BRADIARRITMIAS + CARDIOPATIA Flashcards
O que caracteriza a disfunção sinusal extrínseca?
A disfunção sinusal extrínseca ocorre quando o nó sinusal, o marcapasso natural do coração, é afetado por fatores externos, como aumento do tônus vagal ou doenças subjacentes. Isso pode levar a uma diminuição da frequência cardíaca.
Quais são as causas da bradicardia sinusal?
As causas podem ser fisiológicas, como durante o sono em jovens, ou patológicas, incluindo anorexia nervosa, mixedema, hipotermia e hipertensão intracranal. Medicações como betabloqueadores e amiodarona também podem causar bradicardia sinusal.
Como se manifesta clinicamente a bradicardia sinusal?
Pode ser assintomática ou causar hipotensão, presíncope, síncope, intolerância ao exercício e até insuficiência cardíaca.
Qual é o tratamento para a bradicardia sinusal?
Se assintomática, nenhum tratamento é necessário. Caso contrário, o tratamento da causa subjacente é crucial
O que define a disfunção intrínseca do nó sinusal?
É um síndrome caracterizado por sintomas como síncope, presíncope, fadiga ou insuficiência cardíaca devido à bradicardia sinusal causada por alterações estruturais no nó sinusal.
Quais são as manifestações eletrocardiográficas da disfunção sinusal?
As manifestações incluem bradicardia sinusal persistente, pausas sinusais, bloqueio sinoauricular e episódios de taquiarritmias auriculares, como fibrilação atrial, flutter atrial ou taquicardia atrial.
Quais são as causas da disfunção intrínseca do nó sinusal?
Geralmente ocorre em pessoas mais velhas devido à degeneração do tecido do nó sinusal. Outras causas incluem fibrose atrial, aterosclerose, infarto do miocárdio, colagenoses, amiloidose senil e miocardite.
Quais são os sintomas da disfunção intrínseca do nó sinusal?
Os sintomas comuns incluem tontura, instabilidade, presíncope ou síncope, geralmente devido a pausas sinusais prolongadas (mais de 3 segundos). Fadiga, intolerância ao exercício e insuficiência cardíaca também podem ocorrer.
Como é diagnosticada a disfunção sinusal?
O diagnóstico baseia-se na correlação entre os sintomas e a bradicardia ou pausas observadas no ECG. Um Holter de 24 horas pode ser necessário para confirmar o diagnóstico. Em alguns casos, um estudo eletrofisiológico pode ser realizado.
Como a disfunção sinusal é tratada?
O tratamento de escolha é o implante de um marcapasso permanente. Anticoagulantes podem ser necessários para pacientes com crises de fibrilação ou flutter atrial. A amiodarona pode ajudar a reduzir as crises de taquiarritmia e controlar os sintomas. A ablação do nó AV pode ser considerada em pacientes com crises sintomáticas de fibrilação atrial refratárias ao tratamento medicamentoso, após a colocação de um marcapasso permanente.
O que causa os transtornos da condução atrioventricular?
A interrupção da condução do impulso elétrico através do sistema de condução atrioventricular, seja no nó AV, no feixe de His ou em seus ramos, leva a bloqueios cardíacos.
Quais são os tipos de bloqueio atrioventricular?
○ Bloqueio atrioventricular de primeiro grau: Retardo na condução AV, mas todos os impulsos atingem os ventrículos. No ECG, o intervalo PR é maior que 0,20 segundos.
○ Bloqueio atrioventricular de segundo grau: Alguns impulsos atriais são bloqueados. Existem três tipos:
■ Wenckebach (Mobitz I): Prolongamento progressivo do tempo de condução até que um impulso seja bloqueado, resultando em um intervalo PR progressivamente mais longo no ECG até que uma onda P não seja seguida por um complexo QRS.
■ Mobitz II: Falha súbita e inesperada na condução, sem prolongamento prévio do intervalo PR. Geralmente infra-Hissiano.
■ Bloqueio AV de segundo grau avançado: A metade ou mais das ondas P são bloqueadas.
○ Bloqueio atrioventricular de terceiro grau (Bloqueio AV Total): Interrupção completa da condução entre átrios e ventrículos. No ECG, as ondas P são rítmicas, mas os complexos QRS aparecem em uma frequência mais baixa, com um ritmo regular independente do ritmo atrial.
Bloqueio atrioventricular de segundo grau: Alguns impulsos atriais são bloqueados. Existem três tipos:
■ Wenckebach (Mobitz I): Prolongamento progressivo do tempo de condução até que um impulso seja bloqueado, resultando em um intervalo PR progressivamente mais longo no ECG até que uma onda P não seja seguida por um complexo QRS.
■ Mobitz II: Falha súbita e inesperada na condução, sem prolongamento prévio do intervalo PR. Geralmente infra-Hissiano.
■ Bloqueio AV de segundo grau avançado: A metade ou mais das ondas P são bloqueadas.
Quais são as causas do bloqueio AV? As causas incluem:
○ Fisiológicas: Bloqueio AV de segundo grau tipo Wenckebach em repouso em atletas.
○ Doenças cardíacas congênitas: Transposição dos grandes vasos, doença de Ebstein.
○ Medicamentos: Digital, amiodarona, diltiazem, verapamil, betabloqueadores.
○ Infarto do miocárdio inferior.
○ Síncope neurocardiogênica.
○ Degeneração e esclerose do tecido de condução (doença de Lenègre).
○ Calcificação da válvula aórtica (doença de Lev).
○ Infarto do miocárdio anterior.
○ Doenças infiltrativas: Sarcoidose, colagenoses (esclerodermia), miocardite, distrofias musculares
Quais são os sintomas dos transtornos da condução atrioventricular?
Podem ser assintomáticos, especialmente em bloqueios de primeiro grau e alguns de segundo grau. Sintomas de baixo débito cardíaco, como tontura, presíncope, síncope, angina e insuficiência cardíaca, ocorrem quando a frequência ventricular é lenta. Crises de Stokes-Adams, caracterizadas por síncope, convulsões e relaxamento dos esfíncteres, podem ocorrer quando o bloqueio se instala repentinamente.
Que son las Crises de Stokes-Adams, caracterizadas ?
síncope, convulsões e relaxamento dos esfíncteres, podem ocorrer quando o bloqueio se instala repentinamente.
Quando um estudo eletrofisiológico é necessário no diagnóstico de transtornos da condução AV?
É essencial em pacientes com síncope e bloqueio de ramo ou bloqueio bifascicular no ECG. Um intervalo HV prolongado ou a indução de bloqueio infra-Hissiano após flecainida são indicações para marcapasso definitivo, após excluir outras causas de síncope.
Como os transtornos da condução atrioventricular são tratados?
Tratamento medicamentoso: Atropina (0,5 a 2 mg IV) para bloqueio supra-Hissiano agudo. Isoproterenol (1 a 4 mg/min IV) para bloqueio infra-Hissiano.
○ Marcapasso temporário: Estabiliza o paciente enquanto a necessidade de um marcapasso permanente é avaliada.
○ Marcapasso permanente: Indicado para bradicardias sintomáticas não reversíveis ou autolimitadas.
O que é a doença de Chagas-Mazza?
É uma doença parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitida principalmente por insetos triatomíneos (barbeiros). Pode se manifestar em fases agudas e crônicas, afetando principalmente o coração e o sistema digestivo.
Como ocorre a transmissão da doença de Chagas?
A principal forma de transmissão é vetorial, através da picada do barbeiro infectado. Outras formas incluem:○
Transfusão de sangue.○
Compartilhamento de seringas.○
Transmissão congênita.○
Aleitamento materno (raro).○
Acidentes laboratoriais.○
Ingestão de alimentos contaminados com fezes de barbeiros (raro).
Quais são as fases da doença de Chagas adquirida?
○ Fase aguda: Sintomas iniciais como febre, mal-estar, inchaço no local da picada (chagoma), aumento do fígado e baço. Pode haver complicações cardíacas e neurológicas.
○ Fase indeterminada: Ausência de sintomas, mas com sorologia positiva para doença de Chagas. Pode durar anos ou mesmo toda a vida.
○ Fase crônica: Manifestações cardíacas (arritmias, insuficiência cardíaca), digestivas (megaesôfago, megacólon) ou neurológicas.
Como é feito o diagnóstico da doença de Chagas?
○ Fase aguda: Pesquisa direta do parasita no sangue (exame a fresco, gota espessa), métodos de concentração, xenodiagnóstico, testes sorológicos (ELISA, IFI).
○ Fase crônica: Testes sorológicos para detecção de anticorpos contra o T. cruzi (ELISA, IFI, HAI).
Qual é o tratamento para a doença de Chagas?
○ Fase aguda: Medicamentos antiparasitários como benznidazol e nifurtimox.
○ Fase crônica: Tratamento sintomático para as complicações cardíacas, digestivas ou neurológicas.
O que são miocardiopatias?
São doenças que afetam o músculo cardíaco (miocárdio), comprometendo sua função de contração e relaxamento. Podem ser primárias (causa desconhecida) ou secundárias a outras condições.
Quais são os principais tipos de miocardiopatias?
○ Miocardiopatia dilatada: Dilatação das câmaras cardíacas, especialmente o ventrículo esquerdo, com redução da capacidade de bombeamento do coração.
○ Miocardiopatia hipertrófica: Espessamento das paredes do ventrículo esquerdo, geralmente assimétrico, que dificulta o enchimento do coração.
○ Miocardiopatia restritiva: Rigidez do miocárdio, que impede o enchimento adequado do coração.
○ Miocardiopatia arritmogênica do ventrículo direito: Substituição do músculo cardíaco por tecido fibroso e gordura, predispondo a arritmias ventriculares.
○ Miocardiopatia não compactada: Defeito na compactação do miocárdio, que leva a uma estrutura muscular esponjosa e disfunção cardíaca.
○ Miocardiopatia dilatada:
Dilatação das câmaras cardíacas, especialmente o ventrículo esquerdo, com redução da capacidade de bombeamento do coração.
○ Miocardiopatia hipertrófica:
Espessamento das paredes do ventrículo esquerdo, geralmente assimétrico, que dificulta o enchimento do coração.
○ Miocardiopatia restritiva:
Rigidez do miocárdio, que impede o enchimento adequado do coração.
○ Miocardiopatia arritmogênica do ventrículo direito:
Substituição do músculo cardíaco por tecido fibroso e gordura, predispondo a arritmias ventriculares.
○ Miocardiopatia não compactada:
Defeito na compactação do miocárdio, que leva a uma estrutura muscular esponjosa e disfunção cardíaca.
Quais são as causas da miocardiopatia dilatada?
○ Primárias: Idiopática (causa desconhecida), genética, miocardite viral.
○ Secundárias: Alcoolismo, pós-parto, doença de Chagas, taquicardias crônicas, medicamentos (quimioterápicos)
Quais são os sintomas da miocardiopatia dilatada?
Falta de ar, fadiga, inchaço nas pernas, palpitações, dor no peito, tontura
Como é feito o diagnóstico da miocardiopatia dilatada?
○ Eletrocardiograma (ECG).
○ Radiografia de tórax.
○ Ecocardiograma.
○ Ressonância magnética cardíaca.
○ Cateterismo cardíaco (para descartar doença arterial coronariana).
O que causa a miocardiopatia hipertrófica?
É uma doença genética, geralmente com padrão de herança autossômico dominante. Mutações em genes que codificam proteínas do músculo cardíaco levam ao espessamento anormal do miocárdio.
Quais são os sintomas da miocardiopatia hipertrófica?
Muitos pacientes são assintomáticos. Os sintomas, quando presentes, podem incluir falta de ar, dor no peito, palpitações, desmaios.
Como é feito o diagnóstico da miocardiopatia hipertrófica?
○ Eletrocardiograma (ECG).
○ Ecocardiograma.
○ Ressonância magnética cardíaca.
Quais são as causas da miocardiopatia restritiva?
○ Primárias: Endocardite de Loeffler, fibrose endomiocárdica.
○ Secundárias: Amiloidose, hemocromatose, doença de Fabry, sarcoidose.
Quais são os sintomas da miocardiopatia restritiva?
Falta de ar, fadiga, inchaço nas pernas, aumento do fígado
O que causa a miocardiopatia arritmogênica do ventrículo direito?
É uma doença genética que causa a substituição do tecido muscular do ventrículo direito por gordura e tecido fibroso, levando a arritmias e disfunção ventricular.
Como é feito o diagnóstico da miocardiopatia arritmogênica do ventrículo direito?
○ Eletrocardiograma (ECG).
○ Ecocardiograma.
○ Ressonância magnética cardíaca.
O que causa a miocardiopatia não compactada?
É uma doença genética que afeta a compactação do miocárdio, resultando em uma estrutura muscular esponjosa e disfunção cardíaca.
Quais são os sintomas da miocardiopatia não compactada?
Pode ser assintomática ou apresentar sintomas como falta de ar, fadiga, inchaço nas pernas, arritmias.
Como é feito o diagnóstico da miocardiopatia não compactada?
○ Eletrocardiograma (ECG).
○ Ecocardiograma.
○ Ressonância magnética cardíaca.
O que é febre reumática?
É uma doença inflamatória que pode afetar o coração, articulações, sistema nervoso central e pele, como consequência de uma infecção de garganta por bactérias Streptococcus pyogenes.
Como a febre reumática afeta o coração?
Acarreta uma pancardite, ou seja, inflamação de todas as camadas do coração: pericárdio (pericardite), miocárdio (miocardite) e endocárdio (endocardite). A endocardite pode levar a lesões nas válvulas cardíacas, principalmente na válvula mitral.
Quais são os sintomas da febre reumática?
○ Maiores: Cardite, artrites, nódulos subcutâneos, eritema marginado, coréia de Sydenham.
○ Menores: Febre, artralgia, elevação de reagentes de fase aguda (VHS e PCR), alterações no ECG.
Como é feito o diagnóstico da febre reumática?
Utiliza-se os critérios de Jones, que se baseiam na presença de história de infecção estreptocócica recente e na combinação de sintomas maiores e menores.
Qual é o tratamento para a febre reumática?
○ Antibioticoterapia: Penicilina benzatina para erradicar a bactéria Streptococcus pyogenes.
○ Anti-inflamatórios: Salicilatos (ácido acetilsalicílico) ou corticosteroides para reduzir a inflamação.
○ Repouso: Importante para a recuperação do coração.
○ Profilaxia: Penicilina benzatina intramuscular em doses regulares para prevenir recorrências.