Avaliação Nutricional No Idoso Flashcards
Envelhecimento e gasto de energia diário
Idosos têm menor gasto diário de energia:
Causas
1) Perda de massa magra (menor geração de energia - Na/K ATPase
2) Menos atividade física
3) Menor termogênese dos alimentos
4) Menor taxa metabólica basal
5) Menor termogênese da gordura marrom
Pirâmide alimentar do idoso
1) Atividade física: idoso sedentário: Começar estimulando a fazer atividades domésticas. Depois, progredir para exercícios físicos regulares
2) Ingestão de líquidos: Água, chá, suco, etc (depende da preferência do idoso)
3) Ingestão de proteínas
4) Vitamina D, cálcio, vitamina B12 (carências comuns em idosos)
Principais problemas na alimentação do idoso
Comer sozinho
Presença de doenças
Condição financeira, que impede que o paciente compre alguns tipos de alimento como proteínas
Elevado consumo de carboidratos complexos e simples
Elevado consumo de sal
Elevado consumo de gorduras saturadas e trans
Elevado consumo de alimentos processados
Baixo consumo de frutas e vegetais
Baixo consumo de proteínas
Baixa ingesta hídrica
Consumo de energia recomendado para o idoso
30 cal/kg/dia
Ingesta de proteínas recomendada para o idoso
pelo menos 1g/kg/dia
Como deve ser feita a ingesta de proteínas ao longo do dia?
É indicado que a ingestão seja fracionada entre as refeições pois chega um determinado momento que há um platô de absorção de proteínas (não comer tudo em uma refeição só)
Anorexia do envelhecimento
Mais comum depois dos 80 anos
Envolve alterações sensoriais e alterações hormonais que contribuem para a queda do peso
Alterações sensoriais:
Queda de visão, olfato, paladar e problemas na mastigação
Alterações hormonais:
Menor produção de grelina → menos ingestão de alimento
Menor produção de óxido nítrico → menor complacência do fundo gástrico → aumento do enchimento do antro gástrico → saciedade precoce
Em homens: o aumento da gordura visceral implica na queda de produção de testosterona e também no aumento da produção de leptina (também em mulheres o último)
Aumento de CCK
Velocidade de perda de peso (quando a perda é significativa?)
1 semana: 1 a 2% (>2%: grave)
1 mês: 5% (>5%: grave)
3 meses: 5 a 7% (>7%: grave)
6 meses: 10% (>10%: grave)
Após 70 anos pode ocorrer lenta diminuição do peso (0,1 a 0,2 kg/ano) → anorexia do envelhecimento
9 D’s da perda de peso
1) Dentição
2) Disgeusia
3) Disfagia
4) Doenças crônicas caso não estejam bem controladas
5) Diarréia
6) Depressão
7) Demência
8) Drogas
9) Disfunção
Rastreamento da desnutrição
Mini avaliação nutricional
Pontuação: 0 a 7: desnutrido
8 a 11: risco de desnutrição
12 a 14: normal
Todos os idosos devem ser rastreados para desnutrição (até obesos e sobrepeso)
Restrições dietéticas podem limitar a ingestão de micronutrientes
Idosos desnutridos ou com risco → alimentação fortificada com objetivo de atingir uma ingestão energética adequada
Pacientes que recusam alimentação com talheres: lanches adicionais e finger foods para facilitar a ingestão de energia
Disfagia ou problemas na mastigação → alimentos com textura modificada, mais pastosa.
Suplementação:
Idosos com doenças crônicas com desnutrição ou risco do mesmo → oferecido suplementação quando o aconselhamento dietético e a fortificação dos alimentos não for capaz de atingir metas nutricionais. Quando oferecido, o SNO deve ser oferecido por pelo menos 1 mês. A eficácia e os benefícios esperados devem ser reavaliados mensalmente.
Diagnóstico de síndrome metabólica
Mais associada à gordura visceral do que com o IMC
A circunferência de abdômen é um critério essencial alterado para definir se há síndrome metabólica ou não.
Além da circunferência, o idoso deve apresentar mais 2 critérios como glicemia de jejum, TG, HDL-c e PA alterados
Fragilidade
Fragilidade: declínio funcional → incapacidade → hospitalização/ institucionalização → morte
A perda de reserva funcional dos órgãos e sistemas resulta numa maior fragilidade, além do estresse oxidativo/ encurtamento dos telômeros. O estilo de vida (tabagismo, etilismo, queda da atividade física, mental, social e fatores nutricionais) contribui para o estresse
O evento estressor como infecção, queda, cirurgia, medicamentos e perda do cônjuge contribui para o declínio funcional
Vulnerabilidade do idoso frágil
Existe uma linha reta de funcionalidade durante o tempo de vida. Abaixo dessa linha, é um idoso dependente e acima desta é um idoso independente. A linha tênue entre um idoso frágil e um idoso saudável é justamente a reserva funcional
Ao se comparar um idoso saudável e um frágil com pneumonia, haverá um declínio maior no mais frágil. Além disso, quando há uma melhora da condição, o idoso não volta ao seu estado anterior, ele recupera mas não tudo
Ciclo de fragilidade
Tudo acaba girando em torno da sarcopenia, que diminui força e potência, além da baixa de peso
A quebra do ciclo da fragilidade é de extrema importância
Diagnóstico de fragilidade:
Parâmetros clínicos:
a) Perda involuntária de peso
b) Exaustão e fadiga
c) Fraqueza
d) Velocidade da marcha (diminui)
e) Atividade física (diminui)
3 ou mais critérios: fragilidade
1 ou 2 critérios: pré-frágil
Rastreamento: + 35 escalas para análise
Escala FRAIL:
a) Fadiga- você se sente cansado?
b) Resistência- consegue subir escada?
c) Mobilidade- consegue caminhar um quarteirão?
d) Doenças- você tem mais de 5 doenças?
e) Perda de peso- você perdeu mais do que 5% do seu peso nos últimos 6 meses?
Pré-fragilidade: 1 critério
Fragilidade: ≥ 2 critérios
Escala PRISMA
Sarcopenia
O idoso perde mais fibras IIb
Relação com a reserva funcional que adquirimos desde a vida intra útero.
Um dos fatores de risco é justamente o peso ao nascer, que ao menor que for, haverá maior queda de força muscular ao envelhecer
O desenvolvimento da reserva funcional durante a vida é essencial para que não haja sarcopenia
O idoso perde mais músculo por conta da falta de atividade física, anorexia, menos ingestão de proteínas, perdas hormonais, inflamação sistêmica de baixo grau que adquire várias doenças crônicas
Queda de fibras musculares do tipo II, de neurônios alfa e de células satélites