as quais criam uma passagem para que a água deixe rapidamente as células, embora essas aquaporinas não sejam reguladas pelo ADH. O aumento crônico dos níveis de ADH também aumenta a formação de AQP-2 nas células tubulares renais por estimular a transcrição genética de AQP-2. Quando a concentração de ADH diminui, as moléculas de AQP-2 são lançadas de volta no citoplasma, removendo os canais de água da membrana luminal e, consequentemente, reduzindo a permeabilidade da membrana à água.

116
Q

qual função do peptideo atrial natriuretico no controle hormonal e por qual mecanismo

A

Quando células específicas dos átrios cardíacos sofrem estiramento devido à expansão do volume de plasma sanguíneo e aumento da pressão arterial, secretam em resposta um peptídeo denominado peptídeo atrial natriurético (PAN), atualmente conhecido como hormônio atrial natriurético (HAN)

Níveis aumentados desse hormônio inibem a reabsorção de sódio e água pelos túbulos renais, especialmente nos ductos coletores. O PAN também inibe a secreção de renina e, por consequência, a formação de angiotensina II, o que reduz a reabsorção tubular renal. Essa diminuição da reabsorção de sódio e água aumenta a excreção urinária, o que auxilia no retorno do volume de sangue ao normal.

117
Q

qual função da paratormonio(3) no controle hormonal e por qual mecanismo

A

Sua principal ação nos rins envolve aumento da reabsorção tubular de cálcio, especialmente nos túbulos distais e túbulos conectores, segmentos tubulares que ligam os túbulos distais ao ducto coletor cortical

nibição da reabsorção de fosfato pelo túbulo proximal e estimulação da reabsorção de magnésio pela alça de Henle