Cardiopatias congênitas Flashcards

(52 cards)

1
Q

Definição de cardiopatia congênita

A

Alteração estrutural grave do coração ou dos grandes vasos, que apresenta significância funcional real ou potencial

É a malformação mais comum

Presentes ao nascimento, maioria dos primeiros 6 meses de vida, mas podem ser diagnósticas mais tarde (inclusive pós morte)

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2
Q

Causa geral das CC

A

A maioria ocorre por embriogênese defeituosa entre 3 e 4 semana intrauterina (na 5 semana já pode ser possível de ser vista na USG morfológica e ecocardiograma)

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3
Q

Fatores genéticos associados as CC

A

Malformações cardíacas entre familiares de primeiro grau (pais e irmãos)

Anormalidades cromossômicas: trissomias 13 (Patau), 15 (Prader-Willi), 18 (Edwards), 21 (Down) e síndrome de Turner

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4
Q

Fatores ambientais

A

Rubéola congênita (vacinação no primeiro trimestre pode ser a causa), Zika vírus, drogas teratogênicas, irradiação, síndrome alcoólica fetal, DB gestacional

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5
Q

Características da rubéola congênita

A

microcefalia
catarata
persistência do ducto arterial (PDA)

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6
Q

90% das anomalias são

A

Comunicação interatrial (CIA)
Comunicação interventricular (CIV)
Persistência do canal arterial (PAD)
Tetralogia de Fallot (T4F)

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7
Q

Prognóstico CC

A

Anomalias mais graves podem ser incompatívei com a vida intrauterina, mas a maioria esta associada a nascimentos vivos

Quato mais precocemente diagnósticada = melhor prognóstico. Às vezes o tratamento pode ser até clínico

Respondem bem ao tratamento cirúrgico

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8
Q

Alterações envolvidas na CC

A

anatômicas, hemodinâmicas e clínicas

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9
Q

Exam clínico CC

A

-Cianose central ou de extremidades
-Sinais de IC: taquipneia (associada a sucção/alimentação e esfoço físico), sudorese excessiva, hepatomegalia (turgência jugular)
-Alteração de pulsos periféricos
-Alteração na ausculta cardíaca: bulhas e sopros
-Prostração, apatia e palidez cutânea

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10
Q

Cardiopatia de hiperfluxo pulmonar

A

Shunt da esquerda para direita
Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar

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11
Q

Cardiopatia de hipofluxo pulmonar

A

Causa obstrução ou oclusão -> fluxo sanguíneo pulmonar diminuído

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12
Q

Comunicação interatrial (CIA)

A

-Abertura anormal no septo atrial
-Passagem de sangue entre os átrios esquerdo e direito (Shunt E -> D)
-Predomínio 2:1 em mulheres
-Geralmente assintomática até a idade adulta (quando sintomática, aparece normalmente a partir de 6 meses)

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13
Q

Tipo morfológico mais comum de CIA

A

Ostium secundum - região da fossa oval

*também tem ostium primum (junto das valvas AV), seio venoso e seio coronário (raro)

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14
Q

Qual sequência de exames seguir para avaliar as CC?

A

Exame clínico -> RX -> ECG -> ECO

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15
Q

Quadr clínico CIA

A

-Maioria assintomático
-Fadiga e dispneia aos esforços
-Infecções respiratórias de repetição, como pneumonia
-Palpitações
-IC e atraso no crescimento são raras
-Impulsão sistólica do VD (dilatado = o shunt é E -> D)
-Ausculta: desdobramento fixo da segunda bulha e sopro ejetivo em borda esternal esquerda (2 EIE) -> diagnóstico diferencial é o sopro inocente, mas nele não há desdobramento da segunda bulha e não há sintomas associados

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16
Q

Ausculta da CIA

A

Desdobramento fixo da segunda bulha
Sopro ejetivo em borda esternal esquerda (2 EIE)

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17
Q

Diagnóstico diferencial de CIA

A

Sopro inocente, mas não altera a segunda bulha e não há outro sintomas associados

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18
Q

RX de tórax na CIA

A

Cardiomegalia às custas do AD, VD e AP
Circulação pulmonar elevada, mas sem sinaisde cngestão pulmonar

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19
Q

ECG de CIA

A

Pode ser normal
50% dos pacientes tem mudança na onda P (aumento AD)
CIA grande (aumento AD e VD): desvio do eixo para D

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20
Q

ECO da CIA

A

Fecha o diagnóstico

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21
Q

Tratamento e evolução da CIA

A

14% dos pacientes fecha espontaneamente

Baixa mortalidade e bom prognóstico à cirurgia

Pode tratar com cateterismo e fechamento com dispositivos

Complicações acontecem mais na vida adulta

22
Q

Comunicação interventricular - CIV

A

-Abertura anormal no septo ventricular
-Passagem de sangue entre ventrículos esquerdo e direito (começa com shunt E-> D e inverte para D -> E)
-Hiperfluxo pulmonar
-CC mais comum, principalmente isolada, mas pode estar associada a outras cardiopatias
-Não apresenta predilação por sexo

23
Q

CC mais comum

24
Q

Tipos morfológicos da CIV

A

-CIV perimembranosa -> mais comum em 70% dos casos, envolve septo membranoso e muscular

-CIV justatricúspede
-CIV justa-arterial
-CIV muscular única ou múltipla

25
Síndrome de Eisenmenger
complicação de CC que se caracteriza por hipertensão pulmonar severa e desvio de sangue entre os lados do coração -> gera cianose central e generalizada, B2 hiperfonética, desaparecimento de sopro Pode acontecer na CIV e na PCA
26
Quadro clínico mais comum na CIV
acianótico, taquidispnéico, sopro holossistólico 2 bulha normofonética se CIV leve e 2 bulha hiperfonetica se CIV moderada
27
Quadro clínico CIV leve
Entre 1 e 1,5 cm Geralmente assintomáticos 2 bulha normal ou discretamente aumentada Sopro holossistolico de regurgitação
28
Quadro clínico CIV moderada
Entre 1,5 e 2 cm Dispneia aos esforços, nfecções respiratóris de repetição Sudorese cefálica e deficiência ponderoesatural B2 hiperfonética (pulmonar) e sopro holossistólico Sinais de ICC: taquicardia, palidez, hepatoesplenomegalia
29
Quadro clínico CIV grave
Shunt > 2cm Sintomas mais intensos de ICC grave
30
ICC começa na CIV quando?
quando moderada
31
RX de CIV pequena
sem alterações
32
RX de CIV moderada
cardiomegalia (AE e VE) e circulação pulmonar elevada
33
RX da CIV grave
cardiomealia significativa, aumento da circulação pulmonar, hiperfluxo e congestão venosa
34
ECO na CIV
diagnóstico e direcionamento do tratamento
35
Tratamento clínico CIV!
Digital e diuréticos (furosemida) Inibidores de ECA
36
Quando fazer cirurgia na CIV?
pacientes com sinais de ICC Evolução boa pós cirúrgica
37
Persistência do canal arterial (PCA)
-Patente na vida fetal -Mais comum me mulheres -Frequente em prematuros (depdne da idade gestacional e do peso) -Em situações especiais precisa se manter aberto -Gera congestão pulmonar e por isso IC precoce
38
39
40
Quadro clínico PCA
Pulso periférico amplo 2 bulha hiperfonetica Sopro contínuo alto Sinais de ICC se hiperfluxo pulmonar alto Se inversão de Shunt - Síndrome de Eisenmenger
41
Tratamento PCA
Prematuros: tratamento medicamentoso: indometacina ou ibuprofeno e tratamento cirúrgio: campleamento do canal A termo: tratamento cirurgico quando ICC Evolução pós cirúrgica é boa
42
Complicações da PCA
HIC, endocardite bacteriana, calcificação do canal, aneurisma, ICC, enterocolite necrosante, displasia broncopneumonar
43
Cardiopatia CIANÓTICA mais comum em RNS
Transposição de grandes aortas
44
Transposição de grandes aortas (TGA)
-Cardiopatia cianótica mais comum em RN -Relação anormal entre artérias e vemtrículos -Aorta sai do VD e a. pulmonar do VE -Associação com FOP ou PCA
45
TGA - quadro clínico
RN pode apresentar-se bem ao nascimento Cianose leve ou discreta com piora progressiva Piora com fechamento do canal Po2 baixa – hipóxia e acidose metabólica Disfunção miocárdica ICC Não se ausculta sopros 2ª bulha única e alta (posição anterior da aorta)
46
Tetralogia de Fallot - T4F
Conjunto de 4 alterações cardíacas: Estenose pulmonar, CIV, dextroposição da aorta e hipertrofia de VD Defeito principal: Desvio anterossuperior do septo infundibular -> determina esenose pulmonar É cianótica
47
48
Quadro clínico T4F
-Depende da estenose pulmonar -> leve = pouca cianose, sopro sistolico ejetivo alto em foco pulmonar *Progressão de estenoso: sopro diminui e cianose aumenta -Baqueteamento digital e cócoras -Crises de hipóxia são frequentes: ciano intensa, taquipneia, alterações de consciência -Sopro pode desaparecer -2 bulha única
49
Coartação de aorta - CoA
Estreitamento de algum ponto da aorta (pré-ductal, paraductal ou pós-ductal) Mais comum em meninos Doença mais comum na síndrome de turner
50
Doença mais comum na síndrome de Tuner
Coartação de aorta
51
Quadro clínico - Coartação de aorta
Sinais de ICC já na primeira semana de vida (taquidispneia, edema pulmonar, hepatomegalia) Ausência de pulsos no MMII Diferença de pulsos Fadiga, cefaleia, epistaxe, dor em MMII Choque cardogênico Sopros são raros
52
O que suspeitar quando ha ICC já na primeira semana de vida?
Coartação de aorta