BANCA DE PEDIATRIA 4 PNM E COQ Flashcards

1
Q

Paciente com 3 anos vem com a mãe que se queixa que o filho está com febre (n aferida), tosse, dificuldade para respirar, irritabilidade e enjoo.

Ao EF: FR 52 rpm, tiragem subcostal e BAN

  • Hipótese diagnóstica?
A

Pneumonia

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Q

Quais são os principais agentes que causam pneumonia bacteriana típica?

A

< 2 meses

  • S. agalctiae
  • G- entericos

> 2 meses

  • S. pneumoniae (+ comum)
  • S. aureus (quadros graves)
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3
Q

Paciente com 3 anos vem com a mãe que se queixa que o filho está com febre (n aferida), tosse, dificuldade para respirar, irritabilidade e enjoo.

Ao EF: FR 52 rpm, tiragem subcostal e BAN

  • Pediria algum exame?
A

Como esse paciente apresenta sinais de gravidade (tiragem e BAN) sim, pois é um dos critérios para internar e semppre que interno eu faço o Rx, porém Rx não é obrigatório para o dx (as alterações são tardias)

  • Rx tórax, hemograma e hemocultura (pq vai internar)
  • **Obs: Pneumococo* em Hemocultura é padrão ouro (nunca vai ser contaminação, porque não se encontra na pele)
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4
Q

Quais são os achados que podem ser encontrados no Rx de uma pneumonia típica?

A

Pode haver padrão de consolidação lobar com aerobroncograma ou broncopneumonia

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5
Q

Veio o Rx seguinte, qual conduta?

A

Estabilização do paciente, ATBterapia (mas já pode iniciar antes do Rx, dx é clínico)

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6
Q

Qual o tto para pneumonia bacteriana?

A
  • < 2 meses:
    • internação
    • ampi + genta
  • > 2 meses
    • ambu: amoxicilina
    • hospitalar: penicilina cristalina EV

Duração: tradicional é 10 dias e na PNM com DP é no mínimo 2 semanas

  • mas na pnm pneumococcica ttada ambulatorialmente se recomenda q o atb pode ser mantido até ficar 72h afebril com pelo menos 10 dias de tto
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7
Q

Quais são os critérios de internação para pneumonia?

A
  1. < 2 meses
  2. Sinais de gravidade
    • BAN, tiragem, gemência, cianose, Sat < 92%
  3. Sinais de comprometimento do estado geral
    • alt estado mental, vomita tudo que ingere ou incapaz de aceitar líquidos
  4. Comorbidades
    • cardiopatia, imunocomprometidos…
  5. Complicações radiológicas
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8
Q

Paciente diagnosticado com PNM já tinha iniciado ATB há > 72h, porém ele não melhora…

  • Principal hx dx?
A

Complicação com Derrame Pleural

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9
Q

Diante deste rx, qual a conduta?

A

Rx evidenciando Derrame pleural

  • Realizar toracocentese
    • realiza se lâmina do DP ​≥ 1 cm ou visível no rx

- Exsudato X Transudato: pede ptnas do LP e sericas, e LDH LP e sérica

  • No geral, todo DP paramneumonico é um exsudato!
    • rel ptn LP/Ser > 0,5
    • rel LDH LP/Ser > 0,6
    • LDH LP > 2/3 do limite superior da LDH sérica ou > 200

- Diferenciar exsudato ñ complicado de empiema: esse sim é o principal!! Vai fazer drenagem se for empiema

  • Pede 5 coisas: aspecto, ph, Glicose, Gram e Cultura
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10
Q

O que eu quero definir com a toracocentese? O que tu vai pedir dela?

A
  • Objetivo: avaliar se tem empiema
    • empiema: vai drenar!
    • exsudato n complicado não muda conduta
  • Pedir aspecto, Gram e cultura da amostra, glicose, pH

*No geral todo derrame parapneumonico é um derrame exsudativo! (a não ser que ela tenha outra dça de base) e por isso não precisa pedir os critérios de Light (exsudato= LDH LP/LDHser > 0,5 / ou PNT LP/PTNser > 0,6 ou LDH LP > 2/3 do ls do LDH sér ou LDH > 200)

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11
Q

Quais os critérios de um empiema?

A
  • Empiema (presença de 1 ou + = DRENAGEM)
    1. Aspecto purulento
    2. pH < 7,2***
    3. Glicose < 40
    4. Gram e/ou cultura positivos
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12
Q

Criança de 6 anos que iniciou com cefaleia, mal-estar, febre, rinorreia e dor de garganta que foi progredindo ao longo dos dias com tosse produtiva e rouquidão que pioraram nos últimos 7 dias.

  • Hx dx?
A

Pneumonia atípica por Mycoplasma pneumoniae

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13
Q

Pp agentes que causam PNM atípica

A
  1. Cças em idade escolar (> 5 anos):
    • Mycoplasma pneumoniae
    • Chlamydophila pneumoniae
  2. Lactente (entre 1 - 3 meses):
    • Chlamydia trachomatis
    • Ureaplasma ureatylicum
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14
Q

Criança de 6 anos que iniciou com cefaleia, mal-estar, febre, rinorreia e dor de garganta que foi progredindo ao longo dos dias com tosse produtiva e rouquidão que pioraram nos últimos 7 dias.

  • Quais são os possíveis exames complementares a este caso?
A
  • Crioaglutininas em títulos de 1:32 ou mais (sensível, mas ñ específico
  • Avaliação sorológica para o M. pneumoniae (específico)
  • Rx tórax

Obs: contagens de leucocitos totais e diferenciais costumam ser normais

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15
Q

Criança de 6 anos que iniciou com cefaleia, mal-estar, febre, rinorreia e dor de garganta que foi progredindo ao longo dos dias com tosse produtiva e rouquidão que pioraram nos últimos 7 dias.

  • Quais alterações no Rx poderiam ter num quadro clínico como esse?
A

Quadro característico de Pneumonia atípica por Mycoplasma

  • Achados radiológicos cosumam ser inespecíficos… pnm intersticial ou broncopneumonia com infiltrados unilaterais
  • Geralmente mais em lobos inferiores
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16
Q

Criança de 6 anos que iniciou com cefaleia, mal-estar, febre, rinorreia e dor de garganta que foi progredindo ao longo dos dias com tosse produtiva e rouquidão que pioraram nos últimos 7 dias. Rx veio com infiltrado intersticial.

  • Tratamento?
A
  • Macrolídeo (Azitromicina)
17
Q

Menina de 2 meses com quadro de tosse, sem febre. AP com alguns estertores, sem outras alterações e Rx com leve hiperinsuflação e infiltrado intersticial discreto. Antecedente de conjuntivite aos 14 dias de vida, tratada com colírio. Nascida de parto vaginal, sem intercorrências.

  • Qual hx dx?
A

Pneumonia afebril do lactente por Chlamydia trachomatis

18
Q

Menina de 2 meses com quadro de tosse, sem febre. AP com alguns estertores, sem outras alterações e Rx com leve hiperinsuflação e infiltrado intersticial discreto. Antecedente de conjuntivite aos 14 dias de vida, tratada com colírio. Nascida de parto vaginal, sem intercorrências.

  • Qual outro exame que poderia corroborar ainda mais a hx dx?
A

Hemograma com eosinofilia (> 400 cél/mm3)

19
Q

Menina de 2 meses com quadro de tosse, sem febre. AP com alguns estertores, sem outras alterações e Rx com leve hiperinsuflação e infiltrado intersticial discreto. Antecedente de conjuntivite aos 14 dias de vida, tratada com colírio. Nascida de parto vaginal, sem intercorrências.

  • Tratamento
A

(Pneumonia afebril do lactente por Chlamydia trachomatis)

  • Macrolídeos (Azitromicina por 3 dias)
  • Avaliação se a criança não tem infecção vaginal e retal associada a infecção nasofaríngea
  • Avaliação da infecção materna
20
Q

Diagnósticos diferenciais da Pneumonia afebril do lactente?

A

Pneumonia Bacteriana, Bronquiolite e Coqueluche

21
Q

Qual o agente etiológico da Coqueluche?

A

Bortedella pertussis

22
Q

Porque a Coqueluche é um importante dx diferencial de PNM afebril do lactente?

A

Porque com menos de 3 meses não tem força e não faz os acessos/guinchos de tosse, característicos da coqueluche

23
Q

Qual quadro clínico da Coqueluche?

A
  • < 3 MESES
    • tosse + apneia*** + cianose
    • também pode haver engasgos, tosse emetizante (tosse e vomita) e tosse prolongada
  • > 3 MESES
    • Fase catarral (1-2 sem)
      • hiperemia conjuntival, lacrimejamento, rinorreia, espirros e febre baixa
    • Fase paroxística (2-6 sem) - a fase típica
      • tosse incontrolavelmente, com a lingua protusa e a face arroxeada até que esse acesso termina com uma inspiração profunda que ocasiona a emissão de um guincho característico
      • é comum haver vômitos após esse acesso
      • paroxismos podem ter acessos de 1/1h
      • pode haver petéquias na face e hemorragias conjuntivais
    • Fase de convalescença (≥ 2 sem)
      • pouco típica, redução da tosse em duração, intensidade e frequência de paroxismos

*Obs: < 3 meses tem as fases também, porém não são tão típicas

24
Q

Quais exames podem ser solicitados para auxiliar no dx complementar da Coqueluque?

A
  1. Hemograma
    • Leucocitose com LINFOCITOSE INTENSA >5000/mm3 (pela toxina que a bortedella produz)
  2. Rx
    • Geralmente normal
    • Em lactenses pode demonstrar presença de infiltrado peri-hilar em aspecto de asa de borboleta “coração felpudo”
  3. Coleta de material de nasofaringe por cultura ou PCR antes do início do ATB (até no máx 3d após)
25
Q

Tratamento coqueluche

Tratamento Coqueluche

A
  1. Internação se < 2 meses
  2. Precauções respiratórias
    • Isolamento respiratório por gotículas até 5 dias após início do ATB (se tto ambu: afastamento das ativs. por esse período)
  3. Macrolídeo: Azitromicina (1x/d por 5d)
    • eritro está relacionada a hipertrofia de piloro nas 1as semanas de vida e dificuldade de adesão (tem q tomar de 6/6h)
  4. Quimioprofilaxia
26
Q

Precisa tratar os contactantes de paciente com Coqueluche?

A

Quimioprofilaxia (= ao tto) para contactantes SE:

  • ​Idade < 1 ano
  • Entre 1 e 7 anos com calendário vacinal desconhecido ou menos de 4 doses de DTP ou DTPa
  • ≥ 7 anos
  • Prof de saúde

*Contactantes = contato intimo prolongado durante período de transmissibilidade (21 d antes dos sintomas até 3 semanas após início da fase paroxística)