Aula 02 - Direitos e deveres individuais e coletivos Flashcards
Qual é o artigo mais cobrado nas provas
O Artigo 5, título 2.
TÍTULO II –
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I –
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin- do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (EC no 45/2004)
É correto falar que a constituição enumera cinco direitos fundamentais – os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
sim. Desses direitos é que derivam todos os outros,
relacionados nos diversos incisos do art. 5º. A doutrina considera, inclusive, que os diversos incisos do art. 5º são desdobramentos dos direitos previstos no caput desse artigo
Um estrangeiro que mora fora mas está passando férias no Brasil tem será titular dos direitos fundamentais?
Sim!!!!!!!!!!!
O estrangeiro que se encontra no Brasil pode, por exemplo, impetrar habeas corpus, mesmo não residindo no país.
Ainda sobre o tema, chamamos sua atenção para a decisão do STF segundo a qual “o direito de propriedade é garantido ao estrangeiro não residente”.
Os Direitos fundamentais são apenas para as pessoas físicas?
Nop! O próprio Estado tem os dDireitos fundamentais também. Pessoas jurídicas entram nesse aspecto
Sobre o aborto, estamos totalmente associados ao capítulo II artigo 5 do direito a vida. O que a corte garantiu quanto ao direito d uma gestante vinculado ao aborto?
Interrupção de casos anencéfalos (Má formação do tubo neural). Os fetos morrem poucas horas normalmente depois do parto
Quando há estupro e quando há grave ameaça à vida da gestante
A pena de morte no Brasil pode ser feita?
Sim, em caso de guerra declara pode. É uma Cláusula pétrea.
V ou F
Os direitos e as garantias fundamentais constitucionais estendem-se aos estrangeiros em trânsito no território nacional, mas não às pessoas jurídicas, por falta de previsão constitucional expressa.
Errado. Pessoas jurídicas podem
O Direito à vida é relativo?
Sim! Tanto no aborto quanto na pena de morte em caso de guerra declarada
Quando falamos do primeiro inciso do capítulo 5 da constituição, igualdade perante a lei, o que tenho que lembrar sobre quando se destina ao legislador e quando se destina aos aplicadores do direito?
Igualdade NA LEI - LEGISLADOR
Igualdade PERANTE A LEI - APLICADORES DO DIREITO.
Se todos são iguais perante a lei, por que é legal a reserva de vagas em universidades públicas para negros e indígenas?
Porque poderá haver tratamento desigual entre pessoas que estão em situações diferentes.
Da mesma forma, é compatível com o princípio da
igualdade programa concessivo de bolsa de estudos em universidades privadas para alunos de renda familiar de pequena monta, com quotas para negros, pardos, indígenas e portadores de necessidades especiais
Pode a lei criar discriminações?
Pior que pode.
Portanto que siga o princípio da razoabilidade. Seria o caso, por exemplo, de um concurso para agente penitenciário de prisão feminina restrito a mulheres
O mesmo vale para limites de idade em concursos públicos. Segundo o STF, é legítima a previsão de limites de idade em concursos públicos, quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (Súmula 683). Cabe enfatizar, todavia, que a restrição da admissão a cargos públicos a partir da idade somente se justifica se prevista em lei e quando situações concretas exigem um limite razoável, tendo em conta o grau de esforço a ser desenvolvido pelo ocupante do cargo
O Poder Judiciário pode estender a alguns grupos vantagens estabelecidas por lei a outros?
Não, pois assim, o Judiciário estaria legislando. Não pode! “Não cabe ao Poder judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob
fundamento de isonomia”.
O direito fundamental à igualdade é compatível com a existência de limite de idade para a inscrição em concurso público, sempre que justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
O STF considera legítima a previsão de limites de idade em concursos públicos, quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Questão correta
Qual a diferença do princípio da legalidade e o princípio da reserva legal?
O princípio da legalidade apresenta-se quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que lhe são próprias e contenha uma regra jurídica. Por meio do princípio da legalidade, a Carta Magna determina a submissão e o respeito à “lei” ou a atuação dentro dos limites legais; no entanto, a referência que se faz é à lei em sentido material.
Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo “lei” é, aqui, usado em um sentido mais restrito
Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral regulamentação,
Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela legislação
Diferencie reserva legal simples da relativa
A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada matéria, mas não especifica qual é o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto, maior liberdade para o legislador. Como exemplo, citamos o art. 5º, inciso VII, da CF/88, segundo o qual “é assegurada, nos termos da lei, a assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva”. Fica bem claro, ao lermos esse dispositivo, que a lei terá ampla liberdade para definir como será implementada a prestação de assistência religiosa nas entidades de internação coletiva.
A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato. O melhor exemplo de reserva legal qualificada, apontado pela doutrina, é o art. 5º, inciso XII, da CF/88, que dispõe que “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”.
O princípio da legalidade diferencia-se do da reserva legal: o primeiro pressupõe a submissão e o respeito à lei e aos atos normativos em geral; o segundo consiste na necessidade de a regulamentação de determinadas matérias ser feita necessariamente por lei formal.
exatamente isso. O princípio da legalidade é mais amplo, pressupondo o respeito à lei e a outros atos normativos. Já o princípio da reserva legal é mais restrito, referindo-se tão somente à exigência de lei formal. Questão correta.
Qual é o inciso III do artigo 5?
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!
O que devemos lembrar sobre o uso de algemas?
A utilização desse instrumento, por si só, poderia caracterizar tratamento desumano ou degradante. Sendo assim, o STF condicionou sua utilização para algumas circunstâncias específicas, conforme se verifica na Súmula Vinculante nº 11: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
O que devemos lembrar sobre denúncia anônima?
As peças apócrifas não podem ser incorporadas, formalmente, ao processo, salvo quando tais documentos forem produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão mediante sequestro, por exemplo).
A marcha da maconha é constitucional?
SIM
Também com base no direito à manifestação do pensamento e no direito de reunião, o STF considerou inconstitucional qualquer interpretação do Código Penal que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização das drogas ou de qualquer substância entorpecente específica, inclusive através de manifestações e eventos públicos. Esse foi um entendimento polêmico, que descriminalizou a chamada “Marcha da Maconha”.
Por analogia, é possível entender que isso também se aplica àqueles que defendam publicamente a legalização do aborto. Assim, a defesa da legalização do aborto não deve ser considerada incitação à prática criminosa.
E a marcha a favor do racismo?
Sabe-se, todavia, que nenhum direito fundamental é absoluto. Também não o é a liberdade de
expressão, que, segundo o STF, “não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o direito à incitação ao racismo, dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra”.
Utilização da máquina estatal para colheita de informaçÕes de servidores com postura política contrária ao governo caracteriza uma difamação ao artigo da livre manifestação do pensamento?
SIM!
A utilização da máquina estatal para a colheita de informações de servidores com postura política contrária ao governo caracteriza desvio de finalidade e afronta aos direitos fundamentais da livre manifestação do pensamento, da privacidade, da reunião e da associação, aos quais deve ser conferida máxima efetividade, pois são essenciais ao regime democrático.24
O Supremo Tribunal Federal (STF) apoiou decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a desinformação durante as eleições.
V ou F?
Verdadeiro
O STF confirmou que o TSE tem autoridade para criar regras sobre esse assunto, sem que isso signifique censura à mídia. O objetivo é evitar que notícias falsas influenciem indevidamente os eleitores.
SObre a condição de jornalista, qual é o inciso do artigo 5 que estamos trabalhando>?
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
É importante saber que, tendo como fundamento a liberdade de expressão, o STF considerou que a exigência de diploma de jornalismo e de registro profissional no Ministério do Trabalho não é condição para o exercício da profissão de jornalista.