Artropatia de Charcot Flashcards
Doenças associadas a Neuropatia de Charcot
Sífilis terciária
Charcot Marie Tooth
Neuropatias congênitas
Hanseníase
Poliomielite
Esclerose múltipla
Artrite reumatoide
Diabetes mellitus (hoje a principal)
- todas com componente de neuropatia periférica
Epidemiologia da Artropatia de Charcot
(sexo, idade, bilateralidade, prevalência)
- Diabetes é hoje a causa mais prevalente
- Acometimento unilateral – mais comum
- Homens»_space;Mulheres
- 5ª a 6ª décadas de vida – 10 anos de doença
- Incidência de 0,1 a 29% // prevalência de 0,08 a 13%
Teoria neurovascular (Charcot)
Neuropatia autonômica
Alteração de reflexos vasculares – shunts arteriovenosos – aumento de fluxo
Reabsorção – osteopenia – fragilidade óssea – fraturas/ luxações
Teoria inflamatória (Charcot)
Ambiente inflamatório exacerbado resposta ao trauma
TNF-α, IL-6, e IL-1β aumento de osteoclastos na fase aguda
Estudos:
Desbalanço de RANKL (ligand for receptor activator of nuclear factor B) e seu antagonista OPG (osteoprotegerin) favorecendo atividade osteoclástica
Resultado: reabsorção e fragilidade óssea
Teoria neurotraumática (Charcot)
Neuropatia
-> perda da sensibilidade protetiva
-> microtraumas ou trauma agudo
-> cadeia cumulativa de lesões ósseas e inflamação
Estágios de Eichenholtz (Charcot)
1 - Fase aguda
2 - Coalescência
3 - Remodelação
Shibata 1990 – Estágio 0: inflamatório
Característica clínicas e radiográficas do estágio 0 (Charcot)
Fase inflamatória - Shibata 1990
Imagem:
Sem alterações radiográficas
RNM: Alteração de sinal em medular e osso subcondral
Clínica:
Edema e hiperemia – comparado ao membro contralateral
Característica clínicas e radiográficas do estágio 1 (Charcot)
Fase aguda Einchenholtz
Imagem:
Fragmentação óssea
Incongruência articular
Clínica:
Edema
Hiperemia
Calor
Característica clínicas e radiográficas do estágio 2 (Charcot)
Coalescência
Imagem:
Reabsorção óssea
Formação óssea
Processo de reparo
Clínica:
Diminuição dos sinais inflamatórios
Característica clínicas e radiográficas do estágio 3 (Charcot)
Remodelação
Imagem:
Consolidação óssea
Anquilose
Clínica:
Sem sinais inflamatórios
Deformidades
Classificação anatômica para Charcot
e prevalência de cada
Brodsky
1 - mediopé - 60%
2 - retropé - 25%
3A - tornozelo - 10%
3B - tuberosidade do calcâneo - 5%
Classificação de Schon (Charcot)
Do colapso do pé:
A - deformidade mínima
Sem balanço ou arco negativo
B - evidente destaque plantar
C - destruição severa das colunas mediais e laterais
Proeminência plantar
Diagnóstico da neuropatia de Charcot
Clínico
Temperatura 2 °C > membro contralateral
¾ sentem dor apesar da neuropatia
Inflamação pode durar 18 semanas
Exames: PCR, leucograma, VHS
Considerar imunossupressão dos diabéticos e possibilidade de superposição
Radiografias
RNM
Cintilografia com leucócitos marcados
PET – TC (fluorodeoxyglucose) sensibilidade de 100% especificidade 87.5%
Diagnóstico diferencial: edema, calor, rubor e dor no pé
Diferencial: gota, infecção (celulite, osteomielite), Charcot
Charcot pode ser a primeira manifestação do diabetes
Objetivo do tratamento da Neuropatia de Charcot
Pé plantígrado
Estável
Boa distribuição de carga
Prevenção de úlceras e recidivas