Cardiomiopatias - parte 1 Flashcards
Chagas - manifestação clinica da fase aguda
Febre, adenomegalia, hepatoesplenomegalia, edema subcutâneo (mais comum na criança, geralmente a fase aguda é incaracterística)
*Sinal de Romanã e chagoma de inoculação: clássicos, mas pouco prevalentes
Chagas - manifestação clinica da fase crônica
Arritmias, IC biventricular com sintomas de lado direito mais expressivos (etiologias isquêmica e hipertensiva têm maior acometimento esquerdo)
Chagas - diagnóstico
Epidemiologia positiva
+
Sorologia positiva
Chagas - propedêutica
ECG, Holter, ECO (alteração segmentar inferior e aneurisma apical (trombogênico) são comuns)
Chagas - Escore de Rassi - utilidade, itens pontuados e significado
Prognóstico (maior mortalidade) - mnemônico CHAGAS
Classe funcional NYHA III e IV - 5 pts
Hipocontratilidade no ECO - 3 pts
Amplitude reduzida no ECG (menos de 5mm nas do plano frontal ou de 10mm nas precordiais) - 2 pts
Grande coração (índice cardiotorácico > 0,5 Rx) - 5 pts
Arritmia (TV não sustentada em Holter 24 hrs) - 3 pts
Sexo masculino - 2 pts
Risco baixo de 0 a 6, intermediário de 7 a 11, alto de 12 a 20
Chagas - tratamento antiparasitário - drogas e indicação
Benzonidazol e nifurtimox (paraziticidas) - indicado em forma aguda, crianças ou adolescentes OU se reativação (HIV, transplantados)
Chagas - sinal de Romaña
Conjuntivite aguda unilateral e indolor, com edema bipalpebral e adenopatia satélite pré-auricular, que ocorre quando se coça o olho após picada do barbeiro, levando as fezes ao olho
*chagoma de inoculação: lesão cutânea nodular e eritematosa acompanhada de adenopatia satélite
Chagas - achado ECG
BRD - QRS largo e positivo em V1, em M estilizado
BDAS - D2 e D3 negativos, com D3 mais negativo que D2
Doença cardiovascular genética mais comum, alterações estruturais e mortalidade
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH)
Dominante, com alteração no sarcômero, desarranjo das fibras, sem dilatação ventricular e contratilidade normal ou supernormal.
Morte súbita pode ocorrer em jovens atletas durante atividade física. Taquicardia e FV são as principais causas de morte (portanto, avaliar necessidade CDI)
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) - alterações estruturais
Hipertrofia concêntrica primária autossômica dominante com mutação sarcomérica e associada a morte súbita em menores de 40 anos. excluir causas secundarias (estenose aórtica, HAS, coração de atleta)
No coração do atleta a hipertrofia é simétrica, na CMH a hipertrofia é assimétrica
CMH hipertrofia concêntrica (sem aumento do índice cardiotorácico)
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) - clinica
Variável (assintomático, arritmia, FA, dor torácica, dispneia, morte súbita)
B4, sopro sistólico ejetivo
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) - diagnóstico
ECO parede VE > 15mm (ou > 13 se HF+), excluídas outras causas
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) - prognóstico ruim
Espessura > 30mm, FEVE <50%, TVs não sustentadas, HF de morte súbita < 40a, síncope inexplicada, queda da PA no esforço no teste ergométrico, fibrose na RM
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) - tratamento
Melhorar tempo enchimento: beta-bloq, BCC (verapamil e diltiazem), disopiramida
Anticoagulantes se FA (independente de CHA2DS2VASc)
Não usar digoxina, vasodilatadores ou diuréticos (diminuem o volume sistólico, aproximam paredes e pioram obstrução)
Miectomia ou ablação alcoólica em artéria septal, se forma obstrutiva
CDI se pior prognóstico (previne morte súbita)
Cardiomiopatia de Takotsubo (broken heart syndromme) - epidemiologia, quadro clínico e alterações de exames
Mulheres pós-menopausa; dor torácica semelhante ao infarto após estresse emocional
ECG com supra de ST, troponinas elevadas, mas normal ao CATE, balonamento apical ao ECO (takotsubo é um vaso japonês para pescar polvo)