Asma-DPOC Flashcards
Principal fator de risco para DPOC
Tabagismo (risco cumulativo de acordo com anos/maço)
Causa de DPOC genética não relacionado ao tabagismo
Deficiência de alfa-1-antitripsina
Compare DPOC x Asma - inflamação e fibrose
Asma = Inflamação \> fibrose DPOC = Fibrose \> inflamação
Qual disturbio ácido-base mais comum no DPOC avançado e por quê?
Acidose respiratória pela retenção crônica de CO2.
Como compensação, ocorre retenção de bicarbonato, trazendo o pH para níveis normais (ou próximos disso). Nas exacerbações, a compensação é insuficiente, o que gera redução aguda de pH
Quais principais alterações na gasometria do paciente com DPOC avançado?
Aumenta: PaCO2, HCO2, Base excess
Diminui: PaO2, SatO2
pH: normal ou pouco diminuido
Qual é a resposta renal ao mecanismo de retenção crônica de CO2?
Aumento do excesso de bases (aumenta bicarbonato)
Paciente com DPOC + hiperóxia. Qual a consequência?
Carbonarcose (acúmulo de CO2 agudo) com rebaixamento do nível de consciência
O drive respiratório do paciente com DPOC é regulado pelo quê?
Hipóxia
Achado na Espirometria de distúbio obstrutivo?
VEF1/CVF baixa <70%
VEF1: Volume Expiratório Forçado no 1º segundo CVF: Capacidade Vital Forçada

Descreva uma resposta ao broncodilatador positiva.
Aumento do VEF1 >200ml e > 12% (adulto) ou VEF1>12% do previsto (criança) - GINA
Qual característica na espirometria do DPOC leve?
VEF1/CVF ≥ 80% pós broncodilatador
VEF: Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo
CVF: Capacidade Vital Forçada
Qual motivo da diminuição da CVF (capacidade vital forçada) nos pacientes com DPOC?
Aprisionamento de ar crônico
Principal alteração na radiografia de tórax do paciente com DPOC
Hiperinsuflação pulmonar

Paciente DPOC grupo A e C.
Quais características - CAT e mMRC?
Escala mMRC: avalia intensidade da dispneia, indo de zero a quatro
Questionário COPD Assessment Test (CAT)
Grupo da Esquerda - CAT mMRC 0-1
Compare DPOC grupo A/ B e C/D - exacerbações no último ano
A/B - 0 ou 1 sem Internação
C/D - 2 ou mais ( uma com internação)

Paciente DPOC grupo B e D. Quais características - CAT e mMRC?
Grupo da Direita - dispneia ao andar apressadamente ou subindo uma rampa leve são considerados sintomáticos
CAT ≥ 10 mMRC ≥2

Cite 2 beta-2-agonistas de longa ação utilizados no DPOC
Formoterol e Salmeterol
DPOC LEVE - Classifique de acordo com Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo (VEF1)
VEF1 de pelo menos 80% do previsto
DPOC moderada - Classifique de acordo com Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo (VEF1)
VEF1 de 59-79%
DPOC grave - Classifique de acordo com Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo (VEF1)
VEF1 de 30-49%
DPOC muito grave - Classifique de acordo com Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo (VEF1)
VEF1
Qual o principal anticolinérgico utilizado no DPOC?
Tiotrópio (longa duração)
Qual tratamento no DPOC grupo A?
Broncodilatadores de curta (SABA) ou longa duração (LABA),
podendo ser beta-agonistas (salbutamol, fenoterol, formoterol) ou
anticolinérgicos (ipratrópio, tiotrópio)
Qual tratamento no DPOC grupo B?
Broncodilatador de longa duração, podendo ser um beta-agonista (formoterol, salmeterol) ou anticolinérgico (tiotrópio).
Caso a sintomatologia seja muito intensa, podemos associar as duas classes.
Qual tratamento no DPOC grupo C?
Anticolinérgico inalatório de longa duração (tiotrópio).
O beta-agonista de longa duração é a segunda opção, pois o tiotrópio é mais efetivo em reduzir o risco de exacerbações.
Qual tratamento no DPOC grupo D?
Anticolinérgico de longa duração, associado ao LABA se os sintomas forem intensos.
A associação ICS-LABA (budesonida + formoterol) torna-se a primeira opção para pacientes com eosinofilia (> 300/mm3) ou história de asma.
Quais principais alterações clínicas no paciente com DPOC exacerbado?
Dispneia e alteração do escarro (cor e volume)
Exacerbação no DPOC. Quais principais agentes etiológicos?
Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Moraxella catarrhalis
Quando indicar antibioticoterapia no DPOC exacerbado?
Presença de escarro purulento + necessidade de internação OU
presença de pelo menos 2 sinais cardinais (piora da dispneia, aumento do volume e/ou aspecto purulento de secreções)
Qual achado característico na gasometria da DPOC exacerbada?
Acidose respiratória descompensada! Importante: grande queda do pH não é normal no DPOC compensado!
Qual a antibioticoterapia na exacerbação do DPOC leve/moderado?
Amoxicilina + Clavulanato, macrolídeo, quinolona respiratória
Qual a antibioticoterapia na exacerbação do DPOC com risco para Pseudomonas?
Piperacilina + Tazobactam
Cefepime
Ceftazidima
No DPOC exacerbado quais medicações agem para melhorar os sintomas?
Beta-2-agonista de curta ação com brometro de ipratrópio
Quais beta-2-agonistas de curta ação mais utilizados no DPOC exacerbado ?
Fenoterol, Salbutamol ou Terbutalina
DICA: os mesmos da asma!
Qual anticolinérgico de curta ação utilizado no DPOC exacerbado?
Brometo de iprátrópio
Se paciente com DPOC em internação - como é feito oxigenoterapia?
Baixo fluxo (até 3L/min) para manter Saturação em torno de 90-92%
Se DPOC exacerbada com dispneia, qual medicação associar aos broncodilatadores?
Corticoide sistêmico por 5-7 dias
Qual a fisiopatologia da asma?
Inflamação de vias aéreas Hiperreatividade brônquica Obstrução intermitente
Fatores de risco pessoais (2) importantes na asma
Histórico de atopias Antecedente familiar de asma/atopias
Espirometria do asmático - qual alteração obrigatória?
Nenhuma. Pode ter espirometria com valores normais e testes positivosl!
Espirometria na asma - qual alteração pode ser encontrada e faz diagnóstico se sintomático?
VEF1/CVF <75-80% (adultos) e <90% (crianças) com resposta positiva após broncodilatador
VEF: Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo
CVF: Capacidade Vital Forçada
Descreva uma resposta ao broncodilatador positiva.
Aumento do VEF1 >200ml e > 12% (adulto) ou VEF1>12% do previsto (criança) - GINA
VEF: Volume Expiratório Forçado no 1ºsegundo
Quais 2 parâmetros necessários para confirmar diagnóstico de asma?
Sintomas sugestivos + hiperreatividade brônquica comprovada
Quais 3 parâmetros para provar hiperreatividade brônquica no asmático?
1) Espirometria com prova broncodilatadora
2) Teste de broncoprovocação (broncoconstritores ou exercício físico)
3) Variabilidade do pico de fluxo expiratório (PFE)
Quais broncoconstritores (3) usados no teste de broncoprovocação para diagnóstico de asma?
Metilcolina
Histamina
Carbacol
Se paciente com suspeita de asma apresenta espirometria com prova broncodilatadora negativa, qual próximo passo para diagnóstico?
Solicitar teste, normalmente broncoprovocação
Como é feito diagnóstico de asma em lactentes com sibilância recorrente?
1 critério principal + 2 critérios secundários

Quais critérios PRINCIPAIS para diagnóstico de asma em lactentes?
Principais: pai ou mãe com asma; dermatite atópica
Quais critérios SECUNDÁRIOS para diagnóstico de asma em lactentes?
Rinite alérgica, Sibilos sem resfriado, Eosinofilia > 4%
Quais os parâmetros avaliados no controle da asma?
Sintomas diurnos
Limitação de atividades
Sintomas noturnos
Uso de medicação de alívio
Asma controlada apresenta sintomas noturnos ou limitação a exercícios?
NÃO!
Através do que é classificado o controle da asma?
Controle dos sintomas nas últimas 4 semanas
Qual o máximo de vezes se pode utilizar a medicação de alívio para ser considerada “asma controlada”?
2 ou menos por semana. Se >2x é asma parcialmente ou não controlada.

Asma parcialmente controlada apresenta quantos parâmetros positivos?
1 - 2 parâmetros

Asma não controlada apresenta quantos parâmetros positivos?
3 ou mais parâmetros

Quais beta-2-agonistas de curta ação mais utilizados na asma?
Fenoterol, Salbutamol ou Terbutalina
DICA: os mesmos da DPOC exacerbado!
Quais beta-2-agonistas de longa ação utilizados na asma?
Salmeterol, Formoterol
Quais corticoides inalatórios utilizados na asma?
Fluticasona, Budesonida e Blecometasona
Qual antileucotrieno e Anti-IgE utilizados na asma?
Antileucotrieno: Montelucaste
Anti-IgE: Omalizumabe
STEP 1 da asma - Qual esquema terapêutico
Beta-2 agonistas de longa duração mais corticoide inalatório (ICS-LABA) em caso de sintomas.
Outra opção é utilizar um beta-agonista de curta duração (SABA) e corticoide inalatório (formulações diferentes) quando for necessário (SOS)
STEP 2 da asma - Qual esquema terapêutico?
Corticoide inalatório regular (ICS) em baixa dose (regular) e beta-agonista de curta duração (SABA) como medicação de alívio.
Outra opção é usar o ICS-LABA (longa) em caso de sintomas e/ou antes de exercícios físicos, sem nenhuma medicação regular.
STEP 3 da asma - Qual esquema terapêutico?
ICS-LABA (corticoide inalatório associado a beta-agonista de longa duração) em baixa dose ou corticoide inalatório em dose média. A medicação de alívio é o beta-agonista de curta duração ou ICS-LABA (este válido para > 12 anos).
STEP 4 da asma - Qual esquema terapêutico?
ICS-LABA (corticoide inalatório associado a beta-agonista de longa duração) em dose média como controle e as mesmas medicações de alívio do step 3.
Outra opção de controle é o uso de ICS em alta dose associado ao montelucaste OU tiotrópio.
STEP 5 da asma - Qual esquema terapêutico?
ICS-LABA (corticoide inalatório associado a beta-agonista de longa duração) em alta dose. Adicionar tiotrópio ou uma medicação anti-IgE (Omalizumabe) ou outro imunobiológico. O uso de corticoide oral em baixa dose (prednisona até 7,5 mg/dia) é uma opção, apesar dos efeitos adversos associados.
Efeito colateral do corticoide inalatório?
Candidíase oral

Qual a principal medicação na crise asmática?
Beta-2-agonista de curta ação
Quais medicações utilizadas na crise asmática?
Beta-2-agosnista de curta ação Anticolinérgico de curta ação (ipratrópio)
Corticoide sistêmico (oral é preferível)
Qual alteração gasométrica mais frequente na crise asmática?
Alcalose respiratória (hiperventilação).
Se a crise for muito grave, pode haver acidose respiratória por hipoventilação.