Aula 6:Paralisia Facial e Traumatismo do Osso Temporal Flashcards

1
Q

Explique as diferenças entre paralisia facial periférica e central.

A

A paralisia facial periférica e central são distinguidas pela localização da lesão no sistema nervoso. Na paralisia facial periférica, a lesão ocorre no nervo facial (VII par craniano) em qualquer ponto de seu trajeto, desde o núcleo na ponte até suas ramificações mais distais. Isso resulta em comprometimento dos quadrantes superior e inferior da hemiface (hemiparesia total). Por outro lado, na paralisia facial central, a lesão ocorre em níveis superiores ao núcleo do nervo facial, como no terço inferior do giro pré-frontal, nas fibras corticobulbares da coroa radiata, joelho da cápsula interna, pedúnculo cerebral ou ponte acima do nível do núcleo facial. Isso resulta em paralisia apenas do quadrante inferior da hemiface, enquanto o quadrante superior permanece preservado.

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2
Q

Quais são as características histológicas associadas à paralisia facial idiopática (Paralisia de Bell)?

A

As características histológicas associadas à paralisia facial idiopática, também conhecida como Paralisia de Bell, não são totalmente esclarecidas devido à natureza do diagnóstico de exclusão. No entanto, acredita-se que a infecção e inflamação, muitas vezes relacionadas ao herpes vírus simples 1 (HSV-1), levam a um edema do nervo facial. Como esse nervo está inserido no osso temporal, um labirinto ósseo extremamente duro, o edema não possui a capacidade de se expandir, resultando em lesão das fibras neuronais. Essa compressão ou inflamação do nervo facial é considerada a causa subjacente da paralisia facial idiopática.

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3
Q

Quais são os principais tipos de fraturas do osso temporal e suas características?

A

Os principais tipos de fraturas do osso temporal são as fraturas longitudinais, transversais, mistas e fragmentadas. As fraturas longitudinais ocorrem no sentido do maior eixo da porção petrosa do osso temporal, geralmente resultantes de impacto lateral (temporoparietal) que fratura a porção escamosa, estendendo-se à mastoide e osso timpânico. Por outro lado, as fraturas transversais afetam a porção posterior do osso petroso, estendendo-se transversalmente ao eixo da pirâmide temporal e frequentemente relacionadas a impacto occipital. As fraturas mistas são uma combinação de linhas de fratura longitudinais ou transversais e são mais raras, geralmente associadas a traumas cranianos severos. Por fim, as fraturas fragmentadas são causadas por armas de fogo e apresentam fragmentos ósseos e de projétil, além de lesão térmica, sendo sempre severas e sem um padrão definido.

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4
Q

Qual é a importância da tomografia de ouvidos e mastoides no diagnóstico de traumatismo do osso temporal?

A

A tomografia de ouvidos e mastoides desempenha um papel crucial no diagnóstico de traumatismo do osso temporal, pois permite uma visualização detalhada da região afetada. Essa técnica de imagem é capaz de identificar fraturas ósseas, avaliar a extensão das lesões e verificar possíveis complicações, como fístula liquórica ou lesão do nervo facial. Além disso, a tomografia pode fornecer informações importantes para o planejamento cirúrgico, quando necessário, ajudando os médicos a determinar o melhor curso de tratamento para o paciente.

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5
Q

Como é feita a avaliação eletrofisiológica na paralisia facial?

A

A avaliação eletrofisiológica na paralisia facial envolve dois principais testes: a eletroneurografia e a eletromiografia. A eletroneurografia é realizada para avaliar o prognóstico no estágio inicial da paralisia facial. Esse teste avalia a condução nervosa do nervo facial e é realizado entre o terceiro e o vigésimo primeiro dia após a lesão. Já a eletromiografia é realizada para avaliar o prognóstico mais tardio e as sequelas residuais da paralisia facial. Nesse teste, eletrodos são inseridos nos músculos da face para registrar a atividade elétrica e verificar a função neuromuscular.

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6
Q

Quais são os principais cuidados oculares necessários em casos de paralisia facial?

A

Em casos de paralisia facial, é essencial fornecer cuidados adequados aos olhos, uma vez que a paralisia pode prejudicar o fechamento correto das pálpebras, aumentando o risco de lesões oculares. Alguns cuidados oculares importantes incluem o uso de lubrificantes oculares para prevenir o ressecamento da córnea, o uso de óculos de proteção durante o dia e o uso de tampão noturno para proteger os olhos durante o sono. Além disso, é importante instruir o paciente a realizar piscamentos frequentes e a massagear suavemente a região ao redor dos olhos para estimular a produção de lágrimas e prevenir complicações oculares.

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7
Q

Quais são os principais sinais e sintomas associados à paralisia facial periférica?

A

Os principais sinais e sintomas associados à paralisia facial periférica incluem fraqueza ou paralisia dos músculos da face de um lado do rosto, o que pode levar a uma expressão facial assimétrica. Outros sintomas comuns são dificuldade em fechar o olho do lado afetado, dificuldade em sorrir ou franzir a testa de um lado, redução ou perda da capacidade de provar alimentos na metade anterior da língua e aumento da sensibilidade a sons altos no ouvido do lado afetado (hiperacusia). Além disso, alguns pacientes podem apresentar diminuição da produção de lágrimas e saliva no lado afetado.

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8
Q

Como é realizada a classificação da gravidade da paralisia facial periférica?

A

A classificação da gravidade da paralisia facial periférica geralmente é realizada utilizando a Escala de House-Brackmann. Essa escala classifica a paralisia facial em seis graus, com base na extensão e no impacto funcional da paralisia. Os graus da escala são os seguintes:
1. Grau I: Função normal da face em repouso e movimentos normais na contração voluntária.
2. Grau II: Ligeira fraqueza facial perceptível apenas durante movimentos faciais voluntários.
3. Grau III: Fraqueza facial moderada acentuada perceptível em repouso e marcada fraqueza durante os movimentos faciais voluntários.
4. Grau IV: Paralisia facial severa com incapacidade de mover a face voluntariamente, mas algum movimento residual pode ser observado.
5. Grau V: Paralisia facial total com incapacidade completa de mover a face voluntariamente.
6. Grau VI: Paralisia facial total com ausência de contração muscular facial e sem movimento residual.

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9
Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR)?

A

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de perda auditiva induzida pelo ruído incluem exposição ocupacional ou recreacional a níveis elevados de ruído por um período prolongado de tempo. Trabalhadores de setores industriais, como construção, mineração, fabricação e transporte, estão em alto risco devido à exposição constante a maquinário ruidoso. Além disso, indivíduos que frequentemente participam de atividades recreacionais barulhentas, como shows de música ao vivo, eventos esportivos e uso de equipamentos de áudio de alta potência, também estão em risco de desenvolver perda auditiva induzida pelo ruído. Outros fatores de risco incluem a falta de uso de equipamentos de proteção auditiva adequados e a exposição a ruídos explosivos ou de impacto repentino.

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10
Q

Quais são os testes eletrofisiológicos utilizados na avaliação de lesões no nervo facial?

A

Os testes eletrofisiológicos incluem eletroneurografia, para avaliar o prognóstico no estágio inicial, e eletromiografia, para avaliação do prognóstico mais tardio e das sequelas residuais.

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11
Q

Qual o período indicado para realizar a eletroneurografia após uma lesão no nervo facial?

A

A eletroneurografia é indicada entre o 3º e o 21º dia após a lesão, pois após esse período, a degeneração e regeneração neural podem causar dissincronismo na atividade neural.

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12
Q

Quais são as opções de tratamento para lesões no nervo facial?

A

O tratamento pode incluir corticoterapia com prednisona ou prenisolona para diminuir o edema do nervo, antivirais como aciclovir e valaciclovir em casos de infecção por herpes, cuidados oculares para prevenir lesões na córnea, fisioterapia para estimular a regeneração do nervo facial, e em casos especiais, descompressão cirúrgica do nervo facial.

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13
Q

Quais são os tipos de traumatismo do osso temporal?

A

Existem dois tipos de traumatismo do osso temporal: fechado (não-penetrante) e aberto (penetrante).

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14
Q

Quais são as características das fraturas longitudinais do osso temporal?

A

As fraturas longitudinais ocorrem no sentido do maior eixo da porção petrosa do osso temporal, são as mais comuns (70 a 80% dos casos), e geralmente são causadas por impacto lateral (temporoparietal), fraturando a porção escamosa e estendendo-se à mastoide e ao osso timpânico.

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15
Q

Quais são os achados clínicos associados ao traumatismo do osso temporal?

A

Os achados clínicos podem incluir paralisia facial, perda auditiva condutiva ou neurossensorial, vertigens, e fístula liquórica.

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16
Q

Como é realizada a avaliação complementar de lesões no osso temporal?

A

A avaliação complementar inclui tomografia de ouvidos e mastoides para avaliar os ossos, audiometria para avaliar a perda auditiva, e testes eletrofisiológicos conforme o caso.