Antimicobacterianos Flashcards

1
Q

Por que se usam múltiplos antibióticos para o tratamento da tuberculose?

A

Diferentes micobactérias

Evita resistência

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2
Q

3 principais mecanismos de resistência das micobactérias

A

Parede celular

Bomba de fluxo

Localização no hospedeiro

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3
Q

Importância do estado anaeóbio das micobactérias

A

Causam dormência replicante

Fármacos que consigam agir nesse estado (ex.: rifampicina, quinolonas)

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4
Q

Tratamento clássico da tuberculose

A

1ª fase: ATAQUE

  • 2 meses
  • Isoniazida (H) + rifampicina (R) + pirazinamida (Z) + etambutol (E)

2ª fase: MANUTENÇÃO

  • 4 meses
  • Rifampicina + isoniazida
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5
Q

Quimioprofilaxia da TB latente

A

Isoniazina (H) VO por 6 meses

Para pacientes com alto risco de desenvolver TB ativa

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6
Q

Quem são as rifamicinas?

A

Rifampicina

Rifapentina

Rifabutina

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7
Q

Espectro de ação das rifamicinas

A
  • Todas micobactérias
    • M. fortuitum: altamento resistente
  • BGP
  • BGN
    • Escherichia colI, Pseudomonas, Proteus sp., Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae, Klebsiella
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8
Q

Mecanismo de ação das rifamicinas

A
  • Inibe RNA polimerase
    • Interage com subunidade β da enzima
  • Inibe síntese de RNA mensageiro
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9
Q

Farmacocinética das rifamicinas

A
  • Adm VO e IV
  • Ampla distribuição tecidual
    • Concentração no SNC é 10-20% da sérica
  • Confere tonalidade laranja à saliva, expectoração, lágrimas e suor
  • Metabolismo: CYP450 (85%)
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10
Q

Interações medicamentosas das rifamicinas

A

Indutor de CYP3A4 e CYP2C

TARV: trocar rifampicina por rifabutina

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11
Q

Observações a respeito das rifamicinas

A
  • Bactericida com ação sobre bacilos intra e extracelular, incluindo bacilos de crescimento intermitente
  • Importante ação de esterilização tecidual
  • CAUTELA na doença hepática aguda
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12
Q

Efeitos adversos das rifamicinas

A
  • Comuns: náuseas, vômitos, epigastralgia, prurido, erupções cutâneas, SNC
    • SNC: comuns, mas passam com uso mais prolongado
  • Anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, púrpura trombótica, trombocitopenia, reações de hipersensibilidade graves (raras)
  • Hepatotoxicidade: relativamente raro, mais comum quando associado com isoniazida
  • Nefrite intersticial
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13
Q

O que é a pirazinamida?

A

Pró-fármaco!

Metabolizado pela enzima pirazinamidase a ácido pirazinoico (forma ativa)

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14
Q

Mecanismo de ação da pirazinamida

A

Não totalmente esclarecido

  • ↓ pH intracelular
  • Interrupção transporte pela membrana
  • Interferência na síntese do ácido micólico
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15
Q

Farmacocinética da pirazinamida

A
  • Biodisponibilidade oral 90%.
  • Eliminação reduzida em pacientes com TFG prejudicada
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16
Q

Efeitos adversos da pirazinamida

A
  • Hepatotoxicidade
  • Icterícia (2 a 3% dos pacientes)
  • Hiperuricemia (inibição da excreção de urato)
  • Artralgias
  • Transtornos GI: anorexia, náuseas, vômitos
17
Q

Atividade isoniazida

A

Atividade antibacteriana limitada às micobactérias

18
Q

Mecanismo de ação da isoniazida

A
  • Pró-fármaco: convertido em sua forma tóxica (radical niconoil) no interior do bacilo por uma catalase-peroxidase micobacteriana (KatG)
  • Fármaco ativado inibe a síntese de ácido micólico
19
Q

Farmacocinética da isoniazida

A

Biodisponibilidade por VO

(aproximadamente 100%)

20
Q

Efeitos adversos isoniazida

A
  • Hepatite
  • Perda de apetite, náusea, vômitos, icterícia e dor
  • Neuropatia periférica (parestesia nas mãos e nos pés - 2%)
  • SNC: convulsões, insônia e ansiedade
  • Dor articular
21
Q

Interações medicamentosas da isoniazida

A
  • Inibição CYP3A, CYP 2C19, CYP2E1, CYP2C9
  • Interação com: carbamazepina, dizepam, etossuximida, fenitoína, isoflurano e enflurano, paracetamol, teofilina, vinscristina, varfarina
22
Q

Atividade do etambutol

A

Bacteriostático específico contra micobactérias

23
Q

Mecanismo de ação etambutol

A

Inibe arabinosiltransferase

Enzima envolvida na polimerização do arabinoglicano, importante para a síntese da parede celular das micobactérias

24
Q

Efeitos adversos da etambutol

A
  • Neurite óptica (principalmente em pacientes com IR)
    • Diminuição da acuidade visual
    • Perda da capacidade de distinção de cores
    • Geralmente revsersível
  • Hiperuricemia (50%)
  • Artralgia
  • Náusea, vômito, dor abdominal
25
Q

Exemplos de aminoglicosídeos

A

Estreptomicina

Amicacina

Canamicina

26
Q

Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos

A

Inibem síntese de ptns por se ligarem à subunidade 30s ribossômica

27
Q

Efeitos adversos dos aminoglicosídeos

A
  • Ototoxicidade
    • vertigem e perda autidiva
  • Nefrotoxicidade
28
Q

Exemplos de fluorquinolonas

A

Moxifloxacino

Ofloxacino

Ciprofloxacino

29
Q

Espectro de ação das fluorquinolonas

A
  • BGP
  • BGN
  • Cepas de Mycobacterium
30
Q

Etionamida

A
  • Análogo estrutural da Isoniazida
  • Pró-fármaco: ativado por uma monoxigenase micobacteriana.
  • Mecanismo de ação
    • Inibe a síntese de ácido micólico (inibição da ácido graxo sintase II)
  • Farmacocinética
    • Biodisponibilidade oral (aproximadamente 100%).
  • Efeitos adversos
    • Principal: desconforto GI (não tolerado em aproximadamente 50%).
    • Hipotensão postural, sonolência, astenia.
    • Administração de Piridoxina: Alivio dos efeitos adversos, principalmente neurológicos (tontura, parestesias, cefaleia, inquietação, tremores).
31
Q

Ácido para-aminossalicílico

A
  • Congênere do PABA (substrato da di-hidropteroato sintase)
  • Ativo apenas em micobactérias → ação bacteriostática
  • Adm
    • VO
  • Efeitos adversos
    • Principal: irritação GI
    • Reação de hipersensibilidade (rash, febre, eosinofilia)
32
Q

Capreomicina

A
  • Peptídeo cíclico com ação antibacteriana semelhante aos aminoglicosídeos
  • Efeito adverso
    • Perda da audição, zumbido, ptnúria, eosinofilia
33
Q

Dapsona

A
  • Amplo espectro
    • Antibacteriano, antiprotozoário e antifúngico
  • Análogo ao PABA (semelhante ao ácido para-aminossalicílico)
  • Efeito anti-inflamatório
    • Inibição da lesão tecidual induzida por neutrófilos
  • Efeitos adversos
    • Cutâneos: Síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa.
    • Hepáticos e GI: Icterícias, náuseas e vômitos.
    • Tremores, febre, cefaleia, dispneia, taquicardia, fadiga, desmaios, anorexia.
    • Outros efeitos colaterais raros podem ocorrer, como insônia e neuropatia motora periférica.
34
Q

Classificação das formas de Hanseníase

A

Paubacialares

Multibacilares

35
Q

Tratamento Hanseníase

A

Diferentes tratamentos

  • Cartela PB
    • Rifampicina + dapsona
  • Cartela MB
    • Rifampicina + dapsona + clofazimina

Crianças: 1/2 da dose para adultos

36
Q

Gestação

A
  • TB
    • Esquema básico administrado nas doses habituais.
    • Adiciona-se Piridoxina (50 mg/dia).
    • Contraindicado o uso de estreptomicina e quinolonas
  • Hanseníase
    • PQT padrão.
    • Em mulheres na idade reprodutiva
      • Rifampicina pode interagir com ACOs, diminuindo a sua ação.