Aneurismas Perifericos Flashcards
Localização mais comum dos aneurismas micóticos
Os aneurismas micóticos são aneurismas arteriais causados por infecções, geralmente bacterianas (como Staphylococcus aureus e Streptococcus spp.), e menos frequentemente por fungos. Eles resultam da semeadura hematogênica de microorganismos na parede arterial, levando à inflamação e enfraquecimento da parede vascular.
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Aorta (principalmente a aorta torácica e abdominal)
- A localização mais frequente é a aorta infrarrenal, seguida da aorta torácica descendente.
- Pacientes com endocardite infecciosa têm maior risco de envolvimento da aorta torácica.
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Artérias viscerais
- Artéria esplênica → A mais acometida entre as viscerais.
- Artéria mesentérica superior → Também frequentemente envolvida.
- Artéria hepática.
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Artérias periféricas
- Artérias femorais e poplíteas → São os principais locais nos membros inferiores.
- Artéria braquial nos membros superiores.
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Artérias cerebrais (aneurismas micóticos intracranianos)
- Ocorrem principalmente na circulação distal do território da artéria cerebral média.
- São complicações graves da endocardite infecciosa e podem levar a AVC hemorrágico.
- Endocardite infecciosa (principal causa).
- Uso de drogas intravenosas.
- Procedimentos invasivos recentes (cirurgias, cateterismos).
- Imunossupressão (HIV, transplantes, uso de imunossupressores).
- Angiotomografia ou ressonância magnética para aneurismas extracranianos.
- Angiografia cerebral para aneurismas intracranianos.
- Hemoculturas para identificação do agente infeccioso.
- Antibioticoterapia de longa duração (intravenosa, baseada no agente identificado).
- Correção cirúrgica ou intervenção endovascular se houver risco de ruptura.
Se precisar de mais detalhes sobre o manejo ou diagnóstico específico, me avise!
Indicação de cirurgia em aneurisma de pop
Sintomas
Trombos murais
>20~30 mm
Displasia fibromuscular
A displasia fibromuscular (DFM) é uma doença arterial não inflamatória e não aterosclerótica que leva à estenose, aneurismas ou dissecções arteriais. Ela afeta predominantemente mulheres jovens e ocorre mais frequentemente na artéria renal e na artéria carótida interna, embora possa envolver outros vasos.
Os subtipos de DFM são definidos com base na camada arterial mais acometida:
1. DFM medial (mais comum, cerca de 80-90%) – Caracteriza-se pela proliferação e desorganização da camada média da artéria, gerando o aspecto típico de colar de pérolas na angiografia.
2. DFM intimal – Resulta em estenoses mais uniformes e progressivas devido à hiperplasia fibrosa da íntima.
3. DFM adventicial – Muito rara, marcada por fibrose na camada externa do vaso.
Os sintomas dependem da localização:
- Artérias renais (mais comum) → Hipertensão renovascular resistente ao tratamento, insuficiência renal em casos avançados.
- Artérias carótidas e vertebrais → Cefaleia, zumbido pulsátil, tontura, AVC isquêmico ou ataque isquêmico transitório (AIT).
- Artérias viscerais ou ilíacas → Dor abdominal pós-prandial, claudicação de membros inferiores.
- Aneurismas ou dissecções → Podem ocorrer em diversos territórios e aumentar o risco de eventos isquêmicos.
- Angiotomografia (angio-TC) ou angio-RM → São os exames iniciais preferidos para avaliação vascular.
- Ultrassonografia Doppler → Pode sugerir estenose, mas tem menor sensibilidade.
- Arteriografia convencional → Padrão-ouro, revelando o aspecto de colar de pérolas na forma medial.
- Casos assintomáticos → Monitoramento clínico e imagem periódica.
- Hipertensão renovascular → Antihipertensivos, preferindo inibidores da ECA ou bloqueadores de angiotensina.
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Revascularização → Indicações:
- Hipertensão refratária.
- Insuficiência renal progressiva.
- Dissecção arterial associada.
- Doença cerebrovascular sintomática.
- O tratamento de escolha é a angioplastia transluminal percutânea (ATP), muitas vezes sem necessidade de stent.
- Cirurgia aberta → Reservada
Displasia fibromuscular