C0MPL1C4ÇÕ3S D0 D14B3T35 Flashcards
- A hipoglicemia é um efeito adverso comum no tratamento com insulina, especialmente no molde do tratamento intensivo. Quais suas possíveis causas?
-Omissão de refeição, assim a insulina administrada comsome a glicose circulante;
-Dose inadequada de insulina;
-Consumo exagerado de álcool;
-Exercício físico não programado, assim sendo, antes do exercício a insulina deve ser aplicada em músculos que não serão trabalhados, ou o exercício vai aumentar a demanda de glicose podendo causar hipoglicemia imediata ou horas depois do exercício.
-Etilismo agudo;
-Drogas;
-Outras endocrinopatias: Cushing, Feocromocitoma, Hipotireoidismo
-Falência renal ou hepática;
Fatores de Risco
-Uso de Glibenclamida associada a uma Quinolona;
-A1C < 7%;
-Fatores que diminuem a percepção da Hipoglicemia: Tabagismo e neuropatia periférica;
Quais os conceitos de Hipoglicemia grave Hipoglicemia sintomática documentada Hipoglicemia assintomática documentada Hipoglicemia sintomática provável Hipoglicemia relativa?
Hipoglicemia grave Exige que outra pessoa administre carboidrato ou glucagon ao doente. Pode induzir a convulsão e coma.
Hipoglicemia sintomática documentada Glicemia <70 e sintomas de hipoglicemia
Hipoglicemia assintomática documentada Glicemia <70, ausência de sintomas de Hipoglicemia
Hipoglicemia sintomática provável Sintomas de hipoglicemia sem glicemia documentada
Hipoglicemia relativa Glicemia >70 com sintomas de Hipoglicemia Ocorre no paciente com DM sem terapia adequada.
- Em casos de pacientes comatosos numa unidade de emergência sem causa conhecida, devemos sempre pensar na possibilidade de hipoglicemia, especialmente se tratar-se de um alcoolista crônico ou diabético. Nesse caso, qual a conduta?
Verificar a glicemia, e enquanto se aguarda o resultado, administrar 25-50g de glicose intravenosa, ou seja, 50-100ml de soro glicosado a 50%. Em caso de alcoolismo ou desnutrição, fazer antes 100mg de tiamina, para evitar a encefalopatia de Wernicke.
Se o paciente estiver consciente ele deve ingerir glicose.
Se inconsciente ou em ambiente extrahospitalar, fazer 1mg de Glucagon SC, e quando consciente, ingerir algo contendo açúcar.
- Qual a teoria provável para o dano vascular na DM crônica?
Ocorre glicosilação não enzimática de proteínas plasmáticas e teciduais, formando os Produtos Finais da Glicosilação avançada, que se ligam ao endotélio vascular e formam microtrombros, obstruindo a vasculatura. Nas células nervosas a neuropatia explica-se pela conversão de glicose em sorbitol, aumentando a osmolaridade celular e fazendo a célula inchar. A retinopatia se dá por que a hiperglicemia destrói as células de reserva (pericitos), e afeta também a adesão entre as células endoteliais, provocando microaneurismas e edema. Além disso, ocorre proliferação de áreas avasculares entre os capilares que leva a hipóxia crônica, e que estimula a instalação de novos vasos na retina.
- Qual a possível causa de retinopatia diabética?
Pode ser precipitada pelo mal controle glicêmico, DM de longa data, gravidez, puberdade, lesão renal. Além disso, pacientes que já tiveram uveítes, cataratas, e doença oclusiva vascular, parecem ter pior prognostico, enquanto aqueles a miopia ou glaucoma parecem exercer papel de proteção.
Qual o conceito de RD NP leve?
RD NP leve São achados da fundoscopia: microaneurismas, hemorragias pequenas e esparsas, e há extravasamento de ptnas e lipídios pelos aneurismas formando manchas amareladas, os exsudatos duros.
Qual o conceito de RD NP moderada?
RD NP moderada Exsudatos algodonosos, hemorragia intrarretiniana numerosa e veias em rosário ou ensalsichamento venoso.
Qual o conceito de RD NP grave ou pré proliferativa?
RD NP grave ou pré proliferativa Áreas de isquemia na retina, pelo menos 20 hemorragias intrarretinianas por quadrante e 2 ou mais veias em rosário por quadrante. A visão geralmente não está afetada, a não ser que a lesão ocupe a macula densa.
Qual o conceito de RD proliferativa?
RD proliferativa Há áreas de isquemia distribuídas difusamente que estimula a liberação de fts de crescimento vascularizar, por isso vê-se neovasos, menos resistentes e mais finos que os originais. Entre as complicações da RD proliferativa está o ancoramento dos neovasos na retina, fibrose que provoca o descolamento da retina por tração levando a amaurose, outra complicação é a hemorragia vítrea pelo rompimento dos neovasos, glaucoma agudo,
Qual o conceito e a manifestação clinica da maculopatia?
Maculopatia Causada pelo edema macular reversível, que provoca o acúmulo de exsudatos duros em volta da fóvea, levando a cegueira central em diabéticos.
Qual o conceito e a manifestação clinica da catarata diabetica?
Catarata Causada pela glicosilação de proteínas do cristalino e pelo acúmulo de sorbitol que altera a osmolaridade e opacifica o cristalino.
Qual o conceito e a manifestação clinica do glaucoma por DM?
Glaucoma Pode ser o glaucoma de ângulo aberto, não doloroso, ou aquele por neovascularização da íris, que é doloroso.
- Como deve ser feito o rastreio de RD?
Pacientes com DM 1 devem fazer uma fundoscopia após 5 anos de diagnóstico da doença, enquanto no DM 2 o paciente deve fazê-lo junto ao diagnóstico. Aqueles sem retinopatia devem repetir o exame anualmente, e aqueles com retinopatia presente devem repeti-lo a cada 06 meses.
- Como é feito o tratamento da retinopatia diabética e qual costuma ser a resposta a terapia?
O tratamento inclui:
-Controle glicêmico rígido;
-Controle da HAS concomitante;
A RD não proliferativa não exige tratamento específico, caso não se aproxime da mácula, caso isso ocorra, como na maculopatia, como a mácula é a responsável pela acuidade visual, é feita a fotocoagulação a laser localizada que induz ao bloqueio dos neovasos para que a proliferação deles não atinja o centro da mácula. Outra terapia é o uso de anticorpos anti-VEGF (Fator de crescimento do endotélio vascular) – o Ranibizumab, usados isoladamente ou associados a fotocoagulação a laser.
Para a RD proliferativa faz-se a fotocoagulação a laser panrretiniana, que obstrui os neovasos formados e reduz a síntese de VEGF local, como os neovasos a principio se instalam apenas na porção mais periférica da retina, o paciente pode evoluir com visão em túnel, ou seja, perda da visão periférica.
O início da terapia para DM costuma inicialmente piorar um pouco a retinopatia, já que com o melhor controle glicêmicos neovasos semi-ocluídos se obstruem, formando exsudatos algodonosos.
Outro procedimento é a vitrectomia, usada na hemorragia vítrea, descolamento de retina e neovascularização muito intensa.
- Qual a fisiopatologia da Nefropatia diabética?
A nefropatia da DM se dá por glomerulopatia e pode ser detectada pela proteinúria em urina EAS ou proteínas>300mg na urina de 24h. Os pacientes costumam evoluir para a falência renal de forma assintomática, ocorrendo ainda na fase produtiva (40-50 anos) no DM1. Outros apresentam proteinúria >3,5g/24h, o que caracteriza uma proteinúria nefrótica eventualmente com repercussão clínica (Síndrome nefrótica).
A fisiopatologia aponta para a deposição excessiva de proteínas da MEC do glomérulo, estimulada pelo TGF beta, que evolui em muitos dos casos com proteinúria, HAS e perda da função renal (síndrome urêmica). Outro aspecto da fisiopatologia é a ativação do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. A Angio II está envolvida em alterações hemodinâmicas, hipertrofia, acúmulo de MEC e indução de fts de crescimento que coopera na oclusão vascular glomerular.
A histopatologia mostra glomeruloesclerose difusa ou focal, com espessamento do mesângio e da membrana basal.