CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS Flashcards

1
Q

QUAIS SÃO AS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS? (7)

QUAIS SÃO AS 2 PRINCIPAIS?

A
  1. Tetralogia de Fallot (T4F)
  2. Transposição das Grandes Artérias (TGA)
  3. Síndrome da Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo (SHVE)
  4. Atresia tricúspide (AT)
  5. Estenose Pulmonar (EP)
  6. Atresia Pulmonar (AP)
  7. Drenagem Anômala Total de Veias Pulmonares (DATVP).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

As cardiopatia Congênitas Cianóticas podem ser divididas em dois grandes grupos, quais são eles?

A
  • Hipofluxo pulmonar: T4F, atresia pulmonar, anomalia de Ebstein - possuem obstrução na via de saída do VD
  • Hiperfluxo pulmonar: TGV
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Principal exemplo de cardiopatia congênita cianótica de HIPOFLUXO:

A

Tetralogia de Fallot

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais são as alterações anatômicas encontradas na tetralogia de Fallot?

A
  1. Obstrução na saída do VD
  2. Espessamento da perede do VD
  3. Dextroposição da aorta
  4. Comunicação interventricular
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual o principal resultado das alterações na tetralogia de Fallot?

A

Quatro alterações anatômicas que resultam em oxigenação insuficiente do sangue bombeado para o corpo

= CARDIOPATIA CIANÓTICA!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

LACTENTE COM DIAGNÓSTICO PRÉVIO DE TETRALOGIA DE FALLOT EVOLUI COM TAQUIPNEIA, AGITAÇÃO E AGRAVAMENTO DA CIANOSE APÓS O CHORO/ AO ACORDAR.

QUAL O DIAGNÓSTICO?

A

CRISE HIPERCIANÓTICA.

Pode também evoluir com hemiparesias, convulsões e síncope

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Principal quadro clínico da tetralogia e Fallot:

A

Crises hipóxicas e hipercianóticas:

  • Comuns nos 2 primeiros anos de vida -> ocorre um espasmo da musculatura do infundíbulo -> piora da obstrução da via de saída do VD -> HIPÓXIA;
  • Durante a crise, o sopro sistólico da estenose pulmonar diminui, já que a saída do VD se fecha;
  • Lactentes pouco cianóticos são mais propensos a episódios graves;
  • Hipertrofia VD + Estenose pulmonar aumentam a pressão à direita, fazendo um shunt DIREITA -> ESQUERDA pela CIV, o que piora ainda mais a cianose.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual a explicação para que Lactentes com tetralogia de Fallot que sejam pouco cianóticos tenham maior propensão à episódios mais graves?

A

Existe a variante da tetralogia de fallot denominada Pink Fallot, em que a estenose da artéria pulmonar não é tão importante e, por isso, não é tão hipóxico. Porém, quando ocorre uma crise cianótica, ela é mais grave nesses pacientes, pois eles não possuem os mecanismos compensatórios, como os pacientes com a tetralogia clássica de Fallot.

**Hipóxia estimula EPO -> maior produção de hemácias -> policitemia compensatória.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Tratamento das CRISES HIPERCIANÓTICAS na tetralogia de Fallot:

Quais são as 5 medidas iniciais?

A
  • OXIGÊNIO
  • POSIÇÃO GENO-PEITORAL (ventral com joelhos fletidos em direção ao peito) - Aumenta a resistência vascular periférica (aumenta pós-carga) -> reduz shunt direita-esquerda
  • EXPANSÃO VOLÊMICA 10-20ml/kg
  • MORFINA (relaxa septo infundibular)
  • BETA-BLOQUEADOR - reduz FC e aumenta volume diastólico no VD, aumentando o fluxo pela artéria pulmonar

Não colher gasometria no momento da crise, pois pode levar a criança a maior estresse e com mais choro, piorando a crise.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Tratamento das CRISES HIPERCIANÓTICAS na tetralogia de Fallot:

O que fazer se não houver resolução da crise com as três medidas iniciais?

(2)

A
  • Bicarbonato EV
    • Para resolver a acidose dsenvolvida
  • Fenilefrina
    • Aumenta a resistência vascular sistêmica, para que haja diminuição do fluxo da aorta e mais sangue ultrapasse a estenosa da Artéria Pulmonar.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais as possíveis complicações da Tetralogia de Fallot?

(3 extra-cardíacas)

A
  • Trombose Cerebral
    • Causada pela policitemia + desidratação
    • geralmente < 2anos
  • Abcesso cerebral: geralmente > 2 anos, podendo ter relação com possíveis áreas que sofreram isquemia devido à trombose cerebral antes dos 2 anos.
  • Hemoptise: pelo rompimento dos vasos da circulação colateral pulmonar (desenvolvida em decorrência da hipóxia crônica)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Tetralogia de Fallot:

Alterações no RX tórax?

(2)

A
  1. Hipovascularização pulmonar
  2. Hipertrofia de VD (coração em Bota / tamanco holandês)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tetralogia de Fallot:

1. Qual o tratamento clínico enquanto aguarda cx?

2. Qual o tratamento cx na urgência?

3. Qual a cirurgia definitiva?

A
  1. Nos casos de obstrução grave da saída do VD, o fluxo pulmonar é DEPENDENTE DO CANAL ARTERIAL = PROSTAGLANDINA em infusão contínua
  2. Shunt sistêmico pulmonar (Blalock-Taussig): Comunicação entre a A. subclávia e a artéria pulmonar pós valva, fazendo com que o sangue da circulação sistêmica entre na circulação pulmonar para ser oxigenado.
  3. Cirurgia definitiva = sempre indicada!! Alivia a obstrução na via de saída do VD e fechar o CIV (realizada entre 6 meses a 2 anos de idade)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais são as alterações na anomalia de Ebstein?

(4 passos)

A
  • Obstrução à saída do VD: Atrio Direito grande + Valva Tricúspide regurgitante com folheto que obstrui a entrada da A. pulmonar (Folheto em vela de barco);
  • Passagem de sangue venoso do AD para o AE (Shunt direita esquerda de sangue pouco oxigenado), pelo forame oval;
  • Do AE, sangue venoso vai para VE e então para a Aorta; Só aí, o sangue vai para circulação pulmonar por meio do canal arterial, que comunica o arco da Aorta e a artéria pulmonar.
  • Resultado = grande volume de sangue não oxigenado à circulação sistêmica.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

ANOMALIA DE EBSTEIN:

Devido ao aumento do átrio direito, quais alterações poderíamos encontrar no RX de tórax?

A

Aumento expressivo da área cardíaca, com grande porção dextrocárdica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual achado no ECG pode indicar anomalia de Ebstein?

A

Bloqueio de Ramo direito.

17
Q

ANOMALIA DE EBSTEIN:

Qual é o tratamento?

A

PROSTAGLANDINAS: mantém canal arterial aberto

Seguindo-se de cirurgia:​ Shunt aorto-pulmonar

18
Q

Duas cardiopatias congênitas cianóticas de hipofluxopulmonar:

A
  1. Tetralogia de Fallot
  2. Anomalia de Ebstein
19
Q

Transposição dos grandes vasos é uma cardiopatia congênita cianótica de _________ (hipofluxo / hiperfluxo) pulmonar.

A

HIPERFLUXO

20
Q

Qual a principal alteração anatômica na transposição dos grandes vasos e sua consequência?

Alteração anatômica mais comumente associada à TGV?

A

Aorta sai do VD e Artéria pulmonar do VE.

Consequência = 2 circuitos em paralelo.

obs: Pode haver CIV associada.

Sangue sai do VD e vai direto para Aorta e para a circulação sistêmica sem ser oxigenado. Quando a transposição está associada à CIV, é menos grave pois há transferência de algum volume de sangue do VD para VE, e deste para a A. pulmonar e circulação pulmonar. Da ciruculação pulmonar, o sangue vai para o AE e do AE para o AD pelo forame oval. Depois, segue do AD para o VD e do VD para a circulação sistêmica. Mesmo quando existe a CIV, o volume de sangue oxigenado ainda é muito pequeno.

21
Q

Transposição de grandes vasos:

  1. Tratamento clínico inicial (paliativo)?
  2. Tratamento cirúrgico paliativo
  3. Tratamento cirúrgico definitivo?
A
  1. TRATAMENTO CLÍNICO PALIATIVO: PROSTAGLANDINAS - mantêm o canal arterial aberto - paliativo
  2. TRATAMENTO CIRÚRGICO PALIATIVO: Atrioseptostomia de Rashkind (cateterismo - faz CIA forçadamente para que haja comunicação entre as câmaras, passando parte do sangue oxigenado para a circulação sistêmica).
  3. TRATAMENTO CIRÚRGICO DEFINITIVO: Cirurgia de Jatene (reposicionamento das grandes artérias) - deve ter feita nas primeiras 2 SEMANAS de vida!!
22
Q

TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS:

QUAL A CONSEQUÊNCIA CASO NÃO SEJA REALIZADA A CIRURGIA DE JATENE NAS PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA?

A

Se o VE permanecer por muito tempo conectado à circulação pulmonar, que é de menor resistência, ele irá perder massa e, consequentemente, perder sua capacidade de gerar pressão suficiente para bombear sangue para a circulação sistêmica, quando for conectado à aorta.

23
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Quando há transposição de grandes vasos com CIV a cirurgia de Jatene pode ser feita após 2 semanas de vida.

A

VERDADEIRO!

A presença do CIV faz com que as pressões do VD e do VE sejam equalizadas, de modo que é permitido esperar mais um pouco para a realização da cirurgia, pois o VE não ficará hipotrófico e não evoluirá com insuficiência ao lidar com a resistencia da circulação sistêmica.

24
Q

A Drenagem anômala total das veias pulmonares é uma cardiopatia congênita cianótica de ___________ (hipofluxo / hiperfluxo) pulmonar.

A

HIPERFLUXO PULMONAR

25
Q

DRENAGEM ANÔMALA TOTAL DAS VEIAS PULMONARES (DATVP):

  1. PARA ONDE DRENAM AS VEIAS PULMONARES NESSA PATOLOGIA?
  2. COMO OCORRE A CIRCULAÇÃO SISTÊMICA, NESSE CASO?
A
  1. AS 4 VEIAS PULMONARES DRENAM ANORMALMENTE PARA O ÁTRIO DIREITO OU PARA UMA DAS VEIAS SISTÊMICAS (VEIA CAVA SUPERIOR OU VEIA CAVA INFERIOR), DRENANDO, ENTÃO, TAMBÉM PARA O ÁTRIO DIREITO. NO AD MISTURAM-SE SANGUE OXIGENADO E NÃO OXIGENADO.
  2. A CIRCULAÇÃO SISTÊMICA DEPENDE DE UMA COMUNICAÇÃO INTERATRIAL ASSOCIADA, COM SHUNT DA DIREITA PARA ESQUERDA, LEVANDO SANGUE OXIGENDADO E NÃO OXIGENADO PARA O AE -> VE -> AORTA
26
Q

DRENAGEM ANÔMALA TOTAL DAS VEIAS PULMONARES (DATVP):

No Raio-x de tórax pode haver uma alteração patognomônica em crianças maiores. Que imagem é essa?

A

Imagem em BONECO DE NEVE

27
Q

A Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico é uma cardiopatia congênita cianótica de __________ (Hipofluxo / Hiperfluxo) pulmonar.

A

HIPERFLUXO PULMONAR

28
Q

SÍNDROME DO CORAÇÃO ESQUERDO HIPOPLÁSICO:

  1. EXISTE ATRESIA DE QUAIS ESTRUTURAS ANATÔMICAS (2)? QUAIS AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DESSA ALTERAÇÃO INICIAL (2)?
  2. QUAL O FLUXO DO SANGUE OXIGENADO PARA CHEGAR À CIRCULAÇÃO SISTÊMICA?
A
  1. Não há desenvolvimento do lado esquerdo do coração (ATRESIA DAS VÁLVULAS AÓRTICA E MITRAL) = VENTRÍCULO ESQUERDO NÃO FUNCIONAL + HIPOPLASIA DA AORTA ASCENDENTE (não há fluxo sanguíneo que estimule o desenvolvimento da aorta ascendente)
  2. PULMÃO -> VEIAS PULMONARES -> AE -> CIA -> AD -> VD -> A. PULMONAR -> CANAL ARTERIAL -> AORTA. Obs: O VD mantém as circulações sistêmica e pulmonar.
29
Q

SÍNDROME DO CORAÇÃO ESQUERDO HIPOPLÁSICO:

  1. Qual o tratamento clínico inicial, até que seja realizado a cirurgia?
  2. O que NÃO deve ser feito? Por que?
  3. Qual o tratamento definitivo?
A
  1. PROSTAGLANDINAS -> para manter o canal arterial aberto e garantir o fluxo sistêmico
  2. OXIGÊNIO -> acelera o fechamento do canal arterial!! Manter hipercapnia permissiva, aumentando a resistência vascular pulmonar e melhorando o fluxo do shunt do canal em direção à aorta!
  3. CIRURGIA EM ETAPATAS:
  • 1ª = NORWOOD
  • 2ª = GLENN e FONTAN
  • Alternativas: abordagem híbrida; transplante cardíaco

QUADRO CLÍNICO DA SÍNDROME:

Inicialmente, pode aparentar normalidade com uma leve cianose/ pele acinzentada. No decorrer das próximas horas, o RN desenvolve um quadro de baixo débito, com piora da cianose, queda da perfusão, taquicardia, insuficiência respiratória e hipotermia. O quadro de acidose metabólica se instala acompanhado de anúria, hipoglicemia e hipotensão. Com o fechamento do canal arterial, o quadro pode evoluir para choque e óbito em poucas horas.

30
Q

A oferta de FIO2 a 100% pode ser prejudicial em neonatos com crise cianóticas + hipóxia. Por quê?

A

Porque a hiperóxia pode causar o fechamento prematuro do canal arterial, diminuindo a oxigenação do sangue sistêmico em cardiopatias congênitas.

Sempre desconfiar de cardiopatias congênitas em pacientes com queda da saturação, mesmo após aumento da oferta de FiO2.

31
Q

TRONCO ARTERIOSO:

QUAL A ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA NESSA PATOLOGIA?

A

Existe apenas um vaso arterial emergindo da base do coração, dando origem à circulação sistêmica (aorta), pulmonar e coronariana